Pesquisar este blog

sexta-feira, 13 de abril de 2012

LIBERDADE E LIVRE-ARBÍTRIO

          Esses dois conceitos, até os dias atuais, são causas de debates quanto a seus significados e aplicações à nossa realidade quando pretendemos fazer juízo, isso acontece tanto nos meios acadêmicos quanto no senso comum. É difícil estabelecer à aplicação e seus limites nesse mundo contingente (eventualidades e incertezas). Por isso, creio eu, só é possível compreendê-los se formos além desse mundo das contingências. A filosofia, que se preocupa com o conhecimento claro e preciso do todo, é o meio pelo qual podemos lançar mais luz a esses importantes conceitos. E no mais, nós filósofos gostamos de ir além da física (metafísica) chegando ao sobrenatural (acima da natureza), onde a fé e a racionalidade são os caminhos para compreendermos alguns conceitos utilizados em nosso planeta, e a liberdade é um deles.
          Liberdade: só somos livres quando não temos nada a evitar. Logo, no planeta Terra não é possível à liberdade. Mas sim, a liberdade limitada (livre para escolher entre o certo e o errado, o bem e o mal, o justo e o injusto e a quem prestar cultos) isso é livre-arbítrio.
          Então, liberdade só houve na eternidade passada e só haverá na eternidade futura. Essa vida contingente que vivemos nesse planeta é apenas um parêntese na eternidade. Logo, olhando pelo lado lógico, esse mundo contingente (nascer, viver e morrer) irá passar e a eternidade com a verdadeira liberdade voltará se estabelecer.
          Na eternidade passada, antes de haver vida na Terra, só existia o bom, o bem, o inefável, a perfeição, logo, a liberdade. E isso, segundo a bíblia, em algum lugar do Universo, onde o Criador habita com os seus anjos que preferiram gozar da liberdade que pretender ser igual ao Criador. Lúcifer (anjo de luz), o mais brilhante dos anjos, ao contrário, quis ser Criador. Como se deu isso? Quando Deus resolveu dar vida a mais um planeta, Lúcifer pretendeu ser o agente desse feito, como? Não nos é revelado. Deus alertou-o, não é possível uma criatura ser criador, para tanto é preciso ter vida em si. Por causa disso, Lúcifer preferiu questionar Deus que reconhecer seus limites. E assim, disposto em sua voluntariosidade começou a espalhar dúvidas entre os anjos quanto à liberdade divina, tudo o que ele pretendia ser: orgulhoso, invejoso, guerreiro, ditador e mal, disse ser Deus. Em síntese, foi isso que aconteceu na eternidade passada e Lúcifer conseguiu com seus argumentos enganar a terça parte dos anjos e juntos foram lançados ao planeta Terra.
          Quando Deus deu vida ao planeta Terra e coroou-a com seres semelhantes a Si, como fizera com os anjos, criando seres racionais, o homem, nas pessoas de Adão e Eva, criou-os na eternidade, e a nós não é revelado quanto tempo esse casal viveu sem cair nas armadilhas, mentiras de Lúcifer, agora Satanás. Mas o que sabemos através da bíblia, é que o casal pecou como pecaram os anjos que foram enganados. Então, com a entrada do pecado, acabou a liberdade e iniciou o livre-arbítrio (conceito trabalhado por Santo Agostinho IV d. C.).
 CURIOSIDADES:
        Atualmente, as datações dos fósseis pela ciência não bate com a cronologia bíblica, e nem poderiam bater, os métodos científicos vão além dos quase seis mil anos da entrada do pecado, alcançando parte da eternidade. Por isso esse “descompasso”, ignorância, entre ciência e bíblia.
Referências bibliográficas: História da Redenção. Ellen G. White. Ed. CASA PUBLICADORA BRASILEIRA. TATUÍ, SP. 2010
 BÍBLIA.

Isaías Correia Ribas, filósofo e professor