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domingo, 14 de abril de 2013

A EDUCAÇÃO, OS POLÍTICOS E OS RELIGIOSOS


“Bem aventurado aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nelas estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Apocalipse 1: 3) A mensagem é dirigida a todos os terráqueos, aos que leem e aos que não sabem ler, mas ouvem. Logo, os pregadores têm dupla responsabilidade: ler para si e com clareza ensinar os que apenas ouvem, mas, tanto os que leem e os que ouvem precisam guardar as coisas que aprendem da palavra revelada.
     Então, a alfabetização de qualidade é uma obra divina. É o meio pelo qual as pessoas podem fazer sua ascensão social e, por si mesma ouvir a palavra de Deus. Quando estamos lendo, os nossos sentidos estão atentos ao que os olhos veem para que o cérebro possa interpretar e, através da mente, que não sabemos o que é, mas existe, compreendamos o que lemos. É este também o meio pelo qual o Espírito Santo fala a nós para que possamos entender a mensagem divina. Logo, infiro que, a mente é algo metafísico que faz a ligação com o físico cérebro e consequentemente ao eu de cada um. Segue-se, segundo lemos acima, a responsabilidade individual daquilo que se aprende com a leitura, inclusive a responsabilidade religiosa, de guardar ou não aquilo que o Espírito Santo tornou conhecido a nós através dos profetas e de nossa investigação particular do revelado.
     Na lógica capitalista atual, como foi também na Idade Média pelo poder político-religioso, o melhor meio para escravizar as pessoas, para submetê-las cegamente às Ditaduras e Absolutismos é deixando a população na ignorância cognitiva (analfabetas), assim, os poderes que governam e os paralelos (religiosos e a burguesia empresarial), podem tirar proveito dessa ignorância generalizada.
“Acabou a escuridão cognitiva religiosa Medieval”, chegou o Renascimento, o Humanismo, o Iluminismo e a Modernidade, mas a dominação por meio da ignorância cognitiva continuou, agora, com o apoio daqueles que causaram a queda do medievalismo e “reformaram” a religiosidade. Assim, doravante, não apenas o catolicismo Medieval, mas todos os protestantes assimilaram a estratégia católica de dominação: vendem a educação (alfabetização) a quem possa pagar. Então, deduz-se, que, políticos e religiosos não sobreviveriam sem a ignorância generalizada da maioria, pois quando as pessoas não sabem ler perdem muito de seu crescimento cognitivo e racional, passando a tomar suas decisões baseados quase que exclusivamente nas emoções, tornando-se presas fáceis de políticos, religiosos e criminosos.
     No mundo Pós Moderno, o poder político vem lutando para diminuir o analfabetismo, não que eles querem o bem do povo, mas a exploração funcional exige dos trabalhadores algum conhecimento formal, mais que uma simples alfabetização; diante desse problema para explorar sem perder o domínio, está difícil de encontrar o equilíbrio entre a educação de qualidade, a “Democracia”, os direitos trabalhistas e a escravidão camuflada dos pobres. Então, por enquanto, o meio que os governos brasileiros têm encontrado é mascarando a educação com a diplomação de analfabetos. Atualmente, os formandos do ensino médio das escolas públicas não sabem interpretar texto algum, são analfabetos “funcionais”. Assim, diante das exigências do mercado esses novos diplomados para nada servem, nem para continuar seu aprendizado no fazer operacional, pois para isso era preciso saber o básico de todas as disciplinas escolares. E as escolas particulares seguem a mesma lógica, professores são constantemente chamados atenção por estar exigindo muito dos alunos.
     A lógica capitalista é exigente, e nesse caso do saber, não há vaga para diplomados sem o devido conhecimento, e assim, os jovens na sua perspectiva de ter e ser, como qualquer filho da burguesia aristocrática, buscam outras saídas para manter a alto estima diante da lógica consumista, e qual é o caminho de imediato? As drogas e o mundo do crime. Mas, diante do alto índice de criminalidade, todos clamam à baixar a maior idade para penalizar esses “menores” infratores, mas ninguém pressiona os governos e os religiosos que ganham com a deseducação do povo, para valorizar os professores e sua liberação para serem profissionais (ensinar e avaliar com responsabilidade e qualidade). Se não nos unirmos em prol de um bem maior: a educação de qualidade para todos; a criminalidade vai avançar independente de legislação para baixar a maior idade e aumento da penalidade prisional. Então, ou nos unimos em prol de educação de qualidade para todos, ou todos nós iremos ser refém dessa maldita estratégia de dominação político-religiosa ultrapassada.
     Deus em Sua infinita sabedoria deu-nos Sua palavra em linguagem simples para que todos, com o básico de qualidade em educação formal, possam compreendê-la, e na mesma lógica divina está o Espírito de Profecia, os escritos da profetisa Ellen G. White (1827-1915), este, uma luz menor que nos leva à luz maior, Jesus e a bíblia, que “foram” contaminados com falsas interpretações do racionalismo teológico-filosófico.

filósofo Isaías Correia Ribas

PIOR QUE A IGNORÂNCIA COGNITIVA, SÓ O PECADO.