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domingo, 1 de janeiro de 2017

PADRES E PASTORES PREFEREM NIETZSCHE - NÃO À BÍBLIA



Resumo
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) é o filósofo mais influente na arte de moldar a sociedade Contemporânea à sua filosofia que tem como objetivo priorizar a vontade e o corpo em detrimento da razão e dos escritos bíblicos, que foram, nas idades Moderna, Medieval e Antiga, a controladora das emoções e da vontade que eram reprimidas racionalmente no corpo através dos princípios bíblicos, da moral religiosa, corporações civis e militares do Estado. Segundo Nietzsche, as pessoas de todas as épocas sempre preferiram exaltar as expressões corporais que as qualidades da razão (cérebro). E não é que ele está conseguindo provar sua hipótese alinhando ateus e religiosos aos seus ideais filosóficos, fazendo muitas pessoas exaltar-se, fazendo que o corpo seja cultuado pelo eu e pelos outros, satisfazendo seu ego quando admira a si mesmo ou quando ouve elogios e admiração de outros (as). Nessa, os escritos bíblicos, os deuses e Deus estão perdendo o status para o sujeito que quer ser o centro das atenções a qualquer custo.


Palavras chave: católico, protestante, ceticismo, Deus e filosofia.

A fé em Deus decai
     O ideal pela independência das nações europeias de 1.500 põe fim à ditadura religiosa e ignorância dos povos mantidos pela igreja Católica Apostólica Romana. Para não perder o controle dos povos através da fé na teologia da igreja romana, alguns padres, doutores da igreja, criaram um movimento protestante de fachada; eles tiraram as imagens de escultura de dentro das novas igrejas, mudaram os rituais de cultos e a arquitetura dos templos; mas continuaram transgredindo os mandamentos de Deus. Isto é, deixaram o culto aos deuses greco-romanos (politeísmo), mas continuaram negando e transgredindo os mandamentos do Deus bíblico (monoteísmo). É bom ressaltar que a igreja romana é a fiel parceira e detentora do conhecimento filosófico que surgiu na história em VII-VI a. C.. Logo, ambos possuem o objetivo de eliminar o Deus bíblico do consciente humano, e nada melhor do que fazer isso em nome do próprio Deus. Platão (IV a. C.), através de sua filosofia do mundo das ideias, é o exemplo máximo de que é possível, através da fé, direcionar e redirecionar o crente que insiste em não valorizar o conhecimento Bíblico e escolar (formal).    
O deísta Guilherme Miller
     Deísta é a pessoa que acredita em Deus, mas não aceita a bíblia como sendo revelação de Deus à humanidade. Guilherme Miller alistou-se como soldado voluntário para a guerra Anglo-Americana de 1812 e saiu como capitão em 1815; ele foi testemunha ocular quando os norte-americanos esmagaram um número superior de soldados ingleses – “um fato que ocasionou uma vira-volta em sua vida”. (Joan Francis)
Terminada a guerra Miller voltou à sua fazenda, mas seu estado espiritual estava ruim, o deísmo não lhe trazia paz, como caíra no niilismo (vazio), desafiou a Deus falando consigo mesmo, ou seja, orando; iria ler a bíblia em busca de resposta dos porquês de tantas desgraças e injustiças no mundo. Com esse propósito desafiador em mente iniciou a leitura da Bíblia com a decisão de não prosseguir na leitura  até que cada verso estivesse claro em sua mente, em concordância com todo o contexto estudado. Os livros de Daniel e Apocalipse, pela quantidade de símbolos proféticos, foram os mais desafiadores, de modo especial o relato de Daniel 8: 14. Miller interpretou a profecia e ficara eufórico e agradecido a Deus por ter-lhe comprovado que a Bíblia é uma carta revelada de Deus à humanidade. Pelas interpretações feitas, pensara ter encontrado o dia da segunda volta de Cristo para pôr fim a todo sofrimento e injustiças entre os homens. Com todos os cálculos feitos e refeitos, procurou os pastores protestantes mostrando-lhes suas novas descobertas bíblicas, nenhum deles contestou as conclusões de Miller, pelo contrário, abriram suas igrejas ao novo converso e pregador. Em poucos anos Miller convencera todos os protestantes e religiosos em geral que Cristo voltaria no dia 22/10/1844. Mas o grande dia chegou e Cristo não apareceu, decepcionados, a grande maioria dos religiosos caíra no vazio, no niilismo. É o início da descrença em massa por parte dos religiosos; a fé de muitos acabou levando-os a abandonarem suas congregações. Mas Miller e um pequeno grupo preferiram investigar para ver onde erraram, descobrindo que falharam quando ao evento, que nessa data, no céu, iniciara o juízo investigativo para ver quem dos mortos desde Adão seriam salvos; e não a segunda vinda de Cristo para dar-lhes a recompensa.
Entre esses novos investigadores encontrava-se a família metodista de Roberto, sua esposa Eunice e as filhas gêmeas Ellen e Elisabete Harmon. Ellen, aos dezessete anos é chamada por Deus para ser a nova profetisa desse novo movimento religioso que iniciara após a grande decepção de 1844. Antes de Ellen, Deus chamara dois jovens que rejeitaram a missão. Mais tarde Ellen casou-se com Tiago White, passando ser Ellen G. White, a profetisa da igreja Adventista do Sétimo Dia que iniciara com esses que não perderam a fé diante das decepções religiosas. Mais tarde descobriu-se que a decepção de 1844 estava profetizada em Apocalipse 10: 9-11. Onde, o que na boca era doce como mel (a data marcada para a volta de Cristo 22/10/1844); no ventre (a não vinda de Cristo) tornou-se amargo como fel. Logo, a igreja Adventista do Sétimo Dia surgiu para levar à humanidade de volta às praticas das leis divinas que foram alteradas nas Idades Média e Moderna, anunciando às nações a última mensagem de Deus, lembrando-as que o breve retorno de Cristo será uma realidade para o mundo contemporâneo.
Movimento filosófico
     O ceticismo filosófico elaborado pelos gregos, Santo Agostinho resumiu-os na filosofia dos maniqueístas e imortalidade da alma de Platão que o próprio Agostinho usara para compor o cristianismo Medieval. A oposição e fim do cristianismo maniqueísta-platônico foram possíveis a partir das cruzadas medievais ocorridas entre os séculos XI – XIV, quando os médicos e filósofos muçulmanos, Avicena e Averróis trouxeram a filosofia cético-científica de Aristóteles para o Ocidente, possibilitando o fim do absolutismo medieval. Santo Tomás de Aquino estudou Aristóteles, compreendeu que ele estava preocupado em fazer ciência e que era contrário às falácias religiosas de seu mestre Platão.
Com o fim do absolutismo medieval e independência das nações europeias, essas, sem nenhuma experiência política, a princípio, se esforçaram, cada uma à sua maneira, para construir seu Estado absoluto através das famílias mais ricas. Desse absolutismo até a descoberta dos benefícios da democracia, muito sangue foi derramado. Na França, com Luiz XIV, intitulado o grande, “o rei sol”; seu absolutismo Moderno tencionara superar o Medieval. Devido os conflitos, a França pós-Luiz XIV endividou-se a ponto do povo lutar pelo fim do absolutismo e instituição da democracia, fato concretizado após a queda da bastilha em 14 de julho de 1789. Immanuel Kant, filósofo prussiano, considerado o principal filósofo moderno, ficou tão eufórico que perdeu seu horário de caminhada, onde, pela exatidão do horário, muitos acertavam seus relógios ao vê-lo passando em frente suas casas.
     Os filósofos absolutamente céticos da Grécia foram praticamente esquecidos com a política filosófica religiosa medieval. A postura de muitas pessoas de diversas nações era de revolta aos religiosos, isso acontecia porque ainda não havia uma filosofia cética para eles anularem o movimento religioso católico-protestante; por isso o grande número de revolta armada contra os religiosos da época. Aos pouco surgem os filósofos Franceses: Michel de Montaigne (1533- 1596), Jurista, Político, filósofo e escritor cético, René Descartes (1596-1650), Físico, matemático e inaugurador do racionalismo moderno. François Marie, mais conhecido como Voltaire (1694-1778) deísta e filósofo iluminista, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), de origem suíça, mas morreu na França, obra principal: Contrato Social; Na Inglaterra: Francis Bacon (1561-1626), Fundador da ciência Moderna, John Locke (1636-1604), obra principal: contrato Social; na Itália, Nicolau Maquiavel, obra principal: O Príncipe; Na Holanda, Desiderio Erasmo, Humanista; no Reino Unido, Davi Hume (1711-1716), empirista; na Alemanha: Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), cientista e matemático, George Willelm Friedrich Hegel (1770-1831), filósofo historiador; Arthur Schopenhauer (1778-1860), poeta e filósofo, Friedrich W. Nietzsche (1844-1900), filólogo, filósofo, poeta, músico e crítico cultural, entre outros em diversos países. Contrapondo-os temos na Dinamarca Sören Kierkegaard (1813-1855), filósofo e teólogo Luterano defensor do pensamento bíblico, opositor radical a Hegel.
     Nietzsche é o filósofo que vai, através de sua filosofia, influenciar na formação dos ideais sociais do período Contemporâneo. Para elaborar sua filosofia, Nietzsche apossa-se do conceito de o mundo como vontade de Schopenhauer e do devir do Pré-Socrático Heráclito. A vontade para Schopenhauer é superior à mente e o devir de Heráclito é o movimento provocado pelo fogo que tudo transforma à sua ação, é o movimento originador de tudo que há, logo, para Heráclito, não há um Deus criador como ensina a Bíblia. À vontade schpenhauriana Nietzsche acrescentou o corpo como sendo superior a razão, e ao devir de Heráclito, o niilismo, ou seja, o nada como sendo o Deus bíblico. A partir desses conceitos Nietzsche cria sua filosofia do martelo, que tem como objetivo negar a existência de Deus e de Jesus como sendo um com o pai. Nos dias de Nietzsche sua filosofia não foi aceita entre os alemães; os franceses, por serem os mais céticos da época, adotaram sua filosofia e a divulgou às nações. O culto ao corpo visto atualmente é o resumo da filosofia de Nietzsche que defende a vontade e o corpo como superiores às qualidades da razão e Deus como sendo o nada.
Consciência é a mera superfície de nossa mente, da qual, como da terra, não conhecemos o interior mas apenas a crosta. Sob o intelecto consciente está a vontade consciente ou inconsciente, uma força vital esforçada e persistente, uma atividade espontânea, uma fonte de desejo imperioso. Pode, às vezes, parecer que o intelecto dirige a vontade, mas apena como um guia dirige seu amo; a vontade é “o cego robusto que carrega em seus ombros o coxo que vê”. (Schopenhauer, Os grandes filósofos, p. 42. 1958)
Conflitos mundiais
     Em meio às ideologias filosóficas, políticas e conflitos religiosos entre céticos, protestantes e católicos surgem as duas guerras mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945), entre esses conflitos bélicos, em 1933 o partido nazista de Hitler chega ao poder da Alemanha que se considerava uma raça superior, dispostos a eliminar o mal da terra, que, segundo entendiam eles, era os religiosos, especialmente os judeus que invadira a Europa da época. Nos holocaustos dos guetos com suas câmaras de gás, Hitler, o ditador, comandara o massacre matando mais de seis milhões de judeus, ciganos, deficientes físicos e mentais, alguns dos povos eslavos (poloneses e russos), comunistas, socialistas, Testemunhas de Jeová e homossexuais. A questão que pairava na mente de todos os religiosos da época era: se Deus existe, por que ele permite que tantas desgraças os atinjam? Diante dessas indagações duvidosas, a filosofia de Nietzsche adotada pelos franceses, trabalhará para anular Deus do consciente humano, estabelecendo de uma vez por todas o ceticismo radical. Nietzsche como filólogo, filósofo, poeta, músico, conhecedor da Bíblia e do protestantismo de seus avós maternos e paternos, pastores protestantes que vivenciaram a decepção dos adventistas seguidores de Miller, compõe sua filosofia valorizando a vontade e o corpo negando a racionalidade, os escritos bíblicos e Deus, que deve, através dos escritos bíblicos, imperar no uso da vontade e do corpo de seus seguidores.    
Nietzsche e os adventistas
     Das conclusões filosóficas de Nietzsche surgem muitos filósofos apregoando sua filosofia como a verdade para o tempo presente. Neste contexto, os adventistas não sabem o que fazer para desconstruir a filosofia de Nietzsche através das práticas dos princípios bíblicos e conselhos da profetisa Ellen G. White. Há um movimento atual dentro da igreja Adventista do Sétimo Dia que está fechado com a filosofia de Nietzsche através do abandono dos trajes bíblicos. As mulheres estão em foco, mas muitos homens estão caindo na mesma cilada filosófica.
Não haverá trajes de homem na mulher, e não vestirá o homem veste de mulher, porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu Deus. (Deuteronômio, 22:5)
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos vivos, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (Romanos 12:1)
Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém às mulheres que fazem profissões de servir a Deus) com boas obras. (I Timóteo 2: 9 e 10)
Ellen G. White
As mulheres cristãs não devem dar a trabalhos para se tornarem objetos de ridículo por vestir diferente do mundo. Mas, seguindo suas convicções de dever e respeito do vestir modesta e saudavelmente, elas se acham fora da moda, não devem mudar o vestuário afim de ser semelhante ao mundo; porém devem manifestar nobre independência e coragem moral para ser correta, ainda que o mundo inteiro delas defira. Caso o mundo introduza um modo de vestir decente, conveniente e saudável, que esteja em harmonia com a Bíblia, não muda nossa relação com Deus ou para com o mundo o adotar o tal estilo de vestuário. (http://novotempo.com/namiradaverdade/ellen-g-white-era-contra-o-uso-de-calcas-femininas/)
Isso, sem falar no uso de maquiagens, pinturas das unhas, saias curtas, na composição de músicas já acompanhadas de danças, etc. Os adventistas masculinos, nesse afã de exibir o corpo caem na mesma cilada. O movimento Nova Semente idealizada pela artista plástica Eliane Fogel, mantida pelo instituto Nova Semente que mantêm teólogos fascinados pelo racionalismo filosófico são os responsáveis por essas mudanças. As vestes masculinas que algumas apresentadoras da TV NT e esposas de pastores aparecem na mídia com o intuito de incentivar toda igreja fazer uso de modas mundanas não estão em harmonia com os escritos bíblicos. Se elas e pastores que as defendem estão corretos, por que essas mulheres não as usam nos cultos dos dias de sábado? Logo, se não é própria para o sábado, também não é para a semana, principalmente para quem vive do evangelho. Assim sendo, os pastores que não tinham filosofia na grade teológica e os membros mais antigos, não são ignorantes e analfabetos. Mas caso esse racionalismo filosófico adotado pelos teólogos e cúpula da igreja atual continue, duas coisas poderão acontecer: 1) a igreja Adventista do Sétimo Dia será apenas mais uma entre os religiosos exclusivamente capitalistas. 2) A profecia de que a igreja do último período profético seria morna, está se cumprindo ao pé da letra, sinalizando que a sacudidura começará quando os fieis a Deus se levantarem contra os pastores e membros Adventistas do Sétimo Dia que insistirem em negar  o poder do evangelho através do próprio evangelho.    
Quente ou frio?
     Segundo a Bíblia e a teologia adventista, os membros da sétima Igreja, ou período histórico, seriam compostos por crentes mornos, bom seria que fossem frios ou quentes, como optaram pela mornidão, não percebem que são miseráveis, pobres, cegos e nus, a ponto de serem vomitados da boca de Deus.
Eu sei as tuas obras, que não és frio e nem quente. Tomaras que foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio e nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: estou enriquecido e de nada tenho falta (e não sabe que é um desgraçado, miserável, pobre, cego e nu), aconselho-te que compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha de tua nudez; e que lave os olhos com colírio, para que vejas. (Apocalipse 3: 15-18)
Preconceito
     O preconceito é um conceito que está sendo mal utilizado e interpretado pela sociedade e autoridades. Opiniões contrárias jamais devem ser aceitas como preconceitos, pois, caso isso continue acontecendo, os parâmetros e limites deixarão de existir, fazendo triunfar a vontade dos mais espertos, aqueles que querem que seu jeito de ser triunfe; fazendo que princípios bíblicos, comportamentos morais, leis civis e militares caiam por terra porque eles entendem que seus gostos e preferências devem estar acima de tudo e todos. Caso isso continue sendo inquestionável, a barbárie e a imoralidade se instalarão em nome do preconceito.
     No dia 20/12/2016 vi uma reportagem na televisão feita no ITA, onde, o formando em engenharia, Talles de Oliveira Faria, 24 anos, protestou contra a faculdade por não aceita-lo como militar gay. Outros protestam porque muitas instituições religiosas não os aceitam com suas preferências no modo de se vestir, no uso de joias, maquiagens que modificam as aparências, em especial as tatuagens e joias femininas usadas por homens e mulheres tão populares nos dias atuais. Falei dos gays por ser a minoria que mais chocam com seu jeito de ser diante de certas formalidades que distinguem o homem da mulher. Mas esse é um problema de todas as minorias que vem se impondo como se eles fossem os únicos a terem seus direitos respeitados, esquecendo que seus direitos não devem tirar e inibir os de outros. O que precisamos entender é: Minhas preferências não devem corromper as dos outros. Devemos utilizar e apregoar nossas preferências nas ruas que são públicas ou em nossas casas. Fora desses ambientes, é dever de todos, respeitar os princípios dos outros, sejam eles bíblicos, religiosos, empresariais, institucionais, etc.; caso contrário, as minorias sempre estarão enfrentando problemas.