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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

LÓGICA HUMANA E DIVINA


     A lógica é uma disciplina filosófica, é a partir dela que toda arquitetura do discurso antropocêntrico é montado. O primeiro filósofo a fazer da lógica a base de sua filosofia foi Aristóteles; O seu método lógico tem por nome silogismo, isto é, método de dedução de uma conclusão a partir de duas premissas (sentenças), por implicação lógica. “O silogismo é um argumento em que, estabelecidas certas coisas, resulta necessariamente, por ser o que são outra coisa distinta do anteriormente estabelecido”. A lógica é um processo de combinação dos elementos contidos nas premissas através do termo médio. Exemplo: “Todos os homens são mortais, todos os gregos são homens, logo, todos os gregos são mortais”. A conclusão se obtém assim por um processo de combinação dos elementos contidos nas premissas através do termo médio (no exemplo, “homens”) que permite relacionar os outros termos (“no exemplo, gregos e mortais”) aí contidos, formando uma nova proposição. Segundo as regras do silogismo válido, não é possível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão seja falsa. (Dicionário Básico de Filosofia) Porém, também, segundo a mesma lógica, aceitam-se a validade do discurso lógico independente de ser ele verdadeiro ou falso. E é aqui que mora o perigo de confiar na lógica do discurso, pois, nem sempre o que é lógico é verdadeiro. A lógica não tem um pacto com a verdade e sim com a validade. Por isso a que se desconfiar da beleza do discurso lógico, pois, nem tudo o que é belo em lógica é, na realidade, verdadeiro.
     Por esse motivo a filosofia é contraria as verdades bíblicas, pois esta, não faz uso do discurso lógico para expor as verdades reveladas. Seu discurso é simples, reto, claro e   explícito, sem arquiteturas lógicas. Pelo contrário, seu objetivo é direto, e, por assim ser: sem deixar margens para dúvidas, os homens tentam desqualifica-la. A lógica bíblica é a divina: sim, sim e não, não. Por isso a fé é o meio pelo qual se aceita, compreende a bíblia e alcança a salvação em Cristo Jesus.
     Atualmente a lógica filosófica está presente nos discursos evangélicos, tanto nos sermões quanto na música. Ser artista mundano não é para qualquer um, envolve talento, conhecimento, cultura e outros dons; e para quem quer viver da arte, tê-la como profissão envolve muito mais conhecimento, mais talento, mais cultura e saber coordenar os dons naturais com mais sabedoria. Porém, o que presenciamos hoje no mundo evangélico é uma enxurrada de imitações do populismo mundano por meio da arte para ganhar dinheiro e fama em nome de Jesus, sem o compromisso e a seriedade que a palavra revelada merece. Hoje fazem baladas em nome de Jesus; usam tatuagens, joias e outras modas em nome de Jesus; bailes funk em nome de Jesus; canoagem e esporte em geral em nome de Jesus; pula, grita, dançam e cantam em nome de Jesus; enfim, Jesus é uma palavra que dá grana e fama a muitos “artistas” e pregadores gospel que nada entendem do propósito de Deus ao nos dar Sua palavra escrita. Em nome de Jesus e de uma nova forma de religião eles justificam as modas mundanas, e daí, indagam: Qual o problema? Não habitamos neste mundo? Por acaso somos de Marte? Então, só podemos ser mundanos, logo, podemos praticar os costumes do mundo. Esse é um discurso lógico e válido, porém, não é verdadeiro segundo a lógica bíblica. Os mundanos segundo a bíblia são aqueles que não se enquadram na lógica divina, não guardam seus mandamentos e não aceitam o modo de vida segundo ensina as escrituras sagradas. Convenhamos que, realmente Satanás sabe enganar em nome de Jesus e da religião. Ele, o Diabo, para levar-nos à morte eterna juntamente com ele, usa, se for preciso, o sagrado e tudo o que Deus instituiu para a salvação da humanidade. A questão é, onde você artista e pregadores gospel se encaixam? No programa: Encontro com Fátima Bernardes (rede Globo) do dia 15/11/2013 ficou claro qual o objetivo dos cantores e pregadores gospel: conquistar a fama e se enriquecerem em nome de Jesus, da letra das escrituras sagradas enfim, da banalização do nome de Jesus e da religiosidade bíblica.
     Na idade Média a igreja católica fez de tudo para enganar a humanidade por meio da ignorância generalizada, dificultando o acesso da população à educação formal, ficando fácil para alterar verdades bíblicas, e continua ainda hoje apoiando e influenciando o Estado a dar educação formal ruim ao povo trabalhador. Atualmente o protestantismo e evangélicos de modo geral segue a mesma lógica quando vende a educação àqueles que podem pagar, mantendo assim a exploração do povo, pior, enganando-os por meios de movimentos evangélicos onde tudo é possível desde que seja em nome de Jesus ou de qualquer religiosidade. E assim, o povo que age pelos sentimentos apenas cai no embalo do engano achando que estão fazendo a vontade de Deus, quando na realidade estão sendo levados à perdição em nome desses falsos religiosos. E agora temos a religiosidade sendo explorada pelas mídias de todo o país, é um mercado promissor que os empresários da TV saem em busca de maiores receitas; e assim, o sacro falacioso passa a ser um grande mercado. A bíblia nos adverte, cuidado! Satanás, se, possível for, nos últimos dias “enganará os próprios escolhidos”. Então, não nos enganemos, pois, encontrar o caminho que conduz à vida eterna não é tarefa tão fácil como pregam. Você gosta de estar com aqueles que agem em nome de Jesus, então saiba que a salvação não tem pacto nenhum com o que é falso. Compreender os ensinamentos bíblicos e segui-los é a única garantia de encontrarmos o caminho que nos conduz à salvação, e por falar em salvação, preste atenção nas músicas e sermões desse pessoal, suas músicas e sermões só pregam a fama, o enriquecimento e “curas milagrosas”, logo, visam apenas à lógica deste mundo e não como estar preparado para habitar com Jesus no mundo por vir.
Satanás está jogando com todas as pessoas (alma) a partida da vida. (Profetisa White. Testemunhos Seletos Vol. II, p. 502)


 Filósofo Isaías Correia Ribas