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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

BÍBLIA E FILOSOFIA


     Eis as duas formas de se conhecer mais antagônicas do planeta Terra. A filosofia tem como fundamento central o saber do homem. E o fundamento central do conhecimento por meio bíblico é Deus, o Criador de todas as coisas. Dizem os filósofos que a matemática e a geometria são criações da razão pura, isto é, não existe nada na natureza que a razão possa sensivelmente captar essas estruturas, logo, são criações antropocêntricas, realidades mentais que não estão nem no tempo e nem no espaço, tempo e espaço são apenas condições para captá-las e entende-las, existem apenas quando plasmadas em livros ou em outro material concreto qualquer, quando ilustradas para expô-las; o mesmo acontece com os sons, uma sinfonia não existe em lugar algum, exceto quando plasmada em partituras, discos, CDs e quando executadas pela orquestra, fora isso, sua existência se esvai, não existindo mais, nem na mente, nem no tempo e nem no espaço.
     Deus é o criador de todas as coisas, de todas as realidades, concretas e mentais, do tempo e do espaço e do homem inserido nessas realidades. O homem, genericamente falando, foi criado à imagem e semelhança do criador, isto é, um ente capaz de criar, melhor, organizar alguma coisa por meio da obra do Criador, porém, foi Ele quem iniciou suas criaturas nesse aprendizado. “e tudo que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome”. Gênesis 2: 19. No início, no mínimo, até sete o homem aprendeu a contar, logo, a noção de numerais e números Deus os iniciou: 1°, 2°, 3°, 4°, 5°, 6° e 7° dias da semana da criação e o casal foi também iniciados no trabalho, no cultivo do jardim, de onde tiravam o seu sustento. Logo, as noções básicas para nomear, falar, "escrever", contar e enumerar não são obras da razão pura, nem mesmo a noção do nada. Não sabemos quanto tempo o homem viveu na atemporalidade, e é lógico que não sabemos o quanto esse casal aprendeu enquanto gozavam da companhia dos anjos e das visitas do próprio Criador; e como não havia a necessidade de registros não sabemos quanto e o que nossos antepassados aprenderam, mas não somos tão ingênuos para deduzir que tudo o que os antigos sabiam descenderam deles, Adão e Eva; e não sabemos mais é por falta de registros e displicências dos próprios homens, melhor, eles não precisavam de registrar como nós, mas o pouco que sabemos é o que de um jeito ou de outro chegou até nós; o que sabemos é que Deus não os criou em um mundo idênticos às realdades atuais, mundo das contingências para nascer, viver e morrer; essa ordem das finitudes são consequências de uma trama mais antiga, que extrapola a vida terrestre, mas fazemos parte dela até que tudo chegue ao fim. Entender essa trama é o fundamento básico para compreendermos o antagonismo entre filosofia e bíblia.
     Do sentido do nada, criou-se ou (deduziu-se) o ‘0’, com este e a regra decimal possibilitou as quantificações ao infinito. Dos triângulos e outras figuras geométricas deduziram-se os ângulos e assim, conforme as necessidades surgiam, por meio do esforço mental, teoremas e mais teoremas, formando assim a cognição; nesse constante devir necessário há as evoluções cognitivas das diversas formas de conhecimento; pensar diferente disso é absurdo uma vez que o homem, genericamente falando, é uma unidade entre mente e corpo, logo, ente capaz de captar realidades metafísicas, estruturá-las cognitivamente, tornando-as compreensível ao outro que não foi capaz de tanta abstração, capaz de compreendê-las. 0,0000000000001 ao infinito é alguma coisa no universo; menor que isso somente o '0', menor que o zero os números negativos (-1; -2; -3...). 1.000.000.000.000.000.000 ao infinito, em tese, quantifica a totalidade. No século XIX, por necessidade surge os números irracionais. A organização linguística e seus significados, a matemática com suas derivações e organizações e a geometria são racionais, criações necessárias para a organização lógica de nosso conhecimento. Só isso e nada mais; o que está além disso, está além da imaginação humana, de nossa cognição. O que entendemos por metafísica, está além de nossa própria metafísica, (as abstrações mentais). Não há maior ilusão aos homens o acharem-se capazes de criar alguma coisa a partir do nada, somos sim capacitados a organizar aprendizados. A lógica formal, ou simbólica deriva da lógica matemática, esta é definida como ciência das leis do pensamento e a arte de aplicá-los corretamente na procura de demonstração da verdade. Seu objetivo é apresentar a diferença entre dedução e indução, as regras de dedução, sob a forma de silogismo e de argumentos condicionais, bem como as várias formas de falácias. Logo, conhecimento "antropocêntrico" não se cria do nada, se organiza a partir de algo ou da noção de algo já  existente, dada por alguém que captou de alguém, de alguém que esteve com alguém Superior aos homens. E esse alguém está revelado na bíblia, Deus o Criador.

Filósofo Isaías Correia Ribas.