Nesta greve dos professores de São Paulo que já passam dos oitenta dias,
as forças sindicais estão fazendo de tudo para minar a forças dos professores
que lutam, não por ideias políticos, mas pela educação de qualidade para os
filhos dos trabalhadores e pela valorização do profissional, professor. Como
professor que quer ensinar para levar nosso país ao desenvolvimento não podemos
desistir dessa luta contra os políticos que querem manter o povo na ignorância.
O argumento do governador Alckmin para não apresentar nenhuma proposta é
justamente este: a luta não é dos professores e sim de movimentos políticos.
Muito bem, senhor governador, as forças sindicais, por imposição dos partidos
políticos aos profissionais infiltrados na educação que querem usar a educação
para movimentos políticos chegaram à conclusão que a greve deve acabar, mas
nós, os professores que não fazemos parte desses movimentos, lutamos pela
educação de qualidade para todos, por isso, queremos continuar lutando pela
educação de qualidade para todos. Agora, a luta dos professores do estado de
São Paulo, será contra apenas o PSDB do governador Alckmin, que diz não ter
atendido as reivindicações porque a greve tinha fins políticos. Então, senhor
governador, a única força política presente no momento é a do PSDB que governa
o estado. Se realmente queres boa educação para os filhos dos trabalhadores,
chegou o momento para isto. Nós, os professores, sabemos que salas com mais de
trinta alunos não favorece o bom aprendizado. Professores descontentes como que
ganha também é desestimulado a dedicar-se somente à uma estância, no caso, o
estado, para melhorar o ensino, forçando-o a trabalhar em outras estâncias
públicas e privadas para complementar o salário que o governador oferece.
Então, senhor governador, mostra ser um político que quer o desenvolvimento do estado
e do país apresentado propostas concretas aos professores do estado em luta.
Caros colegas que ainda não entraram em greve com o argumento de que não
entram porque a greve era política e não dos professores. De agora em diante,
nossa greve é apenas dos professores que querem educação pública de qualidade. Logo,
com o fim das forças sindicais, chegou a hora de mostrarmos ao governador que
estamos descontentes com o que ele está fazendo com a educação. Então, avalie e
vem à luta com os que já estão lutando a mais de oitenta dias. O sindicato, APEOESP,
está representando os professores. Pois, as forças políticas jogaram a toalha,
mas nós os professores vamos continuar porque nossa luta não é política e sim
da classe.
O PT (partido dos trabalhadores), no
início da luta por melhorias da classe operária não lutava representada por um
partido político, mas por um ideal, de através dos operários fundarem um
partido do povo para o povo, que, uma vez no poder, lutaria por melhorias da
classe operária contra os desmandos da burguesia que só escravizava os
trabalhadores. Com o PT no poder muitos direitos foram conquistados para a
classe mais desmerecida: Com mais universidades federais, os trabalhadores
conquistaram o ingresso às universidades públicas e o direito de estudar em
universidades particulares com bolsas federais, enfim, o Brasil avançou. Porém,
com a saída do maior sindicalista deste país, o ex-presidente Lula, os ideais
foram perdidos e os atuais partidos políticos que se dizem representar o povo,
não passam de oportunistas políticos que querem apenas enganar o povo. Então,
caros trabalhadores, parem e pesem comigo, se somos a maioria, somos nós quem
os elegemos, então, em vez de continuarmos elegendo estes que não nos
representa mais, por que não iniciarmos uma nova revolução, elegendo
trabalhadores que estão em nosso meio para nos representar? Os ricos
empresários, latifundiários, artistas e outros seguimentos elitistas nos usam
para eleger nossos próprios algozes. Então, vamos nos organizar politicamente e
eleger os nossos como fizemos elegendo o Lula, que, como político nos representou
muito bem apesar das forças contrárias. Então, quanto mais gente trabalhadora
elegermos muito mais poderemos fazer por nossa classe trabalhadora. Pela
experiência dessas greves, chegamos à conclusão que esses políticos que estão
no poder, independente de que partido político pertençam, estão fechados
contra a classe trabalhadora.
UNIDOS VENCEREMOS, FRAGUEMENTADOS NOS
DIVERSOS PARTIDOS POLÍTICOS, A NOVA ESCRAVIDÃO SERÁ IMPLANTADA CONTRA TODOS OS
TRABALHADORES.
Filósofo Isaías Correia Ribas