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domingo, 18 de setembro de 2016

FILOSOFIA - DIRETO AO PONTO

       
          A filosofia foi a primeira criação epistemológica antropocêntrica, nasceu com o objetivo de opor-se ao conhecimento teocêntrico (bíblico). Filosofia e teologia divergem sobre as origens do universo e das diversas formas de vida. As duas grandes produções literárias que as representam são a Bíblia dos judeus e cristãos e as produções filosóficas dos clássicos Sócrates, Platão e Aristóteles que iniciaram o período metafísico (IV a.C. – XV d. C). Os filósofos da natureza que antecederam os clássicos questionaram a existência de um Deus criador e se esforçaram para encontrar um elemento natural que fosse posto como o originador da vida e do universo. Durante dois séculos eles levantaram várias hipóteses, mas nenhum deles conseguiu comprovar empiricamente a existência desse elemento genético; diante desse fracasso científico-filosófico os três filósofos metafísicos idealizaram uma filosofia centralizada na figura de um deus para continuar buscando concretizar os objetivos filosóficos: anular Deus do consciente humano em nome do próprio Deus.     

     
Sócrates
          Sócrates não deixou nada escrito; há quem defenda que ele era analfabeto. Tudo que sabemos sobre ele e sua filosofia foi escrito por seu discípulo Platão que produziu vários diálogos em seu nome. Deus para ele é uma inteligência superior. Sócrates opôs-se ao politeísmo mitológico grego e alertara os jovens quanto as produções míticas e outras interpretações filosóficas sobre as realidades físico-metafísicas. Sócrates defendia a autonomia dos poderes democráticos, cobrava postura moral e ética por parte dos políticos, seus discursos filosóficos eram ditos nas praças (ágoras) públicas, por isso o condenaram a morte bebendo Cicuta. Platão insistiu que ele fugisse de Atenas e não morresse passivamente; mas, para ser coerente com suas conclusões religiosas, filosofias e políticas, aceitou o veredito da maioria que decidiu que deveria morrer. E assim se fez o primeiro marti da filosofia. 
Platão
          Com a morte de Sócrates, Platão fugiu de Atenas rumo ao Oriente temendo que o mesmo poderia acontecer consigo, chegou a trabalhar como escravo para sobreviver, conheceu outras culturas e a filosofia dos pitagóricos sobre a migração das almas. Após doze anos de fuga retornou à Atenas e fundou sua Academia, primeira universidade do planeta. Para Platão Deus é o demiurgo, o manipulador da matéria. De onde ele tirou essa ideia de manipulador? Da Bíblia; pois, diz os escritos bíblicos que Deus, do barro, moldou a figura de Adão, depois soprou Seu fôlego de vida e o homem passou a ser uma alma vivente (pessoa), um indivíduo semelhante a Deus, isto é, capaz de pensar e executar o pensado. Depois, da costela de Adão, criou Eva, sua companheira; onde ambos, através do amor e união sexual teriam seus filhos (as) que continuariam se reproduzindo, perpetuando assim a espécie humana; o mesmo acontecendo com todos os seres vivos, onde, cada espécie animal, vegetal e outras, através dos diversos meios de reprodução, se reproduzem infinitamente, morrendo apenas os indivíduos. 
A jogada filosófica de Platão foi genial! Ele pegou a ideia de barro mais sopro divino que resultara em um indivíduo, ou seja, pessoa indivisível e dividiu-a em corpo mortal e alma imortal; onde, após a morte do indivíduo, a alma deixa o corpo e vai para o mundo das formas perfeitas, local idealizado por Platão, lá, durante mil anos a alma contempla o que é eterno e perfeito; após mil anos ela volta reencarnada em um bebe e, na medida que a criança vai se desenvolvendo ele vai apreendendo o que existe no mundo para aprender, pois, segundo Platão, tudo que há por aqui são cópias do mundo perfeito. Por isso, para Platão, aprender é relembrar (reminiscência). Mas, se aprender é relembrar, para que fundar uma Academia? Se a alma é nossa instrutora, para que escolas e universidade? Fosse a alma nossa instrutora, não existiria analfabetos e ignorantes; o conhecimento de todos seria nivelado. Logo, a filosofia da existência de uma alma além do corpo é falaciosa.
Platão, através de sua filosofia sobre a imortalidade e reencarnação da alma, fundamentou todas as teologias católicas, espiritualistas, protestantes e outras que negam toda ou parte dos escritos bíblicos válidos para todas as épocas. Por isso denunciou o filósofo Nietzsche (1844-1900): “Cristianismo é platonismo”.
Bíblia  
          Segundo os escritos bíblicos, após a morte, o corpo que é matéria volta ao pó e o espírito que é o fôlego de vida dado por Deus com Ele permanece. Por ocasião da segunda volta de Cristo os mortos salvos irão ressuscitar recebendo novamente o fôlego de vida, retomando os seus pensamentos e ideais que tinham por ocasião de sua morte. Após mil anos no céu, Jesus, a nova Jerusalém e os santos que foram salvos descerão para o seu habitat original, o planeta Terra. Nessa decida da cidade santa acontecerá mais uma ressurreição, a dos perdidos. Eles verão as oportunidades que tiveram e as rejeitaram, furiosos! Sob o comando de Satanás, marcharão para tomar a nova Jerusalém. Nesse dia descerá fogo do céu matando todos os ímpios, Satanás e seus anjos, purificando o planeta Terra que será o novo Éden conforme Deus criara no início.
Aristóteles
          Aristóteles não concordou com as conclusões filosóficas de seu mestre Platão. Para Aristóteles deus é o motor imóvel, “causador de todas as causas sem ser causado”, aquele que pôs tudo em movimento, deixando que o próprio movimento sustentasse e replicasse a vida que havia sido posta em movimento. Essa ideia de movimento é do filósofo Pré-socrático Heráclito, mas Aristóteles fez dela o seu deus. Na visão filosófica de Aristóteles e do criacionismo bíblico, todos os indivíduos morrem; mas ambos divergem quanto a eternidade. Para Aristóteles a eternidade se dá através das espécies e, para o Deus bíblico, ela se concretizará com uma nova intervenção divina através da segunda vinda de Cristo; ocasião em que o mal e os pecadores que não aceitarem o plano de salvação exposto na Bíblia serão eliminados.
A física de Aristóteles se volta exclusivamente para as ciências, seja ela psíquica ou material. Todas têm que passar pelo processo empírico. Somente a metafísica não passa pelo processo empírico, isso se dá porque o Deus bíblico está além da física, é metafísico e, como tal, o empirismo antropocêntrico não O alcança.
          Por séculos o discurso filosófico fora produzido para poucos entenderem; estava vedado ao povo porque era um instrumento de domínio científico-político-religioso. Mas aos poucos esse domínio foi sendo desfeito e a filosofia foi sendo popularizada; hoje é disciplina obrigatória no ensino médio e quesito obrigatório para os cursos superiores serem reconhecidos pelo MEC. Os objetivos da filosofia é eliminar Deus do consciente humano, estabelecer o ateísmo em nome do conhecimento antropocêntrico e da dúvida. Logo, não é por acaso o crescimento do ateísmo entre adolescentes e jovens estudantes dos dias atuais que estão sempre dispostos a escarnecer do sagrado através de palavras e adequação aos costumes céticos tolerados pelo cristianismo católico, protestante, evangélico e espiritualistas em geral que, passivamente concordam com o mundanismo entrando pela porta da frente como sendo algo normal, divino. Não nos enganemos, a banalização do sagrado aumentará ao ponto em que chegou os contemporâneos de Noé e os habitantes de Sodoma e Gomorra que sofreram os juízos sendo rejeitados (as) e destruídos por Deus.
A filosofia é estrategista. Conheça como ela foi se infiltrando no mundo religioso ao longo desses três mil anos para dominar e enganar em nome do conhecimento humano e divino em diferentes épocas de nossa história adquirindo o livro: FILOSOFA X BÍBLIA – UM PROBLEMA MILENAR – O-TODO, SOLUÇÕES EM PERSPECTIVA.