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sábado, 14 de julho de 2018

A GRAÇA É DE GRAÇA A SALVAÇÃO EXIGE MUDANÇAS

     A palavra graça, de modo geral, não é compreendida pelos religiosos, eles confundem graça com gratuidade. Graça é o poder de Deus dado às pessoas que desejam a salvação, pois, para sermos salvos a que fazermos a vontade de Deus explícita na Bíblia, algo impossível ao homem natural, no entanto, aos que desejam a salvação, Deus dá sua graça (poder) para o ser humano adaptar o novo estilo de vida à vontade de Deus. Assim sendo, a salvação não é de graça; pois, caso fosse, seria para todos sem exigência alguma. Como foi necessário o sacrifício de Jesus, aos que desejam a salvação, é necessário obedecer a Deus guardando os dez mandamentos e outra leis que define o que é o pecado. Caso contrário, não haveria necessidade de religiões e missão de pregar o evangelho.
   
     O preço pago para salvar o ser humano foi alto e a salvação é de graça! Porém, não é gratuita. Nos custa renunciar viver a vida segundo a nossa vontade, substituindo-a pela vontade de Deus expressa na Bíblia. Então, ingerir bebidas alcoólicas, fumar, drogar-se, comer carnes classificadas como imundas, adulterar, roubar, matar, cobiçar, trabalhar aos sábados e outras orientações contidas na Bíblia são práticas contrárias à vontade de Deus; e são elas que determinam o que é pecado. Logo, quem conscientemente as pratica, sem abandoná-las por amor a Deus não será salvo. E aí, você que diz seguir a Deus através de alguma denominação religiosa, ainda acha que a salvação se reduz a ser adepto de alguma religião que canta e dança em nome de Jesus? Se sim, está se enganando ou sendo enganado; pois, para sermos salvos, a que fazer a vontade de Deus em detrimento da nossa que é naturalmente contrária a de Deus. Negar o eu só é possível através do poder do Espírito Santo agindo no ser humano. Logo, parar de fazer a minha vontade contrariando o explícito na Bíblia só é possível com a ajuda do Espírito Santo que nos capacita a ter o mesmo estilo de vida de Jesus, de submissão à vontade do Pai explícita na Bíblia! Por isso concluiu o filósofo alemão Friedrich W. Nietzsche:Ser cristão é ser como Cristo foi”.

Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamareis servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai tenho-vos feito conhecer. (São João, 15: 14 2 15)

Política e lei


     O fundamento do governo divino como o dos seres humanos seja democrático ou absolutista, necessariamente, tem que ser composto por leis, único meio de detectar quem são os transgressores e os leais para fazer justiça. No caso do regime democrático que é o mais parecido com o divino, além das leis, há o livre-arbítrio para o indivíduo escolher ser ou não fiel a Deus ou as leis de seu país.  Fora desse princípio composto por leis e livre-arbítrio é impossível detectar quem são os bons e maus caráteres, meio eficaz para fazer justiça entre os homens e Deus executar seu juízo salvando apenas os que, de boa vontade, buscam fazer Sua vontade explícita na Bíblia.
   
O Esclarecimento é a saída do homem da condição de menoridade autoimposta. Menoridade é a incapacidade de servir-se de seu entendimento sem a orientação de outro. Esta menoridade é autoimposta quando a causa da mesma reside na carência não de entendimento, mas de decisão e coragem em fazer uso de seu próprio entendimento sem orientação alheia. Sapere aude! Tenha coragem em servir-te de teu próprio entendimento! Este é o mote do Esclarecimento.

Preguiça e covardia são as causas que explicam porque uma grande parte dos seres humanos, mesmo muito após a natureza tê-los declarado livres da orientação alheia (naturaliter maiorennes), ainda permanecem com gosto e por toda vida, na condição de menoridade. As mesmas causas explicam porque parece tão fácil outros afirmarem-se como seus tutores. É tão confortável ser menor! Tenho à disposição um livro que entende por mim, um pastor que tem consciência por mim, um médico que me prescreve a dieta etc.: então não preciso me esforçar. Não me é necessário pensar quando posso pagar outros assumiram a tarefa espinhosa por mim; a maioria da humanidade (aí incluído todo o belo sexo) vê como muito perigoso, além de bastante difícil o passo a ser dado rumo à maioridade, uma vez que tutores já tomaram para si de bom grado a sua supervisão. Após terem previamente embrutecido e cuidadosamente protegido seu gado, para que estas pacatas criaturas não ousem dar qualquer passo fora dos trilhos nos quais devem andar os tutores lhes mostram o perigo que as ameaça caso queiram andar por conta própria. Tal perigo, porém, não é assim tão grande, pois, após algumas quedas aprenderiam facilmente a andar; basta, entretanto, o exemplo de um tombo para intimidá-las e aterrorizá-las por completo para que não façam novas tentativas. – Para o esclarecimento, porém, nada é exigido além da liberdade; e mais especificamente a liberdade menos danosa de todas, a saber: utilizar publicamente sua razão em todas as dimensões. Mas agora escuto em todos os cantos: não raciocineis! O oficial diz: não raciocineis, exercitai-vos! O Conselho de Finanças: não raciocinais, pagai! O líder espiritual: não raciocineis, credes! (um único senhor do mundo pode dizer: raciocinai o quanto quiser e sobre o que quiser; mas obedecei!) Por todo canto há restrição da liberdade. E qual restrição serve de obstáculo para o esclarecimento? Qual não o impede e até mesmo o sustenta? Respondo: o uso público do entendimento deve ser livre em qualquer momento, e só ele pode gerar o esclarecimento entre os seres humanos; o uso privado do mesmo pode frequentemente ser bastante restrito, sem que, todavia, o progresso do esclarecimento seja por si só, impedido. (...) (KANT) Danilo Marcondes. Textos básicos de Ética de Platão A Foucault, p. 88 e 89.