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domingo, 23 de junho de 2019

POR QUE TER OPINIÃO CONTRÁRIA PASSOU SER PRECONCEITO?


     O objetivo de classificar de preconceituoso quem tem opinião contrária aos devassos que querem viver a vida em liberdade plena, alegando que Deus e os princípios morais e éticos devam ser jogados por terra, é impedir que o fiel aos princípios bíblicos, critique o comportamento deles, impedindo que viva como irracionais, despreocupados que existem leis morais a serem cumpridas e tenham consciência que exista um Deus Criador a quem todos os seres humanos prestarão conta do que se faz debaixo do sol. Essa postura de calar a boca dos que prezam princípios morais e éticos, é o cumprimento de uma profecia bíblica que diz que nos últimos dias da história da humanidade, o comportamento da sociedade, repetiria a história do que aconteceu com as sociedades que viveram antes do dilúvio e os habitantes das cidades de Sodoma e Gomorra que ignoraram a existência de Deus e validade de suas leis e foram destruídas. Por isso, dar opinião contrária às práticas homossexuais, e outras moralmente ilícitas, em muitas nações já é crime. Mas ninguém pensa que, se todas as pessoas optarem pelas práticas homossexuais, será o fim da humanidade. O princípio democrático defende o direito de cada pessoa viver segundo lhe parece ser correto como também defende o direito de emitir opinião contrária. Logo, essa lei da mordaça sancionada pelo Superior Tribunal Federal brasileiro, fere todos os direitos constitucionais democráticos e o Estado passa ser ditador e não defensor dos direitos humanos. Diante dessa realidade legalizada, podemos entender que o Estado está se preparando para impor o racionalismo a todos, proibindo que os defensores do pensamento bíblico alertem ao que é pecado, fazendo que as profecias bíblicas cumprem-se ao pé da letra, alertando a todos, religiosos e céticos, que a segunda vinda de Cristo está próxima!

Quando também um homem se deitar com outro homem como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue é sobre eles.
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (II Timóteo, 3: 1 – 5)
E como foi nos dias de Noé, assim será também na vinda do filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamentos até o dia eu Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do filho do Homem. Então, estando dois no campo, será levado um e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora a de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite haveria de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o filho do Homem há de vir à hora em que não penseis. (Mateus, 24: 27 – 39)

     Todas as religiões e denominações religiosas que negam a validade das leis de Deus são falsas. Assim sendo, para ter direito a salvação, não basta ser adepto de uma religião ou denominação religiosa que fale em nome de Deus e use a Bíblia como pano de fundo. Então, é necessário estudar para compreender o que devo fazer para alcançar a salvação disponibilizada pelo sacrifício de Jesus. Logo, alegar aceitar Jesus como salvador pessoal e não ser fiel cumpridor de sua vontade explícita nos escritos bíblicos é desenvolver uma falsa religiosidade. Por isso, em meio a essa babilônia religiosa existente nos dias atuais, as pessoas que canta e dança em nome de Jesus, caso não seja fiel cumpridor das leis de Deus como fora Jesus e seus discípulos, não alcançará a salvação. É que os líderes religiosos, mesmo não aceitando todo conteúdo bíblico como sendo a palavra de Deus revelada à humanidade, os usam como pano de fundo para validar seu sermão. Assim, ao longo da história dos povos, Satanás tem alcançado seus objetivos. Por isso há que vigiar e estudar para não ceder aos argumentos daqueles (as) que continuam a serviço da serpente usando o nome de Deus para fazer a vontade de Satanás.
     A história da criação e da salvação apresentadas na Bíblia são profundas; mas é simples. Tão simples que não dá para acreditar que assim aconteceu. Qualquer pessoa de pouca leitura que queira compreenderá, como também, qualquer um que apenas ouça entenderá. Este é o propósito divino, que todos compreendam e não haja desculpas quando cada um for julgado segundo o juízo do Onisciente Criador. A fé é demonstrada pela ação, não depende de argumentação para justificá-la, a ação a justifica. Com a esperança é diferente, além de argumentos e justificativas, há espaço para questionamentos enquanto se espera o cumprimento do prometido. Assim, o racionalismo-filosófico-teológico, pela fé e esperança, controla as pessoas que não buscam conhecer, fazendo que depositem fé no líder religioso que exige ação, mas essas ações devem desenvolver-se na prática de seus dogmas institucionais e não ao assim diz o Senhor explícito na Bíblia. Quem ensina o outro (a) agir contrário à vontade de Deus é agente de Satanás. Jesus disse que era o filho de Deus e fez muitos milagres aos olhos das pessoas para comprovar de onde viera. Por isso alguns creram, mas os líderes religiosos, filósofos, cientistas e políticos, ao verem a popularidade e o lucro diminuir, O rejeitava expulsando-O de suas vilas. Quando Ele estava pendurado na cruz muitos exigiram que Ele se soltasse e descesse para provar que era o filho de Deus para que eles pudessem crer; como Jesus viera pagar o preço exigido pela lei de Deus que exige a morte do transgressor. Jesus, pacientemente, escolheu prosseguir com o plano de oferecer-se em sacrifício, morrendo no lugar dos pecadores que confiaram, confiam e confiarão na promessa da segunda vinda de Cristo. Por isso Ele seguiu em frente não dando ouvidos ao clamor das pessoas que estavam a serviço de Satanás.
     Os líderes religiosos, como os políticos, sabem que o povo prefere crer que estudar para conhecer; por isso, a atual a sociedade continua em busca de favores políticos para elegê-los, e bênçãos temporais através de aparentes milagres para poderem crer na palavra do líder religioso independentemente que seja verdade. Preste atenção e perceberás que não há nenhum “santo católico” sem atos milagrosos para a canonização de padres a santos; os protestantes e evangélicos pentecostais associam sua teologia às curas espirituais e até físicas; por isso os líderes religiosos têm que ter uma estória de “chamado divino” para validar e justificar sua profissão; não sendo diferentes dos políticos que fundamentam suas campanhas em promessas. Eles sabem que o povo gosta de ser tratado como rebanho, de ser alimentado por promessas e não pela verdade. Por isso é muito difícil estabelecer uma religião autêntica, que desenvolva fé racional como fizeram os patriarcas, Cristo e os Apóstolos que viveram e defenderam uma fé racional, comprovando que o exercício da fé não é loucura como alegam os filósofos.
Como é dever dos políticos promover o desenvolvimento pleno da nação através da educação de qualidade para todos independentemente de ser rico ou pobre, nosso país, Brasil, continuará por muito tempo sendo terra de manutenção e exploração da mão de obra escreva, pois, os descendentes das famílias escravocratas que descobriram o território do atual Brasil, continuam no poder para garantir que os brasileiros pobres não tenha educação de qualidade, garantido que nosso país não saia da categoria de terceiro mundo, terra de exploração e nada mais.

sábado, 22 de junho de 2019

segunda-feira, 17 de junho de 2019

ESCOLA CÍNICA


     Diógenes de Sínope (413 – 327 a. C.) é o pensador mais destacado dessa escola. A palavra cinismo vem do grego “kynos”, que significa “cão”. Assim, o termo cínico designa a corrente dos filósofos que se propuseram viver como os cães, sem qualquer propriedade e conforto. Como Sócrates, Diógenes defendia que o ser humano deve conhecer a si mesmo, desprezando todos os bens materiais. Por isso, Diógenes é conhecido como o “Sócrates demente”, ou “Sócrates louco”; ele ensinava que viver contrário aos valores e convenções humanas é o melhor meio de ser feliz; para ele, “a vida deve ser vivida conforme os princípios que cada um considera moralmente correto”. Vivendo na época das conquista de Alexandre Magno que promoveu a fusão entre diversas culturas, Diógenes não via diferença entre gregos e estrangeiros. Conta-se, que, quando lhe perguntavam qual era sua cidadania, respondia: “Sou cosmopolita” (cidadão do mundo). Embora muitos ciganos atuais tenham bens como imóveis, automóveis e barracas para morar, o espírito de aventura em viajar por diversos países colhendo das lavouras e matando animais que não lhes pertencem, demonstra que provavelmente eles herdaram essa cultura dos cínicos. Digo isso porque, quando eles passavam pelas fazendas onde morávamos, roubavam galinhas, ovos, cabritos, bois e outros alimentos para dar-lhes energia para continuar sua jornada até a próxima vítima e ninguém se incomodava em perder alguns víveres para ajuda-los.
     Diógenes morava dentro de em um barril; certa vez Alexandre Magno foi visitá-lo. De pé, em frente sua “casa”, perguntou-lhe se havia algo que ele, como imperador, poderia fazer em seu benefício. Diógenes respondeu prontamente: “Sim, pode sair de frente do sol”. Diz que Alexandre, impressionado com o desprezo do filósofo pelos bens materiais, teria comentado: “Se eu não fosse imperador, queria ser como Diógenes”. Zombavam de Diógenes, pois, além de morar em um barril, volta e meia era visto pedindo esmolas às estátuas porque eram cegas. Por serem estátuas, eram duplamente cegas porque não tinham olhos – umas das características da estatuária grega. [...] – Perguntaram a Diógenes porque pedia esmolas às estátuas de olhos vazados. Ele respondia que estava se habituando a recusa. Pedindo a quem não via, não ouvia e nem o sentia, e ele nem ficava aborrecido pelo fato de não ser atendido.
É uma imagem que pode ser usada para definir as relações entre a sociedade e o poder político contemporâneo. Tal como as estátuas gregas, os políticos têm olhos vazados, só olham para dentro de si mesmos, de seus interesses, no acúmulo de mais bens, e, se possível, nunca perder o poder para continuar usando o bem público em benefício próprio em detrimento do bem estar do povo que trabalha e paga seus impostos que deveriam ser utilizados para o desenvolvimento de todas as pessoas. Como os três poderes da República brasileira continuam com os mesmos objetivos dos exploradores que por aqui aportaram a partir de 1.500, iremos continuar sendo mão de obra barata para os políticos exploradores que continuam casando todos os projetos educacionais capaz de causar o desenvolvimento dos trabalhadores, meio de manter a lógica dos políticos e empresários exploradores escravocratas ativos. O atual presidente Jair Bolsonaro e seus ministros estão trabalhando para que a escravidão volte com força total cassando todos os direitos conquistados até o presente.  
     A sociedade em linhas gerais não chega a morar num barril. Uma pequena minoria mora em coisa mais substancial. A maioria mora em espaços pouco maiores que um barril. E há gente que nem consegue um barril para morar, fica mesmo embaixo de pontes ou por cima das calçadas. Morando em coisa melhor, igual ou pior que um barril, a sociedade contemporânea tem necessidade de pedir não exatamente esmolas ao poder, mas medidas de segurança, emprego, saúde e educação. Dispõe de vários canais para isso, mas, na etapa final, todos os componentes dos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, agem como uma estátua fria, de olhos e ouvidos que nem estão fechados, estão vazados. [...]

terça-feira, 11 de junho de 2019

O SILÊNCIO DIVINO


     Expulsos do Éden, aos poucos, o casal passara compreender as consequências do pecado e o porquê dos objetivos de Satanás em destruir o que Deus criara. Todos os dias uma nova experiência fazia parte de seu aprendizado nessa escola que não contava mais com a presença diária do Criador. Pois Deus, após o pecado, dar as últimas instruções e advertências, passou ser silêncio, mais um dos meios para o exercício da fé e comprovar a fidelidade dos racionais. O próprio casal teria a função de dizer à sua descendência o que acontecera com eles, o porquê do mal, da morte e o que fazer para voltar à perfeição edênica que eles perderam; mas isso seria possível às pessoas que fossem fieis às leis de Deus. O ato de fé no plano de salvação naqueles dias que antecederam o nascimento de Jesus, além de observar os dez mandamentos e outras leis, teria que ser demonstrado por meio do sacrifício de animais segundo Deus instruíra. O animal sacrificado era queimado sobre um altar; assim, por meio daquela didática sangrenta, as pessoas demonstravam ter ou não fé na existência de Deus e em seu plano de salvação, ensinando às gerações futuras as consequências do pecado até que Jesus nascesse e se oferecesse como sacrifício para substituir o sangrento cerimonial. Com o nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus na cruz do Calvário, chegou o fim das leis cerimoniais; pois, Jesus, passara ser o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Dentro desse contexto, a família do casal crescia em número, na expectativa de que um dos filhos do casal seria o prometido Messias que esmagaria a cabeça da serpente.

Caim e Abel

     Caim, o primeiro filho do casal tornou-se lavrador, e Abel, seu irmão, pastor de ovelhas. Já adultos e responsáveis por seus atos, em condições de apresentar ofertas individuais, reconhecendo que era pecador e compreendera o plano de salvação; ambos, no horário determinado para o sacrifício, construíram seus altares segundo orientara e fazia Adão. Abel trouxe um cordeiro de seu rebanho; Caim, que era lavrador, achou-se no direito de expor os frutos de sua lavoura sobre o altar em reconhecimento de seus pecados. Abel, percebendo a ousadia do irmão em ofertar algo estranho ao que Deus pedira, repreendeu-o. Após as ofertas serem apresentadas, Deus aceitou a de Abel e rejeitou a de Caim que irou pela repreensão do irmão e desaprovação de Deus. Diante da ousadia e falta de fé de Caim, Deus quebrou o silêncio e interviu na situação dizendo a Caim que se mostrara voluntarioso:

Porventura se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante? E se não procederes bem, o pecado jaz à porta; mas sobre ele tu deves dominar. (Gênesis, 4:7)

     Neste verso percebemos claramente que possível ao ser humano, através do conhecimento e poder do Espírito Santo exercer fé racional na palavra de Deus, único meio de vencer as tentações de Satanás que trabalha para nos levar agir contrário à vontade do Criador explícita na Bíblia. O viver em oposição às orientações de Deus depende unicamente de como cada indivíduo decide agir, demonstrando ter ou não fé no plano de salvação. Mas o que é fé? Fé é fazer a vontade de Deus independentemente das circunstâncias.

Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima Dele creia que Ele existe e que é galardoador dos que O buscam. (Hebreus, 11: 06)

     A partir da decisão de Caim em ignorar a palavra de Deus, ficou claro que a vontade é uma força em potência, que, caso o sujeito não a controle, ela subjugará a razão. Por isso concluíram os filósofos Artur Schopenhauer e seu compatriota alemão Friedrich W. Nietzsche que disseram: “a razão é serva da vontade”, ou seja, a vontade é a força em potência que anula a razão que elabora meios para os seres humanos fazer valer a sua vontade em detrimento da razão que deve nos orientar a fazer o que é certo destemidamente. Nietzsche foi mais a fundo dizendo que os religiosos continuam matando Deus em nome do próprio Deus quando negam a validade de Suas leis, preferindo seguir os ideais dos líderes religiosos que ignoram O Criador e Suas leis. Nietzsche, como filósofo conhecedor dos escritos bíblicos, já poderia ter direcionado a humanidade a reconhecer Deus como o criador de tudo, digno de ser reverenciado pelos cristãos; mas preferiu continuar questionando em nome da fama conferida aos filósofos. Por isso, Nietzsche é o filósofo mais admirado e seguido por todos os céticos que preferem viver a vida como se Deus não existisse. Para Nietzsche, o corpo é a grande razão; ou seja, o cérebro é o órgão que está a serviço da vontade e das pulsões corporais, responsável por elaborar meios para melhor satisfaze-los, comendo e bebendo sem pensar nas consequências, fazendo da sociedade atual uma das mais ousadas de todos os tempos na prática de negar os princípios bíblicos, vivendo voluntariosamente como fez Lúcifer no céu e Caim na terra. Escreveu Nietzsche:

Não existe a coisa em si da metafísica e nem força em si, já que só faz sentido, em Nietzsche, tratarmos de força em relação a outra força, pois na força em relação é que existe a vontade de potência. A vida não precisa de alguém para colocar nela um sentido. Viver a vida sem recorrência ao além metafísico já é suficiente a ela que,  com a natureza e como natureza, segue a mudança eterna qual tudo está continuamente em transformação. Para esse tipo forte a um dizer sim à existência, mesmo que tivesse que viver cada momento de uma vida de luta, em um eterno retorno do mesmo. É preciso resgatar o corpo e deixar a alma para lá, onde ela habita. A alma que fique no lugar que lhe cabe dentro das crenças religiosas. Mas nós não vivemos sem o corpo. “A crença no corpo é mais fundamental do que a crença na alma. [...] (Nietzsche. Fragmentos finais, aforismo 2 [102]. Trad. Flávio R Kothe. 202, p. 64)

     Dr. Mauro de Souza, um de meus professores na graduação e estudos avançados sobre Nietzsche do instituto “Sedes Sapientiae”, defensor das conclusões filosóficas de Nietzsche diz:

O corpo é a grande razão. Toda luta do corpo é para um “a mais” de vida, para mais força, disso, podemos compreender corpo como VP (vontade de potência) e a filosofia de Nietzsche como altamente experimental, com valores que serve a vida, o valor dos valores, porque vida enquanto referencial de todos os valores, enquanto VP. Nesse sentido é que podemos superar a nós mesmos e deixar de ser metafísicos, racionalistas, racistas alienados deste mundo em nome de um mundo no além. Devemos construir nossos novos valores assentados em nossas experiências vitais com relação ao corpo como nossa maior riqueza e o mundo como aquele que proporciona essa nossa riqueza, a nossa própria vida terrena, a única que temos e livre de qualquer especulação de ordem metafísica. A “grande escola” é aquela que educa para a “grande razão” e essa grande razão é o próprio corpo. Uma boa escola não prepara o intelecto (pequena razão) em detrimento do corpo (...). A razão é apenas um brinquedo do corpo. (Sousa, Mauro Araujo de. Nietzsche: Viver intensamente, tornar o que se é. Pág. 74, ed. Paulus, São Paulo. 2009)

     Agora é possível entender porque a sociedade dos séculos XX e XXI tem como objetivo valorizar e expor o corpo a serviço da sensualidade, da pornografia, da homossexualidade e todas as práticas contrárias às leis formadoras de comportamentos morais e éticos. O carnaval é um momento de expressão maior do pensamento nietzschiano que incentiva a exposição erótica do corpo em detrimento do comportamento moral. Atualmente, homens e mulheres, mesmos vestidos, no dia a dia, buscam expor a sensualidade corporal, causa do crescimento de adultérios, pornografias, pedofilias e separações conjugais. Voltemos à história de Abel e Caim.
     Para Deus não há nada que justifique o pecado. Até porque, se pudéssemos justifica-lo não seria pecado. Eva, antes de pecar, diante da argumentação da serpente, achou que o pecado poderia ser justificado, Adão também cedeu aos argumentos de sua companheira achando o mesmo, seu filho Caim caiu na mesma armadilha, tentando justificar que oferta é oferta mesmo que seja contrário ao pedido de Deus. E assim, ainda hoje, muitos entre aqueles que dizem ser cristãos, cai na mesma armadilha, tentando justificar suas atitudes anticristãs fundamentando-as em suas próprias opiniões e em retóricas filosóficas, achando-se capazes de contestar e alterar o que está explícito na Bíblia, buscando fazer a sua vontade em detrimento da do Criador. Por isso, os seres humanos, mesmo os religiosos, questionam o que Deus estabelecera como princípio e mandamentos, exaltando a vontade humana que deve estar acima do “está escrito”. E assim, através de ideologias elaboradas por filósofos e líderes religiosos, os escritos bíblicos são adaptados à vontade das pessoas e não as pessoas à vontade de Deus explícita na Bíblia, único meio de construir e manter seus impérios do engano em nome de Deus, das religiões e denominação religiosas.

Caim mata Abel

     Caim, cheio de orgulho próprio, achando-se dono da verdade, partiu para cima de seu irmão Abel, assassinando-o. Adão e Eva já haviam visto as consequências do pecado; mas, creio eu, nada os haviam atingido como o que acabara de acontecer. A morte chegara à sua casa e nada podiam fazer para reverter tamanha tragédia. Caim caiu no vazio, no nada, ou “niilismo”, conceito elaborado por Nietzsche. Mas Caim ainda tinha duas saídas: arrepender-se e confessar seus pecados, continuando no seio da família ou, cheio de orgulho próprio, abandonar a família, fundando para si um novo modo de viver segundo sua vontade em detrimento da de Deus. Caim optou por fugir e viver segundo seus desejos, tornando-se voluntarioso, continuando na prática de que a verdade é relativa, preferindo viver fazendo a sua vontade, consequentemente a de Satanás que faz oposição a Deus e suas leis.

E perguntou o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele respondeu, não sei; e perguntou: sou eu guardador de meu irmão? Perguntou Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama a mim desde a terra. E agora maldito és tu desde a terra que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue de teu irmão. Então, quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e errante serás na terra. Então, disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade que a eu possa ser perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará. O senhor, porém, disse-lhe: Portanto, qualquer que matar a Caim sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer que o achasse. (Gênesis, 4: 9 – 15)

     Por outro lado, Deus deixou claro que não há pecado que se cometa ao próximo que não possa ser perdoado aos que se arrepende. Menos o pecado contra o Espírito Santo que nos capacita viver fazendo a vontade de Deus.

Portanto, eu vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoarão aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada aos homens. E, se alguém disser alguma coisa contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. (Mateus, 12: 31 e 32)

quinta-feira, 6 de junho de 2019