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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A METAFÍSICA E O NASCIMENTO DE JESUS


     A metafísica é uma disciplina filosófica. É o maior período que um problema filosófico pairou na perspectiva dos filósofos. A metafísica começou no século IV a. C. com Sócrates e terminou em 1650 com Descartes. Esse período é denominado também como ontológico (estudo do ser); logo, o ser é o conceito chave da metafísica. Mas a questão é: que tipo de ser é investigado por todos os filósofos desse período? O ser que está além da física (Deus, a alma e o mundo). O estudo da metafísica foi admitido pela filosofia porque os primeiros filósofos, os Pré-Socráticos, não faram capazes de construir um novo conhecimento como anunciaram que fariam, isto é, um conhecimento que refutasse Deus e os deuses mitológicos. Então, diante dessa frustração, a filosofia passou a analisar o que e por que tudo existe, admitindo a possibilidade de que Deus existe segundo a fé do povo de Israel.
     Agora dá para entender porque Sócrates, Platão e Aristóteles elegeram um deus para si, eles estavam analisando as coisas a partir da metafísica, admitindo a possibilidade de Deus existir e ser o criador, mas eles não tinham fé, e nem acreditavam na salvação por meio do sacrifício de um salvador segundo anunciavam os profetas de Israel. O que eles queriam, e a ciência continua nos dias atuais nessa mesma perspectiva é, encontrar Deus no universo ou algo que justifique a existência da vida no planeta, pois, para a filosofia e a ciência, se existe um Deus ou uma teoria, têm que ser passíveis de análise lógica, empírica ou de ser alcançado pelos sentidos; pois, a pura fé, não é fundamento para o conhecimento.
Cristo, um grande problema para a filosofia
     Quando Cristo nasceu, a filosofia já havia deturpado toda a fé de Israel e Judeus. Nessa época, Roma pagã governava o mundo (168 a.C. – 476 d.C.), logo, os judeus estavam sob o domínio pagão, e eles naturalmente estavam ansiosos pelo cumprimento da profecia de que o filho de Deus viria fundar Seu reinado, livrando-os do jugo romano. Porém, a profecia se cumpriu segundo anunciara o profeta Isaías: uma virgem, grávida pelo Espírito Santo, deu a luz ao filho de Deus que fora gerado metafisicamente, algo além da lógica filosófica e da ciência, um mistério aos olhos da razão pura.  Os judeus e os filósofos duvidaram da Onipotência que se manifestara entre eles; mas isso não era tudo, Jesus mostrava ser o prometido segundo as profecias bíblicas. Viveu trinta e três anos entre aqueles povos, fez muitos milagres, inclusive ressuscitou mortos, foi morto, sepultado e após três dias um anjo desceu do céu e O ressuscitou, após quarenta dias retornou ao céu para terminar a obra de salvação. Inacreditável, Deus surpreendeu a todos manifestando-Se entre eles; assim, a salvação prometida por Deus segundo Seus profetas estava posta a quem quisesse. Os filósofos e outros ateístas queriam ver Deus, viram e O rejeitaram.
     Mas o homem em sua arrogância escolheu ir contra as evidências do Deus encarnado; assim, o orgulho prevaleceu e resolveram continuar na guerra epistemológica contra a Onisciência divina. A filosofia que já vinha trabalhando para fazer da filosofia de Platão uma teologia que minasse a clareza das profecias bíblicas foi preparada para confundir os cristãos primitivos. Dois poderes se levantam contra eles, o político, Roma Pagã e a Patrística (escola dos padres) ou filósofos neoplatônicos. O poder político queria eliminar os cristãos a qualquer custo, jogando-os aos leões para serem devorados em suas festas e matando-os a espada e outras torturas possíveis, e os neoplatônicos (filósofos da atualidade), preparavam uma estratégia para eliminar a influência da bíblia sobre essa nova religião. Essa intolerância aos cristãos primitivos durou até a ascensão de Constantino ao poder romano. Como estava comprovado ser impossível destruir a influência de Cristo sobre a humanidade, pois, à medida que se matava cristãos mais pessoas se convertiam, Constantino resolveu mudar de estratégia, em vez de persegui-los, “converteu-se”, pois, como cristão e rei, poderia alterar o livro sagrado dos cristãos; entendia ele que, para corromper uma crença basta redirecionar a fé do indivíduo. Foi isso que ele fez. Os pagãos adoravam o sol, então, ele montou uma estratégia para que todos os cristãos de seu reino adorassem o deus sol em outro dia. Segundo a bíblia existe o 1º. 2º, 3º até o sexto dia, o sábado é o dia santo bíblico, o que fez ele? Em vez de adorar a Deus no sábado, sétimo dia da semana, ele montou um esquema para que o sábado fosse substituído pelo primeiro dia, o domingo. Isso pode ser percebido claramente quando analisamos os dias da semana na língua inglesa. Domingo é, Sunday (dia do sol), e assim, ainda hoje, o cristianismo segue o esquema corrupto de Constantino. No século V a igreja através dos neoplatônicos consegue chegar ao poder, passando de Roma pagã à Roma cristã. Isso significa que os filósofos neoplatônicos e os maniqueístas, na pessoa do filósofo Agostinho, assumiram o poder político e religioso e uma nova estratégia é montada para acabar com a influência dos escritos bíblicos. Ficando assim: Constantino estabeleceu o domingo como dia santo e os filósofos fizeram da filosofia de Platão uma nova doutrina cristã espírita (a teologia da reencarnação e da imortalidade da alma pregada pelo catolicismo e espíritas é a filosofia do mundo das ideias de Platão introduzida no cristianismo pelos neoplatônicos que assumiram o poder). Os filósofos sabem do poder do conhecimento, por isso, proibiu educação para o povo, sabiam eles que era uma questão de tempo, e a ignorância do povo os manteriam no poder eternamente. Por isso, na Idade Média, Educação era somente aos interessados em fazer carreira eclesiástica e aos ricos nobres; assim, por mil anos esse período foi mergulhado em trevas, isto é, o conhecimento foi proibido em todo o território sob seu poder. Você não vê futuro em estudar e nem gosta de ler, isto se dá por causa da influência dessa estratégia medieval. O Brasil é o país que mais sofre desse mal medieval, nossos políticos e religiosos, de mãos dadas, ainda mantém essa cultura de que educação de qualidade é para quem têm o domínio político-religioso e aos ricos. Aos trabalhadores de modo geral que queiram estudar, submetam-se à má educação oferecida pelo poder público que, sob o paradigma da Progressão Continuada certifica a ignorância dos jovens emitindo diplomas sem que o estudante saiba o suficiente para ser promovido. Caso algum pobre queira educação de qualidade têm que pagar às instituições privadas que geralmente estão ligadas às instituições religiosas. Então, se há alguém responsável pelas barbaridades que assolam os brasileiros são esses corruptos religiosos e políticos que lucram com a desgraça e escravidão dos pobres; mas a maldade que eles causam dificultando a educação de qualidade para todos, está atingindo a todos, independentemente de classes sociais, pois, todo jovem contemporâneo quer gozar das riquezas do país que embala os capitalistas, como lhes é negado esse direito à educação de qualidade, só lhes resta roubar, matar, traficar e outras possíveis barbaridades a quem quer que seja; pois, entendem eles, que religiosos e políticos embora prometam bens temporais e eternos, na práticas são verdadeiros mentirosos enganadores como qualquer outro que caminha pela ilegalidade.

Filósofo Isaías Correia Ribas