O ser humano é um composto físico-psíquico
indeterminado, isto significa que somos livres para nos fazer. Mas segundo o
filósofo Immanuel Kant, não existe liberdade, e sim livre-arbítrio; é que nesse
afã de busca por nos fazer, temos que estar constantemente escolhendo, e, se tenho
que escolher, não existe liberdade, mas dever. Assim sendo, a liberdade tão desejada
e buscada por todos (as) é utópica. Por isso o livre-arbítrio é o conceito que mais
se aproxima da perspectiva de liberdade plena, no entanto, o livre-arbítrio dá
o direito de escolher para que o sujeito entenda que é responsável por tudo que
faz.
Vontade,
pulsões e razão compõem a estrutura física e psíquica de cada indivíduo. Qual é
o papel da razão diante do poder da vontade e dos desejos que nos impulsionam satisfazê-los? A
razão, ou capacidade de pensar, deve analisar todos os impulsos provocados pela
vontade e pulsões antes de atendê-los (as). Mas diante do poder da vontade e
das pulsões, a razão pode ser negada em nome de uma suposta liberdade que me
trará apenas “felicidade”. Por isso, a máxima filosófica de René Descartes:
“penso, logo existo”. Então, é no uso da razão para administrar a vontade e as
pulsões inerentes ao corpo que determina se sou sábio ou tolo.
A razão tem a capacidade de analisar e avaliar o que é bom e ruim, prevendo consequências, sejam elas boas ou não. Então, deduz-se que, não é tarefa fácil administrar o “Eu”, o egoísmo. Nesse contexto, a educação formal, através do conhecimento, nos ajuda a fazer uso da razão para manter o equilíbrio comportamental, evitando que caiamos na prática fanática do vale tudo para satisfazer o ego a qualquer custo; mas isto não significa que títulos acadêmicos são garantias de sabedoria, pois, sábio é aquele sabe administrar a si mesmo; reconhecendo que sempre há algo a ser evitado. Por outro lado, há muitas pessoas sem conhecimento formal que são sábias na administração de seu comportamento, pois, tomar decisões para administrar a vontade e as pulsões corporais é uma constante a todos indistintamente.
A razão tem a capacidade de analisar e avaliar o que é bom e ruim, prevendo consequências, sejam elas boas ou não. Então, deduz-se que, não é tarefa fácil administrar o “Eu”, o egoísmo. Nesse contexto, a educação formal, através do conhecimento, nos ajuda a fazer uso da razão para manter o equilíbrio comportamental, evitando que caiamos na prática fanática do vale tudo para satisfazer o ego a qualquer custo; mas isto não significa que títulos acadêmicos são garantias de sabedoria, pois, sábio é aquele sabe administrar a si mesmo; reconhecendo que sempre há algo a ser evitado. Por outro lado, há muitas pessoas sem conhecimento formal que são sábias na administração de seu comportamento, pois, tomar decisões para administrar a vontade e as pulsões corporais é uma constante a todos indistintamente.
A vontade está relacionada ao querer. As
pulsões estão relacionadas aos desejos sensuais, às volúpias hormonais do
organismo. Além destas, temos que satisfazer as necessidades básicas para
saciar a fome e a sede que nos traz sofrimento e pode nos matar; somam-se as
necessidades vitais, o trabalho, o descanso, os momentos de alegrias,
tristezas, saudades, amor, ódio e muitas outras preocupações que fazem parte do
viver.
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 –
1900)
Segundo Nietzsche, filósofo alemão, o ser humano é
“vontade de potência”. Isto significa que a razão inibe as pessoas de viver a
vida plenamente, de vivê-la intensamente, tornando-se o que se é. Para
Nietzsche, todos os valores postos por judeus e cristãos, visa, via razão,
anular a vontade e as pulsões, castrando o ser humano, por isso, há que
“transvalorar” todos os valores postos na Bíblia via judeus e cristãos; pois, o
judaísmo, é a síntese da moral dos fracos; e o cristianismo é platonismo.
Nietzsche
é o filósofo contemporâneo responsável por uma multidão de filósofos que se
fazem a partir de suas máximas filosóficas, esses continuam enaltecendo sua
filosofia como a verdade que deve orientar o comportamento da sociedade atual,
que é correto viver além de qualquer princípio moralizante, seja judaico ou
cristão. Logo, não é por acaso o modo de viver delinquente de todas as camadas
sociais do planeta no presente. E à medida que outros estudantes conhecem sua
filosofia, muitos outros que não sabe o que é filosofia, os seguem porque eles
pregam que a vida tem que ser vivida intensamente, melhor se for sem
responsabilidade comigo e o outro. O
reflexo da filosofia de Nietzsche pode ser notado no comportamento da sociedade
mundial, começando pelos políticos e líderes religiosos que influenciam a todos (as), fazendo que chegam a todas as camadas sociais. O Brasil de hoje é um
exemplo do que pode acontecer a um país onde seus líderes vivem sem princípios
morais e éticos. Caso essa imoralidade vinda dos líderes não pare, o vale tudo
pode chegar a todos. E aí, o que vamos ser como pessoas e nação se apegando aos
delírios filosóficos de Nietzsche? Pare, pense, avalie e pergunte a si mesmo:
Que princípios morais e éticos têm Nietzsche que supere os de Moisés, Abraão,
Jesus, Paulo, Maria Madalena, Maria Mãe de Jesus e tantas outras mulheres, Daniel,
João, Kant, Descartes, Soren kierkegaard, etc.?
Nietzsche
nega que temos consciência de ser um sujeito, um indivíduo, uma pessoa que
pensa e faz; o cara se anulou e viveu como um louco chegando à conclusão que
somos apenas forças que se relacionam com outras forças. Assim sendo, não
existe o sujeito e o indivíduo, mas apenas vontade de poder em potência, forças
se relacionando com outras forças. Ou seja, a existência é uma ilusão, uma
ficção. Assim sendo, pra quê moral? Leis? Princípios? Em suma, o que ele
pretendeu deixar claro é: Deus, Jesus e salvação não existem.
Não existe a coisa em si da metafísica
e nem a força em si, já que só faz sentido, em Nietzsche, tratarmos de força
sempre em relação a outra força, pois na força em relação é que existe a
vontade de potência.
Com toda essa construção do filósofo da teoria das forças, qualquer
noção de causa e efeito fica anulada, já que não há causadores das forças e nem
são elas cousadoras de alguma coisa, de algum efeito. Tudo acontece por
intermédio de ações, pois se forças são ações temos ações se relacionando com
ações, e não mais a causa e o efeito. Com Nietzsche, também, não podemos falar
de “aparências” como “fachada”, “roupagem”. Se, por exemplo, eu mesmo sou uma
“interpretação de forças em relações” (não há sujeito, então não cabe aqui a
pergunta por quem interpreta), eu não sou uma “aparência” que tem como essência
relações de forças. Não é isso. O que nomeio de “eu” já é um “tipo”, um “centro
de vontade de poder” ou de relações das forças. O “Eu” o “Mauro”, neste caso,
pensa que é um “sujeito que pensa” e pensa que é um “indivíduo” e convive com
essas “ficções”. (Araujo de Sousa, Mauro. Nietzsche: Viver
Intensamente, Tornar-se o que é. Paulus, 2009, p. 11 e 12)
Nietzsche fora filho e neto de pastores
protestantes luteranos; quando criança queria ser como eles, pastor. No
entanto, após estudar filologia, filosofia e teologia, tornara-se opositor
radical aos religiosos, políticos, pedagogos e filósofos; Como filósofo,
entendera e denunciara como os religiosos enganam utilizando ideologias
filosóficas para anular ensinos Bíblicos. Vou esclarecer como ele desconstruiu
o falso cristianismo pregado por todos os religiosos, provando porque o cristianismo
continua sendo platonismo.
Para
Nietzsche só houve um cristão denominado Cristo, aquele que morreu na cruz. Segundo
sua conclusão religiosa e filosófica, ser cristão é ser como Cristo foi. Logo,
qualquer coisa mais ou menos que isso é falácia religiosa. Perceba que
Nietzsche como filósofo teve duas fases, na primeira compreendeu como os
filósofos surgiram no cenário para questionar os escritos Bíblicos e negar a
existência do Deus dos judeus, como religioso que fora, no início ele
desconstruiu as ideologias filosóficas postas no cristianismo para enganar em
nome de uma teologia cristã. Na segunda fase, usou toda sua capacidade de
filólogo e teólogo ateu para anular tudo que até então fora construído em nome
de uma moral religiosa e ética política.
Platão foi o fundador da primeira academia
filosófica. Após a morte de seu professor Sócrates, ele fugiu de Atenas temendo
a mesma condenação. Em suas viagens conviveu com os pitagóricos e aprendeu com
eles a teoria da migração das almas. Após doze anos viajando e conhecendo
outras culturas, voltou para Atenas e fundou sua escola, filosofando a partir
do que aprendera com os pitagóricos (discípulos do matemático Pitágoras). Como a
filosofia nasceu com o objetivo de negar a existência do Deus dos judeus e seu
poder de criar através do logos (palavra);
os filósofos, a partir dos Pré-Socráticos, buscaram encontrar um elemento
natural que comprovasse ser a origem da vida na Terra, negando o relato Bíblico
e a fé dos judeus na existência de Deus. Depois das frustrações dos
Pré-Socráticos, os três filósofos clássicos, Sócrates, Platão e Aristóteles
admitiram a existência de Deus com o objetivo de negar Deus em nome do próprio
Deus; é o que Platão faz quando volta à Atenas e funda sua Academia.
Platão fundiu a filosofia dos pitagóricos
à fé dos judeus, criando a teoria do mundo das ideias, das formas perfeitas, algo semelhante ao mundo
perfeito descrito na Bíblia, paraíso ou céu buscado pelos religiosos. Assim,
Platão, através da teoria da imortalidade da alma e seu mundo idealizado como
habitat das almas alcançou crentes e ateus. Isto é, além dessa nossa realidade
temporal, existe um mundo perfeito para onde todas as pessoas, religiosas ou
não, após a morte, através da alma, desfrutam desse mundo perfeito por mil anos.
Como é impossível lá chegarmos corporalmente, Platão dividiu o indivisível indivíduo
em corpo mortal e alma imortal resolvendo o problema da morte e da salvação para qualquer um independentemente de um salvador, no caso, Jesus que nasceria para salvar quem O aceitasse.
Segundo a Bíblia, o homem é composto por
matéria mais o fôlego de vida dado por Deus, essa união de matéria mais sopro
divino é chamado de alma vivente, logo, alma no contexto Bíblico significa
pessoa. Após a morte, a matéria volta ao pó de onde viera e o fôlego de vida
volta a Deus, pois a ele pertence; na ressurreição, Deus nos dará novamente o
fôlego de vida e retomaremos nossas lembranças de onde a morte interrompeu. A
filosofia de Platão tem o propósito de alterar o que a Bíblia ensina. Isto é, morrendo a pessoa, o fôlego de vida
dado por Deus não retorna para Deus, mas, como uma entidade além do corpo
mortal, se dirige ao perfeito mundo imaginado por Platão e lá permanece por mil
anos. Após os mil anos contemplando as formas perfeitas, a alma volta e
reencarna em outro corpo passando a viver nele, e, à medida que o novo ente vai
se desenvolvendo, relembra o que vira no mundo perfeito, por isso, aprender
para Platão é relembrar (reminiscência). Se aprender é relembrar para que
escolas? Só por essa contradição, a filosofia do mundo das ideias sobre a
existência e imortalidade da alma é uma falácia filosófico-teológico-platônica.
Posteriormente,
um dos mais expressivos filósofos maniqueísta, Agostinho de Hipona, se
converteu ao cristianismo, alcançando o cargo de bispo da igreja Católica medieval,
posição que o habilitou a fazer da filosofia da imortalidade da alma elaborada
por Platão a principal teologia do cristianismo. Por isso todas as pessoas,
religiosas e ateias, creem na existência e imortalidade da alma. Nietzsche,
antes de se perder em seus próprios ideais cristãos, prestou um grande serviço aos
religiosos que queiram fazer a vontade de Deus desconstruindo as falácias filosóficas
postas no cristianismo para enganar as pessoas em nome de Deus. Mas o próprio
Nietzsche preferiu abandonar seus ideais de criança, tornando-se fundamentador
do ateísmo contemporâneo, onde, todos buscam seus próprios interesses vivendo além
do bem e do mal, despreocupado com existência de um Deus que quer salvar e Satanás
que quer enganar, levando todos a ter o mesmo fim que ele, a morte eterna.
Nietzsche
é o cara que continua embalando todos, ateus e religiosos que preferem agir
segundo o seu entendimento, negando que eu você seja um sujeito que prestará contas do que se
faz enquanto vivo, pensando ser um composto de forças em relações a outras
forças sem responsabilidade e identidade pessoal. Mas a depressão pega todos através da culpa,
e esta, a culpa, é prova de que há uma razão que te reprovas quando insistes em
viver ignorando a existência de Deus e um livro que diz o que é preciso fazer
para voltar à perfeição edênica através do sacrifício de Jesus, o verbo que
criou tudo o que existe e virá segunda vez para salvar quem O aceitar como seu
salvador! Levando as ultimas conclusões e consequências, filosofia é vivência, um tipo de religião espiritualista, por envolver o conhecimento acadêmico, é admirada, reverenciada e aceita por todas as pessoas ateias e religiosas. Por isso diz a Bíblia:
Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra o príncipe das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. (Efésios, 6:12)
Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra o príncipe das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. (Efésios, 6:12)