Todas as pessoas, independente de conhecimento, cultura e religião estão
em constante conflito consigo mesmas. E esse conflito, para muitos, não se dá
pela existência em si, pois muitos apenas vivem sem pensar porque tudo existe,
e inclusive por que se existe, trabalha, estuda, come, casa-se, têm filhos, dorme
e se diverte. Por alguns instantes, vendo um amigo (a) no leito do hospital ou
diante de um morto dentro do caixão, quase acontece um insight levando-se a
pensar na fragilidade da existência; no entanto, deixando tal ambiente, o
cuidado do viver pelo viver ofusca a quase reflexão que o surpreendera. Para
muitos outros, a existência é a causa do grande conflito pessoal, esses, para
amenizar o conflito existencial se apegam à religiosidade ou não, isto é, uns
creem em alguma divindade e outros não se apegam a divindade alguma; esses
parecem viver de forma consciente. O primeiro grupo, apesar de não ter
preocupação com o existencialismo, eles também creem, mas não sabem para que crer
ou não crer, parecendo estar despreocupado com o eu e com tudo a seu redor,
vivem num estado de “inconsciência”. Assim sendo, todas as pessoas creem.
Diante do sentido do viver, o envelhecer e morrer parece não ter
sentido. Mas, independente de ter ou não sentido, essa é a realidade que todos
nós enfrentamos. Dessa realidade existencial e o conflito pessoal que a envolve
nascem todas as formas de culto às mais diversas divindades; e no outro extremo
temos aqueles que não se encurvam a divindade alguma, isto é, creem que tudo
não passa dessa existência terrena: nascer, viver, envelhecer e morrer.
Todas as religiões tem seu livro sagrado, porém, o judaísmo e o
cristianismo, ambos fundamentados na bíblia, apresentam um Deus criador e
mantenedor do universo que se preocupa em comunicar-se com entes que criara à
Sua semelhança; o meio dessa comunicação deu-se por meio dos patriarcas e profetas
e outros líderes que, num período de 1.600 anos, por meio de revelação, sonhos
e inspiração divina, escreveram o livro sagrado. Segundo a bíblia, outras vezes
Deus falara face a face com o homem. E nesses últimos dois mil anos tem-nos
falado por meio de Seu filho Jesus, que nascera, vivera por trinta e três anos,
fora morto segundo o plano de salvação, ressuscitara e subira novamente ao pai
para terminar a obra que começara; completando-a, virá novamente para buscar
aqueles que Nele confiarem e procuraram agir à sua semelhança.
A bíblia é o único livro sagrado que conta a história da criação e da
salvação por meio da história de uma nação, então, o meu Deus está inserido na
minha história e na história de todos os povos, logo, na sua história. A história
dessa nação começou com Abraão que recebera o chamado de Deus para deixar sua
região, seus pais e amigos para fundar uma nação segundo as orientações de Deus
o Criador. Abraão, ainda hoje, é reivindicado como pai de várias nações e
religiões por meio de seus descendentes Isaque e Ismael, os maçons o tem como o
primeiro construtor, logo, o tem como o exemplo maior de suas ideologias, assim
como os mulçumanos e outros. Perceba amigo leitor que a bíblia não influencia
somente os ocidentais, mas todos os povos. A nação que Deus fundara por meio de
Abraão tem por objetivo maior, ilustrar o plano de salvação idealizado pelo
próprio Criador.
Os Hebreus, Israel e Judeus são partes, períodos de um mesmo povo que
tivera a função de ensinar todos os povos o plano de salvação elaborado pelo
próprio Deus; a primeira parte dessa história iria até o nascimento de Jesus; a
segunda iniciaria com o ministério do próprio Cristo até Sua segunda volta para
estabelecer a ordem do Éden “perdido”. Esta era a função de Israel até o
nascimento do Messias, pois, para isto vieram à existência como nação
organizada. Ao Deus organizar esta nação o grande conflito entre nação eleita e
Satanás intensificou-se na Terra; pois, destruindo Satanás a influência de
Israel ao resto mundo, destruiria assim, o plano de salvação que Deus elegera.
Por esse motivo a história de Israel é uma história de conflitos ideológicos e bélicos
entre outros povos, por trás de tudo isso há um plano maior: mostrar ao
universo que Deus vai instituir novamente Sua vontade, voltando a ser um
universo de paz eterna, sem doenças e mortes de espécie alguma. Mas antes que
isso aconteça o mal e a história do pecado têm que passar por todas as fases
para que nunca mais o conflito surja no universo; somente assim a paz e
liberdade serão estabelecidas em um universo cujo fundamento é a liberdade consciente.
Filosofia I
A história dos Hebreus já existia por
aproximadamente mil e trezentos anos quando a filosofia surgiu no Ocidente,
iniciava ali a intriga entre os que defendiam a fé em Deus e a filosofia que
negava essa fé. Era o início da batalha
entre o racionalismo puro e a fé pura. Em três séculos o racionalismo
filosófico e seus questionamentos conseguiram minar a fé do povo que Deus
escolhera como Seu representante. O racionalismo conseguiu submeter fé à razão
de tal modo que, quando Cristo nasceu não fora aceito pelo povo que Ele elegera; os
judeus daquele momento e os romanos participaram diretamente da condenação e
morte do filho de Deus que nascera para selar o plano de salvação com Seu
próprio sangue. A função de Israel como nação eleita findou ali. Cumpriu-se o
que Deus prometera através de seus patriarcas e profetas. No seu lugar, deu
início uma nova fase na história da salvação, o cordeiro eterno ofereceu-se em
sacrifício para livrar-nos da morte eterna. Um novo Israel se inicia com a ressurreição
de Cristo, o ‘Israel Espiritual’; sem espaço geográfico e sem política. A
composição desse novo Israel é livre a todas as pessoas de qualquer parte do
planeta. As características exigidas para fazer parte do Israel Espiritual são:
Aceitar a Jesus como seu salvador, representa-Lo em todo o jeito de ser, ser
como Ele foi cumpridores dos ensinamentos bíblicos, e obedecer ao “ide anunciar o evangelho”.
O cristianismo é bem mais complexo epistemologicamente que quando
existia uma nação eleita. Mas, por que é mais complexo? Porque todos os
professos cristãos de diferentes denominações religiosas se acham
representantes de cristo por falarem do que está escrito na bíblia, como não é
tão simples assim, os próprios cristãos sempre guerreiam entre si pela
supremacia do direito cristão, de ser a igreja eleita. Graças a Deus Ele nos deixou
as características desse Israel espiritual até que Ele volte registrada em Sua
palavra, a bíblia sagrada: "Guardam os
mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus". (Apocalipse 12: 17)
Filosofia II
Estabelecido o cristianismo inicia a segunda fase da intriga
entre fé e razão. Com a morte e ressurreição de Cristo, Satanás e seus anjos
estavam condenados à morte eterna, juízo que ocorrerá quando Deus for purificar
a Terra do mal que Satanás causara. Ciente disso Satanás intensifica-se na arte
do engano, pois sabe que pouco tempo lhe resta e quer levar à condenação o
maior número de pessoas possível. Sua estratégia é: ‘Confundir’, causar
confusão entre os pretensos seguidores de Cristo. Logo, algo superior ao
confronto bélico, então, nada melhor que uma estratégia epistemológica, assim,
a filosofia continua em cena com sua arte de argumentação contra aqueles que
preferiam seguir pela fé O Filho de Deus e Sua palavra, a bíblia. Muitos
filósofos platônicos entraram em cena para confundir filosofando a partir de conceitos
bíblicos. Filon, filósofo judeu de Alexandria, classificou os escritos bíblicos
como alegóricos e os maniqueístas, do qual Santo Agostinho era membro,
entre outros, conseguiram apresentar ao mundo um cristianismo filosófico,
herdeiros da tradição romana pagã, passaram a perseguir aqueles que decidiam
seguir o mestre pela fé segundo ensinava as escrituras sagradas, apresentando
ao mundo um falso cristianismo, o platônico. O Apocalipse, livro profético escrito por
João na ilha de Patmos, conta a história do Israel espiritual e do falso cristianismo
que o perseguiria desde os primitivos cristãos até os últimos genuínos cristãos
vivos por ocasião da segunda vinda de Cristo. As sete igrejas apocalípticas são
os diversos períodos da história do cristianismo, onde, os falsos cristãos perseguem
os verdadeiros. São elas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia
e Laodicécia. (Apoc. 2 e 3)
Assim, no período Medieval, “a filosofia cristã parece ter conseguido
submeter a razão à fé”. Será? Ou era uma nova forma de racionalismo, o cristão,
se impondo a própria fé pura? Sem dúvida, era o racionalismo filosófico vestido
de cristão perseguindo aqueles que faziam da bíblia o livro guia para
desenvolver a fé genuína.
Filosofia III
No período medieval a fé se “impôs” à razão. Após mil anos de imperialismo medievo,
da supremacia da fé sobre a razão, o racionalismo puro se levantou questionando
as atrocidades que os reis-filósofos-cristãos e a igreja Católica faziam em
nome de Deus à humanidade. Surge então uma guerra epistemológica bem mais complexa
que a anterior, agora são três frentes ideológicas tentando impor sua visão de
mundo sobre os outros, ficando assim: filosofia pura X racionalismo cristão X
protestantes. Ninguém desse período conseguiu anular o outro, e assim, da Idade
Moderna a contemporânea os três, questionam-se mutualmente, mas conseguiram
manterem-se na história convivendo “democraticamente no mundo”, dividindo o
mundo ocidental nesses três grandes seguimentos, onde seus adeptos, ainda hoje,
lutam para convencer um ao outro de que está com a verdade.
Filosofia IV
Os protestantes Pós-Modernos resolveram
também, através da filosofia argumentar as razões de suas crenças não mais no
assim diz o Senhor, mas nos fundamentos filosófico-cristão-medieval,
facilitando assim sua inserção no mundo capitalista sem enfrentar
tantos questionamentos; resolveram ser semelhantes ao cristianismo da Idade
Média, adaptando-se melhor às ideologias cristãs falaciosas, fazendo da bíblia
apenas um dos meios para enganar a humanidade, transformando suas instituições
acadêmicas semelhantes à lógica mundana, deixando assim de zelar pela fé pura.
Nesse contexto aparece o filósofo alemão Friedrich Neitzsche (1844-1900)
condenando toda essa falsa religiosidade, qualificando-as de invenções humanas,
instituições que conduzem a humanidade ao niilismo, ao nada, verdadeiras
utopias. Assim, nesse contexto nebuloso essas três frentes filosóficas
semelhantes estavam certos de que os adeptos da fé bíblica não mais lhes
questionariam. Mas Deus que não se deixa enganar estava no controle de tudo
provando a fé daqueles que se dizem seguidores de Cristo. Nesse contexto
contemporâneo surge o deísta Guilherme Miller em busca da verdade bíblica, pois
o deísmo ao qual seguira lhe conduzira ao niilismo, ao nada. Disposto a se
livrar dessa angústia existencial buscou encontrar a verdade bíblica a partir
do exame da mesma, renasce assim, na Idade Contemporânea a busca pela fé pura,
Miller, de família protestante Batista revolucionou a mundo através de suas
conclusões bíblicas. Concluiu que a segunda volta de Cristo se daria por volta
de 1844, apresentou suas conclusões aos líderes batistas os quais lhes
autorizaram a pregar. Nesse mesmo contexto Deus, para cumprir Sua promessa
apocalíptica aos Seus seguidores dos últimos dias, chama, depois de duas
tentativas frustradas com dois outros jovens, a jovem Ellen G. White como a
profetisa para o último período da igreja que defenderia a bíblia como a única
verdade divina à humanidade. White, que pertencia à igreja Metodista, após
ouvir as conferências do Batista Miller converteu-se ao movimento, pois este
estava em busca de servir a Deus sem interferências filosóficas. Toda a América
do Norte e outras partes do mundo convenceram-se das interpretações de Miller e
estavam conscientes de que Cristo realmente viria na data marcada e remarcada.
Mas Jesus não veio. Ouve uma grande decepção, a fé de toda a cristandade foi
duramente provada e a grande maioria recomeçaram suas vidas descrentes de que
Deus existe e a que bíblia é Sua palavra revelada para a humanidade. “O
racionalismo-filosófico vencera a fé”. Será?
Um pequeno grupo remanescente da decepção, entre eles e Ellen G. White,
tinha certeza de que algo estava errado na interpretação e que a bíblia jamais
poderia errar. Juntos jejuaram e oraram e Deus se manifestou de modo diferente
a vários irmãos de fé onde concluíram que a interpretação de Miller estava
errada e não a bíblia; e a Ellen G. White Deus deu-lhe o dom de profecia, e
assim, através de sonhos e visões o último período da igreja cristã, defensora
dos princípios bíblicos se iniciara. Sendo organizada em 1863 a Igreja
Adventista do Sétimo Dia que, como organização religiosa seria a responsável
para fazer o último convite aos moradores da Terra, assim, as verdades bíblicas
foram restauradas e a salvação em Jesus Cristo e Sua breve volta continuam
sendo anunciadas em todo o mundo.
As advertências apocalípticas à igreja de Laodicéia são direcionadas
especificamente aos Adventistas do Sétimo Dia. (Apoc. 3: 14-22) Você leitor, é
um Adventista do Sétimo Dia? Então, cuidado! Você é um laodiceano, e como tal
podes ser uma benção ou um escândalo para a igreja dos últimos dias. Você não é
Adventista do Sétimo Dia? Então, cuidado! O ditado que diz que todos os
caminhos levam a Roma é uma falácia, tal qual aquele que diz que todas as
religiões levam a Deus. A história tem demostrado que encontrar o verdadeiro
caminho que conduz à vida eterna não é algo tão simples como querem os
religiosos formais. Para a filosofia o cristianismo é uma falácia. Ser cristão
para a filosofia está além de uma profissão de fé, é agir como Cristo agiu; ser
como Ele foi. (Nietzsche) A igreja Adventista do Sétimo Dia não irá trinfar
como instituição religiosa, somente o seu remanescente trinfará com Cristo.
Então, amigo (a) Adventista do Sétimo Dia o que estás fazendo com a igreja quando
se apresentas com todas as suas pinturas, joias e trajes mundanos quando diz ser
chamado (a) para anunciar o evangelho? Para a filosofia negas a Cristo e o poder do evangelho.
A igreja Adventista do Sétimo Dia é defensora e seguidora das verdades
bíblicas, a menina dos olhos de Deus, e como tal, é alvo número um dos ataques de
Satanás. Por isso somente um remanescente triunfará, é que a guerra que será
travada nos últimos dias será tão dramática que a maioria dos seus atuais
membros negará sua fé e somente um remanescente ficará de pé, esses não
dependerão de instituição, apenas de Cristo. A igreja é como a nação de Israel,
cumpre apenas um papel organizacional enquanto há condições de ser uma
organização. Pense nisto, você tem talento, use-o corretamente para louvor e
honras ao Deus Criador do universo. JESUS EM BREVE VOLTARÁ! As profecias
bíblicas confirmam que assim será!
Filósofo Isaías Correia Ribas