Resumo
Friedrich Wilhelm Nietzsche
(1844-1900) é o filósofo mais influente na arte de moldar a sociedade Contemporânea
à sua filosofia que tem como objetivo priorizar a vontade e o corpo em
detrimento da razão e dos escritos bíblicos, que foram, nas idades Moderna,
Medieval e Antiga, a controladora das emoções e da vontade que eram reprimidas racionalmente
no corpo através dos princípios bíblicos, da moral religiosa, corporações civis
e militares do Estado. Segundo Nietzsche, as pessoas de todas as épocas sempre
preferiram exaltar as expressões corporais que as qualidades da razão (cérebro).
E não é que ele está conseguindo provar sua hipótese alinhando ateus e
religiosos aos seus ideais filosóficos, fazendo muitas pessoas exaltar-se,
fazendo que o corpo seja cultuado pelo eu e pelos outros, satisfazendo seu ego quando
admira a si mesmo ou quando ouve elogios e admiração de outros (as). Nessa, os
escritos bíblicos, os deuses e Deus estão perdendo o status para o sujeito que quer
ser o centro das atenções a qualquer custo.
Palavras chave: católico,
protestante, ceticismo, Deus e filosofia.
A fé em Deus decai
O ideal pela independência das nações
europeias de 1.500 põe fim à ditadura religiosa e ignorância dos povos mantidos
pela igreja Católica Apostólica Romana. Para não perder o controle dos povos
através da fé na teologia da igreja romana, alguns padres, doutores da igreja,
criaram um movimento protestante de fachada; eles tiraram as imagens de
escultura de dentro das novas igrejas, mudaram os rituais de cultos e a arquitetura
dos templos; mas continuaram transgredindo os mandamentos de Deus. Isto é,
deixaram o culto aos deuses greco-romanos (politeísmo), mas continuaram negando
e transgredindo os mandamentos do Deus bíblico (monoteísmo). É bom ressaltar
que a igreja romana é a fiel parceira e detentora do conhecimento filosófico
que surgiu na história em VII-VI a. C.. Logo, ambos possuem o objetivo de
eliminar o Deus bíblico do consciente humano, e nada melhor do que fazer isso
em nome do próprio Deus. Platão (IV a. C.), através de sua filosofia do mundo
das ideias, é o exemplo máximo de que é possível, através da fé, direcionar e
redirecionar o crente que insiste em não valorizar o conhecimento Bíblico e
escolar (formal).
O deísta Guilherme Miller
Deísta é a pessoa que acredita em Deus,
mas não aceita a bíblia como sendo revelação de Deus à humanidade. Guilherme
Miller alistou-se como soldado voluntário para a guerra Anglo-Americana de 1812
e saiu como capitão em 1815; ele foi testemunha ocular quando os
norte-americanos esmagaram um número superior de soldados ingleses – “um fato
que ocasionou uma vira-volta em sua vida”. (Joan Francis)
Terminada
a guerra Miller voltou à sua fazenda, mas seu estado espiritual estava ruim, o
deísmo não lhe trazia paz, como caíra no niilismo (vazio), desafiou a Deus
falando consigo mesmo, ou seja, orando; iria ler a bíblia em busca de resposta
dos porquês de tantas desgraças e injustiças no mundo. Com esse propósito desafiador em mente iniciou a leitura da Bíblia com a decisão de não prosseguir na leitura até que cada verso estivesse claro em sua mente, em concordância com todo o contexto estudado. Os livros de Daniel e Apocalipse,
pela quantidade de símbolos proféticos, foram os mais desafiadores, de modo
especial o relato de Daniel 8: 14. Miller interpretou a profecia e ficara
eufórico e agradecido a Deus por ter-lhe comprovado que a Bíblia é uma carta
revelada de Deus à humanidade. Pelas interpretações feitas, pensara ter
encontrado o dia da segunda volta de Cristo para pôr fim a todo sofrimento e
injustiças entre os homens. Com todos os cálculos feitos e refeitos, procurou
os pastores protestantes mostrando-lhes suas novas descobertas bíblicas, nenhum
deles contestou as conclusões de Miller, pelo contrário, abriram suas igrejas
ao novo converso e pregador. Em poucos anos Miller convencera todos os
protestantes e religiosos em geral que Cristo voltaria no dia 22/10/1844. Mas o
grande dia chegou e Cristo não apareceu, decepcionados, a grande maioria dos
religiosos caíra no vazio, no niilismo. É o início da descrença em massa por
parte dos religiosos; a fé de muitos acabou levando-os a abandonarem suas
congregações. Mas Miller e um pequeno grupo preferiram investigar para ver onde
erraram, descobrindo que falharam quando ao evento, que nessa data, no céu,
iniciara o juízo investigativo para ver quem dos mortos desde Adão seriam
salvos; e não a segunda vinda de Cristo para dar-lhes a recompensa.
Entre esses novos investigadores encontrava-se a família
metodista de Roberto, sua esposa Eunice e as filhas gêmeas Ellen e Elisabete Harmon.
Ellen, aos dezessete anos é chamada por Deus para ser a nova profetisa desse
novo movimento religioso que iniciara após a grande decepção de 1844. Antes de
Ellen, Deus chamara dois jovens que rejeitaram a missão. Mais tarde Ellen
casou-se com Tiago White, passando ser Ellen G. White, a profetisa da igreja
Adventista do Sétimo Dia que iniciara com esses que não perderam a fé diante
das decepções religiosas. Mais tarde descobriu-se que a decepção de 1844 estava
profetizada em Apocalipse 10: 9-11. Onde, o que na boca era doce como mel (a data marcada para a volta de Cristo 22/10/1844);
no ventre (a não vinda de Cristo)
tornou-se amargo como fel. Logo, a igreja Adventista do Sétimo Dia surgiu para levar
à humanidade de volta às praticas das leis divinas que foram alteradas nas
Idades Média e Moderna, anunciando às nações a última mensagem de Deus,
lembrando-as que o breve retorno de Cristo será uma realidade para o mundo
contemporâneo.
Movimento filosófico
O ceticismo
filosófico elaborado pelos gregos, Santo Agostinho resumiu-os na filosofia dos
maniqueístas e imortalidade da alma de Platão que o próprio Agostinho usara
para compor o cristianismo Medieval. A oposição e fim do cristianismo
maniqueísta-platônico foram possíveis a partir das cruzadas medievais ocorridas
entre os séculos XI – XIV, quando os médicos e filósofos muçulmanos, Avicena e
Averróis trouxeram a filosofia cético-científica de Aristóteles para o
Ocidente, possibilitando o fim do absolutismo medieval. Santo Tomás de Aquino
estudou Aristóteles, compreendeu que ele estava preocupado em fazer ciência e que
era contrário às falácias religiosas de seu mestre Platão.
Com o fim do absolutismo medieval e independência das
nações europeias, essas, sem nenhuma experiência política, a princípio, se
esforçaram, cada uma à sua maneira, para construir seu Estado absoluto através
das famílias mais ricas. Desse absolutismo até a descoberta dos benefícios da
democracia, muito sangue foi derramado. Na França, com Luiz XIV, intitulado o
grande, “o rei sol”; seu absolutismo Moderno tencionara superar o Medieval. Devido
os conflitos, a França pós-Luiz XIV endividou-se a ponto do povo lutar pelo fim
do absolutismo e instituição da democracia, fato concretizado após a queda da
bastilha em 14 de julho de 1789. Immanuel Kant, filósofo prussiano, considerado
o principal filósofo moderno, ficou tão eufórico que perdeu seu horário de
caminhada, onde, pela exatidão do horário, muitos acertavam seus relógios ao
vê-lo passando em frente suas casas.
Os filósofos
absolutamente céticos da Grécia foram praticamente esquecidos com a política
filosófica religiosa medieval. A postura de muitas pessoas de diversas nações
era de revolta aos religiosos, isso acontecia porque ainda não havia uma
filosofia cética para eles anularem o movimento religioso católico-protestante;
por isso o grande número de revolta armada contra os religiosos da época. Aos
pouco surgem os filósofos Franceses: Michel de Montaigne (1533- 1596), Jurista,
Político, filósofo e escritor cético, René Descartes (1596-1650), Físico,
matemático e inaugurador do racionalismo moderno. François Marie, mais
conhecido como Voltaire (1694-1778) deísta e filósofo iluminista, Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778), de origem suíça, mas morreu na França, obra principal: Contrato
Social; Na Inglaterra: Francis Bacon (1561-1626), Fundador da ciência Moderna,
John Locke (1636-1604), obra principal: contrato Social; na Itália, Nicolau
Maquiavel, obra principal: O Príncipe; Na Holanda, Desiderio Erasmo, Humanista;
no Reino Unido, Davi Hume (1711-1716), empirista; na Alemanha: Gottfried
Wilhelm Leibniz (1646-1716), cientista e matemático, George Willelm Friedrich Hegel
(1770-1831), filósofo historiador; Arthur Schopenhauer (1778-1860), poeta e
filósofo, Friedrich W. Nietzsche (1844-1900), filólogo, filósofo, poeta, músico
e crítico cultural, entre outros em diversos países. Contrapondo-os temos na
Dinamarca Sören Kierkegaard (1813-1855), filósofo e teólogo Luterano defensor
do pensamento bíblico, opositor radical a Hegel.
Nietzsche é o filósofo que vai, através de sua
filosofia, influenciar na formação dos ideais sociais do período Contemporâneo.
Para elaborar sua filosofia, Nietzsche apossa-se do conceito de o mundo como vontade de Schopenhauer
e do devir do Pré-Socrático Heráclito.
A vontade para Schopenhauer é
superior à mente e o devir de
Heráclito é o movimento provocado pelo fogo que tudo transforma à sua ação, é
o movimento originador de tudo que há, logo, para Heráclito, não há um Deus
criador como ensina a Bíblia. À vontade schpenhauriana Nietzsche acrescentou o corpo como sendo superior a razão,
e ao devir de Heráclito, o niilismo,
ou seja, o nada como sendo o Deus bíblico. A partir desses conceitos Nietzsche
cria sua filosofia do martelo, que tem como objetivo negar a existência de Deus
e de Jesus como sendo um com o pai. Nos dias de Nietzsche sua filosofia não foi
aceita entre os alemães; os franceses, por serem os mais céticos da época,
adotaram sua filosofia e a divulgou às nações. O culto ao corpo visto
atualmente é o resumo da filosofia de Nietzsche que defende a vontade e o corpo
como superiores às qualidades da razão e Deus como sendo o nada.
Consciência é a mera superfície de nossa mente, da qual,
como da terra, não conhecemos o interior mas apenas a crosta. Sob o intelecto
consciente está a vontade consciente ou inconsciente, uma força vital esforçada
e persistente, uma atividade espontânea, uma fonte de desejo imperioso. Pode,
às vezes, parecer que o intelecto dirige a vontade, mas apena como um guia
dirige seu amo; a vontade é “o cego robusto que carrega em seus ombros o coxo
que vê”. (Schopenhauer, Os grandes filósofos,
p. 42. 1958)
Conflitos mundiais
Em meio às
ideologias filosóficas, políticas e conflitos religiosos entre céticos, protestantes
e católicos surgem as duas guerras mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945), entre
esses conflitos bélicos, em 1933 o partido nazista de Hitler chega ao poder da Alemanha
que se considerava uma raça superior, dispostos a eliminar o mal da terra, que,
segundo entendiam eles, era os religiosos, especialmente os judeus que invadira
a Europa da época. Nos holocaustos dos guetos com suas câmaras de gás, Hitler,
o ditador, comandara o massacre matando mais de seis milhões de judeus,
ciganos, deficientes físicos e mentais, alguns dos povos eslavos (poloneses e
russos), comunistas, socialistas, Testemunhas de Jeová e homossexuais. A
questão que pairava na mente de todos os religiosos da época era: se Deus
existe, por que ele permite que tantas desgraças os atinjam? Diante dessas
indagações duvidosas, a filosofia de Nietzsche adotada pelos franceses,
trabalhará para anular Deus do consciente humano, estabelecendo de uma vez por
todas o ceticismo radical. Nietzsche como filólogo, filósofo, poeta, músico, conhecedor
da Bíblia e do protestantismo de seus avós maternos e paternos, pastores protestantes que vivenciaram a
decepção dos adventistas seguidores de Miller, compõe sua filosofia valorizando
a vontade e o corpo negando a racionalidade, os escritos bíblicos e Deus, que deve, através dos escritos bíblicos, imperar no uso da vontade e do corpo de seus seguidores.
Nietzsche e os
adventistas
Das conclusões
filosóficas de Nietzsche surgem muitos filósofos apregoando sua filosofia como
a verdade para o tempo presente. Neste contexto, os adventistas não sabem o que
fazer para desconstruir a filosofia de Nietzsche através das práticas dos
princípios bíblicos e conselhos da profetisa Ellen G. White. Há um movimento
atual dentro da igreja Adventista do Sétimo Dia que está fechado com a
filosofia de Nietzsche através do abandono dos trajes bíblicos. As mulheres
estão em foco, mas muitos homens estão caindo na mesma cilada filosófica.
Não haverá trajes de homem na mulher, e não vestirá o homem
veste de mulher, porque qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu Deus.
(Deuteronômio, 22:5)
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis vossos corpos vivos, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional. (Romanos
12:1)
Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto,
com pudor e modéstia, não com tranças ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos
preciosos, mas (como convém às mulheres que fazem profissões de servir a Deus)
com boas obras. (I Timóteo 2: 9 e 10)
Ellen G. White
As mulheres cristãs não devem dar a trabalhos para se
tornarem objetos de ridículo por vestir diferente do mundo. Mas, seguindo suas
convicções de dever e respeito do vestir modesta e saudavelmente, elas se acham
fora da moda, não devem mudar o vestuário afim de ser semelhante ao mundo;
porém devem manifestar nobre independência e coragem moral para ser correta,
ainda que o mundo inteiro delas defira. Caso o mundo introduza um modo de
vestir decente, conveniente e saudável, que esteja em harmonia com a Bíblia,
não muda nossa relação com Deus ou para com o mundo o adotar o tal estilo de
vestuário. (http://novotempo.com/namiradaverdade/ellen-g-white-era-contra-o-uso-de-calcas-femininas/)
Isso, sem falar no uso de maquiagens, pinturas das unhas,
saias curtas, na composição de músicas já acompanhadas de danças, etc. Os
adventistas masculinos, nesse afã de exibir o corpo caem na mesma cilada. O
movimento Nova Semente idealizada pela artista plástica Eliane Fogel, mantida
pelo instituto Nova Semente que mantêm teólogos fascinados pelo racionalismo
filosófico são os responsáveis por essas mudanças. As vestes masculinas que
algumas apresentadoras da TV NT e esposas de pastores aparecem na mídia com o
intuito de incentivar toda igreja fazer uso de modas mundanas não estão em
harmonia com os escritos bíblicos. Se elas e pastores que as defendem estão
corretos, por que essas mulheres não as usam nos cultos dos dias de sábado? Logo,
se não é própria para o sábado, também não é para a semana, principalmente para
quem vive do evangelho. Assim sendo, os pastores que não tinham filosofia na
grade teológica e os membros mais antigos, não são ignorantes e analfabetos.
Mas caso esse racionalismo filosófico adotado pelos teólogos e cúpula da igreja
atual continue, duas coisas poderão acontecer: 1) a igreja Adventista do Sétimo
Dia será apenas mais uma entre os religiosos exclusivamente capitalistas. 2) A
profecia de que a igreja do último período profético seria morna, está se cumprindo ao pé da letra, sinalizando que a sacudidura começará quando os fieis a Deus se
levantarem contra os pastores e membros Adventistas do Sétimo Dia que insistirem
em negar o poder do evangelho através do
próprio evangelho.
Quente ou frio?
Segundo a
Bíblia e a teologia adventista, os membros da sétima Igreja, ou período
histórico, seriam compostos por crentes mornos, bom seria que fossem frios ou
quentes, como optaram pela mornidão, não percebem que são miseráveis, pobres,
cegos e nus, a ponto de serem vomitados da boca de Deus.
Eu sei as tuas obras, que não és frio e nem quente. Tomaras
que foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio e nem quente,
vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: estou enriquecido e de nada tenho
falta (e não sabe que é um desgraçado, miserável, pobre, cego e nu),
aconselho-te que compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes
brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha de tua nudez; e que lave
os olhos com colírio, para que vejas. (Apocalipse
3: 15-18)
Preconceito
O
preconceito é um conceito que está sendo mal utilizado e interpretado pela
sociedade e autoridades. Opiniões contrárias jamais devem ser aceitas como
preconceitos, pois, caso isso continue acontecendo, os parâmetros e limites deixarão
de existir, fazendo triunfar a vontade dos mais espertos, aqueles que querem
que seu jeito de ser triunfe; fazendo que princípios bíblicos, comportamentos morais,
leis civis e militares caiam por terra porque eles entendem que seus gostos e
preferências devem estar acima de tudo e todos. Caso isso continue sendo
inquestionável, a barbárie e a imoralidade se instalarão em nome do
preconceito.
No dia 20/12/2016
vi uma reportagem na televisão feita no ITA, onde, o formando em engenharia,
Talles de Oliveira Faria, 24 anos, protestou contra a faculdade por não
aceita-lo como militar gay. Outros protestam porque muitas instituições
religiosas não os aceitam com suas preferências no modo de se vestir, no uso de
joias, maquiagens que modificam as aparências, em especial as tatuagens e joias
femininas usadas por homens e mulheres tão populares nos dias atuais. Falei dos
gays por ser a minoria que mais chocam com seu jeito de ser diante de certas
formalidades que distinguem o homem da mulher. Mas esse é um problema de todas
as minorias que vem se impondo como se eles fossem os únicos a terem seus
direitos respeitados, esquecendo que seus direitos não devem tirar e inibir os
de outros. O que precisamos entender é: Minhas preferências não devem corromper
as dos outros. Devemos utilizar e apregoar nossas preferências nas ruas que são
públicas ou em nossas casas. Fora desses ambientes, é dever de todos, respeitar
os princípios dos outros, sejam eles bíblicos, religiosos, empresariais,
institucionais, etc.; caso contrário, as minorias sempre estarão enfrentando
problemas.