Todo e qualquer ideal de uma nação só é alcançado por meio da educação,
por isso, não importa se o ideal seja bom ou ruim, a educação é o meio de
atingi-lo e mantê-lo. Como o ideal político para o povo brasileiro continua
sendo a manutenção da escravidão idealizada pelos colonizadores europeus, a
educação só pode ser ruim, dar boa educação para os filhos dos trabalhadores
seria o fim dessa lógica escravocrata. Não estou me referindo apenas à educação
pública, as escolas particulares, ou privadas, de pequeno e médio porte também
cumpre com esse papel ridículo aos filhos dos trabalhadores brasileiros.
Educação de qualidade, de ponta, somente para os filhos dos imigrantes ricos
que por aqui chegam e conseguem pagar escolas de alto padrão a seus filhos,
depois, quando jovens vão terminar sua educação nos países de origem de seus
pais; depois voltam para assumirem a política do país, mantendo assim, a
escravidão e exploração da nação em detrimento dos trabalhadores, os brasileiros
pobres. Essa lógica existe desde a chegada dos primeiros colonizadores, ainda
se mantém e ninguém faz nada de concreto para mudar.
Paralelo ao poder político e com os
mesmos objetivos estão escolas e universidades confessionais, católicas e
protestantes. Ambas são instrumentos do Estado para manter essa lógica
excludente, desumana. Afinal de contas, as instituições religiosas também dependem
dessa sociedade semianalfabeta para manter a elite religiosa que por aqui
aportaram juntos com os políticos europeus que buscavam novas terras para
manterem os ideais medievais que perdera seu poder hegemônico na Europa. As
boas escolas católicas, se realmente existem, são para aqueles que querem fazer
carreira eclesiástica, isto é, ser funcionários da igreja, caso alguém queira
estudar em suas instituições sem querer fazer carreira têm que pagar pela
educação, e não é barato, na mesma lógica estão escolas e universidades
protestantes. E aí, qual a saída para o pobre trabalhador, escravos dessa elite
corrupta? O caminho mais fácil, lógico e humano, seria essa elite dominadora e
exploradora ter consciência e inverter essa lógica sem derramamento de sangue e
outros enfrentamentos animalescos. Porém, parece estar comprovado que essa
consciência seria algo impensável aos escravocratas. Embora os atuais
escravocratas tenham direitos políticos por serem brasileiros natos, sua índole
e ideias continuam as mesmas de seus pais escravocratas e exploradores das
riquezas brasileiras. Por isso eles continuam apostando na ignorância total da
população, não percebem eles que os meios de comunicação mudaram e estão
provocando em todo o mundo revoluções políticas não esperadas, onde, regimes
totalitários estão caindo em diversos pontos do planeta. Imagine o que será das
democracias recentes como é o caso do Brasil! O povo está sendo educado nas
ruas (internet), e essa “elite maldita vai sofrer as consequências de seu
descaso com a educação do povo brasileiro”, pois, povo sem educação formal de
qualidade age bem próximo da irracionalidade, sem limite moral e ético, são
homens e mulheres inconsequentes. Mas, o pior é que, não é essa elite desumana
que paga o preço de seu egoísmo, e sim a população, o bem público e privado em
geral. Não é isso que estamos vendo todos os dias nos noticiários brasileiros?
E, podes crer; isso não é uma onda passageira, pontual, como diz os
responsáveis por essas consequências, são posturas que tendem a crescer porque
é fruto de uma educação sem qualidade, educação da vida e do sofrimento, da
rua, onde a população inconscientemente está disposta a dar um basta nessa
lógica escravocrata de exploração que nunca acaba a pesar das promessas
políticas.
Ah! "ao menos se a humanidade empregasse em educação e escolas tudo o que se empregou até hoje para construir igrejas e se voltasse agora para a educação toda inteligência aplicada na teologia". (Nietzsche, W. Friedrich. O Livro do Filósofo, aforismo 45. Ed., Centauro - São Paulo, 2001)
Ah! "ao menos se a humanidade empregasse em educação e escolas tudo o que se empregou até hoje para construir igrejas e se voltasse agora para a educação toda inteligência aplicada na teologia". (Nietzsche, W. Friedrich. O Livro do Filósofo, aforismo 45. Ed., Centauro - São Paulo, 2001)
- Nesse contexto da educação não podemos nos esquecer da responsabilidade dos pais. Segundo relatos de colegas, os pais, independente do filho estudar em escolas públicas, eles, conviventes e parecendo apoiadores dessa ideologia escravocrata, mesmo que seu filho não tenha alcançado o saber necessário para mudar de série, eles são os primeiros a pedir aos professores ou à gestão escolar que aprove seu filho sem o conhecimento necessário. Sabemos que a maioria dos pais não acompanha o desenvolvimento escolar de seus filhos, achando que nós os professores somos os responsáveis por eles terem nascidos. Nossa responsabilidade é de dar-lhes educação formal, porém, educação moral e responsabilidade são dos pais, mas todos, de mãos dadas com governo, por ignorância é óbvio, mantém essa maldita ideologia em pleno desenvolvimento. Então, só há uma saída para melhorar a educação dos futuros brasileiros: o interesse do governo, dos pais, dos professores e de todos os seguimentos sociais, caso contrário, os brasileiros continuarão sendo escravos dessa elite corrupta que governa o engano para todos.
Apesar da argumentação acima ter fundamento político; Não creio que
todas essas revoluções e problemas crescentes no mundo social, político e
religioso são consequências naturais da má administração dessas instituições;
há algo além desse horizonte que está querendo dizer alguma coisa à humanidade,
algo metafísico, profético, que, de antemão profetizara que as coisas seriam
como estão acontecendo. Além dos escritos bíblicos temos os escritos da
profetisa Ellen G. White (1827-1915) que nos adverte quanto aos problemas naturais,
de consequência das decisões políticas, pessoais e gerais que estão acontecendo
a nosso redor:
Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos
tempos, a cumprirem-se rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está
próxima, às portas. Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O
Espírito de Deus está gradual, mas seguramente, sendo retirado da terra. Pragas
e juízos estão caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades
em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são
portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância.
As forças do mal estão se arregimentando
e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise.
Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais
serão rápidos.
As condições do mundo mostram que estão
iminentes tempos angustiosos. Os jornais diários estão repletos de indícios de
um terrível conflito em futuro próximo. Roubos ousados são ocorrências frequentes.
As greves são comuns. Cometem-se por toda parte furtos e assassínios. Homens
possuídos de demônios tiram a vida de homens, mulheres e crianças. Os homens
têm-se enchido de vícios, e campeia por toda parte toda espécie do mal.
O inimigo tem conseguido perverter a justiça
e encher do desejo de ganho egoísta o coração dos homens. “A justiça se pôs
longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode
entrar”. Isa. 59: 14. Nas cidades grandes há multidões a viver em pobreza e
miséria, quase privadas de alimento, abrigo e vestuário; ao passo que nas
mesmas cidades há os que têm mais do que o coração poderia desejar, mas que
vivem no luxo, gastando o dinheiro com casas ricamente mobiladas, com adornos
pessoais, ou pior ainda, com a satisfação das paixões carnais, com bebidas
alcoólicas, fumo e outros artigos que destroem as faculdades do cérebro,
desequilibrando a mente e degradam a alma. Sobem para Deus os clamores da
humanidade que perece a fome, ao mesmo tempo em que, por toda sorte de
opressões e extorsões, os homens acumulam fortunas colossais. (Testemunho Seletos V. III. p. 280 e 281. Ed., Casa Publicadora Brasileira - Santo André - São Paulo, 1985).
Apesar da maioria dos seres humanos se declararem crentes na existência
de Deus e professarem algum credo, essa mesma maioria são unânimes em negar
toda ou parte dos escritos bíblicos como sendo regra de conduta. Independentemente
da porção negada, toda a escritura é negada como regra de fé. Pois, na
matemática divina, dez menos um é igual zero. Quanto aos escritos da profetisa
White o descaso atual é o mesmo. Logo, “todos” os cristãos negam o dom profético
estabelecido por Deus para orientar o seu povo dos últimos dias. Nas diferentes
épocas sempre houve aqueles que negavam o dom profético e levava todo o Israel
de Deus às diferentes formas de idolatrias, nesses últimos dias não vai ser diferente.
Filósofo Isaías Correia Ribas