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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

REVELAÇÃO X RACIONALISMO I


     Estamos inseridos no mundo das dualidades: verdade mentira, moral imoral, feio bonito, alto baixo, homem mulher, gordo magro, certo errado, vivo morto, etc. E assim, diante das dualidades nos posicionamos no mundo, certos de que estamos certos. Tratando-se do conhecimento, há uma dualidade fundamental: conhecimento revelado e conhecimento racional, este último construído pelo homem. Em todas as dualidades há as variáveis medianas. Ex.: entre o alto e o baixo, há os intermediários. Em relação à revelação e o racionalismo segue-se a mesma lógica, isto é, não há somente os estremos. As inter-relações entre revelação e racionalismo acabam afetando as certezas e incertezas de ambos os lados, nascendo assim, dúvidas, descrenças e finalmente o ateísmo. 
     Entendo por revelação os escritos bíblicos, e, em oposição a eles o racionalismo filosófico. Racionalismo é o uso da razão construindo teorias racionais para a própria razão crer como verdade última. Isto é, o próprio homem sendo fundamento de suas crenças religiosas e científicas. Em uma só palavra: autocrença. A revelação bíblica nos diz que fomos criados por Deus, e esse mesmo Deus é o mantenedor de todo o universo. O racionalismo filosófico nega categoricamente os escritos revelados. Para isso, fazendo uso da própria razão, fez-se autor de sua própria crença, logo, quando nego os escritos bíblicos, sendo filósofo ou não, estou crendo no próprio homem como o supremo fundador de todas as verdades religiosas ou não.
     Antes da escrita, as palavras reveladas por Deus, o Criador, eram eternizadas através da fala e do culto a esse Deus; do mesmo modo, os contrários às revelações, mantinham o antagonismo por meio da cultura politeísta, cultuando deuses de barro, pedra e madeiras construídos pelo próprio homem. Percebe-se que, antes mesmo da escrita e do racionalismo filosófico o antagonismo se instalara no planeta. A bíblia diz que logo depois da entrada do pecado esse antagonismo e outras desgraças começou fazer-se presente no mundo. Com o aumento demográfico e a evolução técnica, a escrita foi possível, e assim, esses dois seguimentos foram se eternizando através das diferentes formas de registros. Por volta do século X a. C. esses dois princípios antagônicos organizados como nação de Israel e as Polis (cidades estados gregas romanas) se aproximaram passando a trocar influências e ambas foram influenciados pelas diversas culturas e religiosidades; no século V a. C., por causa dos conflitos bélicos, os prisioneiros de guerra passaram a conviver juntos, isto é, a tribo de Judá e Manásseis, logo, os judeus, foram cativos dos Babilônios, tornando-se escravos deste. E, como cativos, por meio do profeta Daniel e seus companheiros de prisão, começaram revelar a Nabucodonosor, rei de Babilônia, o poder de Seu Deus, Aquele que revelara as escrituras bíblicas. Satanás, apreensivo pelo progresso de seu antípoda, buscou também, por meio do conhecimento escrito reformular seu modo de enganar, e assim, suscitou a reformulação da filosofia da natureza (Physis), fazendo crescer o conhecimento filosófico-científico-antropocêntrico, o racionalismo. Sabia ele, Satanás, que para concorrer com a revelação, o racionalismo teria que ser muito bem elaborado à vista dos homens, assim sendo, não é atoa que a escrita filosófica encanta ao ponto de parecer à única verdade verídica, quase ofuscando-nos de seus enganos contidos nas suas entrelinhas.
     Sócrates, primeiro filósofo Pós-naturalista, apreensivo com a conclusão dos primeiros filósofos que inferira, por meio de Heráclito que, de tudo o que analisamos na natureza e no cosmos, no universo há apenas o *movimento, isto é, o vir-a-ser. Segundo o próprio Heráclito, não podemos entrar num mesmo rio duas vezes, pois, aquele que entramos pela primeira vez passou; do mesmo modo, o que sou agora já não sou mais no próximo milésimo de segundo, logo, o movimento natural (vir-a-ser) é um eterno ser-e-não-ser; e, isso se dá do nascimento à morte, tudo gera e tudo se corrompe. Mas Parmênides questionou-o: só podemos apreender o ser se ele for fixo, logo, o ser é ou não é. Assim, Sócrates diante da missão de continuar filosofando exclamou: “Sei que nada sei”;!  e para Platão, discípulo de Sócrates: o filosofar começa com a “admiração” para Aristóteles, aluno de Platão: o filosofar dá-se com o “espanto”.
Marilena Chauí:
A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às ideias da experiência cotidiana, ao que “todo mundo diz e pensa”, ao estabelecido.
     A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o porquê disso tudo e de nós, e uma interrogação sobre como tudo isso é assim e não de outra maneira. O que é? Por que é? Como é? Essas são as indagações fundamentais da atitude filosófica.
     A fase negativa e a fase positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica e pensamento crítico.
     A filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginamos saber; por isso, o patrono da filosofia, o grego Sócrates afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei que nada sei”. Para o discípulo de Sócrates, o filósofo grego Platão, a filosofia começa com a admiração; já o discípulo de Platão, o filósofo Aristóteles, acreditava que a filosofia começa com o espanto.
     Admiração e espanto significam: tomamos distância de nosso mundo costumeiro, através de nosso pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes, como se não tivéssemos tido família, amigos, professores, livros e outros meios de comunicação que nos tivessem dito o que o mundo é; como se estivéssemos acabado de nascer para o mundo e para nós mesmos e precisássemos perguntar o que é, por que é e como é o mundo, e precisássemos perguntar também o que somos, porque somos e como somos. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. FILOSOFIA. Ed. NOVA. Apostila Para Concursos Públicos. P. 33 e 34, 2013.
      Em síntese, a filosofia ignorou tudo o que existia de conhecimento até aquele momento para fundamentar o seu saber, como se fosse à criadora de tudo.
     Sócrates admitiu a existência de um Deus Inteligência Superior, do qual disse ser seu missionário. Era o filósofo das Ágoras (praças públicas), lutou por moralizar a política, por cidadãos públicos mais justos; por isso foi condenado à morte; com a consciência tranquila tomou o copo de cicuta segundo a ordem da corte e morreu. Diante das injustiças feitas a seu professor, Platão fugiu de Atenas por aproximadamente doze anos, por onde passou conheceu outras culturas. Voltando à Atenas fundou sua Academia, influenciado pelos pitagóricos e seus rituais místicos filosofou fundamentado no misticismo de Pitágoras. Fundamentalmente o corpo e a alma são as dualidades de sua filosofia. Até então, essa divisão não existia, segundo a bíblia a alma é a própria pessoa que, diante da morte tudo se esvai, cai no esquecimento. Platão admitiu a morte do corpo, mas eternizou a alma, mais que isso, fez dela a responsável pela cognição humana. Construiu-lhe um mundo a parte, o Hiperurânio, mundo das formas perfeitas, modelo de tudo o que há na Terra. Com o passar do tempo a filosofia de Platão virou teologia anti-bíblica e, como tal, continua enganando a humanidade. Deus para Platão é um plasmador, aquele que faz a partir da matéria existente, Ele não cria através do logos, mas plasma, isto é, manuseia.
     Aristóteles, discípulo de Platão, desvinculou-se da teologia ou filosofia de seu mestre e passou a sistematizar a ciência, ou o conhecimento, porém, como todo filósofo admitiu um causador de toda a ordem universal, o cosmos. Raciocinando logicamente, é impossível a ordem cosmológica sem um ordenador inteligente, mas, para ir contrário aos ensinamentos bíblicos dos judeus, negou existência de um Deus Criador e mantenedor do universo, preferiu ficar ao lado do Pré-Socrático Heráclito. Deus para Aristóteles é um motor imóvel, aquele que move tudo sem se mover; é ato puro, no entanto:
Este Deus, pelo seu efetivo isolamento do mundo, que ele não conhece, não cria, não governa, não está em condições de se tornar objeto de religião, mais do que as transcendentes ideias platônicas. E não fica nenhum outro objeto religioso. Também Aristóteles, como Platão, se exclui filosoficamente o antropomorfismo, não exclui uma espécie de politeísmo, e admite, ao lado do ato puro e a ele subordinado, os deuses astrais, isto é, admite que os corpos celestes são animados por espíritos racionais. Entretanto, esses seres divinos não parecem e não podem ter função religiosa e sem física.
     Aristóteles não nega o vir-a-ser de Heráclito, nem o ser de Parmênides, mas une-os em uma síntese conclusiva, já iniciada pelos últimos pré-socráticos e grandemente aperfeiçoada por Demócrito e Platão. Segundo Aristóteles, a mudança, que é intuitiva, pressupõe uma realidade imutável, que é de duas espécies. Um substrato comum, elemento imutável da mudança, em que a mudança se realiza; e as determinações que se realizam nesse substrato, a essência, a natureza que ele assume. (...)
    Não obstante esta concepção filosófica da divindade, Aristóteles admite a religião positiva do povo, até sem correção alguma. Explica e justifica a religião positiva, tradicional, mítica, como obra política para moralizar o povo, e como fruto da tendência humana para as representações antropomórficas; e não diz que ela teria um fundamento racional na verdade filosófica da existência da divindade, a que o homem se teria facilmente elevado através do espetáculo da ordem celeste. Ibid. p. 27 e 28

     Toda metafísica filosófica, independente do filósofo, até os filósofos cristãos, eles estão negando a revelação bíblica, fazem isso sob o pano de fundo religioso. Não se engane; os filósofos são fiéis à filosofia, pois, somente assim são considerados engajados na academia. Aristóteles admitiu a religião ideológica, já sabia ele que a ideologia tem existência material e não ideal, logo, as religiões ou instituições religiosas não passam de aparelhos ideológicos do Estado. Por isso, aqueles que buscam a salvação segundo revelada na bíblia têm que agir pela fé, caso faltem evidências para crer, aja pela fé conforme fez Abraão. O verdadeiro cristão mostra-se verdadeiro pelo comportamento e não pelas palavras, as palavras enganam o modo de ser e agir não, logo, meu jeito de ser externado no mundo revela a verdade que está em mim. Diante de Deus, somos justificados pelos atos de fé, não por argumentos. Jesus "nada escreveu", a não ser as palavras: "Alguém te condenou? nem Eu , vais e não peques mais". Palavras registradas na terra à Maria Madalena e seus acusadores. Deus, comparado às argumentações filosóficas e teológicas, em se tratando de escrever, é "silêncio". Ele fez questão de escrever apenas os dez mandamentos universal (Êxodo) e aquelas palavras à Madalena. Quem muito fala ou escreve logicamente, quer se justificar ou, como diz o ditado: "dar milho a bode".

Filósofo Isaías Correia Ribas.        

    


terça-feira, 22 de outubro de 2013

CRÍTICA DE SARTRE À PSICOLOGIA, ARTE, POESIA E MÚSICA


     Sartre foi o principal representante do existencialismo francês, um dos mais famosos pensadores do século XX, destacando-se como filósofo e romancista. Militou na resistência francesa chegando a ser preso pelos alemães e foi um dos poucos pensadores a não pertencer ao mundo acadêmico. No início de sua carreira foi influenciado pela fenomenologia de Husserl, depois, desenvolveu sua própria filosofia, uma filosofia da existência, a partir de uma análise da condição humana, do homem como “um ser que a existência precede a essência”. Sartre foi um ateísta. Para ele, a vida diante da morte é um absurdo, a consciência da finitude deve levar o homem à busca de uma justificativa, de um sentido para a existência humana. Assim, o existencialismo é um *humanismo. Logo, a consciência é, portanto, o elemento central dessa busca de sentido, e é essa consciência que revela a existência do *outro, sem a qual ela não pode existir, já que a consciência só existe através daquilo de que é consciência. Sua obra principal que trata desse tema é O Ser e o Nada (1943). A *liberdade para Sartre é uma das características mais fundamentais da existência humana. Segundo ele, paradoxalmente, “o homem está condenado a ser livre”, e precisa assumir essa liberdade vivendo autenticamente seu projeto de vida – seu engajamento – recusando os papéis sociais que lhe são impostos pelas normas convencionais da sociedade. É assim que “nós somos aquilo que fazemos do que fazem de nós”.
     Neste trabalho analisarei o engajamento de Sartre por meio da Literatura (prosa) e sua crítica ao psicologismo, à arte, poesia e música.
  
SARTE, JEAN-PAUL (1905-1980)
     Segundo Sartre, é preciso decifrar o sujeito. Linguagem é fala; práxis humana. Quando falo, existo no mundo; quando faço estou sendo no mundo. (interiorização e exteriorização). Para Sartre, o sujeito da experiência é livre. Sem consciência, sem ego, sem substancialidade, a sua identidade está na experiência, Sartre fala com essa propriedade porque participou da guerra. Dialética é diferente de estrutura. As estruturas são fixas, a dialética não.
Para Husserl, a fenomenologia é o estudo das essências; para Sartre, a existência precede a essência. 
     Sartre foi um filósofo engajado, e, segundo ele, a literatura, é o meio autêntico de se engajar e interferir na realidade mundana, a sociedade. Para defender seu método de engajamento criticou em especial o psicologismo, a arte, a poesia e a música.
Psicologismo:
     Para os empiristas positivistas o conhecimento se dá a posteriori, após a experiência de estar diante do objeto, observando-o enquanto submetido a algum método de intervenção sobre ele. Antes disso só há hipóteses a priori, e estas, sem método não passa de especulação, de meras hipóteses, de teses. Se referindo à psicologia Sartre escreve:
A psicologia é uma disciplina que pretende ser positiva, isto é, quer obter seus recursos exclusivamente da experiência. Certamente não estamos mais no tempo dos associacionistas, e os psicólogos contemporâneos não se proíbem de interrogar e de interpretar. Mas eles querem estar diante do objeto como o físico diante do dele. Além disso, é preciso limitar esse conceito de experiência, quando se fala da psicologia contemporânea, pois afinal pode haver uma quantidade de experiências diversas e, por exemplo, pode-se ter que decidir se existe ou não uma experiência das essências ou dos valores, ou uma experiência religiosa. [...] (SARTRE, Jean-Paul. Esboço para uma teoria das emoções. P. 13. Coleção L&PM POCKET. Porto Alegre – RS – Brasil. 2013)

            Outra discussão entre os psicologistas é quanto ao método da experiência; dois deles estão em seus horizontes: a percepção espaço-temporal dos corpos organizados, e o conhecimento intuitivo de nós mesmos que chamamos experiência reflexiva. Se há entre eles debate sobre o método citado acima, deve-se perguntar: esses dois tipos de informações são complementares? Deve-se subordinar um ao outro ou convém descartar decididamente um deles? Mas eles estão de acordo quanto a um princípio essencial: “a investigação deve partir antes de tudo dos fatos”. Quanto a essa conclusão Sartre argumenta:
Se nos perguntarmos o que é um fato, vemos que ele se define como algo que se deve encontrar no curso de uma pesquisa, e que se apresenta sempre como um enriquecimento inesperado e uma novidade em relação aos fatos anteriores. Portanto, não se deve esperar dos fatos que eles se organizem por si mesmos numa totalidade sintética que forneceria por si mesma sua significação. Em outras palavras, se é chamada antropologia uma disciplina que visaria a definir a essência do homem e a condição humana, a psicologia – mesmo a psicologia do homem – não é e nunca será uma antropologia. Ela não quer definir e limitar a priori o objeto de sua pesquisa. A noção de homem que ela aceita é inteiramente empírica: há no mundo um certo número de criaturas que oferecem à experiência caracteres análogos. [...] (Ibid. p. 14)

Arte:
     Para Sartre, o engajamento só é possível por meio da literatura, em especial a prosa, pois esta se expressa por meio dos signos, da fala falada e suas ambiguidades, algo impossível à arte, poesia e música que são coisas determinadas, isto é, estão sujeitas às regras predeterminadas, desprovidos de sentidos ambíguos.
A prosa é o lugar do signo, significado; a poesia trata a fala como coisa, está sujeita a um método, à métrica; para os poetas significado é coisa, a palavra é imagem do mundo, a frase é um objeto, um mito do homem.  Pelo contrário, a prosa é utilitária; o prosador é servo da palavra. Para a poesia não existe o signo e sim a coisa. A coisa é fixa. O poeta tira a ambiguidade e trata as palavras como coisa; boa poesia tem que estar sujeito à métrica. Boa música tem que estar sujeita ao método musical, toda e qualquer variante está limitada à matemática do método, logo, engessada; por mais variações que possa haver não passa de combinações harmônicas dependentes das mesmas notas, seus tons e semitons. Na arte pictórica não se se separa o fundo (base) da forma (pintura). Assim sendo, como coisas determinadas, torna-se “impossível” o engajamento por meio delas.
     Segundo dicionário da língua portuguesa, prosa: Modo de falar, dizer, escrever, mais ou menos natural, segundo o hábito e uso natural da vida; aquilo que se diz e escreve em oposição a poesia, / fig. O que há de vulgar, de trivial, de ordinário, de material, de positivo, de menos poético.
Sartre:
[...] Na verdade, a poesia não se serve de palavras; eu diria antes que ela as serve. Os poetas são homens que se recusam a utilizar a linguagem. Ora, como é na linguagem e pela linguagem, concebida como uma espécie de instrumento que se opera em busca da verdade, não se deve imaginar que os poetas pretendem discernir o verdadeiro, ou dá-lo a conhecer. [...] Na verdade, o poeta se afastou por completo da linguagem-instrumento; escolheu de uma vez por todas a atitude poética que considera as palavras como coisas e não como signos. [...] (SARTRE, Jean-Paul. O QUE É LITERATUARA, P.13. Ed. Ática, 2004)

Ao contrário: “O escritor é um falador, designa, demonstra, ordena, recusa, interpreta, suplica, insulta, persuade, insinua. Se o faz no vazio, nem por isso se torna poeta: é um prosador que fala para não dizer nada. Já vimos suficientemente a linguagem pelo avesso; convém agora, considerá-la do lado direito”. A arte da prosa é naturalmente significante; as palavras designam objetos, não são objetos, não se trata de saber se elas agradam ou desagradam por si próprias, mas se indica determinada coisa corretamente no mundo, a prosa é uma atitude do espírito.
Assim a linguagem: ela é nossa carapaça e nossas antenas, protege-nos contra os outros e informa-nos a respeito deles, é um prolongamento dos nossos sentidos. Estamos na linguagem como em nosso corpo; nós a sentimos espontaneamente ultrapassando-a em direção a outros fins, tal como sentimos nossas mãos e os nossos pés; percebemos a linguagem quando é outro que a emprega, assim como percebemos os membros alheios. (Ibid. p. 19)

CONCLUSÃO
Minha Opinião:
     A crítica de Sartre não atinge a poesia bíblica, hebraica; sua ênfase não está na rima e nem na métrica ocidental, mas, no jogo de ideias, facilitando assim o aprendizado que se dava através dos recitais e dos cânticos. Não havia produção literária popularizada, por isso a ênfase numa certa prosa-poética que jogava com as ideias sobrepostas, paralelas, era útil ao ensino e aprendizado da época. “*Lâmpada para os meus pés é Tua palavra, e *luz para o meu caminho”. (Salmo 119: 105) A ênfase dada ao paralelismo é facilmente percebida entre: Lâmpada e luz; pés e caminho. Ambos enaltecem a palavra revelada. Vários livros bíblicos são poéticos, e o contexto histórico justificava tal estilo de produção literária, pois este, naqueles idos, era o melhor meio para se educar moralmente e ensinar outros princípios divinos.   
     Com relação à música, embora esteja sujeita ao método-musical-matemático, independente do ritmo, ela nos leva à transcendência da materialidade vivida; os gregos por meio do baile das mascaras faziam das tragédias gregas um culto transcendental, naqueles idos eles já buscavam a transcendência mística, aquelas reuniões embaladas pelo som, os levavam a superar a tristeza pela perda de seus jovens guerreiros. Os jovens gregos se inspiravam na imortalidade de seus deuses, eram assim, iludidos a pensarem que, se morressem em combate seriam semelhantes aos deuses, imortais.  E assim, diante da morte dos soldados seus familiares recorriam àquelas reuniões trágicas para superarem suas tristezas, tentando dar sentido ao viver sem sentido que os politeístas órficos induzia-os. A música tem esse poder, de fazer-nos transcender do estado natural ao místico. Os africanos, ao som dos tambores transcendem com o intuito de superarem seu sofrimento, e assim, cada um de nós, independente de cultura e/ou religião, nos apegamos aos diferentes ritmos sacros ou não para superarmos a dureza que o sobreviver impõe-nos, ou, por alguns minutos esquecer e/ou encontrar forças para superar nossos problemas pessoais. Assim sendo, a música tem seu valor no engajamento e reengajamento do homem na vida vivida, na história. A música “Sacra”, evangélica ou gospel, nos dias atuais estão se fundindo ao estilo mundano, popular; tanto no ritmo, quanto nas letras e modos de se apresentar. A busca pela popularidade e o comércio evangélico dessa arte, está tornando difícil distinguir o sacro do profano. Assim fica difícil para o sacro ser um instrumento divino para engajar pessoas aos princípios bíblicos, divino. Deus e Sua obra não precisa dessa fusão, Satanás sim. Já é passada a hora dos professos seguidores de Cristo saber a quem servir com todo o entendimento. Se Deus, segui-O, se Satanás, segui-o, o que não pode é tentar seguir a ambos, pois, isto é impossível na obra de Deus. Os púlpitos eletrônicos (TVs) estão formando uma nova lógica cristã, “cristãos” destituídos dos princípios bíblicos, adeptos dos modismos mundanos, tudo isso, na maioria das vezes, para se promover pessoalmente em nome de Deus ou da religião. “Por ventura, quando vier o filho do homem encontrará fé na Terra”?
     A arte, segundo a semiótica, é também um tipo de linguagem simbólica, e, de algum modo, ela consegue engajar alguém, uns poucos, mas consegue. A dificuldade que vejo aos artistas dessa área é fazer com que esta se torne popular como é a literatura e a música, de modo que a população em geral possa se engajar no mundo por meio dela. Ver e entender o mundo através da arte é possível, mas é para poucos, mas nem por isso não tem a sua utilidade cognitiva, logo, capaz de engajamento. A prosa tem sua vantagem por poder trabalhar com todos os signos, superando-os de suas limitações predeterminadas pelos métodos; transcendendo-os à ambiguidade da prosa. É esta, entendo eu, a “superioridade” da prosa sobre os outros meios de expressão: poder utilizar-se dessas “coisas” transformando-as em signos, meios de engajamentos.
     Nosso planeta é o mundo das contingências, logo, há poesia, arte, música e literaturas boas e ruins, bons e ruins são subjetivos. O fato de ser sacra não as faz boas, e o de não ser sacras não as faz ruins, logo, há o sacro bom e o ruim, como há o popular bom e ruim. Bons e ruins em ritmo, letras e interpretações sempre existiram e sempre existirá; entendo que o que é bom consegue se engajar melhor que o ruim, que, naturalmente, tende-se a “desaparecer”, cair no esquecimento.

Filósofo Isaías Correia Ribas
    













quarta-feira, 16 de outubro de 2013

RELIGIÃO, CULTURA E MODA


     Religião, segundo a definição dos dicionários da língua portuguesa significa culto prestado a Deus ou a uma divindade. Segundo o dicionário de filosofia:
[...] Toda religião acredita possuir a verdade sobre as questões fundamentais do homem, mas apoiando-se sempre numa fé ou crença. Sendo assim, ela se distingue da filosofia, pois esta pretende fundar suas “verdades” ou tudo o que diz nas demonstrações racionais. Aquilo que a religião aceita como verdade de fé, a filosofia pretende demonstrar racionalmente [...]. (HILTON Japiassú / DANILO Marcondes. DICIONÁRIO BÁSICO DE FILOSOFIA. Ed. Zahar, Rio de Janeiro, RJ, 1989)

Religião do latim é *religare, religar o homem a Deus. Religião filosófica: na Grécia antiga, culto às divindades antropomórficas, ao politeísmo, à mitologia, fazendo disso divindades dignas de culto. Então, em se tratando de religião, como em qualquer outro seguimento social e político, as contingências estão presente, logo, os crentes e descrentes há que se fazer grande exercício mental-cognitivo, para não prestar culto a deuses alheio à sua vontade. Mais que em qualquer outro seguimento social, a religiosidade engana em nome da verdade. Por isso, Deus, O Criador, pacientemente ao longo de 1.600 anos, perfazendo diversas culturas deixou-nos Sua palavra escrita, Seus imutáveis princípios num conjunto de livros, a bíblia.
Cultura:
     Culturas, diferente dos princípios bíblicos, são muitas e mutáveis. São variáveis como são os grupos étnicos, porém, todas merecem o respeito dos diferentes grupos, esse respeito se chama ética; logo, o homem ético respeita a cultura do outro. As críticas, tão comuns nos dias atuais não são posturas antiéticas, pelo contrário, é o caminho dialético para o entendimento, o convívio, o crescimento cognitivo, o respeito e a liberdade globalizada; um alerta às condutas religiosa-culturais e suas influências à conduta do outro, que muitas vezes pretende induzir o outro ao erro involuntário. A liberdade, às vezes transforma-se em ditadura dos que têm o poder da mídia aos destituídos desse poder, e assim, culturas e modas são impostas como verdade aos outros, destruindo culturas milenares e às vezes princípios bíblicos. Isso é comum nos dias atuais. Mas, diz assim a profetisa contemporânea Ellen G. White: “Os erros podem estar encanecidos pela idade; esta, porém, não torna o erro verdade, nem a verdade erro”. (Testemunhos Seletos. V. II, P. 420. Ed. Casa Publicadora Brasileira. Santo André, SP. 1985).
Quando o Senhor exige de nós que sejamos distintos e diferentes, como podemos cobiçar popularidade ou buscar imitar os costumes e práticas do mundo? “Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. S. Tiago 4:4.
     Abaixar as normas a fim de conseguir popularidade e aumento de número e fazer depois desse acréscimo motivo de regozijo, mostra grande cegueira. Fossem algarismos prova de êxito, e Satanás poderia reclamar a preeminência; pois neste mundo seus seguidores são grandemente mais numerosos. É o grau de poder moral que permeia a escola, o que lhe demonstra a prosperidade dos que compõem nossas escolas, não seu número, que deve ser fonte de alegria e reconhecimento. Devem então nossas escolas se converter ao mundo e seguir-lhe os costumes e modas? (Ibid. p. 421)

Moda:
     Independente de religiões e culturas, a moda, no mundo Pós-Moderno, influenciado pelo capitalismo consumista, tem sido um dos meios usados para destruir culturas, princípios bíblicos, morais e éticos. “Também não subirás ao meu altar por degraus, para que não seja ali exposta a tua nudez”. (Êxodo 20: 26)
Todo cristão deve ser uma luz, não escondida sob um alqueire, ou debaixo da cama, mas posta no velador, para que a luz se comunique a todos quantos se acham na casa. Jamais, por covardia ou táticas mundanas, deixeis que a verdade de Deus seja deixada para trás. [...] A sabedoria humana é loucura; pois lhe falta o todo das providências de Deus, que visam à vida eterna. (Ibid. p. 422-423)
      A moda atual tem por fundamento expor a sensualidade sem a nudez. O nu causa escândalo em público, é imoralidade, mas o aparente nu, não. Porém, o aparente nu é mais atraente, mais convidativo, mais instigador ao pecado, é a árvore e a serpente convidando ao pecado. Independente do que estou vestindo posso estar expondo minha nudez. (sem distinção de gênero) Convenhamos, o Diabo sabe enganar e sua experiência é milenar, conhecendo inclusive todas as culturas, modas e princípios bíblicos. Atualmente as religiões estão em posse dos macros e micros sistemas de comunicações de massa, e assim, os comunicadores têm mais facilidade para moldar seus adeptos ou não segundo a visão de seus líderes ou dos princípios bíblicos. O ator, apresentador dos programas dita o certo ou o errado aos telespectadores, e assim, os princípios divinos, a religião, as culturas e modas vão sendo incorporados por todos. Aparecemos ao outro segundo nossa visão de mundo e conversão a Deus.
Solene coisa é morrer, mas muito mais solene é viver. Todo pensamento, palavra e ato de nossa vida será novamente enfrentado. O que fazemos de nós mesmos no tempo de graça, isso havemos de permanecer por toda a eternidade. A morte traz a dissolução do corpo, mas não opera mudança no caráter. A vinda de Cristo não nos muda o caráter; fixa-o apenas para sempre, além da possibilidade de qualquer mudança.
     Apelo novamente para os membros da igreja, para que sejam cristãos, para que sejam semelhantes a Cristo. Jesus foi um obreiro, não para Si mesmo, mas para os outros. Trabalhou a fim de beneficiar e salvar os perdidos. Se sois cristãos, imitar-Lhe-eis o exemplo. (Ibid. P. 167-168)
      Os antigos púlpitos de material estão sendo substituídos pelos eletrônicos, e assim, um novo pregador e um novo louvor, com novas roupagens aparecem dia e noite em nossos lares; esses novos obreiros que ganham o seu salário para pregar, independente do programa apresentado, deve fazer uma nova reflexão sobre a arte de pregar o evangelho e a sua postura ao assumir os novos púlpitos a fim de ensinar as boas novas e o estilo de Cristo. Parece estarem confundindo a nova forma de pregar aos shows comuns, mundanos, querem aparecer e não apresentar e representar o Cristo. Uma nova forma de ser cristão está sendo implantada por aqueles que pregam através da mídia, se antes precisávamos examinar as escrituras, hoje, esse imperativo deve ser categórico, caso contrário, os próprios escolhidos serão enganados pela nova moda de ser cristão. Em algum lugar está escrito: “Ai daquele por quem o escândalo for introduzido no meu santo templo”.


Filósofo Isaías Correia Ribas

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O RICO E O POBRE, CARA E COROA DE UMA MESMA MOEDA


     Independente de posição social, cultural, nacionalidade e títulos acadêmicos ou qualquer outra coisa que tente diferenciar-nos somos constituídos de características biológicas idênticas, a única diferença é de gênero. Cada indivíduo é um composto de vários órgãos de diferentes células; então, podemos inferir que há uma hierarquia orgânica no indivíduo, e essa “hierarquia” funcional objetiva a vida saudável e o bom desenvolvimento do indivíduo. Quando invasores estranhos afetam qualquer um dos órgãos todo o corpo adoece podendo levá-lo à falência.
     As sociedades humanas, independente de culturas, deveriam funcionar como o corpo dos indivíduos que a compõem. As hierarquias administrativas devendo ser os meios saudáveis da sociedade; onde, cada indivíduo nessa organização deve ter consciência de sua utilidade, como sendo única para o bom desenvolvimento do todo; não deve haver disputas, preguiça, exploração ou qualquer outra coisa que adoeça a sociedade, pois se houver a desorganização instalar-se-á e a sociedade adoecerá podendo vir à falência; convenhamos, pois, que essa lógica sempre marcou a história dos povos, um movimento de ascensão, declínio e desaparecimento. E isso sempre se deu porque as hierarquias administrativas tinham interesses particulares e corporativos em detrimento do corpo social. Independente de regimes políticos e suas ideologias, todos os membros de uma sociedade, deve ter consciência de sua função; o seu valor é como a do “líder maior”. Quando não há esse consenso, o mal se instala e toda a organização poderá falecer.
     Embora essa analogia sirva como exemplo, ela não é perfeita. Os órgãos do corpo são determinados a funcionar assim. O Criador assim os fez. Mas os indivíduos racionais não foram determinados, e sim, sujeitos às evoluções cognitivas, um ente a se fazer no mundo, logo, livres de qualquer determinação metafísica. Ente sujeito às contingências, ao bem e ao mal, ao bem comum e à exploração do outro, ao egoísmo e ao altruísmo, à racionalidade ou à irracionalidade; logo, sociedade perfeita e justa, independente de ideologias políticas, são apenas utopias. Por isso, políticos, filósofos, cientistas, religiosos e outros que se dispõe a liderar não se cansam de construir utopias para iludir os liderados.
Sociedades em Declínio:
     Todas as nações estão passando por algum declínio social, político, filosófico, científico e religioso. Não há mais sujeitos inocentes no atual mundo globalizado, sem fronteiras; ninguém mais é passivo às explorações dos líderes, cada um se vê no direito de ser e ter como qualquer um independente de classe social. Sistema nenhum, político ou religioso conseguem mais iludir os indivíduos de suas comunidades, e assim, as ditaduras religiosas e políticas que insistem em dominar pela força ideológica estão ruindo. E esse declínio global não reconhece mais nações ricas e pobres, todas buscam fazer alianças continentais para se fortalecerem diante das outras, mas essa estratégia tem trazido mais problemas que soluções e as grandes migrações se intensificam dia a dia. Como os políticos não sabem administrar democraticamente as nações, isto é, contemplar a todos segundo seus direitos e deveres, o caos social está se instalando no mundo e as democracias vão ruir. No Brasil, especificamente em São Paulo e Rio de Janeiro, por causa das más administrações públicas e a revolta dos cidadãos, já estão agindo segundo as ditaduras: imposição da força militar para fazer valer a incompetência dos líderes políticos. Poderia alongar enumerando problemas e mais problemas, mas o leitor consciente desse mal pode por si mesmo enumera-los segundo sua visão de mundo. Porém, cabe aqui uma reflexão bíblica. “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder”. (II Timóteo 3: 1-5)
     Não é esse o retrato de nosso planeta? A bíblia não falha na análise do homem e, menos ainda, em suas profecias. Por isso é tempo de levantarmos a cabeça, pois o fim está próximo e eu e você temos que nos fazer, pela graça de Cristo, cidadãos do mundo perfeito que Ele prepara aos seus fiéis. Ou nos contentarmos com as ideias filosóficas-cientificas de que tudo, em um movimento natural e histórico passará, se acomodando naturalmente como sempre aconteceu. Fé e racionalismo, dualidade milenar que têm influenciado a todos determinará o fim de cada um de nós.
"Quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; mais os problemas se tornam planetários, mais eles se tornam impensáveis. Incapaz de considerar o contexto e o complexo planetário, a inteligência cega torna-se inconsciente e irresponsável". (Morin, Edgar. OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO, UNESCO/ CORTEZ EDITORA.)

Filósofo Isaías Correia Ribas



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

BÍBLIA X HOMEM


     O homem, independente da época em que viveu sempre se deparou com as ideias contidas na bíblia. Na antiguidade, antes da escrita, havia os eleitos pelo próprio Deus para dizer às pessoas qual a Sua vontade e propósito para com a humanidade. Esses eleitos, num primeiro momento eram os descendentes da linhagem de Sem, depois os patriarcas e profetas e após a eleição dos Hebreus e a formação de Israel como nação surgiram os reis e juízes entre outros líderes do povo. Segundo revelaram os representantes de Deus, Jesus nasceu para completar o plano de salvação planejado antes da fundação do mundo; após um século de Sua estada no mundo, a bíblia acabou de ser escrita. Precisou de 1.600 anos e de 40 autores para que toda a vontade de Deus fosse escrita. Logo, ‘ESTÁ ESCRITO’ e, se está escrito não há como nos desculpar diante do júri universal. A questão não é se creio ou não, se aceito ou rejeito, o grande “problema” aos homens é que está escrito, e Deus completou o plano de salvação de tal maneira que pessoa alguma, sábia ou não, de todos os tempos, não têm como se desculpar.
     Os escritos bíblicos têm alguns propósitos básicos: 1°, revelar a origem de todas as coisas; 2°, como se deu e por quem a entrada do mal no planeta Terra; 3°, as consequências desse mal (pecado); 4°, o plano de Deus para solução do mal; 5°, o nascimento de Cristo neste planeta, sua vida, morte, ressurreição e volta ao céu para encerrar o plano de salvação; 6°, alertar a humanidade como seria o estado do mundo pouco antes de Sua segunda vinda para encerrar a história desse desastre. A história do pecado é apenas um parêntese na eternidade. Deus não criou as finitudes (morte), esta é consequência da desobediência; com a segunda vinda de Cristo fechar-se-á o parêntese e a eternidade continuará para nunca mais ser interrompida, pois, todas as criaturas do universo já conhecem muito bem o que é rejeitar o que Deus quer proporcionar às Suas criaturas! Os sinais da proximidade da segunda vinda de Cristo são percebidos nos macros eventos religiosos, políticos, científicos e naturais.
Religiosos:
     Apesar de a bíblia ser única e clara, existem milhares de denominações religiosas dizendo ser dona da verdade bíblica, representante das boas novas para o homem contemporâneo, mas um só ponto bíblico derruba todas essas falsas denominações religiosas: rejeitar categoricamente a lei de Deus, os dez mandamentos como aplicáveis à conduta cristã. Todas as denominações evangélicas e espiritualistas que anulam os dez mandamentos estão alinhadas ao catolicismo, ao papado que elegeu suas tradições no lugar dos mandamentos de Deus, Logo, essa amalgama é una, têm o mesmo espírito, fazer a vontade de Satanás em rejeição da Divina. Nossa sinceridade não nos salva, o que nos salva é a fé desenvolvida segundo a vontade de Deus. Nessa semana a Cúria do Vaticano está reunida para adequar sua teologia aos anseios da humanidade descrente. O ‘ESTÁ ESCRITO’ bíblico não significa nada para o catolicismo romano e suas filiadas evangélicas e espiritualistas. “Examinai as escrituras para que possais alcançar a vida eterna”. Os três espíritos imundos de apocalipse 16: 13 e 14 referem-se à ação dos religiosos em oposição aos escritos bíblicos. “E da boca do dragão (Satanás), e da boca da besta (instituição papal), e da boa do falso profeta (pregadores evangélico-espiritualistas contrários ao está escrito bíblico), vi sair três espíritos imundos semelhantes a rãs. Pois são espíritos de demônios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregarem para a batalha do grande dia de Deus Todo-Poderoso”. Perceba que esses espíritos agem paralelos aos poderes políticos, pois, são esses que darão legitimidade à suas ações contra os que guardam os mandamentos de Deus, tem a fé e o testemunho de Jesus.
Política:
     A política mundial está confusa, Ética e moral os políticos ignoram em nome de vantagens pessoais e/ou partidárias. O povo é apenas uma manada de manobra a ser explorada pelos ideais capitalistas. No Brasil temos 32 partidos políticos sem ideologias para o desenvolvimento para a nação; todos os seus ideais são partidários: como se arranjar para tirar proveito do bem público, isto é, como roubar a nação com o aval do eleitor (legalmente). Logo, temos 32 quadrilhas ideologicamente estruturadas para saquear a nação. Em consequência, seguindo o exemplo dos líderes políticos, percebemos uma sociedade inclinada a roubar, matar, e fazer qualquer outra coisa ruim sem o menor constrangimento, pois, sabem eles, que é impossível ao poder judiciário prender todos os corruptos e ladrões do Estado. Por isso percebemos essa ascensão geométrica da criminalidade no Brasil em todos os seguimentos da sociedade.
Política Internacional:
     A política italiana está submissa ao maior de seu gangster. No USA, os republicanos, ignorando o bem estar de seus cidadãos com relação à saúde pública, boicotam a administração dos democratas negando-lhes orçamento para pagar os funcionários públicos e investimentos no sistema de saúde pública e privada aos mais carentes. Enfim, independente de culturas e políticas, os que estão com o poder nas mãos, não pensam no bem estar de seus cidadãos. Seus interesses particulares e partidários estão acima de qualquer necessidade cidadã. Mais alguns poucos anos estaremos presenciando a união de todos os poderes corruptos, políticos e religiosos para destruir aqueles que defendem a moral bíblica como verdade absoluta ainda em vigor, em meio a essa trama angustiante, Jesus aparecerá novamente para intervir definitivamente sobre os poderes do mal e seus seguidores, estabelecendo novamente a paz e o amor por toda a eternidade! Paralela à corrupção do gênero humano, a natureza também está, conforme Jesus profetizou, se mostrando revolta, saindo de seu movimento natural, benéfico à manutenção da vida; esse movimento anormal dos terremotos, enchentes, maremotos e outras catástrofes, estão nos dizendo: Jesus em breve voltará!  ‘ESTÁ ESCRITO’: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.

Filósofo Isaías Correia Ribas