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segunda-feira, 11 de maio de 2015

O FIM DO MUNDO - CERTEZA OU UTOPIA?


             Por que se diz que a segunda vinda de Cristo está próxima? O que há ou está acontecendo no mundo para chegar-se a está conclusão? Se realmente está próxima, por que os religiosos cada vez mais se assemelham àqueles que não conhecem a Cristo? Por que, os religiosos, em nome de Deus explora e enganam o povo? Enfim, muitas outras questões poderiam ser levantadas para nossa reflexão, mas, o que me interessa é o que diz as profecias bíblicas para chegar-se a esta conclusão de que a segunda vinda de Cristo está próxima.     
     Primeiro, não vai haver fim do mundo, mas um recomeço a partir da perfeição que havia antes do pecado. Logo, será o fim das finitudes que fora introduzida no mundo a partir da rebelião de Satanás no céu. Com o pecado de adão e Eva originou-se as finitudes. O recomeço da eternidade, segundo a bíblia, dar-se-á com a segunda volta de Cristo a este planeta para pôr fim ao drama do pecado que aqui se desenrola. Com o nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo, ficou selado o fim da história do pecado.
     O drama do pecado e o plano de salvação se desenrolaram em duas grandes etapas, antes de Cristo e depois Dele. Antes do nascimento de Cristo, as profecias bíblicas que prometiam Seu nascimento estão registradas no Velho Testamento. Após o nascimento de Jesus Cristo e seu ministério, ele prometeu voltar para buscar os que creram em sua pregação e promessas. As profecias prometendo sua vinda para a salvação dos que creram, estão registradas no Novo Testamento. No entanto, há no velho Testamento, profecias que ultrapassam o nascimento de Cristo, apontando até a época da segunda volta.
     As profecias do livro de Daniel têm essas características, de passar por toda a história a partir do reino babilônio apontando para o último reino a ser estabelecido na Terra. Por isso, estudar a bíblia com a finalidade de apreender seus ensinamentos é caso de salvação ou perdição eterna. Então, estudar a bíblia em particular, tem mais valor para a salvação que apenas crer segundo às interpretações teológicas das igrejas.  Mas, ler, para nós brasileiros é um problema, não há em nossa cultura esse hábito de ler, por isso, continuamos como um país em desenvolvimento, pois, quem não lê, dificilmente vota corretamente, tem bom emprego e sabe educar os filhos no caminho para o desenvolvimento pessoal, da região e da nação. Mas, o problema maior não está na família, e sim, com nossos governantes que fazem questão de manter a população na ignorância, pois, somente assim, eles conseguem se eternizar no poder, criando ideologias de dominação através da má educação oferecida aos trabalhadores mais pobres. A ignorância generalizada é um projeto político-diabólico, um meio para manter o povo afastado do conhecimento, negando-lhe a possibilidade de viver bem neste mundo, e, acima de tudo, se preparando para a vida eterna segundo a vontade de Deus. Logo, o plano de salvação idealizado por Deus e o da perdição, planejado pelo Diabo, perpassam por todas as áreas de nosso desenvolvimento, seja, familiar, escolar, universitário, profissional, político e religioso. Logo, a salvação requer muito de cada indivíduo. Não é algo tão simples como prega as igrejas Católica, Protestante, Evangélica, Espírita e outras que possam existir. Aceitar a Jesus como salvador pessoal jamais esteve relacionado à simplicidade de ser membro de uma denominação religiosa, pelo contrário, requer, conhecimento para tornar-se semelhante a Cristo e fazer a obra que Ele próprio fizera em prol da salvação pessoal e do outro.
A vinda de Cristo na história política
     Daniel foi contemporâneo do rei Nabucodonosor, foi um dos jovens hebreus, prisioneiro em Babilônia, que, por ter interpretado um sonho de Nabucodonosor, chegou a ser governador da província Babilônica. Daniel viveu em Babilônia de 605 até 538 a. C.; segundo o sonho de Nabucodonosor, o último reino a ser estabelecido na Terra seria o eterno reino de Cristo. Esta profecia está registrada em Daniel capítulo dois. Segundo o sonho do rei Nabucodonosor a estátua se dividira assim:
 1 – A cabeça de ouro da estátua representava o reino de Nabucodonosor. O reino babilônico estendeu-se de 605-539 a.C.;
2 – Depois se levantaria outro reino representados pelo peito e braços de prata da estátua, esse segundo reino é o dos Medos e Persas que estenderam de 539-331 a.C.;
3 – O terceiro, o ventre e as coxa de cobre, representou o reino da Grécia, cobrindo o período de 331-168 a.C.;
4 – O reino de Roma é representado pelas pernas de ferro que foi de 168 a.C.-476 d. C.;
5 – As nações estão representadas pelos pés compostos de ferro e barro, que ultrapassam os séculos V – XV, período medieval, estendendo-se à todas as nações dos dias atuais e ulteriores.
6 – A pedra que viste atingindo os pés da estátua derrubando e esmiuçando-a em pedaços, representa o eterno reino de Cristo que, por ocasião de sua vinda porá fim à todas as nações da história da humanidade que vive sob a opressão do pecado; estabelecendo a perfeição que fora antes da entrada do pecado neste mundo.
     A profecia não se limita aos reinos e nações do Oriente e Ocidente, sua aplicação é para todos os habitantes da terra. Há outras profecias dadas a Daniel, simbolizadas por animais que cobrem os mesmos períodos e nações. São uma sucessão de profecias que vão somando detalhes que servem para convencer as mais exigentes mentes pesquisadoras.
Profecias ligadas ao mundo religioso
     A principal e mais longa profecia aplicada ao mundo religioso está registrada em Daniel, 8:14.
     “Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado”.
     No capítulo nove de Daniel, o anjo dá-lhe os detalhes do período que cobre esta profecia. Vou de modo simples explicar esta profecia.
     As duas mil trezentas tardes e manhãs são dois mil e trezentos dias. Porém, em se tratando de profecia, segundo a bíblia, cada dia equivale a um ano.
Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, a saber quarenta dias, levareis sobres vós as vossas iniquidades por quarenta anos, um ano por um dia, e conhecereis a minha oposição. E quando tiveres cumpridos estes dias, deitar-te-ás sobre o teu lado direito, e levarás a iniquidade da casa de Judá; quarenta dias te dei, cada dia por um ano. (Números, 14:34 e Ezequiel, 4:6)
     Então, a profecia de Daniel, 8:14 refere-se a dois mil e trezentos anos. Sabendo em que ano começaria, facilmente chegaria ao ano de seu fim ou cumprimento da profecia. Os detalhes da profecia dada pelo anjo a Daniel são:
Setenta semanas estão, decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua cidade santa, para expiar a iniquidade, para fazer cessar as transgressões, para dar fim aos pecados e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo. Sabe e entende: Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos. E depois de sessenta e duas semanas será cortado e ungido e nada subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será como uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações. E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador. (Daniel, 9: 24-27)
     O primeiro período destes dois mil e trezentos anos, são setenta semanas, ou 70 x 7= 490 dias, aplicando a regra bíblica, são 490 anos. Segundo informações bíblicas, o início da contagem começou com um decreto que autorizava a reconstrução do templo que Nabucodonosor destruíra em 605 a. C.:
Eventos políticos e históricos do mundo religioso ocorridos segundo esta profecia:
1 – Início da reconstrução de Jerusalém é o começo das setenta semanas que é também o princípio dos dois mil e trezentos anos, logo, todos esses eventos partiram de uma mesma data, 457 a.C., segundo a ordem do imperador Artaxerxes, rei da Pérsia.
Esta é, pois, a cópia da carta que o rei Artaxerxes deu a Esdras, o sacerdote, o escriba instruído nas palavras dos mandamentos do Senhor e dos seus estatutos para Israel: “Artaxerxes, rei dos reis, ao sacerdote Esdras, escriba da lei do Deus do céu: Saudações. Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas, que quiser ir a Jerusalém, vá contigo”. [...] (Esdras,7: 11-13)
2 – O fim da reconstrução de Jerusalém deu-se em 408 a. C., que ocorreu nas primeiras sete semanas segundo indicara a profecia, em exatos 49 anos.
3 – Se somarmos 7 semanas mais 62, teremos 69 semanas: (7 + 62 = 69). Se multiplicarmos 7 x 69 = 483 anos. Então, no final dos 483 anos o Messias seria ungido ou batizado. E foi justamente isto que aconteceu. Jesus nasceu e foi batizado no tempo indicado pela profecia de Daniel.
4 – No final das sessenta e nove semanas houve a unção ou batismo de Jesus, ano 27 da era cristã. Após o batismo ele iniciou o seu ministério.
5 – Nesta última semana Ele pregaria e na metade da semana faria um pacto firme com muitos. Assim, na metade da última semana após seu batismo, Jesus foi morto. Foi esse o pacto firme para a salvação dos que creram e crerão em Seu sacrifício para perdão dos pecados e salvação de quem O Aceitar como seu salvador. Neste mesmo dia chegou o fim de todas as ofertas e sacrifícios que eram feitos no templo que fora reconstruído em 408 a.C., sacrifícios que prefiguravam sua morte como o cordeiro perfeito que viria para salvar segundo indicava a didática diária do santuário, neste dia também fora decretado a morte eterna de Satanás. No final da última semana, no ano 34 d.C. terminou o tempo determinado sobre o povo de Israel, até aquele ano, a nação de Israel fora a responsável para fazer Deus conhecido entre todas as nações. Nesta data, com a morte de Estevão, Israel perdera seu posto de nação eleita para uma tarefa específica, e a Igreja cristã passara a ser a responsável para advertir as nações que o Cristo que ressuscitara voltaria para completar a obra de salvação, pondo fim à história do pecado. Do ano 34 em diante, Judeus, israelitas e gentios estavam na mesma condição, isto é, a salvação de quem quer que seja estava baseada na aceitação de Jesus como seu salvador pessoal. Acabara os intercessores entre Deus e o homem, Jesus é o nosso intercessor e mediador. Logo, a função do Papa, dos ministros protestantes, dos gurus e outros que se acham e afirmam ser representantes de Deus na terra perante os homens é maior das falácias religiosas que possa existir.  
6 – A destruição de Jerusalém e do santuário pelo general Tito no ano 70 d. C., cumpre na íntegra o que determinara a profecia.
7 – Tirando dos dois mil e trezentos, quatrocentos e noventa anos, restam mil oitocentos e dez anos: (2.300 – 490 = 1810). Somando aos mil oitocentos e dez anos, os trinta e quatro da era cristã, chega-se a mil oitocentos e quarenta e quatro: (1810 + 34 = 1844). Ano em que Guilherme Miller interpretou como sendo a data para a segunda volta de Cristo. Mas, naquele dia, iniciaria o juízo investigativo no céu, e não a segunda vinda de Cristo conforme interpretara Miller.
     De 1844 para cá o último convite seria levado a todos por um povo que defenderia os escritos bíblicos como sendo aplicados na íntegra, exceto os rituais do antigo santuário que prefiguravam o nascimento de Cristo, todas as outras determinações bíblicas como sendo aplicáveis ao modo de vida cristão.
     E este evangelho do reino, segundo Cristo, teria que ser pregado em todo mundo, terminada esta obra, viria o fim. Então, o que determinará a segunda volta de Cristo é a pregação do evangelho eterno em todo o mundo, enquanto o evangelho está sendo pregado, guerras, terremotos, fome, maremotos, enchentes, vulcões, vendavais, altos índices de criminalidades, roubos, mentiras, enganos, doenças, assassinatos e todo tipo de maldade das pessoas contra seu próximo seria crescente até o fechamento da porta da graça.
     Com o fim da graça, a oportunidade para se arrepender chegará ao fim, onde, Satanás estará livre para reinar por um determinado período de tempo. Enquanto isso, diz a bíblia: Quem é santo, santifique-se ainda mais e quem é sujo, que se suje ainda mais, (Apocalipse, 22:11) é quando Satanás instigará seus seguidores a destruir os que estão se santificando causando-lhes um tempo de angústia, ao mesmo tempo cairão as pragas sobre os ímpios que estarão tentando matar os selados para a salvação. Em meio a estes eventos, Jesus aparecerá no céu para buscar os seus! É esta a segunda vinda e início do eterno reino de Cristo! O recomeço da perfeição! Então, conhecer e praticar os ensinos bíblicos é caso de vida ou morte eterna.


 Filósofo Isaías Correia Ribas