Este, a verdade, sem dúvida é um dos
conceitos mais invocado por todas as pessoas de qualquer País e regiões.
Entende-se por verdade subjetiva, a verdade do sujeito, da pessoa. E esta
verdade pessoal é a mais frágil das verdades. Tanto é que cada indivíduo não
consegue viver isoladamente com sua verdade, busca constantemente agrupar-se
àqueles que comungam da mesma verdade, ou semelhante. Mesmo em grupo, as
verdades subjetivas buscam impor-se às demais verdades, e assim, nascem às
contendas dentro dos grupos que diz ter a verdade. O grande problema das
verdades é que a mentira, a ignorância ou o enganar propositadamente, muitas
vezes, é a verdade de muitos grupos.
GRUPOS DE VERDADES:
A verdade filosófica é racional e lógica,
logo, antropocêntrica. A verdade científica é empírica, dada pela experiência.
A verdade religiosa é dogmática-formal. A verdade política é a república. A
verdade jurídica é a justiça. A verdade comercial e capitalista é o lucro. A
verdade espiritual é efêmera. A verdade social é o assistencialismo. A verdade
oculta é maçônica. A verdade esportiva são as competições. A verdade artística,
suas criações. A verdade das gangs é a malandragem ilícita. A verdade das
milícias é o terror. A verdade carcerária é a criminalidade. A verdade
acadêmica é a literatura, o que está escrito. A verdade aristocrática, dos
bárbaros é a amoralidade. E a verdade de Satanás é a mentira. Logo, entende-se,
que a verdade subjetiva constrói a verdade relativa. Dessas verdades principais
há as divisões e subdivisões, então, o que é a verdade? Como encontrar a
verdade não conceitual, não metafísica, não empírica, não institucional, não
dogmática formal, mas, a essência da verdade, aquele que é a verdade em si?
A VERDADE É UMA PESSOA:
Para toda verdade subjetiva e/ou relativa,
sempre que as dificuldades surgem, seus adeptos “inconscientemente”, buscam a
saída na essência de todas as verdades, Jesus Cristo o Justo. Pois Ele mesmo
disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao pai senão por
Mim”. (João 16: 6) “Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará”. (João 8: 32) Quem quiser avaliar sua verdade e seu
relativismo deve medi-las pela verdade Universal, Cristo o Criador!
Descobrindo quem é Ele, Sua missão e Seu amor, livrar-se-á das meras e
inconstantes verdades. Se assim não for, estarás envolto nas trevas eternas das
verdades relativas. “Examinais as escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são
elas que dão testemunho de mim”; João 5: 39.
A VERDADE REVELADA:
Nada há mais sério que a composição de um
júri para julgar alguém. No entanto, antes de iniciar os trabalhos jura-se com
a mão sobre aquilo que tem de mais sagrado e verdadeiro em nosso mundo, a
bíblia. Embora muitos participantes das verdades relativas tenham a bíblia como
um livro de mitos, nesta hora solene, não há nada de mais sagrado que eles
possam invocar a justiça e a verdade dos fatos. Então, podemos inferir que a
bíblia é a palavra de Deus, a verdade revelada à humanidade, a bússola que nos
guia a toda verdade segundo a vontade de Deus, que nos leva a conhecer e
reconhecer Jesus como nosso único meio de participar do mundo de verdade que
Ele prepara aos seus! Disse Cristo: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade”. (João 17: 17) O salmista disse: “Escondi a tua palavra no meu
coração para não pecar contra ti”. (Salmos 119: 11) Então, conclui-se:
Jesus Cristo o criador é a verdade em pessoa. E sua palavra revelada, a bíblia,
é a verdade que nos leva a Ele e à compreensão de seu plano de salvação para a
humanidade.
O ESPÍRITO DE PROFECIA:
Ao longo de quase seis mil anos após o
pecado, desenvolveu-se as verdades subjetivas, as relativas e a satânica. Esse
trio tem deturpado e ofuscado a missão do salvador e a autoridade de sua palavra
escrita. Deus, em Sua Onisciência providenciou o Espírito de Profecia, isto é,
um (a) profeta para levar-nos a compreensão da missão de Cristo e a
interpretação de Sua palavra, a bíblia, que estavam contaminadas pelas
tradições e teorias humanas. Esta profecia bíblica de Apocalipse 19: 10
cumpriu-se na vida da profetisa Ellen G. White (1827-1915). É uma luz menor
dada para levar-nos à verdade maior, Cristo e Sua palavra que foram contaminados
pelo racionalismo filosófico-científico-religioso. É uma mensagem especial aos
fiéis dos últimos dias, que nos ensina como viver segundo a vontade de Deus,
como nos livrar do subjetivismo religioso. Os escritos de Ellen G. White estão sob a
responsabilidade dos Adventistas do Sétimo Dia, cabe a eles a divulgação dessa
luz para que o mundo seja iluminado e a segunda volta de Cristo possa ocorrer o
mais breve possível. Porém, não podemos esquecer que os inimigos de Cristo e
Sua palavra são também inimigos do Espírito de Profecia, eles o atacam como fez
e faz à bíblia e a Cristo.
Cristo, a verdade, quando passou por esse
mundo falou a todos os seguimentos sociais e religiosos, porém, não pertenceu a
nenhum deles, pelo contrário, reprovou-os e os alertou para o perigo que
corriam se não mudassem sua visão de mundo segundo a vontade de Deus.
O POVO DE DEUS:
Deus, ao longo da história tem demonstrado
que quer ver seu povo em posição de destaque para poder influenciar todos à
verdade. A primeira divisão nos é apresentado como os filhos de Deus e os
filhos dos homens (descendentes de Adão e os de Caim); mas, com o desenvolvimento
das gerações esse marco divisor foi se estreitando até se fundir (os filhos de
Deus e os filhos dos homens uniram-se em todas as práticas), Deus, para
estabelecer outro marco destruiu aquela geração com o dilúvio, restando apenas
Noé e sua família. Não muito tempo depois os homens em sua sabedoria, que é
loucura para Deus, resolveram construir uma torre (Babel) para, caso viesse
outro dilúvio se salvarem. Mas, mais uma vez Deus interviu e confundiu os
homens dividindo o idioma, forçando assim a separarem e povoar todo o planeta. Depois
temos Deus chamando Abraão para iniciar uma nação politicamente organizada
(Hebreus, Israel e Judeus), os três da mesma linhagem; ao longo da história
ignoraram os conselhos de Deus dado através dos profetas, e se perderam a tal
ponto de, como nação, não reconhecerem Jesus como o filho de Deus, a verdade
prometida. Com os que aceitaram a mensagem e a salvação em Cristo, iniciou-se
um modo diferente para compor os seguidores da verdade. Assim como Jesus foi
perseguido e morto, seus primeiros discípulos, por manterem a pregação das boas
novas em Cristo, também foram perseguidos e mortos pelos romanos, e os novos
conversos tiveram que manter sua fé sob a perseguição; na Idade Média não foi
diferente estendendo até movimento da Reforma e contra Reforma da Idade
Moderna. Até então, todos os sinceros seguidores estavam espalhados entres os
diversos seguimentos religiosos; no século XIX surgiu os Adventistas do Sétimo
Dia, com orientação do Espírito de Profecia para organizar um povo que
praticasse todas as verdades bíblicas. Assim, temos hoje esta igreja com
aproximadamente 17 milhões de seguidores. Mas a bíblia faz-lhes algumas
advertências: “Conheço as tuas obras, que nem és frio e nem quente; oxalá foras frio
ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente e nem frio, vomitar-te-ei da
minha boca”. [...] (Apocalipse 03: 14-22). Então, deduz-se: Instituição
nenhuma triunfará como a representante de Deus na Terra, pessoas que seguem a
Cristo por onde quer que vá e faz, sim. Não há nenhum mal fazer parte da
igreja, até porque precisamos das casas de culto para adoração e de organização
para a pregação do evangelho, o perigo está em achar que as formalidades da
religião é o meio de alcançarmos a salvação. A própria bíblia, pela história daqueles
foram eleitos nos adverte quanto a essa falsa segurança. E todos os que estão
alertas percebem que os “cristãos” dia a dia preferem igualar-se às modas
mundanas que submeter-se inteiramente ao assim diz o Senhor por meio de seus
canais de advertências. Acham os novos líderes (“pastores”), que o assemelhar-se
às práticas mundanas é o melhor meio para evangelizar. O santo e o profano não se
casam, nunca foi esse o método divino, pelo contrário, a história do povo de
Deus tem nos mostrado que esse é o método que promove a apostasia. E não é de
se admirar que há uma “NOVA SEMENTE”, com a ilusão de que
trazer às práticas mundanas para dentro da igreja é o melhor caminho para a
evangelização. Deus nos dá o privilégio e a missão de participar na
evangelização, mas quem, na verdade, preparará a humanidade para isso é o
próprio Deus com Seus métodos, nós, devemos estar preparados para, no momento
exato, sermos úteis e com todo o poder do Espírito Santo, em alto clamor
proclamar as últimas advertências às pessoas, e lógico, para isso não é preciso
trazer o mundo para dentro da igreja, o que precisamos é de uma reforma,
distanciarmos cada vez mais de nossas verdades, submetendo-nos à verdade
divina.
Ellen G. White “Na última visão que me foi dada
em Batlle Creek, por ocasião de nossa reunião campal geral, foi-me mostrado
nosso perigo como um povo. Achamo-nos agora nas próprias fronteiras do mundo
eterno; mas é designo do adversário de nossas almas levar-nos a adiar para
longe o fim do tempo. Satanás assaltará de todas as maneiras possíveis ao que
professam ser observadores dos mandamentos de Deus, e estar aguardando a
segunda aparição de nosso salvador nas nuvens do céu, com poder e grande
glória. Ele levará o maior número possível a adiarem o dia mau e tornarem-se em
espírito semelhante ao do mundo, imitando seus costumes. Senti-me alarmada
quando vi que o espírito do mundo controlava o coração e a mente de muitos que
fazem alta profissão da verdade. Abrigam o egoísmo e a condescendência consigo
mesmos; mas não cultivam a verdadeira piedade e a genuína integridade.” (TESTEMUNHOS
SELETOS, Vol. I , pág. 503. Ed. CASA PUBLICADORA BRASILEIRA, TATUÍ – SP 1984).
Segundo René Descartes (1596-1650), a
dúvida é o princípio da sabedoria, o caminho para chegar à verdade, mas a esse
duvidar, segue-se o pesquisar para compreender por si mesmo o mundo e o que
nele há, nisso pode-se aumentar a fé e possivelmente o racionalismo ateísta,
mas, somente assim serás original, terás forças para viver independente e
encontrar a verdade que tanto procuramos. Para Cristo, o princípio da sabedoria
estava em depender de Seu pai, fazer apenas Sua vontade, por isso Ele venceu o
pai da mentira (Satanás), dando assim, condições para vencermos também. Tanto
Descartes quanto Cristo, com perspectivas diferentes buscaram e definiram suas
verdades; Descartes a filosófica-científica e Cristo, a verdade do Pai, que
salva, que nos leva à eternidade. Ele, Cristo, é a verdade e nosso exemplo
maior em tudo!
NÃO ACREDITE APENAS, BUSQUE POR
MEIO DA INVESTIGAÇÃO PESSOAL A VERDADE QUE FAZ A DIFERENÇA.
Filósofo Isaías Correia Ribas.