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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Participação política

Todas as vezes que pensamos em “participação política” nos vêem à mente em quem vamos votar ou simplesmente proferimos o jargão predileto da maioria: política é um lixo assim como todos os políticos. Então, voto nulo, porque não voto em ladrões!
Agora a questão “participação política” se torna mais reflexiva quando o tema é abordado em processos seletivos, como no domingo dia 08/01, onde os candidatos participantes tiveram que usar da argumentação sobre o tema dizendo se participação política é algo indispensável ou superado.
Se fizermos uma breve análise das participações políticas em nosso país podemos verificar que a mesma é limitada a certos grupos ou teve pequenos movimentos dentro de um contexto de revolta ou indignação. E que ao longo dos anos ela, a participação, tornou-se algo literalmente mecânico, onde, apertamos alguns botões e outro confirmando nossa “participação”.
Agora, qual o impacto dessa participação para o país e para a nação?
O impacto que temos é o já descrito acima; frases feitas, votos passados de geração para geração, como se o voto já tivesse codificado um gene e tornou-se biológico, como o gene: “do rouba, mas faz”, alienação, descaso entre outros adjetivos, mas e o fruto dessa participação? São os frutos que comemos e não digerimos como: má educação, saneamento básico, postos e hospitais sem vagas e com péssimo atendimento, moradia inadequada, transportes caros e insuficientes, desmatamento, não tratamento adequado de resíduos e por ai vai a longa lista do processo de nossa “participação política”, participação essa que sempre tem hora, data e local marcado.
Irônico, existe uma frase que diz: o povo tem a política que merece. Então temos os políticos que merecemos? Se partirmos dessa premissa, sim!
O que nos falta é o sentimento de participação, envolvimento e mobilização. É saber que pertencemos há um espaço e que de fato ele precisa ser ocupado, e os espaços não são mais as ruas, mas sim as câmaras de vereadores, de deputados, o senado esses são os espaços públicos onde devemos participar e essa participação é política porque essa palavra abarca uma ideologia, que por sua vez, define que país nós queremos, se é o país da participação política pífia ou a participação realmente transformadora que atende as necessidades das pessoas, que elaboram leis válidas e que serão de fato executadas.
Entre uma participação e outra existe uma grande diferença, qual? A diferença das nossas decisões. Iremos participar ou apertar botões?
“POLITIZE-SE OU SUBMETA-SE”


Priscila Marques Ribas, Bióloga.