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sábado, 4 de abril de 2015

A POLÍTICA MEDIEVAL É APLICADA NA EDUCAÇÃO DOS BRASILEIROS



     Na Idade Média, os professores da patrística eram os Padres, e quem tinham o direito de estudar era somente aqueles que entravam para o convento e os filhos da elite política que podiam pagar. Aos pobres trabalhadores, a ignorância.
     Politicamente, na Idade Média, a guerra constituía uma forma regular de atividade econômica. O controle da fé e o controle das armas garantiam à nobreza e ao clero o poder sobre os demais grupos sociais do período. Os trabalhadores deviam obediência a seus senhores guerreiros, onde, ambos estavam subordinados à vontade de Deus transmitida pela Igreja. Pois, a Igreja era a maior detentora de terras no período e seu patrimônio não cessava de crescer. Seus domínios não eram divididos em heranças. Ao contrário, os guerreiros comumente deixavam parte de seus bens (em geral porções de terras) para a Igreja em testamentos, procurando, com a caridade, a salvação de suas almas.

     Ainda hoje, infelizmente, as denominações cristãs, católicas, protestantes, evangélicas e a política dos países em desenvolvimentos, dos quais o Brasil é um deles, continuam apostando na ignorância da população como meio eficaz para o domínio e manutenção da escravidão. Por isso as escolas e universidades particulares, geralmente ligados a um credo religioso, continuam cobrando pela educação, limitando assim, educação de qualidade à elite que têm condições de pagar; Já, as universidades públicas, que são gratuitas, pela ideologia aplicada à educação pública, ficam limitadas à elite. Caso algum pobre queira fazer um curso superior, só resta a ele, pagar uma universidade particular. As escolas públicas, direcionadas aos pobres, oferecem “educação” apenas para o fazer, mão de obra “qualificada” e desqualificada para atender essa elite corrupta, composta de religiosos, comerciantes, empresários e políticos que continuam em nome de Deus, mantendo a ignorância dos pobres, fazendo deles operários de mão obra barata, logo, condenando-os a “eterna” escravidão. Com o partido dos trabalhadores (PT) chegando à presidência da República, foram criados mecanismos para os pobres terem condições de cursarem cursos superiores em universidades públicas federais e particulares gratuitamente. Esses mecanismos são PROUNI e ENEM, meios que dão aos pobres fazer um curso superior, dos quais sou um deles. Sempre busquei, desde de minha juventude, formação superior; pois sempre entendi que era o único meio de compreender como de dá o domínio através do conhecimento. Mas, somente aos 57 anos, graças a esses programas, me graduei em filosofia e aos 60 conclui a Pós-Graduação (LATO SENSU) “em filosofia da Linguagem na Filosofia Contemporânea”. Os outros partidos políticos, em especial o PSDB, continua, a qualquer custo, manter a ideologia escravocrata através da educação pública, superlotando as salas de aulas e remunerando mal os professores da rede estadual. Para mim, independentemente de qual partido político e crença religiosa o sujeito pertença, se continuam defendendo a má educação para os pobres e não os estimulam a estudarem para libertar-se da ignorância, são criminosos.

Filósofo Isaías Correia Ribas