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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

*A SEGUNDA VOLTA DE CRISTO À LUZ DA FILOSOFIA*


          O único livro sagrado que trata desse assunto é a bíblia. Esta profetizou também o Seu nascimento, Sua primeira vinda, Sua encarnação para pagar o preço do pecado daqueles que O aceitarem como seu salvador pessoal. A finalidade dos escritos bíblicos é revelar o plano de salvação e como alcançá-la; Jesus veio a este mundo pela primeira vez segundo indicara as profecias do Velho Testamento. As promessas de Sua segunda vinda estão presentes tanto no Velho Testamento quanto no Novo. Nos evangelhos há um enfoque maior acompanhados de sinais que indicam a proximidade de Sua segunda vinda.
A sociedade que Cristo nascera há algum tempo passava por grandes transformações cognitivas, políticas e religiosas, vivia tempos difíceis: muitas guerras e revoltas populares entre as polis (cidades Estados), pois todas estavam submissas a Roma e todos, de um jeito ou de outro, aguardavam libertadores, líderes políticos e/ou guerreiros que os livrassem do jugo romano. Os judeus eram os únicos que tinham a promessa de um salvador miraculoso, Seu libertador nasceria entre eles e fundaria um novo reino de paz; todas as profecias e rituais judaicos ensinavam que assim seria. Chegou à plenitude dos tempos e “O DESEJADO DE TODAS AS NAÇÕES” nasceu! Para a decepção dos judeus, Ele não veio como um rei sentado em um trono com seu cetro em punho e coroado para impor-se como tal; veio como uma criança *santa, gerada pelo *Espírito Santo; para provar a todos que era possível a Adão e Eva viverem sem pecados, a pesar da “presença” de Satanás no Éden; era apenas uma questão de confiar, e racionalmente seguir pela fé as orientações do Criador; por isso Jesus precisara viver como homem, provando a todo o Universo que as tentações e o pecado não são desculpas para um viver segundo a vontade de Deus; fora essa a primeira missão de Cristo: provar ao Universo que Jesus quer nos dar a vida eterna e Satanás, a morte eterna, por isso Jesus morreu nas mãos de homens inspirados pelo Diabo, para que tivéssemos a oportunidade de viver na eternidade segundo o plano original do Criador. Jesus cumpriu Suas promessas do Velho Testamento e com certeza cumprirá as que se referem à Sua segunda volta! Poucos daquela sociedade viram em Jesus o Salvador do mundo, aceitando-O e seguindo-O como seu salvador. A maioria dos Judeus, ainda hoje, não aceita aquela criança como o salvador, continuam com os antigos rituais esperando que um rei, milagrosamente reine sobre eles.
A FILOSOFIA HELENÍSTICA INFLUENCIAVA AQUELA GERAÇÃO
          Entre os judeus havia três seitas diversas, relativas às ações humanas: “Os fariseus, os saduceus e os essênios; Os fariseus atribuem certas coisas ao destino, não, porém, todas e creem que as outras dependem de nossa liberdade, de sorte que nós podemos fazê-las ou não fazê-las. Os essênios afirmam que tudo geralmente depende do destino e de que nada nos acontece a não ser o que ele determina. Os saduceus, ao contrário, negam absolutamente o poder do destino, dizem que ele é quimera e que nossas ações dependem tão absolutamente de nós, que nós somos os únicos autores de todos os bens e dos males que nos acontecem, segundo nós seguimos um bom ou mal conselho”. (FLÁVIO JOSEFO, HISTÓRIA DOS HEBREUS, VOL. IV. PÁG. 137. Ed. das Américas, 1956). Dos três, apenas os saduceus não tinham uma visão filosófica, se assemelhavam mais à visão bíblica.
          Naqueles dias o *Mundo das Ideias de Platão, já se afirmava como teologia platônica; a Estoá, escola filosófica estoica insistia em agir segundo a natureza, esquecendo que eles não eram a natureza, alguns de seus adeptos faziam suas necessidades fisiológicas nas ruas, outros insistiam em andar nus e não tinham, por opção, casas para morar etc. etc... A filosofia helenística deixou de lado a cultura para formar cidadãos, privilegiando o indivíduo. O individualismo que impera na sociedade atual nasceu naquela época; as ciências nascentes se desligaram da visão do todo filosófico, preferindo a análise e a especialização das partes “isoladas” do todo, logo, a ciência já despontava como dogma, influenciando e questionando a fé religiosa, a liberdade filosófica e seus dogmas. Escolas filosóficas que influenciava aquela geração: cinismo, epicurismo, estoicismo, ceticismo, ecletismo e os dogmas científicos.  Enfim, quando Jesus nasceu, o pensamento religioso-filosófico-científico-político dominava os discursos nas ruas e sinagogas, *os escritos bíblico, por meio de Filon, filósofo grego de origem judaica de Alexandria, séc. I, com a ajuda de outros, obviamente, recebia conceitos filosóficos em sua escrita. Cristo nasceu na época em que o secularismo cognitivo começava seu domínio; é esse o cenário que Jesus nasceu, cresceu, trabalhou e venceu o pecado e seu originador, Satanás. Sua morte na cruz selou o fim do Diabo e confirmou, garantiu a salvação àqueles que O aceitarem como seu salvador pessoal!
O salvador nasceu segundo o predito, mas os homens, cheios de si, de seus conhecimentos e interpretações particulares não O reconheceram como o enviado dos céus para confirmar as promessas do Criador. Organização nenhuma O aceitou em grupo, nem mesmos os fanáticos e zelosos religiosos, apenas alguns indivíduos entenderam que Ele era o *Jesus salvador, seguindo-O.  
Toda aquela revolução científica, política, filosófica helenística e romana sofreu um apagão na Idade Média (V–XV), as trevas da Roma-cristã, o cristianismo platônico sufocou-as até o Renascimento. 
ATUALMENTE O INDIVIDUALISMO, O CIENTIFICISMO, A FILOSOFIA, A POLÍTICA E A FALSA RELIGIOSIDADE ALCANÇAM SEU CLIMAX; CENÁRIO PROPÍCIO PARA A SEGUNDA VINDA DE CRISTO.
          Dos sinais preditos que antecederia a segunda vinda de Cristo muitos estão relacionados às catástrofes naturais e estas, na medida em que se aproxima *aquele dia, aumentaria trazendo problemas para todos os habitantes do planeta Terra, com a intenção de despertar-nos às profecias bíblicas, para que levantemos nossa cabeça e percebamos que o fim do mal e o reino de paz se aproximam.
Porém, o maior dos sinais de Sua volta, está relacionado ao comportamento da humanidade, à nossas invenções e criações. Como acontecera em Seu nascimento, Satanás e seus anjos empenhar-se-ão na distração da humanidade, fazendo que olhemos e admiremos nossas próprias criações cognitivas, sejam elas teológicas, filosóficas, políticas, acadêmicas e/ou científicas. Enquanto nos admiramos, e procuramos por nós mesmos resolver todos os problemas, esquecemos a análise das profecias bíblicas e suas orientações, nos preparando assim, para o encontro com o Salvador, onde viveremos no reino de paz que Ele nos preparou.
          Satanás é um estrategista. Ele fará o mundo crer que Deus e ele não são reais, que são apenas criações humanas como qualquer ciência ou filosofia. Fazendo as pessoas agirem sem princípios morais e éticos. Reflitamos sobre o comportamento das autoridades políticas (Executivo, Judiciário e Legislativo), há algum princípio moral e ético? É óbvio que a sociedade agirá segundo esses exemplos. E os religiosos, por acaso a ética e moral cristã têm algum valor para eles, além de pano de fundo para a malandragem e o comércio religioso?  
CONFUSÃO SOCIAL E RELIGIOSA SEGUNDO A BÍBLIA
          “Sabe porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, preguiçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo a aparência de piedade mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”. II Tim. 3:1-5.
          Perguntou Jesus: “quando vier o filho do homem, porventura achará fé na Terra”? Lucas 18: 08.
         “Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”. São Mateus 24: 24.
           Quando Cristo esteve na Terra nenhum daqueles grupos de religiosos O reconheceram como o Salvador, pelo contrário, todos O rejeitaram e Dele zombaram.  Das atuais religiões e seitas evangélicas, nenhuma delas estará preparada, como comunidade, organização, para o encontro com Cristo. Do mesmo modo que indivíduos aceitaram seguir a Cristo por ocasião de Sua primeira vinda, indivíduos serão salvos independente das organizações e das formalidades das atuais religiões e seitas; esses indivíduos comporão o Israel espiritual sem fronteiras e templos e sem organização legal; este grupo estará de pé para ver Jesus e seus anjos que os/nos levará para o céu. Será assim apenas nos últimos dias, até lá, vamos continuar cumprindo com as formalidades legais e religiosas, mas devemos sempre ter em mente que essas formalidades não salvam, porém, demostra que somos diferentes dos mundanos (daqueles que não aceitaram ainda o salvador e seu plano de salvação). Nossa sociedade é capitalista, logo, todos os grupos que se organizam precisam de receitas para sobreviver, e com as organizações religiosas não são diferentes. Então, vendo por esse anglo, todos os que trabalham ligados às religiões, independente do cargo são profissionais, e para tanto planejaram e investiram nos respectivos estudos para tal função; o que me incomoda são os jargões: o Senhor me chamou; eu poderia estar ganhando muito mais fora da obra, mas ele me escolheu... Meu, se liga, você está aí como pastor, padre, bispo, ou outro obreiro qualquer porque lhes são convenientes, deveríeis sentir-se privilegiados e negociar menos com o sagrado. Parem com esta retórica de autovalorização, de se auto chamar, privilegiar; chega de achar que o povo é besta, já passou essa época; demonstre pelo trabalho de evangelização que merece fazer o que planejou fazer, e que para isso tem seu salário: pregue o evangelho por palavras e atos! Leve as pessoas a examinar a bíblia. Os fieis serão salvos independentemente das influencias desses eclesiásticos. Todos os salvos terão experiência religiosa porque compreenderam o plano de salvação pelo estudo da palavra de Deus, a bíblia, e lógico, uma experiência própria, pessoal, com o Criador do Universo, motivo pelo qual O louvará por toda a eternidade!
JESUS NÃO VIRÁ PELA SEGUNDA VEZ EM DEZEMBRO DE 2012. ESSE DIA NINGUÉM SABE. ELE VIRÁ SEGUNDO AS PROFECIAS E NÃO HÁ QUEM POSSA MUDAR O QUE DEUS ESTABELECEU!

Filósofo e professor Isaías Correia Ribas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

RELIGIÕES: SÃO INVENÇÕES HUMANAS? – IV



Catolicismo e Protestantismo são extremos da mesma lógica político-religiosa.
          O catolicismo Medieval priorizou a ignorância generalizada de toda população ocidental; entendiam as elites religiosas que, o melhor meio para dominar seria esse: alienação religiosa, política, cultural, científica e filosófica. Está claro que a igreja Medieval priorizou a pobreza intelectual, moral e capital da população ocidental sob seu comando.
Advindo o Humanismo, o Renascimento e a Modernidade, a sociedade Burguesa, capitalista, fundamentadas nas críticas dos padres reformistas, construíram outra sociedade mais culta, científica, com perspectivas melhores para o capitalismo que nascia sob a visão de mundo Protestante. Os diversos Estados que adotara a religião de seu reformista predileto construíram suas escolas e Universidades fundamentadas nessa nova visão política, porém, a educação, ferramenta principal para formar nova sociedade, mais consciente e útil ao desenvolvimento do todo, logo, mais justa que a Medieval, privilegiaram quem podia pagar por ela. Então, os menos favorecidos, os trabalhadores teriam que continuar na ignorância, pois sem estes, o próprio capitalismo Protestante não teria quem explorar e nesta lógica segue, ainda hoje, todas as igrejas ditas protestantes. Que crescem construindo seu capital na exploração dos menos favorecidos e, sob o discurso da fidelidade a Deus, às elites católicas, protestantes e espiritualistas em geral, continuam explorando seus fieis e infiéis, privilegiando apenas os que têm dinheiro para comprar a educação. Salvos, os poucos pobres que pagam seus estudos trabalhando para eles em troca do conhecimento, desses, alguns, são os verdadeiros heróis que conseguem fazer alguma diferença causando micros revoluções nessa maldita e corrupta lógica cristã política. Os conflitos, a miséria, a opção pelas drogas e seu comércio e todo tipo de revolta crescente no mundo, são consequências desse descaso pelas pessoas, promovidos por essas elites dominantes.
         Coincidentemente, o Brasil foi descoberto, invadido pela cultura católica que perdia sua autonomia na Europa. Então, seria este o lugar ideal para manter a lógica Medieval; e esta está em exercício por meio dos Católicos, Protestantes e a própria educação pública brasileira, esta não dá educação formal de qualidade para manter a mão de obra escrava, permitindo aos religiosos a exploração cognitiva de quem possa pagar. Que nome essa sociedade poderia ter além de criminosos da humanidade? Satanás não pode se materializar e executar sua funesta obra, matar literalmente a humanidade, mas sabe inspirar homens contrários aos ideais divinos para ser seu agente nesta obra. Então, atenção elite corrupta, o mundo encolheu, está pequeno com o desenvolvimento tecnológico e assim, a esperteza capitalista chegou a todos, embora seja negada a conscientização por meio da educação de qualidade aos trabalhadores e pobres em geral, os meios de comunicação deixam todos espertos, e nessa, cada um age com as armas que tem, e todos, de um jeito ou de outro, querem desfrutar das “bonanças” do capitalismo, nem que para isso tenham que enfrentar barbaramente a dita sociedade culta e poderosa, ou os ricos protestantes e políticos gananciosos distribuem equitativamente as riquezas e dá educação de qualidade aos pobres brasileiros ou irão sofrer as consequências de uma sociedade “ignorante” que quer e vão fazer qualquer coisa para ter o que os ricos e privilegiados doutos têm. Será que dá tempo para repensar essa maldita política antes que a desgraça se instale definitivamente?
BÍBLIA
          Mas o Deus bíblico, Criador do Universo e de todas as formas de vida, do *logos (palavra), da *razão, isto é, do ente inteligente, racional, nunca deixou as trevas morais e intelectuais imperar definitivamente sobre a humanidade. Nos diversos períodos da antiguidade, a luz divina para orientar seus fieis no conhecimento e conscientização de Suas finalidades, jamais se apagou; e à sociedade capitalista e Pós-Moderna não seria diferente, pois Ele, Deus, se compraz com o adorador racional, pois este é o verdadeiro adorador! Adorar não se limita às paredes de templos, adoramos O Criador diariamente fazendo o que é correto: “amando a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos”!
Percebemos, segundo as profecias de Daniel e Jesus, que nos últimos dias, nos finais dos tempos, Deus traria à luz seus fieis. Notamos também que na soma de 1290+476= 1760 e 1335+476= 1811 da profecia de Daniel 12, há um intervalo de tempo 1760 (45 anos) 1811; nesse intervalo nasceu o homem que revolucionou o mundo religioso (Guilherme Miller 1782-1849). Após interpretar a profecia de Daniel 8: 14: as duas mil trezentas tardes e manhã, concluiu que a segunda vinda de cristo se daria em 1844; ele se enganou quanto ao evento que ocorreria naquela data; mas o Deus bíblico, Onisciente, revelara ao profeta João do Apocalipse que esse “erro” ocorreria, e tinha como finalidade provar a fé dos que se dizem Seus seguidores. Como a vinda de Cristo, não se deu, segundo predissera Miller, a maioria dos que se diziam crer em Deus descrera, e continuaram na antiga prática de sua religião, afirmando-se mais que antes às práticas seculares, abandonando de vez a fé segundo a bíblia, e mais que antes, tornaram-se verdadeiros exploradores capitalistas, aperfeiçoando-se na fenomenologia da fé sem as obras da lei de Deus. A bíblia, para esses, serve apenas como pano de fundo para o engano, uma máscara para roubar e levar à perdição eterna a milhares que se contentam com o show da fé, o frenesi de uma religião emocional, ignorando racionalmente o plano de salvação planejado pelo Criador. No entanto, o justo juiz, avaliará com justiça cada crente enganado por esses falsos profetas; porém, antes que a segunda vinda de Cristo ocorra, os fieis a Deus, independente de instituições religiosas, farão os últimos apelos e advertências ao mundo e os que atenderem o último convite, juntos, formarão um grande exército para a missão final; muitos se converterão e serão salvos pelo poder do Espírito Santo; em meio a esse turbilhão, a angústia e a dúvida esmagará o orgulho de muitos, e, estando à porta da graça ainda aberta, esses, mediante o arrependimento serão salvos, mas, a maioria preferirá morrer que reconhecer o cumprimento das profecias bíblicas, lamentavelmente esses receberão a morte eterna.
          Após a grande decepção de 1844, um pequeno grupo tinha certeza de que a interpretação estava correta, mas não sabiam o que acontecera; humildemente se humilharam, oraram e pediram que Deus os iluminasse e os guiasse em meio àquela angústia da decepção generalizada. Quem desejar conhecer melhor esta história o livro O Grande Conflito de Ellen G. White dá em detalhes. No entanto, foi nesse contexto que a jovem Ellen G. White foi chamada para ser a profetisa Contemporânea para os últimos dias. Desse grupo de fieis nasceu à igreja Adventista do Sétimo Dia, organizada como religião em 1863, é esta a religião que passou a defender e guardar todos os mandamentos de Deus e a moral cristã segundo as orientações bíblicas; que sempre buscou adorar a Deus sem os apelos emocionais oferecidos pela fenomenologia da fé, estase que ignora a razão, sem consciência da fé racional, mas exalta os sentimentos embalados por sons variados, tambores, palmas, e danças; após esse culto dançante sente-se aliviado pelos momentos que o fez transcender, que o fez “esquecer” por algum momento a realidade diária. Os escritos da profetisa White é o cumprimento da profecia apocalíptica que indica que a igreja dos últimos dias teria o testemunho de Jesus, O Espírito de Profecia (Apocalipse 19: 10). Há um século e meio esta religião adverte as pessoas quanto a necessidade de reconhecer a Deus como o Soberano do Universo e da validade e necessidade das nações e pessoas cumprirem seus mandamentos e outras leis bíblicas para o nosso bem pessoal no presente, e mediante a graça oferecida por Cristo, termos o privilégio de ganharmos a vida eterna. Mas nem tudo para esta religião e seus fieis é fácil, pois temos a certeza de que fazemos parte da grande intriga universal entre o bem e o mal, que estamos numa guerra que envolve essas potestades “místicas”, mas, como nosso general venceu-a na cruz, nós mediante seus méritos e nossa submissão consciente ao plano de deus, sem dúvida, com Ele venceremos!
          Nessas últimas décadas, a fenomenologia da fé emocional vem crescendo a redor de todo o mundo, pessoas de todos os seguimentos sociais perceberam que isso dá um grande negócio, assim, as igrejas crescem em proporções geométricas vendendo por meio da exploração da fé a ilusão àqueles que têm pouco discernimento intelectual e religioso; que quer também apostar na sua fé para negociar com Deus através do pregador que promete milagres da cura e bens materiais, mas tudo isso está baseado no tamanho da oferta do crente à igreja (pastor).   Todos os seguimentos religiosos estão montando estratégias para esse novo filão da fé, e, infelizmente, os Adventistas do Sétimo Dia, o Israel Espiritual, o Estado Religioso sem fronteiras, também começou banalizar o que é santo. Há um novo projeto de igreja: A Nova Semente que está crescendo nesse novo embalo místico, mas ainda está sob o manto dos Adventistas do Sétimo Dia; a TV Novo Tempo trabalha para os dois seguimentos: a tradicional e à Nova Semente; não tenho dúvida, a nova semente, continuando, vai contaminar o que é “puro” e a igreja vai perder sua missão principal, mas não estranheis essas posturas; essa preferência mundana já fora profetizado pela profetisa Ellen G. White, então, logo chegará a hora dos homens e mulheres com o espírito de Elias, Daniel, João Batista e outros se levantarem para dar a última mensagem; nessa época a igreja passará pela sacudidura e muitos dos atuais adventistas serão vomitados da boca do Senhor, em contrapartida milhares de pessoas de outras igrejas juntar-se-ão aos verdadeiros adoradores e a mensagem será concluída em alto clamor! A mensagem será dada e o plano de Deus realizar-se-á e Satanás com suas estratégias não minará o propósito divino!
         “O testemunho da testemunha fiel não foi atendido nem pela metade. O solene testemunho do qual depende o destino da igreja foi subestimado, se não rejeitado por completo. Esse testemunho tem que operar arrependimento profundo, e todos os que de fato o recebem , obedecer-lhe-ão e serão purificados”. (TESTEMUNHO SELETO – I. Ellen G. White. CASA PUBLICADORA BRASILEIRA. Pág. 60. 1984)
          “Entre o povo de Deus há corações corruptos; serão, porém, experimentados e provados. Aquele Deus que lê o coração *(mente) de todos, trará à luz coisas ocultas das trevas onde muitas vezes menos delas se suspeita, para que aquelas pedras de tropeço que têm prejudicado o progresso da verdade sejam removidas, e Deus tenha um povo puro e santo para declarar Seus estatutos e juízos”. (Idem, pág. 109)
PORQUE DEUS REPROVA SEU POVO
          “porque eles têm grande luz, e porque, pela sua profissão de fé, se colocaram como povo especial, escolhido de Deus, tendo Sua lei escrita no coração * (mente). Eles mostram sua lealdade ao Deus do céu prestando obediências às leis de Seu governo. São representantes de Deus na terra. Qualquer pecado que neles houver separa-os de Deus e, de modo especial, desonra-Lhe o nome, pois dá aos inimigos de Sua santa lei ocasião de reprovar Sua causa e Seu povo, o qual Ele chamou “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (I S. Pedro 2:9), a fim de que anunciem as virtudes dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz”. (Ibdem. Pág. 264)
          Termino aqui minha análise sobre: *RELIGIÕES: SÃO INVENÇÕES HUMANAS?  Concluindo: *sim. E todas elas são frutos de nossa imaginação, uma criação que nos leva à fuga de nossa miséria, miséria essa, gerada pela alienação que o pecado causou entre nós e Deus. E essa religiosidade está fundamentada nos sentimentos, e quanto mais elementos ritualísticos místicos houver, acompanhados de sons e ritmos, melhor será para a transcendência, o engano. A fé, que é inerente às pessoas, nesse caso, está sendo dirigida às criações das próprias pessoas. Isto é, o homem enganando a si mesmo.
Entre essa babilônia religiosa que os homens criam, há algo superior à nossas invenções religiosas; um plano de salvação, algo racional que o criador da razão idealizou para o retorno de pecadores ao lar edênico. Religião e o culto, o louvor, não pode, jamais, ser fruto dos sentimentos, mas sim, da compreensão desse plano do Criador, logo, algo racional, inteligente, um princípio, modo de vida, que pode ser chamado de religião, porque esta é a religação com Deus, com Seu plano de governo, Suas leis.
Então, não há ateus, crentes, católicos, protestantes, espíritas, espiritualistas, mulçumanos, judeus, budistas etc... Todos se incluem nessas duas linhas religiosas, onde todos somos vítimas e/ou bem aventurados.

Filósofo e professor Isaías Correia Ribas






         

terça-feira, 20 de novembro de 2012

RELIGIÃO: SÃO INVENÇÕES HUMANAS? – III


          Do início da Idade Média até mais ou menos a século XII a Patrística (escola dos padres) imperou. Toda educação estava sob a tutela da igreja. O conhecimento era apenas às elites religiosas. À população, ignorância generalizada. Todo ditador sabe que o único meio para dominar sem maiores problemas é manter as pessoas na ignorância, alienadas, inconscientes das estruturas políticos-religiosas. Seguindo essa lógica, a igreja Medieval conseguiu por mil anos manter as trevas cognitivas no Ocidente.
          Os filósofos Avicena (980 – 1037) e Averróis (1121 – 1198), foram os dois principais filósofos do mundo árabe que, não conseguindo adaptar a filosofia aristotélica à religião mulçumana; trouxeram para o Ocidente as ideias filosóficas de Aristóteles. São Tomás de Aquino (1225 – 1274) teólogo, filósofo e padre dominicano, professor na Universidade de Paris, analisou a filosofia de Aristóteles segundo a visão dos filósofos acima, entendeu o método, procurou harmonizar Aristóteles ao cristianismo formulando hipóteses racionais para provar a existência de Deus, e nessa mesma perspectiva outros grandes cientistas se fizeram conhecidos e descobriram muitas técnicas úteis à melhora da vida, nessa busca para provar racionalmente a existência de Deus, Galileu Galilei (1564 – 1642) foi mais um deles. Tomás de Aquino questionou a Patrística, e, segundo o silogismo aristotélico e o método, abriu as portas aos questionamentos laicos (pessoas não religiosas), nasceu nesse contexto o Humanismo e o Renascimento bases para a Modernidade e a Escolástica (ensino universitário); em Bolonha e Paris surgiram as duas primeiras universidades ocidentais voltadas às ciências, política, direito e o aprofundamento da discussão entre razão e fé. O racionalismo antropocêntrico Pré-Socrático, a teologia platônica se moldava para novas investidas; a filosofia natural renascera com novas aparências, discursos mais bem elaborados, agora sob a batuta do método científico e da metafísica.
          O cristianismo platônico sofrera grande abalo cognitivo, filosófico, político e religioso, era o espírito antropocêntrico Pré-Socrático assumindo novamente à busca de teorias e elementos para fundamentar a existência orgânica e inorgânica do Universo, principalmente em nosso habitat, a Terra, que não fosse o Deus criador do Antigo Testamento, representado agora na pessoa de Jesus Cristo, O verbo que se fizera carne. Renascimento (retorno aos clássicos greco-romanos), para compreender os fundamentos antigos e reativar o antigo espírito antagônico ao Deus criador sem a interferência da religião, se possível fosse.
Mas como o homem, genericamente falando, é religioso por natureza e existe um livro milenar, a bíblia, que não deixa essa religiosidade, a fé num Deus criador morrer, o antropocentrismo vestido de Humanismo; Renascimento e Modernidade não iria executar sua obra funesta sem questionamentos religiosos, mesmo que esses também fossem falaciosos, melhor dizendo: mesmo que esses questionadores não tivessem toda a luz para as interpretações bíblicas.
O cristianismo platônico chegou ao poder político como igreja com muita astúcia, logo, a perda desse poder não seria algo simples, fácil; e a história comprova que isso ocorreu mediante muitas batalhas bélicas e intelectuais, envolvendo todos os seguimentos religioso-político do Ocidente e do Oriente. Os dois conceitos ou os paradigmas principais dessa batalha foram em torno de *“Razão e Fé”.
BÍBLIA
          Diz a bíblia por meio do profeta escatológico Daniel e confirmado pelo filho de Deus, Jesus Cristo, falando sobre a ruína da igreja platônica: “E desde o tempo em que o holocausto contínuo for tirado, e estabelecida a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem aventurado é o que espera e chega aos mil e trezentos e trinta e cinco dias”. Daniel 12: 11 e 12
“Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação da desolação predita pelo profeta Daniel (quem lê entenda)” [...] Mateus 24: 15...
Segundo a profecia de Daniel, o marco principal dos fins dos tempos seria a evolução científica: “Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”. Daniel 12: 04
Em cumprimento à profecia de Daniel e Jesus, a abominação desoladora acorreu no ano setenta, quando o general romano, Tito, destruiu o templo de Jerusalém, não deixando pedra sobre pedra. Se somarmos 70+1290= 1360; ou 70+1335= 1405; ou então, podemos partir também de 476, ano em que o cristianismo platônico assumiu o poder político-religioso, assim sendo: 1290+476= 1766 ou 1335+476= 1811; chega-se ao fim da Idade Média e ao fim da Modernidade, transição da modernidade para o Pós-Moderno. O nascimento do Humanismo e o Renascimento, é a volta ao racionalismo antropocêntrico Pré-Socrático. E o que restou dos fieis ao Deus bíblico como instituição? O racionalismo teológico Medieval-Renascente-Moderno suplantou-os; restando apenas a fenomenologia da fé. Isto é, a manifestação mística, transcendental, sem o compromisso de praticar as leis divinas e a moral explicitadas na bíblia. Por isso disse o profeta: bem aventurado é o que espera, referindo-se às pessoas e não às instituições religiosas, igrejas.
          Segundo Nietzsche (1844 – 1900), o verdadeiro espírito renascentista está exemplificado em: “Cesare Borgia como papa... Podem imaginar? Pois bem, esta seria a única vitória que eu realmente desejaria: com isso o cristianismo teria acabado! O que aconteceu? Um monge alemão; Lutero, foi para Roma. Esse monge com o corpo tomado de todos os instintos de vingança de um padre falido indignou-se em Roma contra a Renascença... Ao invés de compreender com um profundo agradecimento aquele prodígio, a superação do cristianismo na sua cidade-sede, seu ódio não soube retirar desse espetáculo senão seu alimento; um homem religioso pensa apenas em si. Lutero enxergou a perversão do papado, enquanto exatamente o contrário era indubitavelmente óbvio: a podridão, o *peccatun original, o cristianismo já não estavam sentados na cadeira do papa! Mas sim a vida! O triunfo da vida! O sonoro sim a tudo que é elevado, belo, audaz!... E Lutero restabeleceu a igreja: atacou-a... a Renascença; um acontecimento sem sentido, um grande movimento em vão! Ah, esses alemães, o que já nos custaram! Em vão, isso sempre foi obra dos alemães. A Reforma; Leibnitz; Kant e a tal da filosofia alemã; a guerra da libertação; o reich, cada vez um “em vão” para alguma coisa já existente, para algo irrecuperável... São meus inimigos, confesso, esses alemães: eu desprezo neles toda forma de impureza de conceitos e valores, toda forma de covardia frente a todo “sim” e “não” íntegros. Por quase um milênio intrigaram e distorceram tudo que é tocado com seus dedos, pesam na sua consciência a metade, três-oitavos de todas as enfermidades da Europa! Pesa-lhes na consciência também a espécie mais imunda, incurável e irrefutável do cristianismo, o protestantismo... Se não conseguirmos acabar com o cristianismo, será por culpa dos alemães”... (NIETZSCHE; O Anticristo; Maldição do Cristianismo. CLÁSSICOS ECONÔMICOS NEWTON, PÁG.91 (Aforismo 61) 1992.
 Reafirmo: o cristianismo atacado por Nietzsche é o platônico e o protestantismo é o que se alinha à teologia Medieval, logo, platônico, que é contrário ao original, bíblico, exemplificado na pessoa de Cristo e dos cristãos primitivos. O Protestantismo criticado por Nietzsche é o fenomenológico, sem compromisso, coerência com os ensinamentos bíblicos e com a lei dos judeus e a moral cristã, que é, na verdade, um prolongamento do judaísmo bíblico. Esse, segundo o próprio Nietzsche, ficou apenas no discurso da fé sem as obras da lei.
O “Evangelho” morreu na cruz. O que passou a se chamar “Evangelho” desde então é o oposto do que ele viveu: uma “má nova”, desevangelho. É falso até o absurdo ver numa “fé”, por exemplo, na fé na redenção de Cristo, o emblema do cristão: somente a prática cristã, uma vida como a dele, que morreu na cruz, é cristã... Ainda hoje uma vida assim é possível, para alguns homens até necessário: o cristianismo verdadeiro, o original, será possível em todas as épocas... Não uma fé, mas um agir, sobretudo não-fazer-muitas coisas, ser de outra forma... Estados de consciência, uma fé qualquer, ter-algo-por-verdadeiro, por exemplo (qualquer psicólogo sabe disso) são coisas completamente irrelevantes, e de quinta categoria se comparadas com o valor dos instintos: de forma mais rigorosa, toda noção de causalidade intelectual é falsa. Reduzir o ser cristão à cristandade, ao ter por verdadeiro, a uma fenomenologia da consciência significa negar o cristianismo. ([...]) A fé foi chamada de verdadeira astúcia cristã, pois sempre falou-se em “fé”, mas agia-se a partir dos instintos” (Idem, Aforismo 39)
Então, conclui-se, a profecia de Daniel e de Jesus cumpriram-se. “Muitos se purificarão, e se embranquecerão, e serão acrisolados (santificados); mas os ímpios procederão impiamente; e nenhum deles entenderá; mas os sábios entenderão. Tu, porém, vai-te, até que chegue o fim; pois descansarás no teu quinhão ao fim dos dias”. (Daniel 12: 10 e 13) A Daniel foi garantida a salvação e à certeza de que nos últimos dias os sábios compreenderiam a profecia e distinguiriam o falso do verdadeiro!
RAZÃO E FÉ
FÉ E RAZÃO: CARA E COROA DE UMA MESMA MOEDA. A MAIOR MENTIRA EM DISCUSÃO ACADÊMICA CATÓLICO-PROTESTANTE DE TODOS OS TEMPOS; MENTIRA RACIONALISTA-TEOLÓGICA.
René Descartes (1596 – 1650), considerado o pai do racionalismo Moderno, base de sua filosofia: “Cogito ergo sum” (penso, logo existo); *“eu dubito”, (eu duvido), logo penso, logo existo. Descartes parte da dúvida de sua existência, mas ao perceber que pode pensar, então, como ser pensante existe indubitavelmente.  O mundo orgânico e o cosmo funcionam como uma máquina, um relógio. Deus os fez perfeitos e como tal se mantêm fieis às leis da física. O deus de Descartes, o mecânico relojoeiro, é apenas um conceito.
Baruch Espinoza (1632 – 1677) e o seu *Panteísmo, nada mais é que a releitura, “plagiada” interpretação da filosofia de Aristóteles: a alma está em todos os animais e vegetais, como esta vem de Deus, tudo que têm vida é uma extensão de Deus.
Charles Darwin (1809 – 1882), com a teoria da evolução, é, mais um espírito filosófico Pré-Socrático que vai contra o criador, e coloca a natureza como a genitora da evolução, “eliminando” hipoteticamente o poder criador e mantenedor de Deus. Atualmente há seitas religiosas que a defende como sendo obra, opção de Deus; um *desaine inteligente, por exemplo.
Outra proposta hipotética, o *Big Bang (grande explosão) é outro marco científico que tenta eliminar o Deus bíblico do processo de criação; esta foi primeiramente defendida pelo padre e cosmólogo georges Lemaítre (1894 – 1966). Hoje, nos laboratórios avançados de física já ilustraram com vídeos essa hipótese, tentando, através da ilusão ótica transformar a mentira em verdade absoluta.
E assim, a *Razão e a fenomenologia da fé sem as obras da lei, vigoraram até meados do século XIX. E há centenas, milhares de cientistas, filósofos e teólogos que tentam, ainda hoje, fazer valer a fenomenologia da fé e os rituais que a envolvem, sem às práticas da lei e da moral do Criador, ignorando-as como o único caminho à salvação prometida na bíblia. Lamentável, mas, é essa a verdade teológica em vigor nos seguimentos católicos e protestantes atuais.
Não vou dar mais exemplos senão vira um livro.
No próximo artigo (texto), mostrarei que católicos e protestantes são os extremos de uma mesma lógica político-filosófica-católico-protestante.

Professor e filósofo Isaías Correia Ribas.