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sexta-feira, 12 de julho de 2019

ONTOLOGIA



    
     Parmênides de Eléia, após as análises dos filósofos naturalistas e não encontrar o elemento originador do universo e da vida no planeta Terra para negar o criacionismo bíblico, fundou a ontologia e concluiu que “O Ser É”. Então, entende-se, que, com Parmênides, a natureza sai do foco filosófico e entra o “Ser que é em si”, o Criador que os israelitas adoravam guardando os dez mandamentos e outras leis que dera aos seus filhos gozarem de saúde e felicidade mesmo tendo herdado a natureza pecaminosa; demonstrando ter fé que o filho de Deus nasceria como o prometido. Jesus nasceu, e, por trinta e três anos conviveu com as tentações de Satanás para comprovar que era possível aos anjos, Adão e Eva, caso confiassem na palavra do Ser que É não teria cedido às argumentações de Lúcifer que levantara dúvidas sobre o caráter do Ser que é em si. Antes de Jesus se oferecer em sacrifício no lugar dos tenros e inocentes animais, convivera como homem à semelhança de Adão e vencera todas as tentações elaboradas por Satanás, confirmando que basta os humanos serem praticantes das leis divinas para não pecar. Condição necessária para alcançar a perfeição, a santidade, e herdar a vida eterna. Nessa busca para alcançar a salvação, o que for impossível ao ser humano, o sacrifício e a perfeição de Jesus completam.

Pergunto ao leitor

     Pecamos porque somos pecadores ou por que escolhemos pecar? Sem dúvida alguma, porque escolhemos pecar; pois, o pecado, nasceu a partir de seres santos e perfeitos no contexto onde não havia o mal. Logo, o fato de herdarmos a natureza pecaminosa, não justifica e nem determina que devamos viver na prática do pecado. Por isso, é possível aos que herdaram a natureza pecaminosa alcançarem a santidade e a perfeição; pois, pecar é transgredir as leis de Deus; e, o não pecar é viver sendo fiel cumpridor das leis de Deus. Por isso a santidade e a perfeição são possíveis aos seres humanos que desejarem. Então, não foi por acaso o que disse Jesus:

Portanto, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou sede vós também santos em toda vossa maneira de viver, porquanto escrito está, sede-vos santos como sou santo. (I Pedro 1: 13-16)
Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso pai que está nos céus. (Mateus 5: 48)

     Por isso é possível aos seres humanos que conhecem e confiam na palavra de Deus, alcançarem a santidade e a perfeição no mundo atual através da graça concedida aos que buscam serem fieis às leis de Deus, condição necessária ser salvo na segunda vinda de Cristo!

Heráclito opõe-se a Parmênides

     Heráclito de Éfeso, contemporâneo de Parmênides, saiu em defesa dos objetivos da filosofia afirmando que o Ser em si é o “devir” (movimento), ou seja, a existência se perpetuará sendo e deixando de ser; existindo por um período e morrendo como está patente aos olhos de todas as pessoas. Heráclito usa o fogo como principal elemento causador do movimento transformador da natureza; pois, à sua ação tudo se transforma, deixando de ser o que é para ser algo novo; no caso, na queima de um pedaço de madeira, temos o carvão, cinza e gases tóxicos. No caso dos seres vivos que se reproduzem, a morte é necessária para dar lugar a outros. Mas Parmênides apresentara argumentos mais lógicos, válidos e verdadeiros frente aos de Heráclito. Prova disso é que os filósofos clássicos, Sócrates, Platão e Aristóteles, admitiram a existência de Deus segundo Moisés comprovara cientificamente através da genealogia. Há outros pensadores Pré-socráticos formulando teses sobre a gênese da vida e do cosmo; mas nos duzentos anos de investigação, houve somente a descoberta do átomo que possibilitou o desenvolvimento científico em diversas áreas do conhecimento. Mas, quanto haver um elemento genético, causador de tudo que há no universo e vida no planeta Terra, nenhum filósofo e cientista, até hoje, descobrira e comprovara cientificamente sua existência.
Escreveu Heráclito:
Fogo é o elemento e “todas as coisas são permuta do fogo”. Tudo se origina por oposição e tudo flui como um rio, e limitado é o todo e um só cosmo há; nasce ele de fogo e de novo é por fogo consumido, em períodos determinados, por toda eternidade. E isso se processa segundo o destino. Dos contrários, o que leva a gênese chama-se guerra e discórdia, e o que leva a conflagração, concórdia e paz, e a mudança é um caminho para cima e para baixo, e segundo ela se origina o cosmo. O ser é e não é. Heráclito nada explica com clareza. Por isso é reconhecido como filósofo obscuro. (Os Pensadores, p. 76. São Paulo 1978. Abril cultural)
     Sendo o fogo o elemento genético, pergunto: Por que esse fogo se extinguiu? O fato que não houve esse fogo é que a vida se perpetua segundo os meios apresentados na Bíblia. Pela insustentabilidade de suas argumentações, a tese de Heráclito foi desconsiderada pelos filósofos clássicos.
Filósofo grego da escola eleata (nascido em Eleia), Parmênides representa, em face de Heráclito, o outro polo do pensamento humano. Para ele, é a mudança e o movimento que são ilusões. O *devir não passa de uma aparência. São nossos sentidos que nos leva a crer no fluxo incessante dos fenômenos. O que é real é o *ser único, imóvel, imutável, eterno e oculto sob o véu das aparências múltiplas. “O ser é, o não ser não é”. Quer dizer: o ser eterno, substância permanente das coisas, por conseguinte, imutável e imóvel, é o único que existe. O não ser é a mudança, pois mudar é justamente não ser mais aquilo que era e tornar-se aquilo que não é ainda. (Dicionário Básico de Filosofia).
Empédocles
     Empédocles de Agrigento (490-435 a. C.) é o autor desta última hipótese sobre as origens da vida na Terra para negar a existência do Ser que é em si, perceba que ele apela como tudo sendo movidos por amor e ódio.
Empédocles conta como àqueles elementos que acabamos de falar (a saber, a água, ar e fogo). Estes elementos subsistem sempre e não são gerados, salvo no que tange ao aumento ou diminuição, unindo-se para (formar) uma unidade ou dividindo-se a partir desta unidade. Este Empédocles estabelece quatro elementos corporais, fogo, ar, água e terra, que são eternos e que muda aumentando ou diminuindo mediante mistura e separação; mas os princípios propriamente ditos, pelos quais são movidos, são o amor e o ódio. (Idem. p. 214)
     Esses primeiros filósofos elaboraram suas teses sobre o elemento genético baseando-se nas percepções dos sentidos que capta o que há à nossa volta. Mas nenhum deles apresentou raciocínios lógicos que fossem válidos e verdadeiros; que fossem passivos de comprovação empírica no futuro. Por isso, suas ideias e ideais não se concretizaram, limitando-se à fase hipotética.
Já na segunda via os mortais de duas cabeças, pelo fato de atentarem para os dados empíricos, as informações dos sentidos não chegariam ao desvelamento da verdade (aletheia) e à certeza permanecendo no nível estável das opiniões e das convenções de linguagem. (Ibid. p. XXVI)
     Então, deduz-se, que, filosoficamente, cientificamente e religiosamente falando, todas as teses e teorias, necessariamente, tem que passar pelo processo empírico para chegar à verdade indubitável; caso contrário, continuam fazendo parte do mundo das utopias, opiniões baseadas em convenções da linguagem. As duas cabeças citadas são o empirismo e raciocínios lógicos. Como os primeiros filósofos não desenvolveram nenhum método científico e raciocínios lógicos para mostrar evidências lógicas e comprovarem empiricamente suas descobertas, suas discussões e conclusões se limitaram às opiniões. O primeiro ente criado a fazer uso da linguagem para questionar o Criador e enganar os anjos e o primeiro casal Adão e Eva foi Lúcifer. De lá para cá, muitas pessoas desenvolveram essa habilidade para argumentar baseando-se na linguagem independentemente de ser a verdade. Preste atenção nos discursos dos líderes religiosos que são contrários à validade das leis de Deus; eles conseguem negá-las de Bíblia em punho através da retórica; assim, em nome de Deus, aqueles que deveriam alertar seus seguidores quando à arte de enganar de Satanás, colaboram com o enganador, fazendo as pessoas acreditarem que o pastor, padre e outros líderes fundadores de denominações religiosas, são os responsáveis pela salvação dos que acreditam independentemente de ser a verdade. Mas ninguém será salvo sem ter uma experiência consciente e literal com o salvador sendo fiel obediente às leis de Deus. Por isso advertiu o experiente discípulo e Apóstolo Pedro:

Sedem sóbrios, vigiai, porque o diabo, nosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. (I Pedro 5: 8)