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sábado, 28 de dezembro de 2013

O HOMEM, A MULHER E SUAS DIFERENÇAS


     Muitos homens deduzem que são mais racionais que as mulheres; acham eles que pensam a partir da mente (cérebro) e elas através do coração; assim concordam muitos homens e não todas as mulheres, que essa é a causa delas serem mais emotivas que eles. Não me parece bem fundamentados e informados os que assim pensam. Biologicamente, nossas diferenças são apenas em gênero. Tanto o coração como o cérebro de ambos cumprem as mesmas funções: o coração bambeia o sangue para irrigar todo o organismo mantendo-o em condição de cada órgão cumprir sua função vital; o cérebro, órgão irrigado pelo coração, é o centro nervoso que controla todas as funções orgânicas, sejam elas físicas, emocionais e psíquicas. É por meio de comandos e ligações neurônicas contidas no cérebro que pensamos, agimos, planejamos, aprendemos, organizamos o pensamento e temos consciência de que somos conscientes. Mas a questão é, por que grande parte da população, independente de grau de formação ainda acham que o coração é o centro das emoções? Penso que isso se dá devido às alterações na frequência cardíaca diante de certas situações psicossomáticas que enfrentamos no dia a dia. O coração é o único órgão autônomo, que tem sua frequência funcional alterada diante das diversidades da vida, e, por essas alterações serem mensuradas facilmente, deduz-se, erroneamente, que ele seja o centro das emoções, meio pelo qual expressamos nosso amor, ódio e tudo o mais que somos. Pois, o coração, além bombear o sangue para nos manter vivos, é também o indicador de que algo está errado no corpo, como ele é o responsável para manter o corpo com vida e saúde, nada mais lógico que deduzir seja ele o responsável direto por nossas emoções. Mas, com os avançados estudos no corpo humano, incluindo as emoções e processos cognitivos, está provado cientificamente que o cérebro, casa da mente, é o órgão que processa e controla todo o organismo. Nossa vontade controla muito pouco das funções orgânicas. A consciência é uma pequena parte do universo cerebral, muitas de suas funções dão-se independentemente da consciência do indivíduo. Por exemplo: O pensamento, ele aparece para mim quando eu quero, ou não depende do meu querer? Ele aparece por meio dos sentidos, depois, conscientemente posso querer ou não pensar sobre o que apareceu à consciência. Então, dialogar com o outro formulando sentenças gramaticais utilizando-se dos conceitos coração e alma, para nós brasileiros é uma questão cultural, e como tal, não será em pouco tempo que vamos nos livrar dessa cultura, mesmo estando consciente desse aprendizado “falacioso”.
     Tanto os homens como a mulheres são racionais, pensão e organizam tudo por meio da razão ou cérebro. Achar que o homem é mais racional que sua companheira é um equívoco que precisa ser superado por grande parte da humanidade. A capacidade intelectual de ambos são iguais; Além da justificativa acima, a cultura machista e patriarcal têm colaborado para a manutenção desse equívoco milenar. Outra possibilidade para pensar assim pode ter sua causa nas divisões de tarefas, até pouco tempo atrás o homem era o responsável para providenciar o sustento da família, e, à mulher, cabia-lhe, cuidar dos deveres da casa e da educação dos filhos, assim, “deduziam os homens”, que as mulheres não precisavam pensar, uma vez que eles eram quem tinham que pensar o que fazer para providenciar o sustento. Pode haver outras possibilidades de causas para muitos ainda pensarem assim, mas, as apresentadas são suficientes para deduzirmos que nossas diferenças são apenas em gêneros, e não intelectuais.
     As literaturas antigas, de modo geral, priorizam o coração e não a mente como a raiz de todos os sentimentos bons e ruins, tanto é que os apelos são feitos para as pessoas entregar-se de todo o coração e alma. Ambos, coração e alma, são conceitos elevados às funções destacadas pela tradição cultural e filosófica, porém, nem por isso faz deles verdades inquestionáveis, livres de erros. Quanto ao coração, já vimos sua diferença com relação ao cérebro; a alma, além do corpo, não existe; é apenas uma teoria filosófica elaborada por Platão que o cristianismo medieval adotou como verdade para justificar a imortalidade da alma em relação à mortalidade do corpo, dando assim base para a teologia espiritualista da reencarnação; levando as pessoas a crerem nessa hipótese filosófica como se fosse uma verdade bíblica. Muitos podem questionar: Se Jesus é o mestre dos mestres por excelência, por que Ele também apelava ao coração e não à mente? Simples: Porque Ele também nasceu inserido em uma cultura como qualquer um de nós. Mas os questionamentos podem continuar: Se a bíblia é a verdade revelada, por que Deus não corrigiu esses equívocos por meio das revelações dadas aos profetas? Simples: Porque Deus respeita as diferenças culturais da humanidade, provando assim, que a bíblia é um livro de origem divino-humano.  
     Independentemente de gênero, o ‘EU’ feminino e masculino impera em nosso egoísmo fazendo com que nos sintamos autos suficientes, aptos a questionar qualquer coisa que queira mudar ou redirecionar nossa visão de mundo, seja política e/ou religiosidade. Está em nós o querer ser segundo o ‘EU’, a minha vontade. Eva, no Éden, foi escolhida por Satanás para ser tentada e enganada; após um pequeno diálogo ela decidiu querer ser igual a Deus sem se aconselhar com seu companheiro Adão. Assim, o pecado entrou no planeta Terra. Adão, após estar consciente do pecado da esposa, conscientemente decidiu selar seu ‘EU’ ao ‘EU’ de sua companheira, e assim, ambos pecaram. Atualmente as mulheres estão conquistando seus justos direitos de serem iguais aos homens com relação a empregos, salários, direitos políticos e eclesiásticos. E assim, suas visões de mundo, semelhante a dos homens, vão sendo impostas às mais diferentes instituições político-religiosas, incrementando-as para o bem ou ao mal comum. Tanto os homens como as mulheres que querem ser representantes de comunidades político-religiosas, devem cuidar-se para não ser ditador (a) de sua visão de mundo aos demais membros de sua comunidade que os veem como exemplos.
     “Todas as pessoas”, independentemente de cultura e posição social priorizam o ‘EU’ acima de qualquer outra coisa; o ‘EU’ pode vir a ser uma verdade acima de tudo, se o ‘EU’ “sempre estiver com a razão”, e todos nós somos culturalmente inclinados, quando se trata de tomar decisões, priorizar o ‘EU’, sua particular visão de mundo em detrimento de tudo o que envolve outras pessoas e sentimentos alheios; isso tem nome, chama-se: “verdade subjetiva”, ou, verdade do sujeito. Porém, é esta verdade a causa de todas as desavenças nos lares, nas famílias, nas comunidades politico-religiosas, dos extermínios étnicos e das guerras entre os povos e nações de todas as épocas. A verdade nunca está no e com o sujeito, mas no entendimento comum, onde todos se unem para um bem comum, e esse bem comum é sustentado por um regimento áureo denominado lei, esta sim, está acima de toda subjetividade, pois, ela promove a justiça a todos independentemente dos sujeitos, e assim, bem aventurados e livres são aqueles que agem segundo os ditames da lei, e aos que agem contrários às regras legais, a perda da liberdade e as penalidades da lei. Então, pergunto: O que é e onde estão a liberdade e a verdade? Para o Estado e qualquer comunidade organizada, com e na lei.
     Todo o cosmo (ordem universal) é regido por leis invariáveis, são elas que mantêm a estabilidade astral e a vida no universo. E não é diferente quanto à manutenção da ordem moral no universo; Deus estabeleceu Sua lei eterna para garantir a paz, a liberdade e a harmonia entre todos os seres criados que desfrutam e desfrutarão desses bens divinos. A bíblia é a carta de Deus à humanidade. Nela está explícita toda a vontade de Deus para com os homens e mulheres que desejam a eternidade e a verdadeira liberdade.
     Analisando o comportamento dos atuais religiosos (as) que encabeçam a liderança dos ritos e “pregação do evangelho”, nota-se, que, está em perspectiva à possibilidade de, em pouco tempo, grandes mudanças comportamentais entre as comunidades religiosas quanto às regras bíblicas sobre o modo de agir dos cristãos, em breve não haverá mais divisão entre religiosos e ateus, dificultando diferenciar o que é servir a Deus das teorias e filosofias de homens e mulheres que exaltam seu ‘Eu’ em nome de Deus. Se, no Estado e comunidades de ordens comuns a subjetividade é o mal maior, no reino de Cristo não é diferente, a subjetividade imposta ou não, é pecado. Por isso o convite de Cristo: “Filho meu, dá-me o teu coração”, o teu ‘EU’, a tua subjetividade, a tua razão e vontade para que Eu possa muda-los para honra e glória de Deus, fazendo de ti um cidadão do reino dos céus. Ninguém será salvo sem provar desse milagre divino; o egoísmo e minha vontade mundana hão de morrer por Cristo para que eu possa alcançar a eternidade, o reino de paz e harmonia. O Espírito Santo que habita entre nós é o responsável por fazer essa cirurgia assim que o meu ‘EU’ permitir.   
Para pensar: Como o nosso ‘EU’ está colaborando para a pregação do verdadeiro evangelho por meio de sua igreja e diferentes comunidades que influenciamos?     

Filósofo Isaías Correia Ribas






     

domingo, 22 de dezembro de 2013

FÉ, RAZÃO E SALVAÇÃO


     Todas as pessoas do planeta estão inseridas intelectualmente nesse contexto trino. Em algum momento, independente de qualquer cultura, aqueles que saíram da menoridade cognitiva já buscaram de algum modo conciliar harmonicamente esses três conceitos fundamentais à paz intelectual e espiritual. Tanto a fé quanto a razão e a salvação permeiam a mentalidade de todos independentemente de denominação religiosa e de seu objeto de culto. Logo, ignorar essa realidade cognitiva é viver à mercê dos exploradores epistemológico-político-religioso.   
     Essa reflexão será baseada na epistemologia bíblica que, além de ser um livro de linguagem simples, dá aos seus investigadores as chaves corretas para sua interpretação, mas, mesmo assim, não está livre de muitas interpretações teológicas contraditórias e falaciosas, isso, muitas vezes se dá pela incapacidade intelectual do interprete, ou, pelo indevido uso do sagrado para enganar o outro, explorando-o em nome da fé e da salvação.  
    A bíblia é o único livro que apresenta a causa e a saída para o problema da maldade generalizada que cresce geometricamente entre as pessoas de todo o planeta. Apresenta também a causa de muitas pessoas serem diferentes, pessoas do bem e altruístas por amor e não por interesse, apesar de muitas se fazerem altruístas por interesses próprios, mas, o que importa são os verdadeiros altruístas, esses, pelo seu modo de ser confirmam que é possível, se as pessoas se submeterem à teologia bíblica, derrubar o imperialismo do mal, fazendo desse nosso habitat provisório e finito um lugar de paz e harmonia apesar do conflito espiritual além da materialidade mundana “eternizada” pelas diferentes culturas.   
     A salvação apresentada na bíblia está fundamentada na pessoa de Jesus Cristo. Sua vida, morte, ressurreição e elevação para o céu é a garantia de que Ele voltará para buscar aqueles que o aceitarem como seu salvador pessoal para habitar no reino que Ele preparou, onde a paz e a harmonia reinarão plenamente. O sacrifício de Cristo e sua graça são suficientes para salvar a todos. Porém, nem todos serão salvos. Em um conflito há vencedores e perdedores; nesse conflito entre o bem e o mal não é diferente. A graça de Cristo só me alcança para a salvação se eu quiser. O fundamento do reino de Cristo é a liberdade com responsabilidade e consciência de que a ordem cósmica se dá assim e não de outro modo. Ninguém será salvo na ignorância e nem por imposição divina. A salvação é gratuita, o poder para transformar qualquer pessoa em nova criatura, agente do bem é gratuito. A graça é gratuita e é por ela que nos movemos e fazemos o bem e o mal que queremos. Se Deus aplicasse os reclamos de Sua lei sem sua graça, a humanidade não teria desenvolvido. Tudo o que fazemos de bom ou ruim é graças à graça de Deus que nos dá um período de vida suficiente para compreendermos essa guerra e fazermos nossa escolha pessoal. Mas toda essa lógica gratuita passará quando Deus aplicar sua justiça para desfazer as causas do mal e estabelecer Seu reino de plena paz universal. Então, a questão é: Qual o problema que Deus encontra para salvar a humanidade se Sua graça é suficiente para salvar a todos?
     O primeiro e último problema é o ‘Eu’ de cada um de nós. O ‘Eu’ está presente em qualquer pessoa independente de classe social e cultura intelectual. Deus respeita o ‘Eu’ de todos, logo, enquanto o meu ‘Eu’ imperar na minha vontade, o meu modo de ser bloqueia o poder da graça divina para me transformar em nova criatura. Deus é Onisciente, Onipotente e Onipresente, porém, Ele não os usa para neutralizar a vontade das pessoas, logo, Deus só pode fazer de mim uma nova criatura se ‘Eu’ desejar ser uma nova criatura segundo a vontade de Dele. Muitos se enganam com respeito à salvação limitando-se a aceitação de uma denominação religiosa, outros vão um pouco mais além se fazendo profissionais ligados às mais diversas instituições religiosas, uma vez profissionais acham-se merecedores da salvação; cuidado! Há somente um meio de sermos salvos e ninguém será por merecimento; a salvação se dá pela morte do egoísmo, e tal milagre operará se o meu ‘Eu’ permitir que Deus a opere em mim. O ‘Eu’ natural realiza-se satisfazendo a vontade egoísta, ninguém naturalmente se submete às instruções bíblicas, mas, é possível ser membros e profissionais religiosos de qualquer instituição sem ser uma nova criatura segundo a vontade de Deus; assim sendo, é esta a causa da tolerância religiosa ao mundanismo que invade as igrejas cristãs, não diferenciando em nada daqueles que não estão ligados à religião alguma.
     A ignorância cognitiva é um projeto político mundial para manter a escravidão e exploração das pessoas, é este o ideal do capitalismo. Todas as religiões, controladoras dos maiores complexos educacionais privados participam conscientemente desse idealismo político vendendo a educação a quem possa pagar; fazendo da grande massa populacional mantenedores dessa elite exploradora, e no outro extremo, dos narcotraficantes que destroem a saúde física das pessoas. Assisto reuniões evangélicas de todas as denominações, nenhuma delas incentiva seus membros a estudar, ninguém condena esse projeto político-capitalista de não educação de qualidade a todos. A ignorância generalizada é um ideal que vai além da política, do capitalismo e das religiões: É um ideal satânico de embrutecimento da humanidade, pois, somente assim ele conseguirá manter o povo longe do conhecimento, de ser um cidadão consciente, mas, pelo contrário, um bárbaro que só conhece a força como meio de se livrar da exploração capitalista-político-religiosa. Assim sendo, eis a causa de tanta brutalidade nos lares, nas escolas, dos conflitos bélicos, da tolerância e incentivo ao narcotráfico e a intolerância ao outro em todas as estâncias sociais. Pior que isso, eis a causa de tanta hipocrisia religiosa e desinteresse por conhecer um modo de vida além das paixões humanas, de entender e submeter o ‘Eu’ ao plano de salvação elaborado por Deus, O Criador. Quer conhecer o plano de salvação independentemente de qualquer instituição religiosa? Então seja um investigador da bíblia. Quer uma comentadora da bíblia inspirada por Deus? Estude a bíblia e os livros da profetisa contemporânea Ellen G. White concomitantemente. Seus principais livros para estudar paralela a bíblia são: O Grande conflito, Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas e Profetas e Reis. (Editora: Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, São Paulo).


Filósofo Isaías Correia Ribas                    

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DEUS ABOMINA O PECADO E OS PECADORES; CRISTO ESTÁ EM TODA A BÍBLIA


Deus, Sua justiça eterna e Seu amor eterno pelos pecadores estão explícitos tanto no Velho quanto no Novo Testamentos. Na antiguidade, Deus executava o juízo demonstrando o que Ele fará no juízo final. Ele, na Sua Onisciência não erra.
     “Ora, Israel demorava-se em Setim, e o povo começou a prostituir-se com as filhas de Moabe, pois elas convidaram o povo ao sacrifício de seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses. Vendo Finéias, filho de Eleazar, filho do sacerdote Arão, levantou-se do meio da congregação, e tomou na mão uma lança; foi após o Israelita, e entrando na sua tenda, os atravessou a ambos, ao Israelita e a mulher, pelo ventre. Então a praga cessou de sobre os filhos de Israel”. (Números 25)

     O mesmo Cristo que se encarnou, viveu e morreu para nos salvar, organizou o planeta Terra condicionando-o para a vida. Ele, pela sua misericórdia e graça salvou também aqueles que viveram antes de Sua encarnação, logo, as boas novas dos evangelhos e seu poder salvador estão presentes também no Velho Testamento.
     O poder de Cristo, o Salvador crucificado, para conceber vida eterna, deve ser apresentado ao povo. Devemos demonstrar-lhes que o Velho Testamento é tão certamente o evangelho em sombras e figuras, como o é o Novo em seu poder revelado. O Novo Testamento não apresenta uma religião nova; o Velho Testamento não apresenta uma religião que deva ser substituída pelo Novo. O Novo testamento é apenas a sequência e revelação do Velho.
     Abel cria em Cristo, e foi tão certamente salvo pelo Seu poder, quanto foram Pedro e Paulo. Enoque foi tão certamente representante de Cristo quanto o amado discípulo João. Andou Enoque com Deus, e não se viu mais, porquanto Deus para Si o tomou. A ele foi confiada a mensagem da segunda vinda de Cristo. “Destes profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos”. (São Judas 14) A mensagem pregada por Enoque e sua trasladação para o céu, foram um argumento convincente para todos quantos viviam em seu tempo; foram um argumento que Matusalém e Noé puderam usar com autoridade para demonstrar que os justos podiam ser trasladados.
     O Deus que andou com Enoque foi o nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Era a luz do mundo como o é agora. Os que então viviam não estavam sem mestres que os instruíssem na senda da vida; porque Noé e Enoque eram cristãos. Em levítico, o evangelho é apresentado em preceitos. Obediência implícita é exigida agora como então. Como é necessário que compreendamos a importância desta palavra.
     É feita a pergunta: Qual é a causa da escassez existente na Igreja? A resposta é: Permitimos que a nossa mente se aparte da palavra. Se a palavra de Deus fosse comida como alimento da alma; se fosse tratada com respeito e deferência, não haveria necessidade dos muitos e repetidos testemunhos que são concedidos. As simples declarações das escrituras seriam recebidas e obedecidas. (WHITE, G. Ellen. Testemunhos Seletos, vol. III, p., 43 e 44. Ed. Casa Publicadora Brasileira - Santo André, São Paulo. 1985)


Filósofo Isaías Coreia Ribas

domingo, 15 de dezembro de 2013

HERMENÊUTICA FILOSÓFICA E BÍBLICA


     Hermenêutica é logos, discurso, uma ferramenta de interpretação e comunicação. Segundo Heidegger, “a palavra grega “hermeneutike” (hermenêutica) é formada a partir das palavras gregas que significam interpretar, interpretação e intérprete. Sua etimologia é obscura, a pesar de acreditarmos que ela esteja relacionada ao deus mensageiro, Hermes”. (LAWRENCE, K. Schmid. HERMENÊUTICA. Pensamento Moderno. Ed. Vozes. P. 83, São Paulo 2012) A hermenêutica trata da verdade daquilo que é dito: “aletheuein [ser verdadeiro] (tornar aquilo que estava encoberto, escondido, disponível, exposto, lá fora)” Ibid p. 84
Filosofia da Comunicação:
          “E falava Moisés face a face, como qualquer um fala com seu amigo”. (Êxodo, 33: 11) Desse diálogo entre Deus e Moisés a hermenêutica protestante criou o conceito ‘nós’, questionando a filosofia de Descartes e de Kant que tratam do ‘Eu’ e do ‘Sujeito’ que não se comunica com o outro, entendem que superaram esses dois filósofos que marcaram o início da modernidade e da contemporaneidade. A partir desse diálogo bíblico entre Deus e Moisés fundou-se a filosofia da comunicação que se resume em emissor e receptor, mediados por temas, códigos e veículos de comunicação; tudo isso dentro do seu contexto é possível à hermenêutica bíblica como ciência exegética, capaz de interpretar qualquer obra escrita através da análise linguística e psicológica, entendem assim, que o interprete pode superar o próprio autor da obra, seja esse de que período for. Assim sendo, a hermenêutica protestante, por meio da validade do discurso tornou-se a maior questionadora dos escritos bíblicos, semelhante ao puro racionalismo filosófico, fazendo dos escritos bíblicos uma mera produção antropocêntrica, sujeita a mudanças segundo a interpretação da hermenêutica contemporânea. Assim, nega a inspiração divino-humana dos escritos bíblicos, alimentando o ateísmo, o agnosticismo e a dúvida nos escritos bíblicos; consequentemente em Deus como Criador e mantenedor do universo.
Depois da reviravolta linguística, a filosofia só pode ser reflexão sobre a comunicação, esse é o ponto comum entre Scannone, Apel e Olivetti, mas para Scannone tal reflexão tem de ser reflexão “da” comunicação e, enquanto tal, ela não pode entender nem como redução transcendental, nem como outomediação dialética, mas reflexão analógica da liberdade e da gratuidade. (P. 415) Então, filosofia é uma atividade “simbólica”, ou seja, aquela que tematiza a “conciliação dialética” do a priori e do a posteriori, do necessário e do contingente, do transcendental e do empírico, do universal e do histórico, do incondicionado e do condicionado, da razão funcional e da razão histórica. [...] Nas palavras de M Müller, a tarefa fundamental da filosofia hoje é efetivar o encontro entre metafísica e filosofia, isso entendido nem como conjuntivo nem como adversário. O que importa é entender a metafísica como história e a verdadeira história como metafísica. (P. 420) (OLIVEIRA, Manfredo de Araújo. REVIRAVOLTA LINGUÍSTICO-PRAGUIMÁTICA NA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA. Ed. Loyla, São Paulo, 1996)

Bíblia:
     A bíblia é uma biblioteca composta por sessenta e seis livros. Está dividida em duas partes: antigo e novo testamento. O antigo contém trinta e nove livros e o novo vinte e sete. Cerca de quarenta autores a escreveram no período de mil e seiscentos anos; destes, mil e quinhentos foram dedicados à escrita do Velho e os outros cem ao Novo. Moisés, líder hebreu criado na corte do Egito, fugindo de lá por causa de uma briga e do assassinato de um egípcio, instalou-se em Midiã, sob inspiração do Espírito que pairava sobre as águas que cobria o planeta antes de ser adaptado à vida, é o autor dos cinco primeiros livros; segue–o: patriarcas, profetas, reis, juízes, rainhas, lavradores, boiadeiros, pescadores, médico, funcionários públicos intelectuais e outros profissionais. A escrita bíblica originou-se de quatro fontes primárias. 01. Revelação através de sonhos e visões aos profetas, 02. Fatos históricos do povo hebreu, israelitas e judeus com outros povos, 03. A biografia e ações de Cristo quando vivera por aqui e 04. A história dos cristãos primitivos e seus perseguidores pagãos. A bíblia está aberta a pesquisadores de diferentes ciências exatas e humanas. Atualmente a bíblia é tida como o livro sagrado dos judeus e cristãos, porém, se pensarmos na geografia do mundo antigo, quando a divisão dava-se entre orientais e ocidentais, conclui-se, que, a origem de seus escritos deu-se no Oriente e seu final no Ocidente, logo, a bíblia é universal e não regional. Fato é que muitos povos atuais das mais diversas regiões do planeta têm como exemplo de fidelidade a Deus, o patriarca da fé, Abraão.
     A filosofia, para alguns filósofos, tem sua origem análoga aos escritos bíblicos, nascendo no Oriente e sendo sistematizada no Ocidente. Diferente dos escritos bíblicos que já findou sua produção epistemológica, a filosofia continua em plena produção intelectual. Assim, ambas são universais. Porém, seus propósitos epistemológicos diferem-se. A epistemologia bíblica busca conscientizar a humanidade da origem de tudo o que há no universo em um Deus criador e mantenedor; que o mal é um elemento estranho ao cosmo, mas, que, as devidas providências já foram tomadas para sana-las. A epistemologia filosófica, diferente da bíblia, é antropocêntrica. Logo, razão pura. Sendo assim, essas epistemologias são antagônicas, busca anular uma a outra. Os dois conceitos fundamentais que promovem esse antagonismo são: razão e fé. Grandes produções literárias e acalorados debates teológicos originam-se desse antagonismo filosófico-bíblico.   
     A bíblia, apesar de ser escrita em um longo período por diversos autores de diferentes culturas, se completa, não é contraditória, está escrita numa linguagem acessível a qualquer leitor mediano, porém, apesar de ser um livro também histórico muitos de seus escritos só são compreendidos e aceitos aos olhos da fé; segundo Apocalipse 1:3 até mesmo aqueles que não sabem ler, mas estão dispostos a entender e guardam o que ouvem serão bem aventurados; e a mesma benção está à disposição dos que leem e guardam suas palavras. Quando algum escrito é mais “complexo”, como são algumas profecias, a própria bíblia dá as chaves para sua interpretação; e ela nos dá também a chave geral para a compreensão de seus escritos: “Pois é preceito sobre preceito, preceitos e mais preceitos; regra sobre regra, regras e mais regras; um pouco aqui, um pouco ali”. (Isaías 28: 10) Os escritos bíblicos precisam ser compreendidos e interpretados, diferente de muitas produções literárias cujo autores não se preocuparam em dar as chaves para compreensão do todo de sua obra, a bíblia tem seu método (hermenêutica) próprio para sua compreensão e interpretação. 
     Então, minha indagação é: Para que hermenêutica e exegese aplicáveis aos escritos bíblicos se os mesmos são autossuficientes, se bastão a si mesmos? Todas as dúvidas postas aos escritos bíblicos, das mais simples às complexas, são postas pelos próprios protestantes que não se contentam em serem pessoas de fé, mas pretensos filósofos-cientistas do sagrado, e assim, se enganam e destrói a fé dos simples crentes, sob a capa da filosofia e da ciência, prestam um desserviço à verdadeira fé, estão de mãos dadas ao espírito medieval.
     Qualquer pessoa e/ou instituição ligadas a qualquer doutrina religiosa, que pretendem filosofar a partir de conceitos bíblicos, são filósofos frustrados, falaciosos da filosofia e da bíblia, demonstram ser incapazes de um filosofar a partir do mundo e seus problemas, sendo apenas criadores de problemas metafísicos. Logo, inúteis à fé bíblica.
Princípio Básico da Ética Cristã:
Ético: Eu _______________ Tu.
Antiético: Eu ­­­­­­­­­_______________ Coisas.
Amor não é sentimento, é valor. Amor como sentimento é romantismo.
Persona é teatro (mascara).
     Pessoa, para o cristianismo, é aquele que age sem mascara. Maior exemplo da história: Cristo em pessoa demonstrando o amor de Deus pela humanidade.
     Na ordem do ser, Deus tem a primazia. Na ordem do conhecer, o homem é o centro. João e Paulo foram os primeiros filósofos do cristianismo. (Marilena Chauí) Será?
     Se parto do princípio de que a filosofia está em busca da verdade, realmente eles foram os principais defensores da verdade. Para João, Cristo é o agente criador que trouxe tudo à existência no planeta Terra, pois, “Sem Ele nada do que foi feito se fez”. E, segundo está escrito no Apocalipse, livro de sua autoria, Jesus voltará a esse mundo para restabelecer a perfeição edênica que havia antes do pecado; para que isso aconteça, Satanás, seus anjos e todas as pessoas que rejeitaram a salvação em Cristo provarão da morte eterna. (São João 01 e Apocalipse 20)
     Para Paulo, por ocasião da 2ª vinda de Cristo, os fieis aos princípios bíblicos serão ressuscitados para a vida eterna e, em uma segunda ressurreição, após mil anos de sua segunda vinda, todos os ímpios mortos ressuscitarão para a perdição eterna. Pergunto: Qual filósofo, cristão ou não, defende os escritos bíblicos como João e Paulo defenderam? Então, se eles são filósofos segundo a visão da filosofia, os filósofos que negam a epistemologia bíblica são o que, se não filósofos falaciosos? (I tessalonicenses, 04: 13-18; Apocalipse 20: 5 e 6)
     Quanto mais estudo filosofia, mais me convenço de sua astúcia em negar a origem divino-humana da bíblia. As próprias instituições religiosas não falam mais de princípios bíblicos e sim filosóficos, quando tudo for filosofia chegou o fim das religiões, tudo não passará de teatro, espetáculo religioso-medieval.
     A sociedade atual, independente de cultura e religiosidade, valoriza mais as coisas que o outro, seu igual; toda afetividade humana está sendo direcionada às coisas e aos animais em detrimento de pessoas que são apenas alvo de exploração e subjugação. E aí, você acha que essa lógica filosófica é capaz de criar pessoas melhores, mais éticas? A realidade social-mundial atesta que não. E daí, que fará a filosofia, a priori e a posteriori para redirecionar a ignorância generalizada que ela idealiza e propaga às massas em nome do conhecimento antropocêntrico?
Conclusão
     Hermenêutica, um processo interpretativo que vai do todo para às partes e das partes para o todo. (círculo hermenêutico) A verdade do filósofo, ou de outro intelectual qualquer está expressa em sua obra. A hermenêutica como ferramenta de análise linguística e psicológica, seguindo um método, colabora para a compreensão e interpretação de obras literárias.

Filósofo Isaías Correia Ribas  








domingo, 1 de dezembro de 2013

FÉ X RAZÃO, O GRANDE CONFLITO; E A IGREJA DE LAODICÉIA


     Todas as pessoas, independente de conhecimento, cultura e religião estão em constante conflito consigo mesmas. E esse conflito, para muitos, não se dá pela existência em si, pois muitos apenas vivem sem pensar porque tudo existe, e inclusive por que se existe, trabalha, estuda, come, casa-se, têm filhos, dorme e se diverte. Por alguns instantes, vendo um amigo (a) no leito do hospital ou diante de um morto dentro do caixão, quase acontece um insight levando-se a pensar na fragilidade da existência; no entanto, deixando tal ambiente, o cuidado do viver pelo viver ofusca a quase reflexão que o surpreendera. Para muitos outros, a existência é a causa do grande conflito pessoal, esses, para amenizar o conflito existencial se apegam à religiosidade ou não, isto é, uns creem em alguma divindade e outros não se apegam a divindade alguma; esses parecem viver de forma consciente. O primeiro grupo, apesar de não ter preocupação com o existencialismo, eles também creem, mas não sabem para que crer ou não crer, parecendo estar despreocupado com o eu e com tudo a seu redor, vivem num estado de “inconsciência”. Assim sendo, todas as pessoas creem.
     Diante do sentido do viver, o envelhecer e morrer parece não ter sentido. Mas, independente de ter ou não sentido, essa é a realidade que todos nós enfrentamos. Dessa realidade existencial e o conflito pessoal que a envolve nascem todas as formas de culto às mais diversas divindades; e no outro extremo temos aqueles que não se encurvam a divindade alguma, isto é, creem que tudo não passa dessa existência terrena: nascer, viver, envelhecer e morrer.
     Todas as religiões tem seu livro sagrado, porém, o judaísmo e o cristianismo, ambos fundamentados na bíblia, apresentam um Deus criador e mantenedor do universo que se preocupa em comunicar-se com entes que criara à Sua semelhança; o meio dessa comunicação deu-se por meio dos patriarcas e profetas e outros líderes que, num período de 1.600 anos, por meio de revelação, sonhos e inspiração divina, escreveram o livro sagrado. Segundo a bíblia, outras vezes Deus falara face a face com o homem. E nesses últimos dois mil anos tem-nos falado por meio de Seu filho Jesus, que nascera, vivera por trinta e três anos, fora morto segundo o plano de salvação, ressuscitara e subira novamente ao pai para terminar a obra que começara; completando-a, virá novamente para buscar aqueles que Nele confiarem e procuraram agir à sua semelhança.
     A bíblia é o único livro sagrado que conta a história da criação e da salvação por meio da história de uma nação, então, o meu Deus está inserido na minha história e na história de todos os povos, logo, na sua história. A história dessa nação começou com Abraão que recebera o chamado de Deus para deixar sua região, seus pais e amigos para fundar uma nação segundo as orientações de Deus o Criador. Abraão, ainda hoje, é reivindicado como pai de várias nações e religiões por meio de seus descendentes Isaque e Ismael, os maçons o tem como o primeiro construtor, logo, o tem como o exemplo maior de suas ideologias, assim como os mulçumanos e outros. Perceba amigo leitor que a bíblia não influencia somente os ocidentais, mas todos os povos. A nação que Deus fundara por meio de Abraão tem por objetivo maior, ilustrar o plano de salvação idealizado pelo próprio Criador.
     Os Hebreus, Israel e Judeus são partes, períodos de um mesmo povo que tivera a função de ensinar todos os povos o plano de salvação elaborado pelo próprio Deus; a primeira parte dessa história iria até o nascimento de Jesus; a segunda iniciaria com o ministério do próprio Cristo até Sua segunda volta para estabelecer a ordem do Éden “perdido”. Esta era a função de Israel até o nascimento do Messias, pois, para isto vieram à existência como nação organizada. Ao Deus organizar esta nação o grande conflito entre nação eleita e Satanás intensificou-se na Terra; pois, destruindo Satanás a influência de Israel ao resto mundo, destruiria assim, o plano de salvação que Deus elegera. Por esse motivo a história de Israel é uma história de conflitos ideológicos e bélicos entre outros povos, por trás de tudo isso há um plano maior: mostrar ao universo que Deus vai instituir novamente Sua vontade, voltando a ser um universo de paz eterna, sem doenças e mortes de espécie alguma. Mas antes que isso aconteça o mal e a história do pecado têm que passar por todas as fases para que nunca mais o conflito surja no universo; somente assim a paz e liberdade serão estabelecidas em um universo cujo fundamento é a liberdade consciente.
Filosofia I
     A história dos Hebreus já existia por aproximadamente mil e trezentos anos quando a filosofia surgiu no Ocidente, iniciava ali a intriga entre os que defendiam a fé em Deus e a filosofia que negava essa fé.  Era o início da batalha entre o racionalismo puro e a fé pura. Em três séculos o racionalismo filosófico e seus questionamentos conseguiram minar a fé do povo que Deus escolhera como Seu representante. O racionalismo conseguiu submeter fé à razão de tal modo que, quando Cristo nasceu não fora aceito pelo povo que Ele elegera; os judeus daquele momento e os romanos participaram diretamente da condenação e morte do filho de Deus que nascera para selar o plano de salvação com Seu próprio sangue. A função de Israel como nação eleita findou ali. Cumpriu-se o que Deus prometera através de seus patriarcas e profetas. No seu lugar, deu início uma nova fase na história da salvação, o cordeiro eterno ofereceu-se em sacrifício para livrar-nos da morte eterna. Um novo Israel se inicia com a ressurreição de Cristo, o ‘Israel Espiritual’; sem espaço geográfico e sem política. A composição desse novo Israel é livre a todas as pessoas de qualquer parte do planeta. As características exigidas para fazer parte do Israel Espiritual são: Aceitar a Jesus como seu salvador, representa-Lo em todo o jeito de ser, ser como Ele foi cumpridores dos ensinamentos bíblicos, e obedecer ao “ide anunciar o evangelho”.
     O cristianismo é bem mais complexo epistemologicamente que quando existia uma nação eleita. Mas, por que é mais complexo? Porque todos os professos cristãos de diferentes denominações religiosas se acham representantes de cristo por falarem do que está escrito na bíblia, como não é tão simples assim, os próprios cristãos sempre guerreiam entre si pela supremacia do direito cristão, de ser a igreja eleita. Graças a Deus Ele nos deixou as características desse Israel espiritual até que Ele volte registrada em Sua palavra, a bíblia sagrada: "Guardam os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus". (Apocalipse 12: 17)
Filosofia II
    Estabelecido o cristianismo inicia a segunda fase da intriga entre fé e razão. Com a morte e ressurreição de Cristo, Satanás e seus anjos estavam condenados à morte eterna, juízo que ocorrerá quando Deus for purificar a Terra do mal que Satanás causara. Ciente disso Satanás intensifica-se na arte do engano, pois sabe que pouco tempo lhe resta e quer levar à condenação o maior número de pessoas possível. Sua estratégia é: ‘Confundir’, causar confusão entre os pretensos seguidores de Cristo. Logo, algo superior ao confronto bélico, então, nada melhor que uma estratégia epistemológica, assim, a filosofia continua em cena com sua arte de argumentação contra aqueles que preferiam seguir pela fé O Filho de Deus e Sua palavra, a bíblia. Muitos filósofos platônicos entraram em cena para confundir filosofando a partir de conceitos bíblicos. Filon, filósofo judeu de Alexandria, classificou os escritos bíblicos como alegóricos e os maniqueístas, do qual Santo Agostinho era membro, entre outros, conseguiram apresentar ao mundo um cristianismo filosófico, herdeiros da tradição romana pagã, passaram a perseguir aqueles que decidiam seguir o mestre pela fé segundo ensinava as escrituras sagradas, apresentando ao mundo um falso cristianismo, o platônico.  O Apocalipse, livro profético escrito por João na ilha de Patmos, conta a história do Israel espiritual e do falso cristianismo que o perseguiria desde os primitivos cristãos até os últimos genuínos cristãos vivos por ocasião da segunda vinda de Cristo. As sete igrejas apocalípticas são os diversos períodos da história do cristianismo, onde, os falsos cristãos perseguem os verdadeiros. São elas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicécia. (Apoc. 2 e 3)
     Assim, no período Medieval, “a filosofia cristã parece ter conseguido submeter a razão à fé”. Será? Ou era uma nova forma de racionalismo, o cristão, se impondo a própria fé pura? Sem dúvida, era o racionalismo filosófico vestido de cristão perseguindo aqueles que faziam da bíblia o livro guia para desenvolver a fé genuína.
Filosofia III
     No período medieval a fé se “impôs” à razão. Após mil anos de imperialismo medievo, da supremacia da fé sobre a razão, o racionalismo puro se levantou questionando as atrocidades que os reis-filósofos-cristãos e a igreja Católica faziam em nome de Deus à humanidade. Surge então uma guerra epistemológica bem mais complexa que a anterior, agora são três frentes ideológicas tentando impor sua visão de mundo sobre os outros, ficando assim: filosofia pura X racionalismo cristão X protestantes. Ninguém desse período conseguiu anular o outro, e assim, da Idade Moderna a contemporânea os três, questionam-se mutualmente, mas conseguiram manterem-se na história convivendo “democraticamente no mundo”, dividindo o mundo ocidental nesses três grandes seguimentos, onde seus adeptos, ainda hoje, lutam para convencer um ao outro de que está com a verdade.
Filosofia IV
     Os protestantes Pós-Modernos resolveram também, através da filosofia argumentar as razões de suas crenças não mais no assim diz o Senhor, mas nos fundamentos filosófico-cristão-medieval, facilitando assim sua inserção no mundo capitalista sem enfrentar tantos questionamentos; resolveram ser semelhantes ao cristianismo da Idade Média, adaptando-se melhor às ideologias cristãs falaciosas, fazendo da bíblia apenas um dos meios para enganar a humanidade, transformando suas instituições acadêmicas semelhantes à lógica mundana, deixando assim de zelar pela fé pura. Nesse contexto aparece o filósofo alemão Friedrich Neitzsche (1844-1900) condenando toda essa falsa religiosidade, qualificando-as de invenções humanas, instituições que conduzem a humanidade ao niilismo, ao nada, verdadeiras utopias. Assim, nesse contexto nebuloso essas três frentes filosóficas semelhantes estavam certos de que os adeptos da fé bíblica não mais lhes questionariam. Mas Deus que não se deixa enganar estava no controle de tudo provando a fé daqueles que se dizem seguidores de Cristo. Nesse contexto contemporâneo surge o deísta Guilherme Miller em busca da verdade bíblica, pois o deísmo ao qual seguira lhe conduzira ao niilismo, ao nada. Disposto a se livrar dessa angústia existencial buscou encontrar a verdade bíblica a partir do exame da mesma, renasce assim, na Idade Contemporânea a busca pela fé pura, Miller, de família protestante Batista revolucionou a mundo através de suas conclusões bíblicas. Concluiu que a segunda volta de Cristo se daria por volta de 1844, apresentou suas conclusões aos líderes batistas os quais lhes autorizaram a pregar. Nesse mesmo contexto Deus, para cumprir Sua promessa apocalíptica aos Seus seguidores dos últimos dias, chama, depois de duas tentativas frustradas com dois outros jovens, a jovem Ellen G. White como a profetisa para o último período da igreja que defenderia a bíblia como a única verdade divina à humanidade. White, que pertencia à igreja Metodista, após ouvir as conferências do Batista Miller converteu-se ao movimento, pois este estava em busca de servir a Deus sem interferências filosóficas. Toda a América do Norte e outras partes do mundo convenceram-se das interpretações de Miller e estavam conscientes de que Cristo realmente viria na data marcada e remarcada. Mas Jesus não veio. Ouve uma grande decepção, a fé de toda a cristandade foi duramente provada e a grande maioria recomeçaram suas vidas descrentes de que Deus existe e a que bíblia é Sua palavra revelada para a humanidade. “O racionalismo-filosófico vencera a fé”. Será?
     Um pequeno grupo remanescente da decepção, entre eles e Ellen G. White, tinha certeza de que algo estava errado na interpretação e que a bíblia jamais poderia errar. Juntos jejuaram e oraram e Deus se manifestou de modo diferente a vários irmãos de fé onde concluíram que a interpretação de Miller estava errada e não a bíblia; e a Ellen G. White Deus deu-lhe o dom de profecia, e assim, através de sonhos e visões o último período da igreja cristã, defensora dos princípios bíblicos se iniciara. Sendo organizada em 1863 a Igreja Adventista do Sétimo Dia que, como organização religiosa seria a responsável para fazer o último convite aos moradores da Terra, assim, as verdades bíblicas foram restauradas e a salvação em Jesus Cristo e Sua breve volta continuam sendo anunciadas em todo o mundo.
     As advertências apocalípticas à igreja de Laodicéia são direcionadas especificamente aos Adventistas do Sétimo Dia. (Apoc. 3: 14-22) Você leitor, é um Adventista do Sétimo Dia? Então, cuidado! Você é um laodiceano, e como tal podes ser uma benção ou um escândalo para a igreja dos últimos dias. Você não é Adventista do Sétimo Dia? Então, cuidado! O ditado que diz que todos os caminhos levam a Roma é uma falácia, tal qual aquele que diz que todas as religiões levam a Deus. A história tem demostrado que encontrar o verdadeiro caminho que conduz à vida eterna não é algo tão simples como querem os religiosos formais. Para a filosofia o cristianismo é uma falácia. Ser cristão para a filosofia está além de uma profissão de fé, é agir como Cristo agiu; ser como Ele foi. (Nietzsche) A igreja Adventista do Sétimo Dia não irá trinfar como instituição religiosa, somente o seu remanescente trinfará com Cristo. Então, amigo (a) Adventista do Sétimo Dia o que estás fazendo com a igreja quando se apresentas com todas as suas pinturas, joias e trajes mundanos quando diz ser chamado (a) para anunciar o evangelho? Para a filosofia negas a Cristo e o poder do evangelho.
     A igreja Adventista do Sétimo Dia é defensora e seguidora das verdades bíblicas, a menina dos olhos de Deus, e como tal, é alvo número um dos ataques de Satanás. Por isso somente um remanescente triunfará, é que a guerra que será travada nos últimos dias será tão dramática que a maioria dos seus atuais membros negará sua fé e somente um remanescente ficará de pé, esses não dependerão de instituição, apenas de Cristo. A igreja é como a nação de Israel, cumpre apenas um papel organizacional enquanto há condições de ser uma organização. Pense nisto, você tem talento, use-o corretamente para louvor e honras ao Deus Criador do universo. JESUS EM BREVE VOLTARÁ! As profecias bíblicas confirmam que assim será!
    
Filósofo Isaías Correia Ribas