"A premissa “A PALAVRA DE DEUS É VERDADEIRA” precisa ser apoiada numa evidência. Mas usar “A BÍBLIA DIZ ISSO” (quer dizer, A BÍBLIA é verdadeira) como expressão dessa evidência é fazer uma petição de princípio, porque, nesse contexto, “A BÍBLIA diz isso” é outra maneira de dizer “A BÍBLIA é verdadeira”, que é justo o que se supõe vá ser provado. Logo, não podemos usá-la nem como premissa nem como evidência para uma premissa." (A. P. MARTICH. ENSAIO FILÓFICO, o que é e como se faz. pág 61. Ed. loyola. SP 2002.)
Os grandes dilemas da humanidade giram em torno de nossa origem. A finitude da vida e o pós morte. As respostas às essas indagações estão fundamentadas em duas teorias, "científicas" e teológicas, evolucionismo e criacionismo.
Tudo o que há, Deus os criou, por isso existimos. Eu, você, os animais, as aves, os vegetais, as bactérias e a matéria inanimada existem. Logo, Deus nos criou.
Sem Deus, há o nada. O nada não
existe. Logo, Deus existe.
Tudo o que existe, inclusive o
Universo, Deus os criou. Se tudo existe e não há o nada, Deus existe e é o
Criador.
Essas proposições são a priori,
isto é, conclusões da "razão pura". Aquilo que não se consegue pelo empirismo
(experiência). Logo, são metafísicas.
Então, as evidências verídicas da
existência de Deus, somente a priori, pelo "raciocínio lógico".
Descartes, René (1596-1650)
concluiu: “Penso, logo existo”. Se eu existo e nada pode vir do nada, a bíblia
diz a verdade quando diz: “No princípio criou Deus o céu, a terra e tudo o que
neles há”.
As bactérias foram criadas por
Deus e como tal existem. Se elas existem tal qual foram criadas, não há
evolução. Logo, se não há evolução, as teorias evolucionistas são falácias.
Então, a bíblia é a palavra de
Deus; Jesus é a verdade em pessoa; o plano de salvação contido na bíblia é o
meio pelo qual todo o Universo inteligente conhecerá a justiça e amor de Deus;
onde todos serão julgados segundo as revelações de Deus dadas à humanidade.
UMA SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DO
MAL
“O
problema do mal só é insolúvel até o momento em que se perceba que justiça e
injustiça são termos contrários e que nenhum deles se aplica a Deus. Ser justo
é estar sujeito às leis e seguir todas as leis aplicáveis. Ser injusto é estar
sujeito às leis e não seguir todas as leis aplicáveis. Deus, contudo, não é
justo e nem injusto, visto que Ele não está sujeito à lei nenhuma. Para estar
sujeito à lei, a pessoa não pode ter controle sobre ela. Mas Deus tem completo
controle sobre as leis porque Ele faz todas as leis e não está sujeito a
nenhuma restrição quanto ao conteúdo dessas leis. Isso é parte do que se
conhece como onipotência e soberania absoluta de Deus. É por isso que Deus não
foi injusto ao dizer a Abraão que matasse seu filho Issac nem quando permitiu
que Satanás torturasse Jó. Como Deus não pode ser justo nem injusto, mas faz as
leis que determinam quem o será, pode-se dizer que Ele está acima da justiça e
da injustiça”.
“E o que mais poderíamos dizer acerca de
Deus no tocante à justiça e à injustiça? Como toda propriedade tem um
contraditório e ao menos uma propriedade de cada par contraditório de
propriedades é verdadeiro de um objeto, as propriedades contraditórias de ser
justo e de ser injusto têm de ser verdadeiras de Deus. Por conseguinte, Deus
não é justo nem injusto”. A. P. MARTINICH. ENSAIO FILOSÓFICO. O que é, e
como se faz, pág. 68; Edições Loyola, São Paulo, Brasil, 2002
Filósofo Isaías Correia Ribas.