A política mundial está se reestruturando para continuar direcionando a humanidade de tal modo que garanta o domínio dos países ricos em detrimento dos menos desenvolvidos, não permitindo que os mais pobres mudem de status de explorados, mantendo assim, o mercado de mão de obra barata para os ricos exploradores. Infelizmente, no Brasil, esse ideal é mantido através da educação pública com apoio de muitos políticos e “educadores” que não diz uma palavra de protesto contra o sucateamento do ensino às crianças e adolescentes que serão o Brasil de amanhã. A maioria dos ideais que davam condições ao trabalhador ascender economicamente através da educação formal está chegando ao fim por meio da “progressão continuada” instituída no ensino público. Com esse paradigma o inocente estudante sabe que não precisa estudar para passar para a próxima série, impossibilitando o trabalho dos professores (as) que são responsabilizados por políticos e gestores da educação como os responsáveis pela degradação do ensino público, indignos de ter seu trabalho reconhecido através de boa remuneração, levando a sociedade contra a valorização do professor da escola pública. Por isso essa nova reestruturação idealizada pelos milionários que vendem a educação a quem possa pagar promovem a terceirização da educação pública, da mão de obra industrial e outros serviços públicos no Brasil. Logo, a educação pública não está ruim, tem que ser ruim.
O mais desejável continua sendo, em
todas as circunstâncias, uma rígida disciplina na época certa, ou
seja, ainda numa idade em que desperte orgulho ver que muito é exigido de si
mesmo. Pois isso diferencia de qualquer outra escola da dureza como boa: que
muito é exigido; que é exigido com rigor; que o bom, que até o excepcional é
exigido como natural; que o louvor é raro, que não há indulgência; que a
punição se impõe certeira, objetiva, sem exceção para talento e origem. Uma
escola assim é necessária em todos os sentidos: isso vale tanto para o mais
corpóreo quanto para o mais espiritual: funesto seria querer separar aqui! (Nietzsche, 202a, p. 151-152, § 14 [161]). (SOUSA. Nietzsche Asceta, p, 190)
Filósofo Isaías Correia Ribas