Na Idade Média, os professores da
patrística eram os Padres, e quem tinham o direito de estudar era somente
aqueles que entravam para o convento e os filhos da elite política que podiam
pagar. Aos pobres trabalhadores, a ignorância.
Politicamente, na Idade Média, a
guerra constituía uma forma regular de atividade econômica. O controle da fé e
o controle das armas garantiam à nobreza e ao clero o poder sobre os demais grupos
sociais do período. Os trabalhadores deviam obediência a seus senhores
guerreiros, onde, ambos estavam subordinados à vontade de Deus transmitida pela
Igreja. Pois, a Igreja era a maior detentora de terras no período e seu
patrimônio não cessava de crescer. Seus domínios não eram divididos em
heranças. Ao contrário, os guerreiros comumente deixavam parte de seus bens (em
geral porções de terras) para a Igreja em testamentos, procurando, com a
caridade, a salvação de suas almas.
Ainda hoje, infelizmente, as
denominações cristãs, católicas, protestantes, evangélicas e a política dos
países em desenvolvimentos, dos quais o Brasil é um deles, continuam apostando
na ignorância da população como meio eficaz para o domínio e manutenção da
escravidão. Por isso as escolas e universidades particulares, geralmente
ligados a um credo religioso, continuam cobrando pela educação, limitando
assim, educação de qualidade à elite que têm condições de pagar; Já, as
universidades públicas, que são gratuitas, pela ideologia aplicada à educação
pública, ficam limitadas à elite. Caso algum pobre queira fazer um curso
superior, só resta a ele, pagar uma universidade particular. As escolas
públicas, direcionadas aos pobres, oferecem “educação” apenas para o fazer, mão
de obra “qualificada” e desqualificada para atender essa elite corrupta,
composta de religiosos, comerciantes, empresários e políticos que continuam em
nome de Deus, mantendo a ignorância dos pobres, fazendo deles operários de mão
obra barata, logo, condenando-os a “eterna” escravidão. Com o partido dos
trabalhadores (PT) chegando à presidência da República, foram criados
mecanismos para os pobres terem condições de cursarem cursos superiores em universidades
públicas federais e particulares gratuitamente. Esses mecanismos são PROUNI e
ENEM, meios que dão aos pobres fazer um curso superior, dos quais sou um deles.
Sempre busquei, desde de minha juventude, formação superior; pois sempre entendi
que era o único meio de compreender como de dá o domínio através do
conhecimento. Mas, somente aos 57 anos, graças a esses programas, me graduei em
filosofia e aos 60 conclui a Pós-Graduação (LATO SENSU) “em filosofia da
Linguagem na Filosofia Contemporânea”. Os outros partidos políticos, em
especial o PSDB, continua, a qualquer custo, manter a ideologia escravocrata
através da educação pública, superlotando as salas de aulas e remunerando mal
os professores da rede estadual. Para mim, independentemente de qual partido
político e crença religiosa o sujeito pertença, se continuam defendendo a má
educação para os pobres e não os estimulam a estudarem para libertar-se da
ignorância, são criminosos.
Filósofo Isaías Correia Ribas
Filósofo Isaías Correia Ribas