Segundo a bíblia, antes do homem pecar suas vestes era de “luz” (Gênesis
3: 7 e 21). Com o pecado toda a natureza e o tempo foram alterados, o mal que Satanás
causara aos anjos no céu, chegara ao planeta Terra, e o homem, semelhante aos
anjos caídos, passaram a conhecer também o mal. Não sei o que era, mas, além de
cobrir a nudez, havia algo nas vestes que diferenciava o homem da mulher. A
nudez do homem e da mulher, segundo a bíblia, não pode ser exposta pelos
adoradores. “Também não subirás ao meu altar por degraus, para que não seja ali
exposta a tua nudez” (Êxodo 20: 26). No vestir-se, também, é um meio de
identificar o sexo oposto. Não sei como e nem porque, mas é, segundo a bíblia,
abominação ao senhor não cuidar-se de como vestir-se. “Não haverá traje de homem
na mulher, e nem vestirá o homem vestido de mulher, porque quem faz isto é
abominação ao Senhor teu Deus” (Deuteronômio 22: 5).
Cada cultura veste-se segundo sua tradição. Mas há tribos, onde todos,
homens e mulheres andam nus. As vestimentas dos dias de Cristo, também, apesar
de haver semelhanças, havia algo que diferenciava o homem da mulher. Mas todos
concordam que o principal propósito do vestir-se é cobrir a nudez e proteger o
corpo das intempéries dos climas. Cristo vestiu-se segundo a cultura dos judeus
e trajou-se como homem. O vestir-se até os dias de Cristo tinha como função
principal cobrir a nudez e não expor a sensualidade, por isso, homens e mulheres
vestia-se de túnicas. Mas havia algo que diferenciava os gêneros, talvez a
tonalidade ou algum outro adereço.
O argumento atual defende que a cultura mudou, ou evoluiu, e o vestir-se
tem outras funções além de cobrir a nudez e proteger o corpo. Atualmente a
função principal do vestir-se é expor a sensualidade, e, tanto os homens como
as mulheres buscam expor sua nudez através do vestir-se. Independente de estar
usando uma calça ou um vestido, o que queremos é expor a sensualidade, mostrar
as formas de nosso corpo para atrair o outro ou simplesmente para mostrar-se.
Mas, segundo a bíblia os adoradores não devem expor sua nudez. Mas, se o viver
do cristão é ser semelhante a cristo, há algo de errado com essas novas teses quanto
ao vestir-se para honra e glória de Deus. Para a mulher cristã da atualidade, o
vestir-se com trajes “masculinos” é normal, e muitas fundamentam suas teses em Cristo
que se vestia de túnicas semelhante as das mulheres, embora sendo homem. E
assim, as mulheres trocaram seus lindos vestidos pelo modelo masculino, e
todas, independentemente de sua religião acostumaram em não levar em conta o
conselho divino; mas a intenção dessa tese é que a calça, embora cubra e
proteja todo o corpo, ela veste melhor, mas o que querem mesmo é expor melhor a
sensualidade. Só falta agora os homens começarem achar normal e começar a
trajar-se de vetes femininas, achando que Deus não está preocupado com o modo
de vestir-se de seus seguidores. Já pensou no escândalo que seria se os
pastores e cantores começassem a pregar vestidos com trajes femininos? Podes crer,
há um fermento estranho controlando os novos trajes das mulheres e homens “cristãos”.
Um ponto sobre o qual cumpre instruir os
que abraçam a fé é o vestuário – assunto que deve ser cuidadosamente
considerado da parte dos recém-conversos. Revelam vaidade no tocante à roupa?
Acariciam o orgulho do coração? A idolatria praticada em matéria de vestuário é
enfermidade moral; não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos
a submissão às reivindicações do evangelho requer uma mudança decisiva em
matéria de vestuário.
As palavras das Escrituras Sagradas,
referentes a vestidos, devem ser bem meditadas. Importa compreender o que seja
agradável ao Senhor até em matéria de vestuário. Todos os que sinceramente
buscam a graça de Cristo, hão de atender a essas preciosas instruções da
palavra divinamente inspirada. O próprio feito da roupa há de comprovar a
veracidade do evangelho. (White p. 393 e 394)
O modo de ser revala o grau de conversão.
Filósofo Isaías Correia Ribas
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: WHITE, G. Ellen. Testemunhos
Seletos V. II. Ed. Casa Publicadora Brasileira – Santo André – São Paulo – 1985.