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sexta-feira, 19 de abril de 2013

SATANÁS E EVA PECARAM PELO MESMO OBJETIVO



     Lúcifer, anjo de luz, perfeito, no céu, gozava de plena liberdade e, entre outras, tinha a responsabilidade de dirigir o coral de anjos nos cânticos de adoração e louvor ao criador. Misteriosamente esse ente criado desejou ser criador tal qual Deus. Mas o que criar, onde, por que e para quê? Deus planejava dar vida ao planeta Terra, e Jesus, Seu filho, seria o agente criador. Lúcifer soubera do plano e desejou, no lugar de Jesus, ser o Criador da vida na Terra. Disposto em concretizar seu ideal esquecera de que era uma criatura e como tal, jamais poderia realizar ambicioso plano. E assim, cegado pelo orgulho, ambição e egoísmo, seguiu em sua voluntariosidade. Isto é, só faço a minha vontade, não reconheço limites e nem respeito direitos de outros. Deus, Onisciente, advertiu-o da impossibilidade da realização de tal projeto, e aconselhou-o a ficar no lugar que sempre tivera. Voluntarioso, sem medir consequências, dispôs-se a ir até o fim na concretização de seu ideal. Para tanto, começou a difundir a dúvida entre os anjos, dizendo que Deus era injusto e ditador, pois não lhe dava a liberdade de criar como dera ao filho. E assim, houve guerra no céu, e Satanás juntamente com a terça parte dos anjos de lá foram expulsos.
     Adão e Eva foram criados na eternidade. Deus, do pó da terra e com Seu sopro de vida criara Adão, e da costela deste criou a mulher, sua companheira Eva. Não sabemos por quanto tempo o casal viveu no jardim do Éden até pecarem. Enquanto gozavam da santidade desfrutavam da companhia divina, todo dia Deus falava com eles e os advertira sobre a presença de Satanás e de sua legião de anjos, pois esses iriam tentá-los a desviar do plano divino. Deus plantou no jardim a árvore do conhecimento do bem e do mal e eles jamais deveriam provar de seu fruto, pois se assim fizessem morreriam. Disse também para eles ficarem juntos, não se separarem, pois assim, seriam mais fortes na tentação e Satanás não os levariam a pecar como fizera com os anjos no céu. Deus poderia ter destruído os rebeldes celestiais, mas isso não resolveria o problema que nascera, e, fazendo isso estaria dando razão às acusações de Satanás de que era ditador, e a dúvida seria eternizada, dando abertura para outras rebeliões. Deus é justo e amor. Logo, nada mais sábio que dar oportunidade para todos os entes criados do Universo julgar segundo os frutos da rebeldia; comparando-a com o amor de Deus. Por isso o desenrolar da história terrestre e universal é um misto racional-mítico-místico, tendo como antagônicos, a vida de Cristo, o amor de Deus e o plano de salvação. Somente assim, pelo antagonismo é possível o julgamento com justiça.
Mas um dia o descuido aconteceu e Satanás aproveitou a oportunidade para tentar Eva que estava junto à árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele não se apresentou como Satanás, mas, através de seu poder místico apoderou-se de uma serpente para falar com Eva. Admirada por ver uma cobra falando como e com ela, deu-lhe atenção, pois esta falava algo que Deus falara anteriormente a eles: “__É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: __ Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: __certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia que comerdes desse fruto, vossos olhos se abriram, e SEREIS COMO DEUS, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.” Gênesis 3: 1-6
     Ser como Deus foi o desejo de Eva, o resto: a árvore, a serpente falando e o fruto era secundário, mas era o meio pelo qual seu desejo primeiro se realizaria, por isso atendeu a sugestão da Serpente e comeu. 
     Assim, acabou a eternidade, a paz e a imortalidade na terra e deu início ao oposto de tudo de bom que existia acrescido de angústia, dúvidas, doenças, morte, espinhos, caldos e os animais também tiveram seu comportamento alterado tornando-se ferozes. Com isso foi-se também a liberdade, restando-nos apenas a possibilidade de escolher entre o bom e o ruim, o bem e o mal, mas nesse estado de guerra, os polos (certo e errado) não são claros. Por isso a salvação depende de fé, razão e muita investigação bíblica por parte de cada um, se assim não for, como Eva e Adão, podemos facilmente ser enganados pelos atuais agentes de Satanás, que, muitas vezes são homens e instituições religiosas, que se dizem representantes de Deus, agentes divinos. Mas, na realidade estão enganando como a serpente no Éden. Aqueles que estão em busca da salvação precisam ir além da mera crença, precisam imitar os de “Beréia”: investigar para avaliar o discurso, sermão, palestras ou coisas parecidas, caso contrário, como Eva, tornar-se-á presa fácil. Só que a oportunidade é única, apenas nessa vida, por isso temos que vigiar por nós mesmos.
“Muitos pensam ser de pouca consequência o que eles façam. Não lhes faz mal nenhum o assistirem a este concerto, ou se unirem com o mundo naquele divertimento, caso o desejam fazer. Assim Satanás lhes dirige e controla os desejos, e eles não consideram que os resultados podem ser os mais momentosos. Isso poderá ser o elo na cadeia dos acontecimentos que ligam uma alma aos laços de Satanás, e lhe determina a ruína eterna.”
     “Todo ato, embora pequeno, tem seu lugar no grande drama da vida. Considerai que o desejo de uma única satisfação do apetite, introduziu o pecado no mundo, com seus terríveis resultados.” (Ellen G. White. TESTEMUNHOS SELETOS, Vol. I- pág. 604- 1984)
Ellen G. White: “A FORTALEZA DE CARÁTER CONSISTE EM DUAS COISAS: FORÇA DE VONTADE, E DOMÍNIIO DE SI MESMO.”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BÍBLIA
White, Ellen G., HISTÓRIA DA RENDENÇÃO. Ed. CASA PUBLICADORA BRASILEIRA, Tatuí. SP. 2008
White, Ellen G., TESTEMUNHOS SELETOS. Vol. I, Ed. CASA. 1984
Filósofo Isaías Correia Ribas