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segunda-feira, 16 de abril de 2012

DEUS E OS DEUSES, QUAL A DIFERENÇA?


          A bíblia é o livro, ou conjunto de livros que nos dá essas informações explicitamente. Deus, o criador do universo e doador da vida à suas criaturas é único. Segundo a mesma fonte essa unicidade é Trina, isto é, Deus o pai, o filho Jesus e o Espírito Santo unidos num mesmo objetivo: manter o Cosmo (ordem universal) em movimento e a biodiversidade animada e o inanimado sob a vontade da Trindade, e assim, tudo são e não são.
          Os deuses são criaturas dos próprios homens, por serem muitos e de várias formas, chegou-se ao politeísmo, muitos deuses.
          Quando o pecado se confirmou em nosso planeta causou a separação física entre Deus, o criador, e os homens, suas criaturas. Assim, o homem caiu no niilismo, no “vácuo”, no nada, desesperou-se, pois perdera a eternidade e entrara às finitudes, isto é, vida limitada. O homem desesperou-se ante a ideia de morrer, percebeu o que é o mal, o pecado. Então, o que fazer para preencher o niilismo? Deus apareceu ao casal e informou-lhe o que acontecera e mostrou-lhes as consequências por não confiar em sua palavra, preferindo às dúvidas que Satanás, a serpente oferecera. Deus mostrou-lhes a saída, o caminho de volta à eternidade em meio às consequências do pecado: a morte, a dor, o cansaço, as guerras, as dúvidas e todas as fontes de enganos.
          Logo após o primeiro homicídio, a morte de Abel por seu irmão Caim, Adão e Eva com seus filhos começaram entender o poder do mal, de Satanás na arte de enganar.
         Caim, após o homicídio deixou o convívio familiar e foi-se à outra região, lá, para livrar-se da angústia em que caíra em vez de arrepender-se e pela fé voltar-se ao Criador e Salvador, preferiu seguir em sua voluntariosidade, representando assim, aqueles que não fazem a vontade de Deus, o Criador do Cosmo, e Adão com sua descendência representando os fiéis a Deus. Então, dos descendentes de Caim, surgiu o politeísmo, primeiro na forma de imagens de esculturas e suas lendas e futuramente os templos a essas divindades, obras do próprio homem alienado do Criador. Com os gregos, essas divindades tomaram a forma humana (antropomorfa), e assim, o Olimpo, a mais alta montanha da Grécia antiga tornou-se o habitat dos deuses com suntuosos templos, com seus mitos alegóricos e seus representantes sacerdotes e sacerdotisas, oráculos que se diziam representantes dos deuses. Então, imagens de esculturas e os deuses míticos dos gregos são criaturas dos homens, daqueles que decidiram não fazer a vontade de Deus, O Criador do Universo.
          Com o nascimento da filosofia (VII a. C.) e a sistematização do conhecimento antropocêntrico, novas formas de deuses surgiram e surgem. A evolução cognitiva, atualmente é a maior responsável pela criação desses novos deuses da Idade Contemporânea. E assim, além das formas físicas dos deuses, surgem às formas literárias, teorias hipotéticas e empíricas (experimentos). Já que para os intelectuais curvar-se a imagens de escultura é uma atitude irracional, preferem crer numa teoria antropocêntrica qualquer, e assim, os doutos, encontraram uma forma racional de praticar a irracionalidade, então, quanto mais evoluções houver, mais teorias surgirão para os homens fingir que estão saindo do niilismo que está envolvido o planeta Terra.
          Mas, das teorias cognitivas, não são as científicas que mais enganam e sim as teorias com roupagem teológica. Essas sim são perigosas, enganam com facilidade, em nome de Deus e com leituras de passagens bíblicas, são, segundo o Apocalipse, espíritos imundos que enganarão a humanidade até o fim dos tempos. Os jargões teológicos ou pastorais: Deus me elegeu, me chamou para essa obra e outros, têm como objetivo levar a humanidade crer que eles são os atuais representantes de Deus, mas não passam de oráculos do século XXI que representam suas instituições religiosas que estão a fim mesmo é de grana para se enriquecerem a custa dos mais humildes que não têm acesso à educação de qualidade que eles têm em suas instituições, mas são exclusivamente para quem tem dinheiro para pagar ou para os herdeiros de suas elites. É isso, por enquanto.

Isaías Correia Ribas, filósofo e professor.