A
existência refere-se ao que existe e se mantém independentemente da vontade e
ações dos seres humanos. Já, a consistência refere-se ao que é construído pelo
ser humano que utiliza a natureza para fazer objetos e máquinas que promovam
nosso bem estar e desenvolvimento científico. Como o que inventamos e
descobrimos na natureza são provas inquestionáveis de minha e sua passagem por
este planeta; logicamente pensando, é necessário que exista um “Ser em si” superior
a todas as formas de vida existente no planeta Terra e tudo mais que há no
universo. Esse “Ser em si” é o Deus Criador
defendido nos escritos bíblicos. Além das coisas e maquinas que inventamos,
criamos teorias, ciências exatas e métodos científicos para comprovar qual das
teorias sobre as origens é conhecimento cientificamente comprovado, único meio
de negar empiricamente a existência do Criador apresentado na Bíblia. Melhor, a
busca para negar a existência do “Ser em si”
é a principal causa promotora do desenvolvimento tecnológico e científico da
humanidade. Como ainda não foi possível negá-lo empiricamente, esse desafio já
fez o homem chegar e plantar sementes de girassol na lua; as gementes
germinaram, mas morreram com as mudas de outras plantas que levaram para testar
seu desenvolvimento no solo lunar, e já pousaram uma nave não tripulada em
Marte, em busca do elemento genético ou rastros da vida que há por aqui.
O grande desafio milenar aos humanos é
entender como ser livre tendo o dever de escolher. Para entendermos essa
complexidade faz-se necessário adicionar mais uma determinante para compreendermos
a complexidade que envolve liberdade e as leis. Ei-la: a justiça. É que não há
como fazer justiça sem liberdade plena e as leis. Por isso, a justiça divina,
quando aplicada, está isenta de erros e injustiças.
Como os seres humanos são influenciados
por filósofos e cientistas que criam teorias e sabem jogar com raciocínios
lógicos válidos independentemente que sejam verdadeiros, a maioria das pessoas
não aceitam que as diversas formas de vida e o cosmo vieram à existência a partir
de um Deus Criador. Então, entende-se, que, não é por acaso que teorias sobre
as origens das diversas formas de vida elaboradas até o presente, mesmo não
sendo comprovadas cientificamente, são aceitas como sendo verdadeiras. Assim
sendo, também não é por acaso, que o comportamento dos seres humanos está indo
de mal a pior, vivendo como se não existisse um “Ser em si”
que está prestes a intervir nos negócios da humanidade para fazer o ajuste de
contas, salvando os fieis e condenando os infiéis que fazem de tudo para justificar
sua crença na não existência de um Deus Criador
e Salvador. Por essa capacidade cognitiva dada por Deus aos seres humanos, Ele,
pacientemente aguarda que seus questionadores reconheçam sua incapacidade de
negar Sua existência empiricamente, e aceite a verdade sobre a existência de um
Criador superior a tudo que existe. Como a maioria dos que conhecem tem o poder
de decisão política e científica para embargar o desenvolvimento do mau, da
miséria humana e destruição da natureza, mas nada fazem; as consequências
continuarão crescentes no planeta Terra; quando chegar a um estágio
irreversível, o orgulho daqueles que trabalham para negar a existência de um
Deus Criador será abatido, mas, para muitos, será tarde demais.
De tudo que fora criado, o ser humano é a
única entre todas as espécies que pensa e executa o pensado, busca compreender
de onde viemos, para onde vamos após a morte e questiona a existência de um
Criador. Segundo os escritores bíblicos, Deus é Onipotente, Onisciente e Onipresente,
por causa dessas características absolutas surgem os questionamentos: Por que
os seres vivos criados por quem tem todo poder em si, adoecem e morrem? Qual a
lógica que há em criar seres vivos para morrer? Qual a origem do mau e da morte
presentes no planeta? Lúcifer existe? Muitos questionadores, antes de buscar
conhecer para compreender o que aconteceu antes que o planta Terra fosse
adaptado ao desenvolvimento das diversas formas de vida, emitem opiniões e
questionamentos; mas, de modo geral, não sabem o que estão falando. Então,
entende-se, que, a maioria dos questionadores à existência de um Deus Criador e
salvador, questiona porque quer viver despreocupado que exista um Ser racional
que possui leis que determinam o comportamento moral e ético da sociedade. Mas
o fato de questionar já é uma das provas que Deus existe; pois, segundo David
Hume, o que não existe não chega a nosso cérebro, muito menos nos perturba.
Logo, o problema não é a existência de Deus, mas o nosso desejo de viver
despreocupados que haja um ser Onisciente a quem prestaremos conta de tudo que
fazemos. O ser humano, independentemente de nacionalidade e religião adotada,
quer ser livre para fazer a sua vontade, coincidindo com o fundamento do
governo do Criador que é liberdade plena, único meio de cada pessoa revelar
qual é sua vontade e caráter. Mas alguém deve estar perguntando: Se Deus é
liberdade plena, por que Ele nos deu leis? É que o único meio dos seres
inteligentes demonstrar o que são é através da liberdade plena e das leis. Isso
significa que a liberdade e as leis são a segurança para o indivíduo, livremente
revelar seu caráter e conhecer a si mesmo. É o mesmo fundamento das legislações
de todas as nações democráticas que mantém a ordem detectando quem são os maus
caráteres através da liberdade e das leis para advertir o mau caráter ou
tirá-lo de circulação prendendo-o.
Porque aquele que disse: Não cometerás
adultério, também disse: Não matarás. Se tu, pois, não cometeres adultério, mas
matares está feito transgressor da lei. Assim falai e assim procedei, como
devendo ser julgado pela lei da liberdade.
(Tiago, 2: 11 e 12)
Os líderes dos questionadores surgem entre
aqueles que não querem submeter à vontade de muitos políticos e outras
imposições de agentes públicos. O mesmo acontece no meio religioso surgindo os
líderes que não querem fazer a vontade de Deus guardando seus mandamentos; para
isso, fundam religiões e igrejas que negam a validade das leis de Deus e, entre
esses, há muitos religiosos pensando que serão salvos porque cantam e dançam em
nome de Jesus; mas atitudes recreativas não é o fundamento para alcançar a
salvação que só é possível aos que aceitam a Jesus como seu salvador pessoal e escolhem
ser fieis cumpridores das leis de Deus explícitas na Bíblia. Assim sendo,
entende-se que o problema dos religiosos é querer ser salvos fazendo a vontade
pessoal, vivendo na prática do pecado; mas, entendam os religiosos, que
transgredir as leis de Deus continua sendo pecado como fora no jardim do Éden.
Por isso, o fundamento do governo do Criador e seu plano de salvação estão
alicerçados na liberdade plena e em suas leis, único meio dos seres racionais
demonstrar seu caráter, o que pensam e são.
Mas, o que é até cômico, é o fato dos
ateus questionadores à existência de Deus não ter nenhuma teoria sobre as
origens que possa ser confirmada empiricamente para negar a existência de um
Deus Criador segundo o descrito na Bíblia. Ou seja, questionam porque não
querem ter consciência que Deus tem leis a serem livremente cumpridas pelos
racionais. Como admitir a existência de Deus é o mesmo que desejar enquadrar-se
livremente na lógica divina para ser o que quiser assumindo as consequências,
os ateus e falsos religiosos são os autores de teorias e teologias que põem os
escritos bíblicos em dúvida, meio de enganar muitos de seus seguidores. Então,
o problema é outro; é que, caso os elaboradores e detentores do conhecimento
antropocêntrico aceitem a Bíblia como fonte de verdade absoluta, o
comportamento em relação às muitas coisas que gostam de fazer para exaltar a
vontade e orgulho pessoal, para não serem contraditórios, teria que ser abandonados.
Por isso, filósofos, cientistas e outros céticos, mesmo sabendo que o conteúdo
bíblico seja passível de ser comprovado empiricamente, continuam trabalhando
para que todos os seres humanos não aceitem as afirmações bíblicas como sendo a
verdade que deve determinar nosso comportamento social e religioso. Como
admitir a existência de um Deus criador não está na perspectiva dos céticos, eles
preferem continuar trabalhando para negá-Lo criando outras leis e teorias sobre
as origens, mas, até o presente, não foram capazes de comprová-las
cientificamente, limitando-se à fase a-priori ou hipotética.
Somos finitos; logo, impossíveis de compreendermos
e acessar pelos sentidos o que está além da física, Deus, Lúcifer e os anjos.
Mas nossas limitações não devem ser usadas como desculpas para não analisarmos
os escritos bíblicos, meios de conhecermos os seres metafísicos que agiram no
processo de adaptação do planeta Terra à vida, origem do pecado e plano de
salvação para resolvê-lo. Por isso é necessário conhecer o-todo contido nos
escritos bíblicos e produções antropocêntricas para inferir a verdade entre
todas as teorias sobre as origens até então elaboradas, não se deixando levar
por especulações incapazes de serem comprovadas empiricamente. Por isso, tanto
a fé como as teorias devem ter fundamentos que sejam passíveis de serem
comprovados empiricamente, caso contrário, religiosos, filósofos, cientistas e
outros céticos questionadores dos escritos bíblicos, são apenas crentes.
Rei Davi
Ó Senhor, senhor nosso, quão admirável
é o teu nome em toda terra, pois puseste a tua glória sobre os céus! Quando
vejo os teus céus, obras dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;
que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem para que o
visites? Contudo, pouco menor que os anjos o fizeste e de glória e de honra o
coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras de tuas mãos; tudo pôs
debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo;
as aves dos céus e os peixes do mar, e tudo que passa pelas veredas dos mares.
Ó senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda terra!
(Salmos, 08)
Razão
Por isso Immanuel Kant alertara os que
haviam se acomodados permitindo que os religiosos medievais os guiassem, mas
doravante precisavam deixar a preguiça de se esclarecer conhecendo, livrando-se
dos novos e futuros políticos, filósofos, cientistas e religiosos que se
organizavam para continuar dominando as massas que gostam de admirar e aplaudir
seus ídolos-e-algozes exploradores, pois, os que se realizam apenas aplaudindo
se autodenomina massa de manobra; a preguiça e comodidades os impedem de
raciocinar por si mesmos, preferindo a “menoridade”
religiosa, moral, ética e intelectual.
Para o esclarecimento, porém, nada é
exigido da liberdade; e mais especificamente a liberdade menos danosa de todas,
a saber: utilizar publicamente sua razão em todas as dimensões. Mas agora
escuto em todos os cantos: não raciocineis! O oficial diz: não raciocineis,
exercitai-vos! O conselho de finanças: não raciocineis, pagai! O líder
espiritual: não raciocineis, crede! (um único senhor do mundo pode dizer: raciocinai
o quanto quiser, e sobre o que quiser; mas obedecei!) Por todo canto há
restrição da liberdade. E qual restrição serve de obstáculo para o
esclarecimento? Qual não o impede e até mesmo o sustenta? Respondo: o uso
público do entendimento deve ser livre em qualquer momento, e só ele pode gerar
o esclarecimento entre os seres humanos; o uso privado do mesmo pode
frequentemente ser bastante restrito sem que, todavia, o progresso do
esclarecimento seja, por isso, impedido. (KANT.
Danilo Marcondes. Textos Básicos de Ética de Platão a Foucault, p. 89)
Como ser livre?