Bem aventurado aquele que lê, e os
que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão
escritas: porque o fim está próximo. Apoc. 1:3.
APOCALIPSE (revelação), logo, é passível de
compreensão. Os passos da origem da mensagem ao destinatário final são: a) Deus
a Jesus Cristo; b) Jesus a seu anjo Gabriel; c) o anjo a seu servo, o profeta;
d) o profeta ao povo. Então, as revelações apocalípticas são os apelos finais
de Deus àqueles que desejam a vida eterna e, exige desses o empenho e estudos
para compreender as revelações e a Sua vontade, logo, os preguiçosos, os que
não se dedicam à leitura, ao estudo da palavra de Deus não a compreenderão, preferem
assim, dizer que o livro é misterioso, boa desculpa, porém, não justificável.
João, antes de ser deportado à ilha
de Patmos para ser morto acidentalmente, foi lançado dentro de um tambor de
óleo fervendo por causa de seu testemunho em favor de Jesus Cristo e de seu
evangelho eterno, mas Deus não permitiu que seu servo fosse morto barbaramente
por seus perseguidores.
O que há em comum entre as Sete
Igrejas é a luta entre o bem e o mal, os seguidores de Jesus Cristo e os de
Satanás, os que desejam a salvação e os mundanos, os que querem fazer a vontade
de Deus e os contrários. Nesse conflito há os debates teológicos e muitas vezes
os combates bélicos, por causa desses embates, ideologias políticas,
científicas e filosóficas são desenvolvidas para ofuscar a autoridade bíblica e
suas revelações, logo, nessa guerra espiritual, salvar-se-á os fieis seguidores
do Mestre, o resto será “combustível” para o ato final da história do pecado, o
juízo divino.
Cada uma das sete igrejas citadas no
Apocalipse representam períodos da igreja cristã, suas lutas teológicas,
ideológicas e bélicas, desenvolvidas no período que as representam e como os
fieis saíram vencedores.
PERÍODOS COBERTOS
PELAS SETE IGREJAS SÃO APROXIMADOS
(1)
Éfeso, “Desejável”, 31-100.
(2)
Esmirna, “Mirra”, 100-323.
(3)
Pérgamo, “Exaltação, Altura”, 323-538.
(4)
Tiatira, “Cheiro Suave”, 538 até a reforma a
mais ou menos 1563.
(5)
Sardes, “Canto de Alegria”, da Reforma até 1798.
(6)
Filadélfia, “Amor Fraternal”, 1798-1844.
(7)
Laodicécia, “Julgamento do povo”, 1844 até o fim
do tempo. (PRINCÍPIOS DE VIDA, CASA PUBLICADORA BRASILEIRA, TATUÍ, SÃO PAULO,
1988, PÁG. 270).
Laodicéia é o nosso período, logo, é
possível a cada um fazer a leitura de sua realidade religiosa-política-científico-filosófica
e como esses embates estão influenciando no processo de nossa compreensão dos
planos de Deus e de Satanás com relação ao meu e seu destino eterno.
A primeira advertência à Laodicéia
é quanto a sua postura religiosa, pessoas que não sabem o que querem, se servem
a Deus ou ao Diabo, por isso são mornas, precisam deixar a hipocrisia e se
posicionar ao lado de Deus ou não, sendo assim, frias ou quentes.
Segunda posição perigosa: Sou rico,
estou enriquecido e de nada tenho falta. Linguagem capitalista que marca nosso
período. Essa é uma postura institucional e pessoal dos atuais religiosos,
sejam individualmente ricos ou não financeiramente. É por causa dessa postura
que deixamos de enxergar nossa miséria-pobreza-cegueira espiritual.
Conselho: compre de Mim ouro
refinado no fogo para que te enriqueças e vestes brancas, para que te vistas, e
não seja manifesta a vergonha de tua nudez, e colírio, a fim de ungires os teus
olhos, para que vejas. Então, a única maneira de sairmos desse estado
degradante é entregando-nos à direção de Deus, e isso se faz por meio do estudo
de Sua palavra e pela fé.
Políticos e religiosos se deleitam
com a ignorância cognitiva do povo. Na Idade Média foi assim com o catolicismo
e atualmente está sendo da mesma forma com o protestantismo apostatado. Mas o
que é um protestantismo apostatado? São as denominações protestantes que
deixaram de seguir o espírito dos pioneiros reformadores que condenaram a
religiosidade católica, que fazia da religião um negócio e transgrediam a lei
de Deus. Hoje, estas instituições “protestantes” fazem o mesmo: um negócio
religioso com falsos fundamentos bíblicos e assim continuam enganando o povo, e
o pior, semelhante à igreja da Idade Média, estão também em busca do poder
político, do Estado, para ampliar o engano da população. Então, votar nulo, em
branco e ignorar a política: são posturas políticas que podem arruinar o Estado,
as verdades bíblicas, a religiosidade e a fé de modo geral. Dizem que o Estado é laico, não me lembro de
nenhum, até porque quem faz o Estado é o povo que o compõe, laico deve ser o
indivíduo eleito, seja ele religioso ou não, o político sim, deve ter um espírito
laico, que governe para todos e não para seus seguimentos políticos religiosos
e oligárquicos, é essa maturidade política que está difícil de encontrar nos
políticos brasileiros que, culturalmente sempre buscam os interesses
particulares, isso se deve à colonização brasileira, lógica essa, que ainda
permeia o imaginário de nossos governantes e é por isso que a ‘PROGRESSÃO
CONTINUADA’ está instituída em todos os graus da educação brasileira, com o
objetivo de manter o status quo colonial, isto é: a incompetência
profissional e alfabetização funcional generalizada.
Então, é dentro desse quadro político,
religioso, filosófico e capitalista que iremos conviver e ver o mundo se
deteriorar até a intervenção divina com a segunda volta de Jesus Cristo!
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA, APOCALIPSE 1,2,3.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA, APOCALIPSE 1,2,3.
Professor e filósofo Isaías
Correia ribas.