Filosofia e Bíblia: fevereiro 2018

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Jesus Cristo (01-33) idade antiga

O princípio, O meio e O fim. Jesus foi batizado no outono do ano 27 sendo "quase de trinta anos" e foi crucificado na páscoa do ano 31, na primavera. Segundo o apóstolo João, Jesus foi o criador do mundo e como criador dispôs-se a ser também o salvador. Assim sendo, Ele aqui nasceu em forma de homem para dividir a história em antes e depois Dele. O mesmo, após Sua morte e ressurreição, subiu ao céu após selar o plano de salvação, para ali completá-la e virá novamente como Rei dos reis e Senhor dos senhores, para pôr fim à história do pecado e salvar os que Nele crerem, São João 1: 1-18.

Há SALVAÇÃO!! ELE VOLTARÁ!!

Só é possível essa conclusão por meio de estudos. Estar preparado, apto para esse dia, somente através da investigação dos escritos bíblicos e dos de Ellen G. White, comparando-os aos eventos históricos, à filosofia, à ciência e à teologia. Sem conhecimento, consciência, não pode haver salvação e se houver, não está dentro dos parâmetros humanos. Houve revelações e estas estão escritas para conscientizar e ensinar os que almejam a eternidade. Logo, a salvação é individual e não está condicionada a nenhuma instituição religiosa. Estas fazem das revelações um negócio, onde as formalidades substituem, não necessariamente, os estudos, ou direcionam-os aos interesses institucionais, levando esses rebanhos à ignorância e conseqüentemente à perdição. Todo crente precisa compreender que a função das igrejas perante o Estado, é ensinar as responsabilidades sociais, colaborando na formação do indivíduo, capacitando-o ao viver em sociedade. Embora seja um local de cultos aos deuses, as formalidades, o convívio em irmandades e as doutrinas institucionais não substituem o estudo pessoal que nos capacita a compreender e estar preparado para a salvação segundo o plano divino. A salvação está fundamentada no estudo e dependência individual de Deus, O Criador, onde, somente Esse é capaz de nos transformar, se assim quisermos, à sua semelhança, condição única ao convívio além mundo das contingências, dos conflitos e do pecado. “Nenhuma outra ciência é igual à que desenvolve na vida do estudante o caráter de Deus. Os que se tornam seguidores de Cristo verificam que lhes são inspirados novos motivos de ação, surgem pensamentos novos, devendo isso dar em resultado novas ações. (...) Não há fim ao conflito do lado de cá da eternidade. Mas ao passo que há constante batalhas a ferir, há também preciosas vitórias a alcançar; e o triunfo sobre o próprio eu e o pecado é tão valioso que nosso espírito não o pode apreciar”. Ellen G. White, Mente Caráter e Personalidade. Vol. I, Pág. 6. Ed. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, São Paulo. Segunda edição. 1989. Minha opinião: o principal livro de Ellen White a se iniciar uma investigação do conflito entre o bem e o mal é O Conflito dos Séculos. A Casa Publicadora Brasileira tem uma loja na praça da Sé, 28.

Profetisa Ellen G. White

Ellen G. White (1827-1915). Profetisa Contemporânea, ela se diz serva do Senhor. Ellen G. Harmon nasceu em Gorhan, Estado do Maine, USA. Aos nove anos de idade sofreu um acidente que lhe afetou a vida inteira: uma pedra atirada por uma menina de treze anos acertou-lhe o nariz fazendo-a cair desmaiada, e neste estado de torpor permaneceu três semanas. Por dois anos ela não pode respirar pelo nariz e pouco pode frequentar a escola. A menina que lhe atirou a pedra foi nomeada pela professora monitora, e esta estava responsável por ajudar Ellen na escrita e noutras matérias. A mão de Ellen tremia tanto que pouco progresso ela fez na escrita. Diante de tantas dificuldades suas professoras aconselharam a abandonar a escola, e assim sua esperança de instruir-se foi frustrada. O pai de Ellen era chapeleiro, e a ela cabia fazer as copas dos chapéus e também fazia meias a vinte e cinco centavos o par. Vinte e cinco centavos era o que ela ganhava por dia, os quais ela gastava comprando livros que lhes eram convenientes. Seus pais, Robert e Eunice Harmon converteram-se á igreja Metodista e todos os seus filhos foram batizados nesta denominação. Em 1836 Ellen apanhou um jornal no chão e este falava de um pregador que dizia que o mundo acabaria em cerca de trinta anos a partir daquela data. Este pregador era Guilherme Miller. Toda sua família fora assistir as conferências, convencidos, abraçaram a doutrina do advento. Como a família Harmon abraçaram a doutrina do Advento pregada por Guilherme Miller, os ministros metodistas aconselharam a família a abandonar silenciosamente a igreja, não sendo preciso passar pelo processo de exclusão, porém, toda família preferiu o processo legal de exclusão que sair camuflados. No dia trinta de dezembro de 1844, logo após o grande desapontamento pela não vinda de Cristo como pregara Miller, Ellen recebeu a primeira visão e o chamado divino para ser a profetiza dos últimos dias. Diante de tamanha responsabilidade pediu ao seu anjo assistente que escolhessem outro (a), pois sentia incapaz desse trabalho. A promessa foi: se confiares, assim que se ocupar dessa missão suas limitações irão sendo extintas; humildemente e confiante no poder de Deus aceitou a missão. Antes do chamado à Ellen, dois outros jovens foram convocados, Willian Ellis Foy (1818-1893), e Hazen Foss (? - 1893), ambos, se acovardaram. Quando Ellen relatou sua primeira visão e o chamado os dois estavam presentes, testemunharam a veracidade dos relatos de Ellen, pois eles haviam tido também a mesma visão e convidados à mesma missão. Ellen casou-se com Tiago White em trinta de Agosto de 1846, aos dezenove anos de idade e enquanto viveram dedicaram-se a pregação da segunda volta de Cristo, a esclarecer o mundo cristão sobre o engano de Miller, a estabelecer a nova igreja segundo a vontade de Deus revelado na bíblia e, por meio de visões orientar a conduta cristã para a igreja dos últimos dias terminar a obra de pregação do evangelho eterno. Seus escritos são o resultado das mais de duas mil visões que recebera e de aconselhamentos que dera às pessoas individualmente. Ellen White, como os profetas bíblicos, sofreu o descrédito do povo quanto ao seu chamado e missão como profetisa, e essa rejeição faz-se presente nos dias atuais; É claro que, por parte daqueles que compõe a igreja depositária de seus escritos não é explicita, mas, está implícito nas falas e nos escritos dos atuais teólogos; quando não a explicito como profetisa ou serva do senhor, referindo-se apenas a uma escritora norte-americana ou a teóloga Ellen White disse isso e mais isso, estou negando seu dom profético. Se Ellen não fosse profetisa, será que teria sido uma escritora ou teóloga? Seus principais livros que esclarece a guerra entre o bem e o mal são: O Grande Conflito, Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O desejado de Todas as Nações e Atos dos Apóstolos. Há muitos outros livros que, além de ser útil a todos, são mais específicos àqueles que se converteram a Cristo e fazem parte do rol de membros da igreja Adventista do Sétimo Dia. Em muitos casos, por revelação divina, algumas pessoas foram reprovadas pessoalmente por Deus por meio de visões que Deus dera à profetisa, e ela, como serva do Senhor falou às essas pessoas individualmente e foi instruída por Deus a registrar para que aqueles que querem a vida eterna estudem e vê se a sua conduta não está semelhante ao caso do irmão reprendido e se for o caso, sinta-se reprendido também pela profetisa e pelo próprio Deus. Os escritos da profetisa estão à disposição de qualquer um (a) que queira pôr sua conduta de vida segundo a vontade de Deus. “Foi me mostrado que Deus, em Sua sabedoria, não revelará os pecados e erros de cada um particularmente.... Todos os culpados são igualmente visados por esses testemunhos individuais, embora seu nome não esteja neles expressamente mencionado”; [...] (ELLEN G. White. TESTEMUNHOS SELETOS. Vol. II. P. 275. Ed. Casa Publicadora Brasileira. Santo André – S P, 1985)

Bíblia, Antigo e Novo Testamentos.

Esta é a mais antiga coleção de livros que se conhece em todo o mundo e é a mais atual e também a mais estudada, nela está fundamentada a teoria da criação, da entrada do pecado no planeta Terra, o plano de salvação na pessoa de Jesus Cristo e sua segunda volta para restabelecer o que havia antes da entrada do pecado, tudo isso, desde o princípio, foi oralmente perpetudo por Adão e seus descendentes, depois, pelos Hebreus até o surgimento da escrita, quando Moisés, o mais ilustre dos hebreus, enquanto pastoreava seus rebanhos na terra de Midiã, "sob a inspiração do Espírito Santo, escreveu o livro de Gênesis" (Ellen G White, Patriarcas e Profetas, pág. 254. ed. Casa Publicadora Brasileira, Tatui, SP) isso se deu por volta de 1300 a. C. . O Velho Testamento foi escrito em três idiomas: a maior parte em hebraico, alguns capítulos em aramaico e parte de alguns livros em grego. O Novo Testamento foi escrito em grego, somente o livro de Mateus foi escrito em aramaico, como se perdeu, redigiram outro em grego. A primeira tradução do livro sagrado, a bíblia, foi feita no período helenístico (séc. III a.C.), a pedido de Tolomeu, cognominado Filadelfo, ao Grão Sacrificador dos Judeus, Eleazar. Em Alexandria, no Egito, estava sendo composta a maior biblioteca de todos os tempos e estava faltando um exemplar da tão admirada lei dos Judeus. Eleazar, o Grão Sacrificador escolheu seis dos mais sábios anciãos de cada tribo de Israel para atender o pedido do rei do Egito e enviou-os, num total de setenta e dois para a santa incumbência e em setenta e dois dias a tradução estava completada. Após a tradução as leis foram lidas ao monarca que, admirado e alegre por ter conseguido tal feito, indagou: como sendo leis tão belas e excelentes, nenhum historiador ou poeta havia falado delas? Demétrio, diretor da biblioteca do príncipe disse, como sendo divinas, não tinham animados a fazê-los; os que haviam feito tinham sido castigados por Deus.Teopompo tivera essa intenção, isso é, de relatar alguma coisa em sua história e por isso perdeu o juízo por trinta dias. O "profeta" Teodecto, tinha misturado em uma de suas tragédias algo que tinha tirado dos livros divino, perdera a visão e só recobrou depois de ter reconhecido sua falta e rogado a Deus que o perdoasse. Teopampo também só se recuperou da memória após reconhecer seu erro. (Flavio Josefo, História dos Hebreus. Vol.III. pág. 389-408. Ed. Ds Américas). Flavio Josefo, soldado e historiador judeu (37 ou 38 a 103 d. C.), também traduziu os escritos do Antigo Testamento e as antiguidades judaicas do hebraico para o grego. No início do século XIII, na universidade de Paris. Estevão Langton, introduziu a divisão em capítulos medianos, que depois, pela utilidade prática propagou-se em todas as escolas e em todas as edições, e é ainda hoje de uso universal, agora insubstituivel. Mais tarde, no séc. XVI, os capítulos foram divididos em versículos numerados.

Heráclito de Éfeso, o Obscuro (séc. VI a V a.C.)

O homem é e não é. "A guerra é a mãe de todas as coisas e de todas as coisas é rainha". Mas, note-se bem, trata-se de uma guerra que, ao mesmo tempo, é paz, num contraste que é harmonia ao mesmo tempo. Heráclito tinha caráter desencontrado e temperamento esquivo e desdenhoso. Não quis participar de modo algum da vida pública, como registra uma fonte antiga: "Solicitado pelos considadãos a elaborar as leis da cidade, recusou-se, porque elas já haviam caído no arbítrio por sua má constituição." Escreveu um livro intitulado: Sobre a natureza, do qual chegaram até nós numerosos fragmentos, talvez constituído de uma série de aforismos e intencionamente elaborado de modo obscuro e num estilo que recorda as sentenças oraculares, "para que deles se aproximassem somente aqueles que o podiam" e o vulgo se mantivesse distante. E o fez para evitar a depreciação e a desilusão daqueles que, lendo coisas aparentemente fáceis, acreditam entender aquilo que, no entanto, não entendem. Por isso, foi denominado, "Heráclito, o Obscuro". História da Filosofia vol. I pág.35 Giovanni Reale e Dario Antiseri.

Aurélio Agostinho (Santo Agostinho 354 - 430 d.C) nasceu em Tagasti, Numídia, África.

Como professor de retórica, através do LOGOS (palavra) fez a fusão da filosofia grega com o cristianismo primitivo, alterando-o. Com o conceito de alma e o mundo ideal de Platão ele reinterpretou o evangelho de Cristo, e deu ao mundo ocidental um cristianismo platônico. Assim sendo, a teologia da reencarnação espiritual católica e dos espiritualistas em geral, que dá ao homem a ideia de um ser dicotômico não tem nada a ver com a doutrina bíblica, e sim com a filosofia de Platão. Se você quiser entender melhor essas afirmações estude as postagens deste blog.

guilherme Miller (1782-1849)

Seu pai foi Capitão do Exército da revolução americana (1776-1783). O filho, a exemplo do pai alistou-se como voluntário na revolução em 1812 e terminou como Capitão em 1815. Infuenciado pelo racionalismo, tornou-se Deísta, isto é, continuou crendo na existência de Deus, porém, duvidava da autoridade bíblica, mas desejava sinceramente conhecer a verdade. Ele possuia espírito independente e amava a liberdade e era um ardente patriota. Durante a revolução ocupou vários cargos civis e militares e as portas da riqueza e honra parecia-lhe abertos de par em par. Terminada a revolução voltou à fazenda da família. Após doze anos como deísta, aos trinta e quatro anos ficou impressionado pelo seu estado pecaminoso e não encontrava no deísmo relação alguma com o além-túmulo, o futuro era lhe negro e tétrico. Refletindo em sua experiência com o cristianismo quando estava junto a sua mãe, decidiu pesquisar a bíblia em busca de respostas às suas dúvidas alimentadas pelo deísmo. Foi esse o homem que revolucionou o cristianismo Contemporâneo ao interpretar a passagem de Daniel 8:14. Baseado nesse estudo marcou a segunda volta de Cristo à Terra para vinte e dois de outubro de 1844. Esse movimento atingiu toda a América do Norte, Europa e outros países da Ásia. Como o previsto não ocorreu, frustrados, toda a cristandade voltou ao cotidiano mundano dispostos a desfrutarem do "melhor" que o mundo lhes oferecia. Porém, um pequeno grupo, entre eles Guilherme Miller e Ellen G. White que estavam convictos da correta interpretação bíblica, continuram humildemente examinando a bíblia para ver onde estava o equívoco. E assim, chegaram a conclusão de que erraram quanto ao evento que não estava relacionado com a vinda de Cristo à Terra e sim, com o início do juízo investigativo que começara nessa data no céu. Desse grupo de remanescentes surgiu a igreja Adventista do Sétimo Dia, organizada em 1863, depositária dos escritos de Ellen G White e praticantes dos ensinamentos bíblicos como nela registrado; através deles o sábado bíblico continua sendo honrado, dia santo, dia de cultuar o Criador do Universo. A igreja em si não é a Arca da Salvação, porém, é ela a detentora dos ensinamentos bíblicos em sua originalidade e também depositária da Espírito de Profecia da Idade Contemporânea. A salvação do indivíduo não está garantida por pertencer a uma denominação religiosa, mas sim, no despedaçar-se sobre a Rocha que é Cristo por meio da investigação bíblica, onde contém as verdades divina. Caso queiras conhecer mais sobre a experiência religiosa de Miller, ela está registrada em O Grande Conflito, págs. 317-342, edição de 1980 da Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.

PLATÃO (428-347)

Platão, natural de Atenas, seu verdadeiro nome é Aristócles. Foi discípulo de Sócrates; quando este morreu em nome da coerência democrática, pois fora condenado pelos democratas oligárquicos de sua época porque tentara moralizar a política, ensinando que esta deveria ser mais equitativa com os habitantes de Atenas. Platão que descendia de família ligada à política, almejava ser um político ateniense, mas diante da injustiça aplicada ao seu professor, fugiu para livrar-se de uma possível condenação. Por doze anos esteve fora de Atenas e por algum tempo fora feito escravo de Pólis (cidade Estado) orientais. Lá aprendeu com os pitagóricos a teoria da imortalidade da alma. Voltando para Atenas, fundou a sua academia e filosofou em estilo dialógico onde seu principal personagem foi seu admirável e corajoso professor Sócrates. Antes de estudar com Sócrates foi também aluno de Crátilo, seguidor de Heráclito. Platão tinha visão do todo, pois estudara em várias escolas e visitara outras regiões que praticavam política, religião e mitologia diferente da ateniense. Por isso, este é o principal filósofo do Ocidente, pai da metafísica (discurso abstrato), teólogo místico, criador de alegorias mitológicas, teórico político e pai do mundo das idéias. Para Platão a realidade e a verdade é aquilo que a mente humana pode inventar, criar racionalmente, o resto, aquilo que é captado pelos sentidos são apenas ilusões, logo, que nos engana. Platão, por meio do discurso abstrato, dividiu o indivisível indivíduo, a pessoa, em corpo mortal e alma imortal. Através do mito de Er desenvolveu a teoria das almas, responsabilizando-a pela cognição (aprendizado), modo e destino da vida humana e dos animais irracionais. A questão é: o que seria do espiritismo atual, da teoria da reencarnação, do cristianismo platônico ensinado por Santo Agostinho, praticado durante todo período Medieval e da atual teologia católica e protestante sem a filosofia platônica? Com Platão e seus seguidores, o monoteísmo bíblico e o plano de salvação elaborado pelo criador do universo sofreu e sofre constantes abalos, anulando a fé do homem ou redirecionando-a ao racionalismo filosófico, científico, e teológico. (História da filosofia. Vol. I. Giovanni Reale/Dario Antiseri Ed. Paulus. São Paulo. 2003. oitava edição.

FRIEDRICH W. NIETZSCHE (1844-1900)

Quinze de outubro de 1844, no vilarejo de Höcken, Prússia, território da Alemanha, nasce Nietzshe, filho de Karl Ludwig, pastor protestante, e de Franziska Ochler, também filha de pastor protestante. Nietzsche foi criado num ambiente religioso-protestante, onde se dedicavam ao estudo da bíblia; a poesia, a música e o canto fazem parte na formação do indivíduo. Como não podia ser diferente, quando criança, era chamado de o pequeno pastor. Nietzsche, filólogo e filósofo, tinha tudo para ser grande defensor do cristianismo, porém, para ele, pior que qualquer vício, é o cristianismo; o cristão é um animal doméstico, o animal de manada, uma besta humana doente. Nietzsche está falando das instituições religiosas, do cristianismo capitalista, negação do verdadeiro cristão, negação dos evangelhos. Para ele só existiu um “cristão e ele morreu na cruz. O “evangelho” morreu na cruz. O que passou a chamar “Evangelho” desde então é o oposto do que ele viveu: uma “má nova”, um desevangelho”. “Somente a prática cristã, uma verdadeira vida como a dele, que morreu na cruz, é cristã... Ainda hoje uma vida assim é possível, para alguns até necessária: o cristianismo verdadeiro, o original será possível em todas as épocas... Não uma fé, mas um agir, sobre não fazer-muitas-coisas, ser de outra forma...” “Reduzir o ser cristão à cristandade, ao ter-por-verdadeiro, a uma fenomenologia da consciência significa negar o cristianismo”. Nietzsche é o filósofo Contemporâneo que está sendo popularizado a partir da metade do século XX. O que ele fez com o conceito ‘cristianismo’, fez também com a ciência, a educação, a política e com outras convenções humanas. Ele valoriza a vida, esta vida terrestre em detrimento da vida por vir, eterna, além da morte, vida no paraíso. Para ele o homem forte está acima de todas essas convenções; essas são para os fracos que precisam encontrar um sentido para viver esta vida como ela se apresenta em meio aos sofrimentos e a morte. Não se deve esquecer que Nietzsche é apenas mais um filósofo interpretando o mundo, e como ele mesmo diz de si; “Também posso errar”; não me sigas, pois não preciso desses; cada um que se faça. Para o filósofo todas as convenções, principalmente a moral cristã cai no niilismo, no nada, no vácuo. Nietzsche está condenando o cristianismo Medieval e os protestantes que alinham. “O cristianismo é portanto a mais niilista de todas as religiões: a sua origem está na tentativa de disfarçar a derrota histórica de Jesus, a sua vergonhosa morte na cruz, para que pareça uma vitória, em algum mundo do além”. “A afirmação da verdade ou a santidade de alguma coisa significa “o padre está mentindo”(...) Quem nunca leu Nietzsche, cuidado, ele é Heráclito (século VI e V a. C.) na Idade Contemporânea. Para Heráclito, filósofo Pré-Socrático: a origem e o fim de todas as coisas, animadas e inanimadas, orgânica e inorgânica, estão no movimento; tudo se move entre o nascimento e morte e o próprio movimento é a gênese e o fim de todas as coisas. Logo, não há Deus monoteísta segundo ensina a bíblia hebraica e nem deuses lendários mitológicos. “As coisas são e não são concomitantemente”. Nietzsche é heraclitiano, o movimento pré-socrático é o devir nietzschiano. Tudo está dentro do devir, a roda que gira entre o nascer e o morrer de todas as coisas é o ciclo entre o animado, a vida, e o inanimado, a morte. Isto é, do inanimado surge o animado, a vida; e a morte é a volta do animado ao inanimado. Nietzsche é o ateu Contemporâneo que nega Cristo o salvador, o Deus hebraico e todas as convenções humanas, tudo são construções para dar sentido à vida, mas tudo cai no niilismo. Ele é a expressão máxima do antropocentrismo, nega todas as formas de verdades cristãs e científicas. Quem pensa que o compreendeu, engana-se, ele é obscuro tanto quanto seu mestre Heráclito, buscando o ser e o não-ser das coisas ao mesmo tempo. Mas há que se concordar, em se tratando da vida terrestre e das convenções humanas, “tudo” não passa de mentiras, de enganos, “o homem é o lobo do homem”, para citar Thomas Hobbes. Concluindo, embora Nietzsche conteste e critica todas as convenções e as verdades, absolutas ou não; e defende esta vida terrestre como a única vida a ser vivida e não existindo nada além desta vida, ele próprio cai no niilismo, porque para viver esta vida sem as convenções é preciso o “além do homem”, a transvalorização de todos os valores. Assim falou Zaratustra. Percebemos por meio da leitura desses fragmentos aforísticos de Nietzsche que ele filosofa a partir de máximas bíblicas, sua filosofia extemporânea baseia-se em profecias bíblicas, sua escatologia filosófica se aproxima de plágio bíblico, não é plágio porque a bíblia está aberta às várias interpretações, e os filósofos são peritos, desde a Antiguidade, a usar as máximas bíblicas para embasar o seu filosofar. Não se engane a sociedade, o filósofo é o indivíduo que trabalha com a teoria do conhecimento, como se conhece e como se dá o conhecimento, logo, conhecemos a bíblia mais que muitos que se dizem cristãos, não quero dizer com isso que os filósofos creem em Deus e vivem pela fé, alguns sim, mas a maioria não, porém, conhecem os escritos bíblicos. Referencia bibliográfiicas: Cristo- Maldição do Cristianismo

Pesquisar este blog

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018