Um olhar descuidado sobre uma partida de rugby pode levar qualquer espectador a classificar a prática do esporte como um absurdo, uma violência e um despropósito. Não que um leigo esteja na obrigação de compreender de pronto os objetivos de arriscar tanto a própria pele, mas o princípio que orienta os praticantes deste esporte é a agregação de valores e o crescimento pessoal, em cada minuto gasto com a prática esportiva. São processos mentais e físicos (espirituais quem sabe?), que no fim das contas completam e ampliam os sentidos do existir. Ok, bonitas palavras, mas onde isso está no rugby?
Pra entender, vamos ter que descobrir que idéias o cercam e que caráter tem este esporte ainda não muito disseminado em terras brasilis. Temos quinze jogadores de cada lado, uma bola (oval, mas é uma bola), um objetivo: o try; um único meio de parar o adversário: o tackle; um pensamento: não se faz nada sozinho dentro de campo.
O principal que se pode tirar do rugby e que fica marcado em todo jogador são os valores do jogo, dentro e fora de campo. Longe de ser da boca pra fora, os ideais do jogo pensam a diferença em uníssono: não perde a individualidade nem as características próprias do jogador, mas este cumpre uma função num organismo vivo, o time.
E de fato, essas idéias são reforçadas em todos os treinos e conversas sobre os jogos. Toda ação com iniciantes e atletas tem a missão de reforçar que o rugby é um esporte de contato que visa o respeito ao adversário e ao colega de equipe, que prefere equipes campeãs a ídolos, o conjunto ao astro. É o esporte da inclusão, que educa e melhora posturas. Com ideais e sem demagogia, o rugby está escrevendo e mudando histórias no solo brasileiro. Mude sua postura, pense nisso.
Fica a dica do vídeo promocional da seleção argentina, Los Pumas, feito para a Copa do Mundo de 2007 na França. www.youtube.com/watch?v=LdZuyjzPd0g
Em breve mais conteúdos sobre o mundo do rugby. Abraços.
Kid – Pirituba Rugby Clube.
