IDEOLOGIA:
Os ideólogos, para justificar o novo modelo de formação escolar articulam alguns conceitos que por si só dispensa as atuais argumentações conceituais. Por exemplo: novas linguagens, currículos interdisciplinares; a adequação de diferentes disciplinas em comum acordo entre diferentes professores e outros novos conceitos que não passam de uma arquitetura conceitual que nada esclarece, mas confunde tanto os docentes quanto os discentes. Toda essa arquitetura foi criada e é defendida por diferentes “educadores” para mascarar a verdadeira realidade da educação básica das escolas públicas brasileiras.
EDUCAÇÃO FORMAL:
O próprio conceito tradicional, formal, está claro, formalidades, além das informalidades, do corriqueiro, do dia a dia; isto é educação escolar. Isto por si só se basta, está dito: ‘novas linguagens’. E quais são essas novas linguagens? A da matemática, da física, da linguagem formal brasileira, história, geografia, filosofia etc. Logo, não há necessidade dos professores estarem preocupados se o colega está ou não ensinando a sua disciplina, não há como ser diferente, cada professor cumpre o seu papel naturalmente, e o aluno está naturalmente aprendendo novas linguagens além das linguagens informais que aprendemos todos os dias fora dos espaços escolares. Então, percebe-se, que esse papo de novas linguagens são apenas argumentações falaciosas para mascarar a deseducação que o Estado está impondo à sociedade trabalhadora brasileira. Digo mais, esse Estado é o escravocrata do século XVI, do Brasil colônia que escraviza a maioria em benefício da minoria dominadora.
LINGUAGEM INFORMAL:
Esta linguagem, a informal, aprendemos fora da escola, em nossa casa, nas oficinas, nas fábricas, nos morros, nos becos, nos bares, na igreja e são essas gírias correspondentes a esses espaços que enriquece a nossa língua mãe. Ambas são necessárias e não são excludentes.
PROGRESSÃO CONTINUADA:
Ou, aprovação automática é a ideologia educacional, ou melhor, deseducação imposta pelos políticos para manter nosso país com o status de Brasil colônia, pois somente assim, pensão os políticos, irão coibir a conscientização política do povo brasileiro. Os políticos brasileiros descendem dos imigrantes escravocratas que vieram para o Brasil no século XVI e XVII. Logo, vieram para cá explorar essas terras escravizando e matando os nativos índios que habitavam as Américas. O meio atual que eles têm para manter esse status é essa educação falaciosa que cria serviçais e não intelectuais. Soma-se a isso, a desvalorização dos professores que os atuais governos de diferentes estados fazem questão de impor-nos. Pior é a situação dos mestres que são contratados no regime CLT que não recebem seus direitos trabalhistas quando terminam seus contratos. É frustrante perceber que aqueles que deviam cumprir as leis, vivem à margem delas, logo, são marginais, não cumprem a constituição de nosso país quando não depositam nosso FGTS, negando-nos esse direito e consequentemente o direito ao seguro desemprego.
CONSCIÊNCIA POLÍTICA:
Caros estudantes da rede pública e brasileiros trabalhadores deste país, não ignorem a política, quando fazemos isso estamos ignorando a nossa própria realidade, descartando-nos como cidadãos sábios, nos submetendo à escravidão contínua, eterna, e é isso que eles querem que os ignoremos apesar da corrupção política. Este ano, 2012, é ano de eleições municipais e é bom ficarmos atentos a quem vamos eleger para administrar nossa cidade.
SÃO PAULO:
A maior cidade mundial do Brasil faz bem analisarmos quem está no poder e quem o pretende a partir de 2013. O governador Geraldo Alckmin e o prefeito Kassab descendem de uma mesma comunidade de imigrantes que sempre buscam o poder em todo o mundo, apesar de governarem estâncias diferentes são aliados étnicos. O candidato do PT, Fernando Haddad, ex-ministro da educação é também da mesma comunidade e o trio estão buscando alianças entre eles e nenhum deles faz críticas o governo do irmão. O Chalita, ex-secretário da educação para o estado de São Paulo, atual deputado federal, candidato do PMDB descende também dos imigrantes escravocratas. Todos esses que estão no poder e os que o querem estiveram lá e nada fizeram para melhorar nossa educação e são todos “educadores”, formados e doutorados em filosofia, pelo contrário, são eles os criadores dessa maldita ideologia e a querem manter para dominar o país em benefício de suas comunidades em detrimento da evolução social dos filhos da miscigenação, os brasileiros que precisam ser mão de obra barata para eles. Somando-se à progressão continuada, a atual ideologia educacional bonifica os professores que aprovam seus alunos sem o devido conhecimento necessário com o apoio das gestões escolares, é uma barbárie.
Caríssimos estudantes, pais e professores: quem não se politiza, submete-se.
Isaías Correia Ribas, filósofo e professor de filosofia.