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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O RICO E O POBRE, CARA E COROA DE UMA MESMA MOEDA


     Independente de posição social, cultural, nacionalidade e títulos acadêmicos ou qualquer outra coisa que tente diferenciar-nos somos constituídos de características biológicas idênticas, a única diferença é de gênero. Cada indivíduo é um composto de vários órgãos de diferentes células; então, podemos inferir que há uma hierarquia orgânica no indivíduo, e essa “hierarquia” funcional objetiva a vida saudável e o bom desenvolvimento do indivíduo. Quando invasores estranhos afetam qualquer um dos órgãos todo o corpo adoece podendo levá-lo à falência.
     As sociedades humanas, independente de culturas, deveriam funcionar como o corpo dos indivíduos que a compõem. As hierarquias administrativas devendo ser os meios saudáveis da sociedade; onde, cada indivíduo nessa organização deve ter consciência de sua utilidade, como sendo única para o bom desenvolvimento do todo; não deve haver disputas, preguiça, exploração ou qualquer outra coisa que adoeça a sociedade, pois se houver a desorganização instalar-se-á e a sociedade adoecerá podendo vir à falência; convenhamos, pois, que essa lógica sempre marcou a história dos povos, um movimento de ascensão, declínio e desaparecimento. E isso sempre se deu porque as hierarquias administrativas tinham interesses particulares e corporativos em detrimento do corpo social. Independente de regimes políticos e suas ideologias, todos os membros de uma sociedade, deve ter consciência de sua função; o seu valor é como a do “líder maior”. Quando não há esse consenso, o mal se instala e toda a organização poderá falecer.
     Embora essa analogia sirva como exemplo, ela não é perfeita. Os órgãos do corpo são determinados a funcionar assim. O Criador assim os fez. Mas os indivíduos racionais não foram determinados, e sim, sujeitos às evoluções cognitivas, um ente a se fazer no mundo, logo, livres de qualquer determinação metafísica. Ente sujeito às contingências, ao bem e ao mal, ao bem comum e à exploração do outro, ao egoísmo e ao altruísmo, à racionalidade ou à irracionalidade; logo, sociedade perfeita e justa, independente de ideologias políticas, são apenas utopias. Por isso, políticos, filósofos, cientistas, religiosos e outros que se dispõe a liderar não se cansam de construir utopias para iludir os liderados.
Sociedades em Declínio:
     Todas as nações estão passando por algum declínio social, político, filosófico, científico e religioso. Não há mais sujeitos inocentes no atual mundo globalizado, sem fronteiras; ninguém mais é passivo às explorações dos líderes, cada um se vê no direito de ser e ter como qualquer um independente de classe social. Sistema nenhum, político ou religioso conseguem mais iludir os indivíduos de suas comunidades, e assim, as ditaduras religiosas e políticas que insistem em dominar pela força ideológica estão ruindo. E esse declínio global não reconhece mais nações ricas e pobres, todas buscam fazer alianças continentais para se fortalecerem diante das outras, mas essa estratégia tem trazido mais problemas que soluções e as grandes migrações se intensificam dia a dia. Como os políticos não sabem administrar democraticamente as nações, isto é, contemplar a todos segundo seus direitos e deveres, o caos social está se instalando no mundo e as democracias vão ruir. No Brasil, especificamente em São Paulo e Rio de Janeiro, por causa das más administrações públicas e a revolta dos cidadãos, já estão agindo segundo as ditaduras: imposição da força militar para fazer valer a incompetência dos líderes políticos. Poderia alongar enumerando problemas e mais problemas, mas o leitor consciente desse mal pode por si mesmo enumera-los segundo sua visão de mundo. Porém, cabe aqui uma reflexão bíblica. “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder”. (II Timóteo 3: 1-5)
     Não é esse o retrato de nosso planeta? A bíblia não falha na análise do homem e, menos ainda, em suas profecias. Por isso é tempo de levantarmos a cabeça, pois o fim está próximo e eu e você temos que nos fazer, pela graça de Cristo, cidadãos do mundo perfeito que Ele prepara aos seus fiéis. Ou nos contentarmos com as ideias filosóficas-cientificas de que tudo, em um movimento natural e histórico passará, se acomodando naturalmente como sempre aconteceu. Fé e racionalismo, dualidade milenar que têm influenciado a todos determinará o fim de cada um de nós.
"Quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; mais os problemas se tornam planetários, mais eles se tornam impensáveis. Incapaz de considerar o contexto e o complexo planetário, a inteligência cega torna-se inconsciente e irresponsável". (Morin, Edgar. OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO, UNESCO/ CORTEZ EDITORA.)

Filósofo Isaías Correia Ribas