Religião, segundo a definição dos dicionários da língua portuguesa
significa culto prestado a Deus ou a uma divindade. Segundo o dicionário de
filosofia:
[...] Toda religião acredita possuir a
verdade sobre as questões fundamentais do homem, mas apoiando-se sempre numa fé
ou crença. Sendo assim, ela se distingue da filosofia, pois esta pretende
fundar suas “verdades” ou tudo o que diz nas demonstrações racionais. Aquilo
que a religião aceita como verdade de fé, a filosofia pretende demonstrar
racionalmente [...]. (HILTON Japiassú /
DANILO Marcondes. DICIONÁRIO BÁSICO DE
FILOSOFIA. Ed. Zahar, Rio de Janeiro, RJ, 1989)
Religião do latim é *religare, religar o homem a Deus. Religião
filosófica: na Grécia antiga, culto às divindades antropomórficas, ao politeísmo,
à mitologia, fazendo disso divindades dignas de culto. Então, em se tratando de
religião, como em qualquer outro seguimento social e político, as contingências
estão presente, logo, os crentes e descrentes há que se fazer grande exercício
mental-cognitivo, para não prestar culto a deuses alheio à sua vontade. Mais
que em qualquer outro seguimento social, a religiosidade engana em nome da
verdade. Por isso, Deus, O Criador, pacientemente ao longo de 1.600 anos,
perfazendo diversas culturas deixou-nos Sua palavra escrita, Seus imutáveis
princípios num conjunto de livros, a bíblia.
Cultura:
Culturas, diferente dos princípios bíblicos, são muitas e
mutáveis. São variáveis como são os grupos étnicos, porém, todas merecem o
respeito dos diferentes grupos, esse respeito se chama ética; logo, o homem
ético respeita a cultura do outro. As críticas, tão comuns nos dias atuais não
são posturas antiéticas, pelo contrário, é o caminho dialético para o
entendimento, o convívio, o crescimento cognitivo, o respeito e a liberdade
globalizada; um alerta às condutas religiosa-culturais e suas influências à
conduta do outro, que muitas vezes pretende induzir o outro ao erro
involuntário. A liberdade, às vezes transforma-se em ditadura dos que têm o
poder da mídia aos destituídos desse poder, e assim, culturas e modas são impostas
como verdade aos outros, destruindo culturas milenares e às vezes princípios
bíblicos. Isso é comum nos dias atuais. Mas, diz assim a profetisa
contemporânea Ellen G. White: “Os erros
podem estar encanecidos pela idade; esta, porém, não torna o erro verdade, nem
a verdade erro”. (Testemunhos Seletos. V. II, P. 420. Ed. Casa Publicadora
Brasileira. Santo André, SP. 1985).
Quando o Senhor exige de nós que sejamos
distintos e diferentes, como podemos cobiçar popularidade ou buscar imitar os
costumes e práticas do mundo? “Não sabeis vós que a amizade do mundo é
inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo
constitui-se inimigo de Deus”. S. Tiago 4:4.
Abaixar as normas a fim de conseguir popularidade e aumento de número e
fazer depois desse acréscimo motivo de regozijo, mostra grande cegueira. Fossem
algarismos prova de êxito, e Satanás poderia reclamar a preeminência; pois
neste mundo seus seguidores são grandemente mais numerosos. É o grau de poder
moral que permeia a escola, o que lhe demonstra a prosperidade dos que compõem
nossas escolas, não seu número, que deve ser fonte de alegria e reconhecimento.
Devem então nossas escolas se converter ao mundo e seguir-lhe os costumes e
modas? (Ibid. p. 421)
Moda:
Independente de religiões e culturas,
a moda, no mundo Pós-Moderno, influenciado pelo capitalismo consumista, tem
sido um dos meios usados para destruir culturas, princípios bíblicos, morais e
éticos. “Também não subirás ao meu altar
por degraus, para que não seja ali exposta a tua nudez”. (Êxodo 20: 26)
Todo cristão deve ser uma luz, não
escondida sob um alqueire, ou debaixo da cama, mas posta no velador, para que a
luz se comunique a todos quantos se acham na casa. Jamais, por covardia ou
táticas mundanas, deixeis que a verdade de Deus seja deixada para trás. [...] A
sabedoria humana é loucura; pois lhe falta o todo das providências de Deus, que
visam à vida eterna. (Ibid. p. 422-423)
A moda atual tem por fundamento expor a sensualidade sem a nudez. O nu
causa escândalo em público, é imoralidade, mas o aparente nu, não. Porém, o aparente nu é mais
atraente, mais convidativo, mais instigador ao pecado, é a árvore e a serpente
convidando ao pecado. Independente do que estou vestindo posso estar expondo
minha nudez. (sem distinção de gênero) Convenhamos, o Diabo sabe enganar e sua
experiência é milenar, conhecendo inclusive todas as culturas, modas e
princípios bíblicos. Atualmente as religiões estão em posse dos macros e micros
sistemas de comunicações de massa, e assim, os comunicadores têm mais
facilidade para moldar seus adeptos ou não segundo a visão de seus líderes ou
dos princípios bíblicos. O ator, apresentador dos programas dita o certo ou o
errado aos telespectadores, e assim, os princípios divinos, a religião, as
culturas e modas vão sendo incorporados por todos. Aparecemos ao outro segundo
nossa visão de mundo e conversão a Deus.
Solene coisa é morrer, mas muito mais solene
é viver. Todo pensamento, palavra e ato de nossa vida será novamente
enfrentado. O que fazemos de nós mesmos no tempo de graça, isso havemos de
permanecer por toda a eternidade. A morte traz a dissolução do corpo, mas não
opera mudança no caráter. A vinda de Cristo não nos muda o caráter; fixa-o
apenas para sempre, além da possibilidade de qualquer mudança.
Apelo novamente para os membros da igreja, para que sejam cristãos, para
que sejam semelhantes a Cristo. Jesus foi um obreiro, não para Si mesmo, mas
para os outros. Trabalhou a fim de beneficiar e salvar os perdidos. Se sois
cristãos, imitar-Lhe-eis o exemplo.
(Ibid. P. 167-168)
Os
antigos púlpitos de material estão sendo substituídos pelos eletrônicos, e
assim, um novo pregador e um novo louvor, com novas roupagens aparecem dia e
noite em nossos lares; esses novos obreiros que ganham o seu salário para
pregar, independente do programa apresentado, deve fazer uma nova reflexão
sobre a arte de pregar o evangelho e a sua postura ao assumir os novos púlpitos
a fim de ensinar as boas novas e o estilo de Cristo. Parece estarem confundindo
a nova forma de pregar aos shows comuns, mundanos, querem aparecer e não
apresentar e representar o Cristo. Uma nova forma de ser cristão está sendo
implantada por aqueles que pregam através da mídia, se antes precisávamos examinar
as escrituras, hoje, esse imperativo deve ser categórico, caso contrário, os
próprios escolhidos serão enganados pela nova moda de ser cristão. Em algum
lugar está escrito: “Ai daquele por quem o escândalo for introduzido no meu
santo templo”.
Filósofo Isaías Correia Ribas