Eis as duas formas de se conhecer mais
antagônicas do planeta Terra. A filosofia tem como fundamento central o saber do
homem. E o fundamento central do conhecimento por meio bíblico é Deus, o Criador de
todas as coisas. Dizem os filósofos que a matemática e a geometria são criações
da razão pura, isto é, não existe nada na natureza que a razão possa
sensivelmente captar essas estruturas, logo, são criações antropocêntricas,
realidades mentais que não estão nem no tempo e nem no espaço, tempo e espaço
são apenas condições para captá-las e entende-las, existem apenas quando
plasmadas em livros ou em outro material concreto qualquer, quando ilustradas
para expô-las; o mesmo acontece com os sons, uma sinfonia não existe em lugar
algum, exceto quando plasmada em partituras, discos, CDs e quando executadas pela orquestra,
fora isso, sua existência se esvai, não existindo mais, nem na mente, nem no tempo e nem no
espaço.
Deus é o criador de todas as coisas, de
todas as realidades, concretas e mentais, do tempo e do espaço e do homem
inserido nessas realidades. O homem, genericamente falando, foi criado à imagem
e semelhança do criador, isto é, um ente capaz de criar, melhor, organizar alguma coisa por meio da obra do Criador, porém, foi Ele quem iniciou suas criaturas nesse aprendizado. “e tudo que o homem chamou a todo ser
vivente, isso foi o seu nome”. Gênesis 2: 19. No início, no mínimo, até
sete o homem aprendeu a contar, logo, a noção de numerais e números Deus os
iniciou: 1°, 2°, 3°, 4°, 5°, 6° e 7° dias da semana da criação e o casal foi
também iniciados no trabalho, no cultivo do jardim, de onde tiravam o seu
sustento. Logo, as noções básicas para nomear, falar, "escrever", contar e
enumerar não são obras da razão pura, nem mesmo a noção do nada. Não sabemos
quanto tempo o homem viveu na atemporalidade, e é lógico que não sabemos o
quanto esse casal aprendeu enquanto gozavam da companhia dos anjos e das visitas
do próprio Criador; e como não havia a necessidade de registros não sabemos
quanto e o que nossos antepassados aprenderam, mas não somos tão ingênuos para
deduzir que tudo o que os antigos sabiam descenderam deles, Adão e Eva; e não sabemos mais é por falta de registros e displicências dos próprios homens, melhor, eles não precisavam de registrar como nós, mas o pouco que
sabemos é o que de um jeito ou de outro chegou até nós; o que sabemos é que
Deus não os criou em um mundo idênticos às realdades atuais, mundo das contingências para nascer, viver e
morrer; essa ordem das finitudes são consequências de uma trama mais antiga,
que extrapola a vida terrestre, mas fazemos parte dela até que tudo chegue ao
fim. Entender essa trama é o fundamento básico para compreendermos o
antagonismo entre filosofia e bíblia.
Do sentido do nada, criou-se ou (deduziu-se)
o ‘0’, com este e a regra decimal possibilitou as quantificações ao infinito. Dos triângulos e outras figuras geométricas deduziram-se os ângulos e assim, conforme as necessidades
surgiam, por meio do esforço mental, teoremas e mais teoremas, formando assim a cognição; nesse constante devir necessário há as evoluções cognitivas das diversas formas de conhecimento; pensar diferente
disso é absurdo uma vez que o homem, genericamente falando, é uma unidade entre mente e corpo, logo, ente capaz de captar realidades metafísicas, estruturá-las cognitivamente, tornando-as compreensível ao outro que não foi capaz de tanta abstração, capaz de compreendê-las. 0,0000000000001 ao infinito é alguma coisa no universo; menor
que isso somente o '0', menor que o zero os números negativos (-1; -2; -3...). 1.000.000.000.000.000.000 ao
infinito, em tese, quantifica a totalidade. No século XIX, por necessidade surge os números irracionais. A organização linguística e seus
significados, a matemática com suas derivações e organizações e a geometria são racionais, criações necessárias para a organização lógica
de nosso conhecimento. Só isso e nada mais; o que está além disso, está além da
imaginação humana, de nossa cognição. O que entendemos por metafísica, está
além de nossa própria metafísica, (as abstrações mentais). Não há maior ilusão
aos homens o acharem-se capazes de criar alguma coisa a partir do nada, somos
sim capacitados a organizar aprendizados. A lógica formal, ou simbólica deriva da lógica matemática, esta é definida como ciência das leis do pensamento e a arte de aplicá-los corretamente na procura de demonstração da verdade. Seu objetivo é apresentar a diferença entre dedução e indução, as regras de dedução, sob a forma de silogismo e de argumentos condicionais, bem como as várias formas de falácias. Logo, conhecimento "antropocêntrico" não se cria do nada, se
organiza a partir de algo ou da noção de algo já existente, dada por
alguém que captou de alguém, de alguém que esteve com alguém Superior aos homens. E esse alguém está revelado na bíblia, Deus o
Criador.
Filósofo Isaías Correia Ribas.