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segunda-feira, 16 de julho de 2012

"ÓPIO, NARCÓTICO PARA O POVO"



          Com a migração rural romana, a população urbana de Roma aumentou e esta ficou sem trabalho na cidade. Para não haver revolta contra o governo deu-se pão e circo ao povo para mantê-los alienados do governo.  Pão e circo eram os jogos circenses mantidos no Coliseu, durante os jogos era distribuído alimento (ração diária) à plateia. Nos domínios romanos chegou a ter 175 feriados anuais para a distração do povo.
          A partir da Idade Média, a religião cristã, cristianismo católico substituiu o pão e circo romano tornando-se o ópio da população, mais tarde, esse movimento, ópio-cristão estimulou as cruzadas entre católicos e mulçumanos pelos direitos à cidade santa, Jerusalém. Após os escritos de Martinho Lutero e outros católicos, surgiu o protestantismo, fragmentando assim esse ópio, causando as guerras entre católicos e protestantes. Com a chegada dos mouros, mulçumanos no Ocidente, o ópio, virou revoltas fundamentalistas, isto é, o povo brigando por direitos e preferências religiosas. Por isso Karl Marx (1818-1883) identifica as religiões como o ópio do povo.
          Século XXI, a fragmentação religiosa é tanta que deixou de fazer sentido brigar, matar por ela. Hoje, ser religioso é moda e até um manto para camuflar o mau caráter. Há vários ópios que aliena a população da política, de lutar pelos seus direitos constitucionais, alienante, inclusive de seus deveres sociais. Podemos citar a internet, as seitas religiosas, mas, no meu ver, o futebol é o alienante maior por estar se tornando práticas fundamentalistas, torcidas estão espancando e matando seus rivais torcedores.
          Ópio imposto pelos governantes para alienar definitivamente a população brasileira: A má educação pública sob a tutela da “Progressão Continuada”, essa sim tem a capacidade de manter o status quo colonial brasileiro, “todos” os políticos brasileiro têm esse desamor pelo cidadão miscigenado; quanto mais alienada for essa população, garantido está o seu cargo político. Por isso: “Politize-se ou Submeta-se”

Isaías Correia Ribas, filósofo e professor.