A maior expressão dessa dualidade
conceitual em um único corpo encontra-se no ser humano, em cada um de nós esse “mistério”
está expresso. Assim sendo, ignorar a metafísica como querem os atuais
filósofos e os cientistas, dá a entender que há algo no universo que eles fazem
questão de não entender, optando analisar somente o que é possível
empiricamente como faz a ciência; e, indo um pouco além, por meio da filosofia da
linguagem e da lógica, preocupando-se apenas com as análises sintéticas das
expressões faladas e escritas; assim, filosofia também não vai além das ciências
empíricas.¹
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¹“As
correntes empiristas ocupam um lugar especial na filosofia contemporânea. O que
as relacionam entre si não é determinado conteúdo doutrinário, mas sim a recusa
de todo e qualquer tipo de metafísica. Nesse contexto, a expressão “metafísica”
deve ser entendida num sentido muito amplo, significando não apenas uma doutrinas
dos objetos suprassensíveis, mas toda filosofia que pretenda, aprioristicamente,
fazer afirmações sobre a realidade ou estabelecer normas. Se quiséssemos resumir
numa sentença a convicção fundamental dos empiristas, poderíamos dizer o
seguinte: é impossível conhecer a constituição e as leis do mundo real através
de pura reflexão e sem qualquer controle empírico (pela observação). Todo
conhecimento científico pertence às ciências formais (lógica e matemática) ou
às ciências empíricas do real, de modo que não há lugar para uma filosofia que
venha a concorrer com as ciências particulares ou que pretenda ir além delas.
Uma vez que não há ciência não empírica do real, as investigações
filosóficas têm de se limitar à lógica, à epistemologia, à teoria das ciências
e às questões de fundamento. A filosofia abandona a pretensão de tornar-se
rainha das ciências e passa a ser uma serva dos conhecimentos particulares. O
objeto da pesquisa filosófica não é mais as coisas e as ocorrências do mundo
real ou ideal, mas enunciados e conceitos científicos, consistindo a função de
uma investigação teórico-científica, sobretudo em tornar claros os conceitos
fundamentais e os procedimentos das ciências particulares. Destarte, colocam-se
à disposição destas últimas, instrumentos lógicos e linguísticos adequados à
construção de teorias, evitando-se o perigo de que, graças aos surgimentos de
pseudoproblemas, a energia do pesquisador venha, inutilmente, tomar falsa
direção. CARNAP, p. 257
A filosofia, desde o seu nascimento, VI a. C., surgiu com a preocupação de
encontrar respostas sobre a origem da existência do ser humano e de tudo que há
no planeta Terra e do universo astral; o problema posto pela filosofia era
ontológico, logo, metafísico. Esse problema durou até Descartes (1596-1650) que
colocou outro problema, o epistemológico, direcionando o foco para, se é
possível conhecer o ser. Nesses poucos mais de dois mil anos, nem metafísica filosófica
e nem as ciências empíricas deram respostas conclusivas sobre a origem do ser,
dos entes e nem do universo astral; todas as hipóteses levantadas não passaram
de hipóteses. Por isso René Descartes colocou outro problema (já que não temos
certezas científicas e filosóficas sobre as origens, vamos investigar a
possibilidade de conhecer o ser, os entes e as coisas). Ao homem é possível
conhecer empiricamente o objeto, as coisas, o movimento astral e a metafísica
matemática, mas as origens continuam como mistérios à filosofia e à ciência. Na
Idade Contemporânea, ciência e filosofia se unem para abandonar a metafísica
das origens; concentrando-se nas ciências empíricas e nas análises da linguagem,
negando assim toda metafísica original. É o nascimento formal e legal do ceticismo
contemporâneo, onde a moral, a religião e as leis que limitam o comportamento
do indivíduo têm que ser questionadas e anuladas, liberando a humanidade a
expressar, na prática, todos os seus desejos. Então, não é por acaso que as
barbaridades comportamentais vistas na crescente criminalidade atual em todos
os seguimentos sociais, percebidas em todos os países do mundo, não tenham
origem legal. (No caso do Brasil, a menoridade é o caso clássico, onde os
legisladores preferem dar liberdade aos menores matar sem ser responsabilizados
por seus crimes). Enquanto a humanidade, teoricamente, estava em busca das
origens, havia um equilíbrio entre o comportamento (temor) e o objeto analisado.
Uma vez que os pensadores que influenciava o comportamento negaram toda a
metafísica das origens, um novo espírito apossou-se do comportamento humano,
levando-o a agir sem o temor de Deus, a caminho de um tipo de autodestruição
legalizada. Neste contexto, se analisarmos a própria religião que, pela fé,
continuam professando crer em um Deus Criador e mantenedor de tudo, ela
própria, como instituição, nega crer na legalidade de uma lei universal dada
pelo próprio Deus, quando prefere seguir e ensinar a ilegalidade dos dez
mandamentos escrita pelo próprio Deus segundo a bíblia que eles professam crer;
negando a lei de Deus, esse novo espírito contrário a Deus, os fazem crer na
imortalidade da alma, esse espírito maligno está enganando a todos, crentes e
descrentes.
Física:
Entende-se por física toda a
natureza, tudo que existe e podemos, além de ver, tocar e alterar cientificamente
de diversos modos. Com essa capacidade de alterar a natureza o homem consegue
adaptá-la à suas necessidades. A isso denominamos progresso científico.
Metafísica:
Por metafísica entendemos o que está
além da física. Principalmente Deus e o conceito alma, ao que não se têm acesso
pela visão e nem pelo tato. Mas, além de Deus e a alma, há outras metafísicas:
a matemática, a física e a geometria são
metafísicas criadas pelo homem que podem ser compreendidas e aplicadas. As leis
(legislações) também são criações metafísicas aplicadas. Mas o indivíduo humano
é um conjunto físico-metafísico. O corpo é físico; o pensamento é metafísico. A questão é: Como
um conjunto físico gera o metafísico, além de gerá-lo, faz ciência, filosofia e
religiões que questionam a si mesmo? Como o homem é um conjunto físico-metafísico,
sua origem só pode vir de um Ser-Físico-Metafísico, pensar o contrário é
contraditório. Mas onde está este Ser? Para a ciência, a filosofia e religiões,
Ele não existe como criador e mantenedor de tudo, existe apenas como conceito,
e esse conceito, dentro desse contexto só pode ser falacioso. O atual
comportamento da humanidade está fundamentado nessa conclusão falaciosa da
ciência, da filosofia e das religiões que negam o Deus criador e mantenedor
segundo ensina os escritos bíblicos. A grande questão que deve ser posta é:
Onde está a verdade, com as ciências humanas ou com os escritos bíblicos?
Filósofo Isaías Correia Ribas
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Filosofia Contemporânea, Capítulo IX.
O Moderno Empirismo: Rudolf Carnap e o Círculo de Viena.