É comum ouvirmos essa expressão o “Estado é laico” quando o assunto é
sobre política e religião. Mas o que significa laico? Segundo o dicionário,
laico: leigo ou secular; oposição a eclesiástico e a religioso. Isso significa
que, diante do Estado politicamente organizado o religioso é o oposto. Esta
oposição à influência do religioso nos negócios do Estado se dá por causa das
frustrações políticas da Idade Média, quando a igreja assumiu o poder político
e religioso e fez do Estado (nações europeias), uma extensão da igreja. Primeiro,
precisamos compreender que não foram os cristãos que assumiram o poder político
e religioso no período medieval, pois estes eram cassados em todos os lugares
para serem eliminados de Roma Pagã. Então, a questão que deve ser feita é: como
um grupo de perseguidos (os cristãos primitivos), teriam condições de assumir a
posição de líder da igreja e do Estado? O que aconteceu foi o seguinte: quanto
mais cristãos morriam na fogueira, pela espada, crucificados e pelos leões sob
às ordens de/por Roma Pagã, mais pessoas se convertiam ao cristianismo; assim,
diante dessa impossibilidade de acabar com os seguidores de Cristo, Constantino
ao assumir o império romano deu um golpe de mestre: converteu-se ao
cristianismo! Pronto! Agora, como imperador e cristão tinha o poder para
alterar o livro sagrado dos judeus e cristãos, a bíblia. Pois sabia ele que era
apenas uma questão de tempo e todo cristianismo seria deturpado, isto é,
continuariam sendo cristãos, porém, adorando os deuses pagãos no domingo e não
mais no sábado, segundo ensina a bíblia¹.
________________
¹ A partir de 313, o imperador Constantino adotou uma
política de tolerância religiosa em relação aos cristãos, que puderam realizar
cultos públicos. Em 380, o cristianismo passou a ser considerado a religião do
Estado, quando o Imperador Teodósio recebeu o batismo cristão. Cerca de uma
década depois, os cultos pagãos foram proibidos, e o cristianismo tornou-se,
efetivamente, a religião oficial de Roma, promovendo a organização da igreja
Católica Romana, que construiu sua hierarquia tendo como modelo a estrutura
administrativa do império. (COTRIM. p.
130)
No mesmo século um grande filósofo, Aurélio Agostinho (354 - 430), Tagaste,
África, filósofo maniqueísta, também se converte ao cristianismo, tornando-se bispo
de Hipona, Santo Agostinho. Antes do
nascimento de Cristo as escolas filosóficas neoplatônicas já vinham trabalhando
para que a filosofia de Platão, especificamente o “Mundo das Ideias”,
alcançasse o status de teologia semelhante ao livro sagrado dos judeus. Foram
os neoplatônicos e outras escolas filosóficas que deturparam a crença dos
judeus, levando-os a rejeitarem e matarem a Cristo que eles esperavam como seu libertador
e salvador. Após o nascimento de Cristo, o neoplatonismo passa a ser escola dos
padres (Patrística), assim, quando Agostinho se converte, converte-se à
patrística neoplatônica e não a Cristo ou ao cristianismo primitivo que viviam
segundo as orientações bíblicas. Foram esses falsos cristãos, Constantino, Agostinho,
Teodósio e seus assessores políticos e seguidores, sob a capa de cristãos, quem
assumiram o controle dos Estados medievais (Europa) em nome do cristianismo. Assim,
com essa jogada político-religiosa, funda-se a igreja Católica Romana que vai
tornar-se a “igreja mãe do cristianismo”. “Roma cristã”, para se manter no
poder sem ser questionada fechou todas as escolas proibindo o conhecimento para
a população, sabiam eles que o conhecimento liberta, e pessoas livres são problemas
para a política corrupta como para a religião que quer dominar em nome de Deus.
Por isso, a Idade Média é conhecida também, como idade das trevas.
A partir de 1.170 alguns cristãos percebem a jogada político-religiosa
ocorrido em nome de Cristo, dão-se conta do que realmente ocorrera, estavam
cientes que fora proibido o estudo da bíblia por aqueles que se diziam
representantes de Cristo. Assim, com o surgimento dos Valdenses que queriam
viver segundo o que estava escrito na bíblia, o mesmo espírito de Roma Pagã,
faz-se presente na Roma Cristã, é o início às perseguições àqueles que insistem
fazer da bíblia o livro base de sua fé. Agora Roma Cristã, à semelhança de Roma
pagã se levanta contra todos os que se levantam para questionar seu modo de ser
cristão. São acesas novamente as fogueiras e as espadas são empunhadas para
matar os que se declaram adeptos dos ensinos bíblicos.
Como a igreja perdia seu poder político na Europa, e, querendo se manter
como igreja mãe do cristianismo, por meio de seu Estado político-religioso, o
Vaticano, através do Papa, faz-se representante de Deus na Terra, achando-se o
único capaz de promover a paz mundial. Infelizmente o Brasil foi o país escolhido
pelos colonizadores que assimilaram mais os ideais medievais e os implantaram
nos ideais brasileiros. A educação brasileira fundamentada no paradigma “Progressão
Continuada”, tem como objetivo principal, a manutenção da ignorância
generalizada; mantendo-nos como país periférico, produtor de matéria prima, mão de obra barata e mantenedor dos ideais da igreja medieval.
Atualmente, quando um religioso confesso candidata-se a cargos eletivos em
nosso país sofre preconceito por causa desse histórico medieval. Porém, devemos
compreender, como ser político que somos, que o Estado é um bem comum e jamais
deve servir a essa ou aquela denominação religiosa. Logo, se há algum religioso
que queira administrar instâncias públicas deve ter em mente que lá está para
defender os interesses de todos e não aos de sua denominação, pois, religiosos,
a grande maioria dos brasileiros são; e, como tais, devemos amar-nos uns aos
outros; como seres racionais, independente de crenças, devemos ser altruístas e
o altruísmo não faz acepção de pessoas. Assim, estamos em condições de
compreender o que significa solidariedade. A política solidária não vê crença,
mas seres humanos com direitos iguais, e dentre esses direitos está a liberdade
religiosa. Assim, qualquer pessoa solidária pode concorrer a cargos eletivos
para administrar o bem público que é de interesse comum à uma sociedade
organizada.
Por isso, entendo que o PHS e o PSB
despontam como uma nova opção de renovação da política brasileira. Infelizmente
nosso candidato à presidente da república e outros que o acompanhavam foram
vítimas de um acidente aéreo; minha prece é que Deus conforte seus amigos e familiares.
Quanto aos ideais políticos do Eduardo Campos, esses, não se foi com
ele, pois estes são os ideais do PSB e suas coligações, portanto, vamos lutar
para que seus sonhos de um Brasil mais equitativo e solidário se concretize!
Não vamos desistir de um Brasil bom para todos os brasileiros.
Assim, como religiosos ou políticos contemporâneos, votando ou
concorrendo a cargos eletivos devemos ter como ideal, eliminar os ideais
medievais de nosso país. E isso, só será possível com novos políticos assumindo
a administração de nossa política federal, estadual e municipal, pois a velha
política já comprovou que não tem como ideal um novo país para todos os
brasileiros. Por isso como professor e filósofo apoio os ideais desses três
candidatos, pois estes, juntamente com PSB têm como ideal um Brasil livre das
trevas medievais.
Para governador do estado de São Paulo, Laércio Benko Nº 31; para deputado federal, Victor Perina Nº 3131; para deputada estadual, Clélia Gomes Nº 31031.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Cotrim, Gilberto. HISTÓRIA GLOBAL –
Brasil e Geral, v. I, Ensino Médio. Ed. Saraiva. São Paulo, 2010.
Filósofo Isaías Correia Ribas.