A
plenitude dos tempos chegara! E nasceu, segundo as profecias, o Desejado de
todas as nações, Jesus! Satanás, por quatro mil anos mostrara a todo o universo
racional o teor dos seus objetivos: vingar-se de Deus corrompendo e, se possível,
destruindo suas criaturas; para isso, usou de todos os artifícios possíveis
para falsear as verdades bíblicas através da própria religiosidade inerente às
pessoas, levando a humanidade às desavenças epistemológicas, políticas,
filosóficas, religiosas e bélicas. Assim, ficou claro que o objetivo de Satanás
é enganar e matar, meio eficiente para encaminhar o maior número possível de pessoas
a ter a mesma recompensa que ele, a morte eterna. Com o nascimento miraculoso e
misterioso de Jesus, Seu modo de vida, Sua condenação à morte e ressurreição,
Deus, em comum acordo com o próprio filho mostrou às suas criaturas que o Criador
é o Bem e Satanás o Mal. A antiga serpente fez de tudo para levar
o próprio Cristo cair em pecado, pois, fazendo isso, estaria provado que as
leis de Deus são impossíveis de serem cumpridas e que Deus era apenas um
ditador destituído de amor.
Como
Jesus não foi vencido pelas tentações de Satanás, ficou provado que as decisões
dos anjos que o seguiram e de Adão e Eva que caíram em suas tentações, se deu
pela falta de fé na palavra de Deus. Logo, o mal existente não é obra de Deus,
mas consequências da rebelião de suas criaturas que não souberam fazer uso da
liberdade com responsabilidade. Quando Satanás percebera que Jesus o venceria, fez
com que a humanidade, cegamente, se levantasse contra Ele, O rejeitando e
pressionando-O para que desistisse de Seu objetivo; porém, Jesus, preferiu como
um cordeiro ser conduzido ao matadouro pelos judeus e romanos que O
crucificaram. Com a morte de Cristo pelos agentes de Satanás, ficou comprovado
a todo o universo que Deus age por amor e Satanás pelo ódio.
Com a ressurreição de Cristo a salvação
estava garantida aos que O aceitassem como seu salvador pessoal. Os antigos rituais
do Velho Testamento que representavam e apontavam o que haveria de suceder
cumpriram-se em Cristo. Assim, o único meio de salvação fora estabelecido pelo
crucificado salvador, agora, advogado; por ocasião de sua volta, juiz. Aos que
desejam ser salvos, basta, como primeiro passo, aceitá-Lo como seu salvador! Daí,
como passos seguintes, diz Cristo:
Sois
meus seguidores, amigos e irmãos, se fizeres o que Eu
vos peço. Assim como Eu vos amei,
amais-vos uns aos outros. Amai a Deus acima de todas as coisas e o próximo como
a ti mesmo. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Examinai as
escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão
testemunhos de mim; (João, 5: 19-47)
Portanto,
a salvação não pode ser resumida numa pretensão de professar aceitar e seguir a
Cristo através de uma instituição religiosa; mas, em um compromisso de busca
para compreender, através do estudo essa intrincada batalha que joga com todos
os seguimentos sociais, políticos, filosóficos e religiosos de cada povo em
diferentes épocas. Então, a salvação consiste em conhecer os meios pelos quais
podemos alcança-la pelos méritos de Cristo independentemente de teologias das
instituições religiosas, onde, muitas delas não incentivam tal atitude,
passando a ideia de que a fidelidade à instituição é o caminho que garante a
vida eterna. Mas a salvação não se resume em ser fiel à igreja, e sim a Cristo,
harmonizando o modo de vida à vontade de Deus expressa na bíblia. Então, embora
professes sua fé através de uma igreja qualquer, cuidado para não confundir os
ditames teológicos da igreja como sendo os da bíblia, embora os líderes
religiosos a usem como pano de fundo. A filosofia sempre faz uso de palavras contidas
na bíblia para negá-la, esse método fez com que os judeus rejeitassem a Jesus,
o salvador do mundo que estava prometido em seus próprios escritos. Então, este
eficiente método de enganar utilizando a própria bíblia, continua sendo aplicado
pelos religiosos atuais para tornar o caminho estreito mais largo e as
limitações bíblicas mais amenas, enfim, se der para adaptar a bíblia aos gostos
dos homens é melhor que adaptar os homens às exigências bíblicas. Eis o perigo
de não ser um seguidor consciente de Cristo.
O
contexto filosófico, político e religioso que Cristo nasceu e viveu foi único.
Havia passado quatrocentos anos sem profetas entre os judeus, a filosofia
triunfara sobre os que defendiam a fé em Deus, todos pensavam que a moral, a
ética e outros princípios de boa conduta fora criação filosófica sem sofrer
influências dos princípios bíblicos. Por esta ignorância o judaísmo se dividira
em várias seitas que faziam da religião um comércio, tornando-se um peso a mais
para o povo. Os próprios judeus que professavam aguardar o Salvador segundo as
profecias passaram esperar um libertador político que os livrassem do jugo
romano, por isso, quando Deus se manifestou para salvá-los do pecado, até os que
professavam esperá-Lo, O rejeitaram. Então, o ambiente que Cristo viveu era
propício para Satanás vencê-Lo. Diz a bíblia: “Vindo à plenitude dos tempos”,
isto é, não havia tido tempo pior para alguém ser fiel a Deus. Jesus, como
homem à semelhança de Adão antes do pecado, em tudo fora provado; mas, como
homem que confia preferiu fazer a vontade de Deus que dar ouvidos à voz de
Satanás, provando a todo universo inteligente que basta confiar nas promessas
contidas na palavra de Deus para vencer nosso maior inimigo. Pois Cristo, como
homem confiante em Deus, o venceu, abrindo caminho para todos que quisessem
vencer pelo seu poder, vencessem! Alcançando a liberdade e prazer em fazer a
vontade de Deus independentemente das circunstâncias.
Durante quarenta dias sendo tentado pelo Diabo não comeu coisa
alguma; e terminados eles teve fome. Disse-lhe então o Diabo: Se tu és o filho de
Deus, mande que estas pedras se tornem em pães. Jesus, porém, lhe respondeu:
Nem só de pão viverá o homem. Depois o Diabo mostrou-lhe todos os reinos do
mundo de um alto monte, dizendo: Dar-te-ei toda autoridade e glória destes
reinos, porque me foi entregue, e a dou a quem eu quiser; se tu, pois, me adorares,
será toda tua. Respondeu-lhe Jesus: está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás,
e só a ele servirás. Por fim. Levou-O sobre o pináculo do templo de Jerusalém e
disse-lhe: Se tu és o filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está
escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito, que te guardem; e eles te
sustentarão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Respondeu-lhe
Jesus: Dito está: Não tentará o Senhor teu Deus. Assim. Tendo o Diabo acabado
toda sorte de tentação, retirou-se até ocasião oportuna.
(Lucas,
4: 2-13)
Quem foi o Cristo?
Ainda
criança, aos doze anos de idade, fez-se presente entre os rabinos no templo e
os confundiu com Sua sabedoria. Era Jesus um filósofo? Não. Era o encarnado
filho de Deus mostrando aos “sábios” que havia entre eles o Onisciente nascido
como homem. Em um casamento transformou água no melhor vinho até então servido
na festa, era Jesus um milagreiro? Não. Era o encarnado filho de Deus mostrando
aos homens comuns que, a seu mando tudo viera à existência. A Seu mando, cegos
e coxos de nascença foram curados, mortos ressuscitados, mais de cinco mil
pessoas por duas vezes se alimentaram com cinco pães e dois peixes. Em alto mar
diante de uma grande tempestade dormia em paz, acordado pelos discípulos que
estavam com medo da embarcação afundar, a Seu mando a tempestade virou calmaria.
Era o encarnado filho de Deus mostrando a seus discípulos que Ele está acima do
poder da natureza. Os judeus viram todos estes acontecimentos; porém, queriam ver
o Cristo que fosse capaz de construir o templo em três dias, não entendendo que
falava de sua morte e ressurreição ao terceiro dia, cujo templo a ser
reconstruído referia-se a seu próprio corpo, por isso O rejeitaram. Mas uma
questão me perturba: Que templo Ele teria que construir se o templo já fora
reconstruído e, segundo a própria profecia de Ageu: a glória do segundo templo reconstruído
pelos próprios judeus que voltaram do reino de Babilônia seria maior que a do
primeiro construído por Salomão, pois, o segundo receberia o Messias? Os judeus
ortodoxos não aceitam que esta profecia se referia à morte e ressurreição de Cristo
que, após três dias na sepultura Deus o ressuscitaria, provando a todo universo
racional que Jesus, como homem semelhante ao primeiro Adão não pecou. Como o
segundo templo fora destruído pelo General romano Tito no ano setenta, atualmente
os judeus continuam aguardando outro Cristo, um que reconstrua esse templo em
três dias. Mais uma pergunta aos ortodoxos judeus: Continuam eles nas práticas
dos sacrifícios para terem seus pecados perdoados como ensina a torá? Dizem
eles que não praticam mais porque não há templo para o sacrifício, onde, os
atuais rituais se resumem na prática às orações, ofertas voluntárias e o
dízimo. Assim sendo, eles continuam sendo enganados pelos filósofos e teólogos
judeus. Segundo a tradição dos judeus ortodoxos, somente após os sessenta e
quatro anos de idade o judeu tem acesso às profundas verdades da torá, mas que verdades
são essas limitadas apenas aos velhos, e aqueles que morrem antes, não têm direito
de saber sobre a verdade? Para mim, no meu raciocínio bíblico e filosófico,
quem esconde a verdade bíblica quer enganar em nome de falácias teológicas.