“Tu
deves escolher” (Immanuel Kant)
A liberdade nunca pertenceu ao mundo dos
seres humanos, pertence ao mundo dos metafísicos. Os primeiros seres humanos
foram criados dentro do contexto do livre-arbítrio, isto é, tinham que
escolher. Por isso Immanuel Kant interpretou-o como sendo um dever: “Tu deves escolher”. Ignorar essa máxima
filosófica querendo não escolher já é uma escolha. Logo, queiramos ou não, o
imperativo categórico é inato a todos os seres humanos em todas as situações,
ninguém está livre de fazer escolhas. Assim sendo, em todos os momentos estamos
escolhendo quando dizemos sim ou não, ou quando preferimos não expressar nossa
decisão, ou ainda quando optamos por não conhecer, pensando que a ignorância
possa livrar-nos de nosso dever, dessa responsabilidade inata, que, queiramos
ou não, é imperativa.
Liberdade
O conceito de liberdade é aplicado somente em ambientes
perfeitos, onde não aja o certo e o errado e o bem e o mal; por isso, a ambição,
a inveja, o pecado e todos os tipos de males a partir de criaturas que
habitavam ambientes perfeito nos-é um mistério. Mas liberdade é isso mesmo,
Deus criou os seres racionais semelhantes a Ele, livres, sem controle algum de
sua vontade, pois, caso houvesse qualquer tipo de controle não seria liberdade,
muito menos perfeição. Por isso Deus é justo, perfeito.
Onde
estava tu quando eu fundava a terra? Faze-me saber, se tens inteligência. Quem
lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre
que estão fundadas as tuas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de
Deus rejubilavam? (Jó, 38: 4-7)
Estou
falando da criação dos anjos antes de Lúcifer e os anjos que o seguiram ambicionarem
o lugar do Filho de Deus, Jesus Cristo. Satanás e todos os anjos foram criados
com total liberdade de ação. Mas a grande indagação de todos nós é: Como em um
ambiente perfeito surgiu o imperfeito, o agente do mal?
Lúcifer
no céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em
honra depois do amado filho de Deus. Seu semblante, como a dos outros anjos,
era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande
inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante
e brilhava a seu redor, mais viva do que
ao redor dos outros anjos; todavia, cristo, o amado filho de Deus tinha
preeminência sobre toda hoste angélica. Ele era um com o pai antes que os anjos
fossem criados. Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando
que pertencia a Cristo unicamente.
O grande Criador convocou as hostes
celestiais, para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu
Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de
santos anjos reunidas ao redor dEles. O Pai então fez saber que por Sua própria
decisão, Cristo, Seu filho, devia ser considerado igual a ele, assim que em
qualquer lugar que estivesse presente seu Filho, isto valeria pela sua própria
presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a do Pai.
Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar as hostes
celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na
projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O
filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si
mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle. (Ellen
G. White, História da Redenção, pág. 13 e 14)
Guerra
no céu
Então houve guerra no
céu. O filho de Deus, o príncipe do céu, e os anjos leais empenharam-se num
conflito com o grande rebelde com aqueles que se uniram a ele. O filho de Deus
e os anjos verdadeiros e leais prevaleceram; e Satanás e seus simpatizantes foram
expulsos do céu. Toda hoste celestial reconheceu e adorou o Deus da justiça.
Nenhuma mácula de rebelião foi deixada no céu. Tudo voltara a ser paz e
harmonia como antes. Os anjos do céu lamentaram a sorte daqueles que tinham
sido seus companheiros de felicidade e alegria. Sua perda era sentida no céu.
O pai consultou Seu filho com respeito a
imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra.
Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade antes que ele pudesse
ser posto eternamente fora do perigo. Se ele suportasse ao teste com o qual
Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria
o favor de Deus, podendo conversar com os anjos, e este com eles. Deus não
achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência. (Idem.
Pg.19)
Jesus e o Pai adaptaram o planeta terra à
vida depois que Satanás e sua hoste foram lançados para cá. Logo, Lúcifer é o
criador da inveja e de todos os males existentes no planeta Terra. O mesmo tempo
de graça que estamos tendo após a consolidação do pecado de Adão e Eva, tiveram
os anjos no céu; mas eles preferiram desafiar a Deus não se arrependendo do mal
que nascera em suas mentes, achando que poderiam tomar o controle das mãos do
Criador, tornando-se donos do universo. Por isso houve guerra no céu e Lúcifer
com seus anjos foram lançados para a Terra, onde Deus, através de seu Filho
Jesus, organizaria o planeta para o desenvolvimento das várias formas de vida;
por isso, nossa luta é contra as potestades do mal instalado na Terra por
Satanás e seus anjos que trabalham para que tenhamos o mesmo fim que eles, a
morte eterna.
Como
caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra,
tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e,
acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação,
me assentarei, da banda dos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens
e serei semelhante ao altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais
profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão e dirão:
É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
(Isaías, 14: 12-16)
Livre-arbítrio
“Tu deves escolher”.
Após a expulsão de Satanás e sua hoste do céu acabou a liberdade, dando
início ao livre-arbítrio, logo, escolher é um dever inato aos humanos. Nesse
contexto, ignorar para se livrar de alguma responsabilidade já é uma escolha e
não é a mais acertada. Por isso o conselho de Jesus: “Examinai as escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna e são
elas que dão testemunho de Mim”. (João, 5: 39) Como Adão e Eva pecaram
conscientemente, todos os seus descendentes são pecadores, carentes da graça de
Jesus Cristo para vencer o pecado que também é inato aos seres humanos. Logo,
o novo nascimento é um milagre operado por Jesus àqueles (as) que O aceitarem
como seu salvador pessoal. Nesse caso, enquanto o crente está conscientemente
fazendo a vontade de Deus expressa na Bíblia, Satanás não tem poder sobre ele.
Aqui não há espaço para religiões e denominações religiosas que salva, pois,
quem salva é Jesus. Assim sendo, a Bíblia deve ser a cartilha dos que serão
salvos, nesse caso, as igrejas podem ser uma pedra de tropeço, uma estratégia
diabólica para, se possível for, enganar até mesmo os escolhidos. Bem próximo
da volta de Cristo não haverá espaço para igreja alguma se dizer dona da
verdade, pois, cada cristão dará testemunho de sua fé como se ele fosse único
no mundo a defender seu Salvador e Sua vontade expressa na Bíblia.
Bem e mal maniqueísta
O maniqueísmo, ou doutrina do persa Mani ou Manes (séc.
III da era cristã), sobre a qual se criou uma seita religiosa que teve adeptos
na Índia, China, África, Itália e sul da Espanha. Eles pregam que o universo
foi criado e é dominado por dois princípios antagônicos: Deus ou bem absoluto e
o mal absoluto, ou Satanás. Santo Agostinho nascera na África e pertencera ao
maniqueísmo, mas se tornara cristão sem abandonar os ideais maniqueístas, foi
ele quem adaptara o maniqueísmo a teologia cristã Medieval, ensinando que o bem
(Deus) e o mal (Lúcifer), não são seres metafísicos, são apenas forças
despersonalizadas. Isto significa que Deus e Lúcifer nunca existiram, sendo
apenas fábulas. Logo, Agostinho favoreceu para que os teólogos medievais
criassem uma teologia cristã contrária aos escritos bíblicos; fazendo que todos
os cristãos negassem as leis de Deus, iludindo-os que o professar seguir Cristo
sem fazer sua vontade explícita na Bíblia é suficiente para ser salvo. Você é
um cristão que trabalha nos dias de sábado, come carne de porco e outras
classificadas na Bíblia como imundas? Se sim, você está sendo enganado pelo
maniqueísmo e platonismo Medieval, Moderno e Contemporâneo.
Bem
aventurado aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam
as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. (Apocalipse, 1:3)
Adão
foi levado a compreender o que o pecado é: transgressão da lei. Foi lhe
mostrado que a degenerescência moral, mental e física seria para a raça humana
o resultado da transgressão, até que o mundo se encheria com a miséria humana
de toda espécie. Os homens foram em geral incapazes de apreciar o mistério do
calvário, os grandes e elevados fatos da expiação, e o plano da salvação por
causa da condescendência da mente carnal. Contudo, não obstante a debilidade, e
enfraquecimento do poder mental, moral e físico da raça humana, Cristo, fiel ao
propósito pelo qual deixara o céu, mantém o Seu interesse pelos fracos,
desvalidos e degenerados espécimes de humanidade, e convida-os a ocultar nEle
suas fraquezas e grande deficiências. Se vierem a Ele, Ele suprirá todas as
suas necessidades. (Ibib. Pg. 49 e 50)
Adventistas
do Sétimo Dia
O racionalismo acadêmico-filosófico chegou às
instituições da igreja defensora de todas as verdades explícitas na Bíblia. Os
adventistas foram agraciados por Deus com o Espírito de Profecia, orientações
práticas à Sua igreja dos últimos dias, um manual prático em comum acordo com
os escritos Bíblicos. Na área de saúde, alimentação, vestuário e outros
detalhes de como os adventistas serem diferentes dos mundanos; pois, a fato de
sermos do mundo não significa que devemos adotar as práticas mundanas em seus
muitos aspectos que Satanás, disfarçadamente, usaria para degenerar moralmente
a raça humana. A programação da TV Novo Tempo está dividida em dois setores: um
para agradar os adventistas tradicionais; outro, para agradar os da nova geração
de adventistas do sétimo dia da “Nova
Semente”. Esta, como a tradicional, defende a guarda de todos os
mandamentos e o não alimentar-se de carnes imundas, mas rejeitam a validade do
Espírito de Profecia dado à Ellen G White referente ao uso de modas pelos que
professam ser representantes de Cristo. É que a Nova Semente busca uma forma de
se adaptar ao vale tudo dos atuais religiosos, igualando-se aos cristãos do
Cristianismo Medieval e Moderno, devem estar buscando uma forma de aumentar suas
receitas vendendo uma religiosidade popular, sem pacto com toda a verdade que
salva. Mas não nos espantemos, pois, já dissera Cristo: “Muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos”.
Para
tudo que acontece no mundo científico há uma causa, na ciência da salvação que
envolve seres metafísicos não é diferente. Logo, a salvação também é uma
ciência, pois têm suas causas, propósitos e finalidade.
Cada
ser humano deve escolher como se fosse único no mundo frente às tentações de
Satanás como estiveram Adão e Eva.
Não
se aparte da sua boca o livro desta lei; antes, medita nele dia e noite, para
que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque,
então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás. Não
te mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes e não te espantes, porque
o Senhor teu Deus é contigo por onde que andares.
Josué, 1: 8 e 9
Bibliografia:
Bíblia Sagrada. Almeida revista
e corrigida, Sociedade Bíblica Brasileira.
White, Ellen G. História da
Redenção. Ed. Casa Publicadora Brasileira Tatuí – São Paulo, 2008.