Deus, Sua justiça eterna e Seu amor
eterno pelos pecadores estão explícitos tanto no Velho quanto no Novo Testamentos.
Na antiguidade, Deus executava o juízo demonstrando o que Ele fará no juízo
final. Ele, na Sua Onisciência não erra.
“Ora, Israel demorava-se em Setim,
e o povo começou a prostituir-se com as filhas de Moabe, pois elas convidaram o
povo ao sacrifício de seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus
deuses. Vendo Finéias, filho de Eleazar, filho do sacerdote Arão, levantou-se
do meio da congregação, e tomou na mão uma lança; foi após o Israelita, e
entrando na sua tenda, os atravessou a ambos, ao Israelita e a mulher, pelo
ventre. Então a praga cessou de sobre os filhos de Israel”. (Números 25)
O mesmo Cristo que se encarnou, viveu e morreu para nos salvar, organizou
o planeta Terra condicionando-o para a vida. Ele, pela sua misericórdia e graça
salvou também aqueles que viveram antes de Sua encarnação, logo, as boas novas
dos evangelhos e seu poder salvador estão presentes também no Velho Testamento.
O poder de Cristo, o Salvador
crucificado, para conceber vida eterna, deve ser apresentado ao povo. Devemos
demonstrar-lhes que o Velho Testamento é tão certamente o evangelho em sombras
e figuras, como o é o Novo em seu poder revelado. O Novo Testamento não
apresenta uma religião nova; o Velho Testamento não apresenta uma religião que
deva ser substituída pelo Novo. O Novo testamento é apenas a sequência e
revelação do Velho.
Abel cria em Cristo, e foi tão certamente salvo pelo Seu poder, quanto
foram Pedro e Paulo. Enoque foi tão certamente representante de Cristo quanto o
amado discípulo João. Andou Enoque com Deus, e não se viu mais, porquanto Deus
para Si o tomou. A ele foi confiada a mensagem da segunda vinda de Cristo. “Destes
profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor
com milhares de Seus santos”. (São Judas 14) A mensagem pregada por Enoque e
sua trasladação para o céu, foram um argumento convincente para todos quantos
viviam em seu tempo; foram um argumento que Matusalém e Noé puderam usar com
autoridade para demonstrar que os justos podiam ser trasladados.
O Deus que andou com Enoque foi o nosso Deus e Salvador Jesus Cristo.
Era a luz do mundo como o é agora. Os que então viviam não estavam sem mestres
que os instruíssem na senda da vida; porque Noé e Enoque eram cristãos. Em
levítico, o evangelho é apresentado em preceitos. Obediência implícita é
exigida agora como então. Como é necessário que compreendamos a importância
desta palavra.
É feita a pergunta: Qual é a causa da escassez existente na Igreja? A
resposta é: Permitimos que a nossa mente se aparte da palavra. Se a palavra de
Deus fosse comida como alimento da alma; se fosse tratada com respeito e
deferência, não haveria necessidade dos muitos e repetidos testemunhos que são
concedidos. As simples declarações das escrituras seriam recebidas e
obedecidas. (WHITE, G. Ellen. Testemunhos
Seletos, vol. III, p., 43 e 44. Ed. Casa Publicadora Brasileira - Santo André, São
Paulo. 1985)
Filósofo Isaías Coreia Ribas