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terça-feira, 18 de setembro de 2012

A GRAÇA NÃO É DE GRAÇA


          Uma das definições de graça é: dom sobrenatural, como meio de salvação ou santificação. (Minidicionário da Língua Portuguesa, SILVEIRA BUENO, Ed. FTD. 1996).
          Na linguagem teológica, dom gratuito concedido por Deus a um crente concernente à sua salvação, à remissão de seus pecados ou à sua constância na provação – graça natural, quando o eleva ao estado sobrenatural; graça atual, quando lhe permite praticar o bem e evitar o mal. (Dicionário Básico de Filosofia, HILTON JAPIASSÚ / DANILO MARCONDES, Ed. ZAHAR. 2008).
          Do Gênese ao Apocalipse, a salvação de cada pessoa tem um preço altíssimo para Deus. Ele deu seu filho único para morrer no lugar do homem! O filho, por meio de quem o planeta Terra fora organizado para a vida, dispôs-Se a seguir a vontade do Pai, correndo o risco de ser enganado por Satanás e receber a mesma condenação de Adão e Eva, mas, por amor à humanidade e à própria ordem universal, decidiu provar a todo Universo que Deus é amor! A ressurreição de Jesus foi à prova de que Satanás não O vencera com suas tentações, Ele saiu vencedor da morte, e o enganador, a antiga serpente, selara sua morte eterna, juízo que receberá quando este mundo for purificado de todo mal. A mesma morte que selou a destruição do enganador, selará a salvação daqueles que O aceitarem como seu salvador pessoal. Então, a salvação não tem preço que possa ser pago, porque ela envolve atitudes imensuráveis.
          Quando a pessoa tem contato com essa graça e a compreende, percebe de pronto que não há como comprar e nem negociar a salvação, diante das atitudes da Santíssima Trindade, às pessoas, só restam ter também atitudes que correspondam ao amor dispensado pelo Criador. Começa aqui a parte do “sacrifício” pessoal, ou privilégio de corresponder ao amor demonstrado a nós! Não há nada que possamos fazer que mereçamos a salvação, todo mérito é divino! Cabe a nós o prazer de corresponder a esse amor, essa estranha atitude divina. Então, cabe a nós, pôr a nossa vida, modo de viver segundo os ensinamentos bíblicos, mas até isso é impossível aos homens, por isso e graças a Deus, é Sua graça que nos capacita a vivermos segundo a Sua vontade, logo, não há méritos em nós, esses pertencem a Deus. Então, qual é a nossa parte nesse processo? Submetermo-nos à vontade do pai, e isso se faz pela fé, que é também, um dom de Deus. Então, quando guardamos o sábado, santificando-o segundo a orientação do próprio Deus; quando não comemos carnes imundas, o fazemos por amor a Deus; quando não fumamos e não bebemos bebidas alcoólicas fazemos por amor ao pai; quando mantemos a obra divina de salvação por meio de nossos bens materiais, o fazemos por amor; em fim, nossas atitudes precisam corresponder às atitudes divinas e se esse processo for até o fim de nossa vida ou até a volta de Cristo estaremos capacitados por Ele a herdar o reino que Ele nos preparou!
          A profetisa Contemporânea, Ellen G. White (1827 – 1915) diz: "Custar-nos-á esforço conseguir a vida eterna. Será somente por meio de longo e perseverante esforço, severa disciplina e renhido conflito que sairemos vitoriosos. Mas, se nós, paciente e decedidamente, no nome do Vitorioso que venceu em nosso benefício no deserto da tentaçao, venceremos assim como Ele o fez, alcançaremos a recompensa eterna. Nossos esforços, nossa abnegação e perceverança devem ser proporcionais ao infinito valor do objetivo que perseguimos".

 Filósofo e professor Isaías Correia Ribas.