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segunda-feira, 1 de maio de 2017

METAFÍSICA


     Os filósofos Pré-socráticos frustraram-se por não conseguir encontrar um elemento natural que fosse comprovado ser a origem da vida e, se possível, do universo. Diante dessa decepção nasce a ideia de admitirem a possibilidade do Deus de Israel existir. Assim surge a disciplina filosófica denominada metafísica que, em si mesma, é simples; mas devido às consequências que pode causar no meio social-filosófico-político-religioso, evita-se ensiná-la nos mínimos detalhes; pois, compreendê-la, resulta na formação de uma sociedade consciente, e isso, na visão dos dominadores não pode ocorrer porque a sociedade precisa continuar sendo enganada pelos escravocratas políticos e religiosos que querem manter-nos na caverna da ignorância. O estudo da metafísica é a busca para compreender o que existe além do universo físico.  
     Por mundo físico entende-se como sendo tudo que existe na natureza e no universo astral, ou seja, tudo que é captado pelos sentidos pertence à física, é aquilo que chamamos de realidade; já, o que existe além da física é a metafísica, aquilo que não é alcançado pelos sentidos. Ou seja, Deus e os anjos. A metafísica foi objeto de preocupação dos filósofos durante dois mil anos, começou no século IV a. C. e terminou no XVI depois de Cristo. Os principais filósofos metafísicos foram Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, René Descartes etc.. – Aí surge a questão: O que existe além da física? A vida, a morte, o pensamento em potência e o nada; como o nada não pode ser gênesis de coisas finitas e infinitas, o nada cosmológico nunca existiu. Assim, necessariamente, por oposição lógica, tem-se que admitir o seu oposto como sendo o-todo, ou seja, o Deus Criador apresentado na Bíblia É O-TODO! Tendo como seu opositor Lúcifer, uma de suas criaturas que resolvera ter o mesmo status que Jesus, o filho de Deus que fora designado pelo pai a ser o adaptador do planeta Terra às diversas formas de vida. Santo Agostinho e os filósofos maniqueístas os chamam de bem e mal. Das criaturas existentes na Terra, somente o ser humano é um composto físico-metafísico; pois, segundo a narração bíblica, o Criador manipulou a matéria (barro) e formou algo parecido com Ele; depois soprou seu fôlego de vida nessa matéria com forma definida, criando um ser capaz de pensar e executar o pensado para administrar o planeta que acabara de ser adaptado a todas as formas de vida. Logo, a parte metafísica que compõe o ser humano é a própria vida e a capacidade de “pensar por si mesmo”. O pensamento desenvolve-se no cérebro que está conectado a todos os órgãos que o alimenta de informações para interpretar que realidade o atingiu. Dessa capacidade de pensar e questionar livremente inerentes ao ser humano desenvolve-se o conhecimento, as crenças, a fé e o ateísmo racional. As pessoas racionais são capazes de expor as razões que os levam a ter fé e porque não tê-la; Já, os crentes são aqueles que seguem a partir do entendimento do outro. Por isso, “quem não lê, mal fala, mal ouve e mal vê”; e os que leem sabem mais, consequentemente valem mais, tendo a possibilidade de ser líder no universo cognitivo!
    
Filosofia e seus objetivos

     Para quê surgiram os filósofos? Para questionar e se possível eliminar a fé no Deus dos israelitas que estava em destaque na época, a crença nas imagens de esculturas das nações pagãs e na mitologia criada pelos próprios gregos, pois, para o pensamento filosófico, Deus, deuses e mitos são invenções humanas, de pessoas espertas que buscam explorar e dominar o outro através das crenças e da fé. Para isso, por dois séculos os filósofos Pré-Socráticos analisaram o que existe na natureza em busca de encontrar um elemento natural que fosse comprovado ser o originador da vida, e, se possível, do universo, pois, entendem os filósofos e outros pesquisadores do atual mundo acadêmico, que as crenças e a fé em Deus têm que ter um fim.
As grandes e angustiantes questões que continuam precisando de respostas dos epistemológicos filósofos e cientistas são: De onde vim, por que estou aqui e para onde vou? Pois, qual é a lógica em nascer, viver, trabalhar, sofrer, envelhecer e morrer se Deus é O-Todo eterno? Essas questões continuam sem respostas porque os questionadores na existência de seres metafísicos não conseguiram solucionar o problema levantado.  Como as sociedades de diferentes culturas gostaram da possibilidade de viver sem a régua da moralidade legalizada segundo a onisciência do Criador apresentado na Bíblia; angústias, intrigas, guerras, assaltos, ou seja, o mal em geral e depressões estão aumentando entre os que querem viver sem os limites das leis e conselhos de Deus revelado àqueles (as) que Ele escolhe para essa função. O fato dos filósofos admitirem a possiblidade de Deus existir não significa que eles passaram crer em Deus, fora apenas uma manobra epistemológico-filosófica para continuar questionando sua existência em nome do próprio Deus, dos deuses e da mitologia.
     O juízo do Deus metafísico que é O-Todo, por ele ser Onisciente (saber tudo), pode ocorrer a qualquer momento da História de indivíduos, de um grupo específico de pessoas, de uma cidade, nação e do planeta Terra. Adão e Eva foram os primeiros a experimentar as consequências por ignorar as orientações divinas, a sociedade antediluviana dos dias de Noé, as cidades de Sodoma e Gomorra, o rei Nabucodonosor, os quarentas e dois jovens mortos por ursas porque zombavam do profeta Eliseu, entre tantas outras, culminando com o último juízo divino aos habitantes do planeta Terra através da segunda vinda de Jesus que condenará os que não creram à morte eterna e os fieis a Sua palavra à vida eterna. 
  
Sócrates

     Para Sócrates Deus fora uma “inteligência Superior”. Ele filosofava nas praças públicas (Ágoras) de Atenas. Seu método de filosofar era a maiêutica, ou seja, fazer perguntas: Que é isto? O que é aquilo? Com esse método ele queria definir o conceito, pelo menos descobrir sua essência, mas ciente de que nunca chegaria à perfeição. Certo dia um general passava pela praça, então, pensou Sócrates, esse tem a obrigação de saber; parou-o e perguntou-lhe: O que é a coragem? Melhor, O que é ser corajoso? Respondeu o general, “a coragem consiste em atacar o inimigo e nunca fugir”. Sócrates coça a cabeça e lhe diz: “Essa sua resposta não é totalmente satisfatória”; e lhe faz ver que muitas vezes nas batalhas os generais ordenam o exército a retroceder para atrair o inimigo a uma determinada posição e nessa posição lhe cair em cima para destruí-lo. Então o general retifica e diz: “Bem, você tem razão.” E dá outra definição. E sobre esta segunda definição Sócrates faz outra observação, e assim prossegue até o indivíduo perceber que ele pouco ou nada sabe do que pensa saber. Nenhum dos diálogos de Sócrates que nos conservou Platão – onde reproduz com bastante exatidão os espetáculos ou cena que ele presenciara – consegue chegar a uma solução satisfatória; todos se interrompem, como dando a entender que o trabalho de continuar perguntando e continuar encontrando dificuldades, interrogações e mistérios na última definição dada, não pode nunca acabar. (Morente, Manoel Garcia – Lições Preliminares de FILOSOFIA, 1943)
Ao exaltar Deus como superior a ele, Sócrates demonstrou crer em Deus segundo os israelitas ensinavam. Com essa postura, humildemente começou divulgar suas novas perspectivas filosóficas incentivando os jovens gregos a crerem nesse Deus e não nas divindades mitológicas da Grécia, começou cobrar justiça, moralidade e postura ética dos políticos que deveriam pensar a polis para todos, não privilegiando ninguém. O método e as ideias de Sócrates eram revolucionários, por isso tentaram fazê-lo desistir, mas ele preferiu continuar que renunciar. Diante da insistência de seus opositores, de suas convicções e ideais, preferiu enfrentar que ceder aos apelos de seus opositores. Por isso a corte se reuniu e o condenou a morte bebendo cicuta, o que fez pacificamente. Assim, a metafísica filosófica fez seu primeiro mártir.

Platão

     Platão fora o principal discípulo de Sócrates, ele chegou insistir que seu mestre fugisse, mas ele preferiu enfrentar que acovardar-se. Diante dos fatos e com medo de ter a mesma condenação, Platão fugiu de Atenas e vagueou por doze anos por outras cidades Estados, chegando a trabalhar como escravo para sobreviver; nessa fuga ele encontrou os pitagóricos (seguidores de Pitágoras) e aprendeu com eles a filosofia da migração das almas para outro mundo. De volta à Atenas fundou sua Academia e fez dela um local de culto às musas de Apolo.
Para homenagear o mestre Sócrates, Platão filosofou em seu nome. O método maiêutico socrático com Platão passou a ser ‘dialética’; isto é, chegamos à verdade através do diálogo, num processo de questionamentos, na busca de falhas nos argumentos definidos como verdadeiros. Por meio desse processo lógico acontece, ainda hoje, a busca pela verdade antropocêntrica-teocêntrica.
     Deus para Platão é o ‘demiurgo’, o manipulador. Platão apresenta o seu Deus semelhante ao apresentado na Bíblia, aquele que manipulou a matéria e modelou algo à sua semelhança. Mas Platão não ensina que há uma unidade entre a matéria e o folego de vida soprado por Deus à sua obra, finalizando-a como um ser semelhante ao criador. Platão prefere dividir o homem criado em corpo mortal e alma imortal, seguindo o raciocínio dos pitagóricos. Segundo a Bíblia, quando o ser humano morre, o corpo volta ao pó e a vida, a parte metafísica (fôlego divino) continua com Deus, pois a ele pertence. Assim, segundo a Bíblia, a pessoa (Adão), passou a ser uma alma vivente; logo, alma vivente na literatura Bíblica é uma pessoa, um ser que pensa e executa o pensado. Mas Platão optou por dividir o ser humano em corpo mortal e alma imortal negando os escritos bíblicos, fundando a teologia da imortalidade da alma; fundamento do espiritismo religioso Antigo, Medieval, Moderno e Contemporâneo ensinado e praticado em todos os cantos do planeta Terra. Assim sendo, quando alguém ensina que temos uma alma e não somos uma, revela que pouco ou nada sabe sobre Bíblia e das intrigas entre filosofia e Bíblia. Assim, ateus e religiosos seguem Platão pensando que estão de acordo com os escritos Bíblicos. Por isso disse Nietzsche: "Cristianismo é platonismo”.

Aristóteles

     Platão fora o mestre de Aristóteles, mas mesmo sendo metafísico, optou por filosofar através da física, sendo o primeiro sistematizador científico, isto é, em vez de se preocupar com o que está além da física, focou sua análise na física, naquilo que está ao alcance de nossos sentidos, que pode ser observado, analisado, compreendido e transformando, se for o caso, em algo útil à humanidade.
Deus para Aristóteles é o ‘motor imóvel, causador de todas as causas, mas não fora causado’. Como metafísico Aristóteles elegeu seu Deus a partir do entendimento do Deus que ensinavam os israelitas. Aquele que criou tudo, mas não fora criado.
Aristóteles sistematizou a dialética de Platão, desenvolvendo um novo método para chegar à verdade denominando-o silogismo, a atual lógica. Isto é, de premissas verdadeiras, num processo de derivação o mais exato possível, infere-se a verdade. Se a premissa um for verdadeira e a segunda derivada da primeira, a conclusão do silogismo necessariamente será verdadeira. Caso seja falsa, a conclusão necessariamente será falaciosa. Em um texto lógico que é composto par várias premissas, se entre as verdadeiras for posta uma falsa, a verdade fica comprometida, nesse caso, a inferência ou conclusão, mesmo que o raciocínio e as premissas sigam os fundamentos da validade lógica, a conclusão necessariamente será falaciosa. É o que Platão fez para criar a filosofia teológica da imortalidade da alma.

O silogismo clássico é composto por duas premissas e uma conclusão. Exemplo:

Todo homem é mortal;
Sócrates é homem;
Logo, Sócrates é mortal.

     Quem sabe aplicar essa estrutura lógica para escrever e falar constroem textos e oratórias convincentes tanto para defender a verdade como para negá-la, apresentando falácias em forma de verdade. Logo, não é sem propósito que os políticos, filósofos, religiosos e cientistas contemporâneos estão, por meio das escolas de ensino médio e instituições de ensino superior, através do ensino de filosofia, buscando estabelecer definitivamente o ateísmo na terra, a todas as pessoas, sejam elas religiosas ou não.

PARA PENSAR:


Houve algum tempo que o universo era nada/ vazio?
Se sim, como surgiu tudo que existe?
Se não, é necessário que haja algo eterno que dera origem a tudo que há.
Então pergunto: O que ou quem é O-Todo que precisa ser eterno?