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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O RACIONALISMO E A LIBERDADE



          O conceito racionalismo, neste texto, significa: à busca da liberdade sem a interferência da religiosidade, da fé. Logo, racionalismo é antropocentrismo. A filosofia é isso mesmo, antropocentrismo ou racionalismo, e sua função cognitiva sempre foi e será construir conhecimentos essencialmente humanos, desligados de qualquer interferência religiosa. Porém, à busca da liberdade, ou a própria liberdade Universal, já existia antes mesmo da filosofia e do cientificismo antigo. Digo mais, o alicerce básico do Criador do Universo é a própria liberdade; prova disso é a busca da liberdade pelas criaturas, sejam elas pessoas de fé ou não, racionalistas ou biblistas.
          A liberdade é tema filosófico. A questão é: como deixar de ser servo de alguns para ser livre, mas livres dentro de uma ordem legal? Até o Renascimento (séc. XV e XVI), a política alicerçada em bases religiosas, não conseguiu encontrar o equilíbrio para dar à sociedade Medieval a liberdade política e religiosa, pelo contrário, a força bélica sempre foi o meio de imposição à liberdade de alguns em detrimento das de outros, logo, uns tinham que se “contentar” em ser serviçal para dar condições de liberdade a outros. Então, de um jeito ou de outro, não havia liberdade, muito menos a paz. Especifiquei a Idade Média, mas em toda antiguidade a mesma lógica existiu. Do Renascimento à Pós-Modernidade, busca-se definir a pratica da liberdade sem libertinagem, sem badernas, cada um sendo livre e consciente para a concretização da ordem política e religiosa (pública). Dessas duas forças sociais dependem a ordem e paz mundial.
          Os pensadores, filósofos e cientistas Modernos debruçaram sobre o tema a fim de encontrar uma definição prática para a liberdade, e claro, encontrando-a, o caminho para a paz mundial estaria “definido”. Nicolau Maquiavel (1469-1527); As teorias contratualista de Thomas Hobbes (1588-1679); John Locke (1632-1704); Montesquieu (1689-1755); Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) entre outros, foram definitivas para chegar à definição de liberdade. Então, resta-nos, conscientizar a sociedade racionalista e religiosa que a submissão voluntária às leis criadas e aprovadas pela sociedade é a definição de liberdade, da verdadeira liberdade. Isto é, a ordem social depende de cada cidadão submeter-se à lei; enquanto isto não acontecer plenamente, os conflitos sociais continuarão. Valeu o esforço racionalista, porém, a conclusão deles é a mesma bíblica: àqueles que não estão de acordo com a lei, estão sujeitos aos preceitos da lei, às suas penalidades legais.
          Diz a bíblia: Que diremos? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento operou em mim toda espécie de concupiscência; porquanto onde não há lei está morto o pecado. E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado e eu morri; e o mandamento que era para a vida, esse achei que me era para a morte. Porque o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou. De modo que a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. Romanos, 7:7-12.
          Disse Davi: Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos. Salmos, 19:8.
          Logo, conclui-se: não há ordem sem obediência voluntária às leis humanas, muito menos salvação sem o reconhecimento de uma lei Universal, lei esta que só poderemos aceitá-la e praticá-la se nascermos de novo. Isso acontecendo, o novo nascimento, por amor a Deus e à ordem Universal, alegremente obedece-se os mandamentos da santa lei de Deus! Os crentes atuais querem a salvação, mas não reconhecem a vigência dos mandamentos divinos. Logo, não estão em busca da ordem Universal, da verddeira liberdade. Então, a salvação e a graça de Cristo, sem essas, os crentes continuam negando a vigência da lei e o poder da graça, logo, não há salvação.  Também é bom dizer, o legalismo não salva, a prática espiritual da lei depende, como disse, do novo nascimento e da graça de Cristo. A salvação operará em nós se voluntariamente submetermos às orientações divinas, caso contrário, a fria letra da lei nos condenará e a graça nada poderá fazer por nós.

         A lei Universal é justa tanto quanto seu autor, Deus o Criador. A justiça divina equipara-se ao seu amor, por amor à suas criaturas terrestres Ele enviou seu filho Jesus para sofrer a justiça da lei e mostrar a todo o Universo que é possível àqueles que O amam guardar os Seus mandamentos. Então, através da morte de Cristo provado foi que a lei Universal é santa, justa e boa. E a graça de Cristo capacita-nos a viver segundo a lei Deus!
          Satanás e a terça parte dos anjos tiveram seu período de graça no céu, mas preferiram fazer uso da liberdade, desafiou a Deus querendo ser igual a Ele, preferindo seguir em sua voluntariosidade que voltar atrás pela graça divina e obter o perdão.
          Houve guerra no céu: Miguel e seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não prevaleceram, nem mais os eu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e seus anjos foram precipitados com ele. Apocalipse 12:7-9.
          A mesma justiça aplicada à Satanás e seus anjos, aplicar-se-á a todos os habitantes da Terra, passado, presente e futuro.

Professor e filósofo Isaías Correia Ribas.