O criador, segundo a bíblia, é um ser
Onipotente (tem todo o poder), Onisciente (sabe tudo, até mesmo o
futuro), Onipresente (está presente em todos os lugares ao mesmo tempo). A
grande indagação de todos é: como um ser com todas essas características foi
capaz de permitir a origem do mal? Para refletir sobre essa questão temos que
retroceder ao passado antes que o planeta terra fosse adaptado à vida. No céu, Deus,
ao criar seres à Sua “semelhança”, criou-os livres dentro de um contexto que
não havia o antagonismo bem e mal. No céu, a liberdade acontecia num contexto
onde só havia o bem, o bom, o justo, o inefável, a perfeição. Outra questão,
como em um ambiente perfeito surgiu o imperfeito ou o mal? A liberdade dada aos seres criados não era
determinada, isto é, ser algum fora criado programado para ser o originador do
mal. Então, pela terceira vez, como o mal surgiu? Deus o pai, o filho e o
Espírito Santo, são seres que têm vida em si. Logo, qualquer um dos três podem
criar seres vivos a partir de si. Entre as criaturas que habitavam o céu,
Lúcifer (anjo de luz), era o primeiro abaixo da trindade, era o maior entre os
anjos, o regente do coro que louvava a Deus pelo dom da vida. Quando Deus
planejou adaptar o planeta Terra à vida, quis ele, Lúcifer, ser o agente
criador. Porém, Deus lembrou-lhe que ele, apesar de ser sábio e comandante, era
um ser criado, e, como tal, não tinha vida em si, logo, jamais poderia criar
seres vivos a partir de si. Triste! Em pensamentos, questionou a liberdade que
Deus lhes dera: não existe liberdade; Deus é um ditador; fomos criados apenas
para servir, sou sim capaz de gerar outro ser vivo a partir da vida que está em mim,
pensava Lúcifer. Deus, em sua Onisciência, fez Lúcifer entender de sua
incapacidade natural de ser igual ao criador, de ser Deus. Mostrou-lhe que era
melhor voltar atrás de suas pretensões continuando em seu posto de comandante e
regente do coro. Porém, com espírito voluntarioso, isto é, seguiu seus ideais certo de que não haveria nada que podesse desestimu-lá-lo de suas
pretensões, assim, iniciou sua rebelião no céu. Chegou aos anjos que ele comandava e
começou espalhar entre eles que Deus os havia criados apenas para servi-lo, que
não havia liberdade e sim ditadura. Deus, desta vez, reuniu a todos e
explicou-lhes o que estava acontecendo e até onde eles poderiam ir com a
rebelião, que Lúcifer os incitara, assim, quem quisesse voltar atrás, seu lugar
estava garantido, mas caso quisessem continuar estavam livres para rebelar-se,
mas teriam consequências, seriam expulsos do céu e lançados à vagar pelo
universo. Muitos voltaram a trás, mas uma terça parte preferiu seguir a Lúcifer
na rebelião. Foi então que houve guerra no céu e os rebeldes foram expulsos de
lá. Mesmo com a derrota de Lúcifer, a dúvida pairou na mente
das criaturas. Que faria Deus, continuaria com o projeto de adaptar o planeta
Terra à vida ou não? O espírito do mal já estava presente, se Deus criasse seres
à sua semelhança e livres como eram as criaturas do céu, correria o risco de
Lúcifer se vingar de Deus enganando essas novas criaturas, levando-as a terem a
mesma condenação que ele e seus seguidores tiveram. Foi dentro desse contexto
que Deus adaptou a terra às diversas formas de vida, e entre elas um casal à
Sua semelhança, com a mesma liberdade que havia para as criaturas celestiais,
isto é, criaturas não determinadas, não programadas para a fidelidade e nem
para a infidelidade.
Aqui aparece uma grande questão
intransponível, até o presente, para os questionamentos filosóficos: se Deus
não existe, de onde se originou a vida neste planeta? e o homem, como aprendeu a falar?
Se não foi Deus quem o criou, como ele aprendeu a falar, se comunicar? É
cientificamente comprovado que, se uma criança ao nascer, for isolada de seus
pais, deixando-a entre outras espécies, mesmo que ela sobreviva, jamais aprenderá a falar; mas a imitar o jeito de ser da espécie onde ela está
inserida. Como a filosofia e nem mesmo a ciência conseguem dizer com certeza
como o homem aprendeu a falar, o mais lógico é aceitar o relato bíblico de que houve um criador que se comunicou através da fala com suas criaturas.
Voltando ao tema principal. Quando
Deus acabou a obra de adaptação do planeta Terra à vida, após o sexto dia de
trabalho, no sétimo dia, parou para contemplar e avaliar tudo o que
criara e disse ser muito bom. Depois de um certo tempo, Deus criou Eva para ser
companheira de Adão, assim, como nas outras espécies haviam o macho e fêmea,
meios utilizados por Deus para habitar todo o planeta. Terminada a obra Deus
advertiu o casal sobre a existência de Lúcifer no universo e sobre o que
acontecera no céu, mas Lúcifer continuava livre para fazer sua obra: provar
para todo o universo racional que ele estava certo e que Deus é um ditador que
não ama, mas joga com suas criaturas, criando-as apenas para a exploração; que
eles também iriam ter que passar pela mesma prova de fidelidade que houve no
céu. Por isso, no jardim do Éden havia as duas árvores, uma que se chamava
árvore da vida e a outra, árvore do conhecimento do bem e do mal; desta última
eles não deveriam comer, nem mesmo tocar em seus frutos; de todas as outras que
haviam no jardim estava lá para servir-lhes de alimento e eles poderiam comer
livremente. Porém, da árvore do conhecimento do bem e do mal, caso comecem
morreriam. Deus advertiu-os que ficassem juntos, pois Lúcifer, iriam tentá-los
a partir daquela árvore. O que aconteceu, todos nós sabemos e serve até de
piadas na boca dos incrédulos. Eva comeu e fez com que Adão comece também, e
assim o pecado, a morte e o mal foi introduzido no planeta Terra. O período que
vivemos hoje, após o pecado, é um período dado por Deus a lúcifer, seus anjos e
a todo o universo que não caíra na conversa de lúcifer, possam compreender que
Deus é amor e Lúcifer o originador do mal para vingar-se de Deus, por Ele não
ter permitido que ele fosse o meio pelo qual nosso planeta fosse adaptado à
vida. O atual plano de salvação que se concretizou com a morte de Jesus Cristo
é apenas para os seres humanos que O aceitarem como seu salvador pessoal. Após
esse período de graça virá o juízo final, consequentemente a salvação dos
fiéis, estabelecendo assim, a ordem perfeita que havia no céu e no Jardim do Éden!
Filósofo Isaías Correia Ribas
Filósofo Isaías Correia Ribas