O conceito racionalismo, neste texto,
significa: à busca da liberdade sem a interferência da religiosidade, da fé.
Logo, racionalismo é antropocentrismo. A filosofia é isso mesmo, antropocentrismo
ou racionalismo, e sua função cognitiva sempre foi e será construir
conhecimentos essencialmente humanos, desligados de qualquer interferência religiosa. Porém, à busca da liberdade, ou a própria liberdade Universal, já
existia antes mesmo da filosofia e do cientificismo antigo. Digo mais, o
alicerce básico do Criador do Universo é a própria liberdade; prova disso é a
busca da liberdade pelas criaturas, sejam elas pessoas de fé ou não,
racionalistas ou biblistas.
A liberdade é tema filosófico. A
questão é: como deixar de ser servo de alguns para ser livre, mas livres dentro
de uma ordem legal? Até o Renascimento (séc. XV e XVI), a política alicerçada
em bases religiosas, não conseguiu encontrar o equilíbrio para dar à sociedade
Medieval a liberdade política e religiosa, pelo contrário, a força bélica
sempre foi o meio de imposição à liberdade de alguns em detrimento das de
outros, logo, uns tinham que se “contentar” em ser serviçal para dar condições
de liberdade a outros. Então, de um jeito ou de outro, não havia liberdade,
muito menos a paz. Especifiquei a Idade Média, mas em toda antiguidade a mesma
lógica existiu. Do Renascimento à Pós-Modernidade, busca-se definir a pratica da
liberdade sem libertinagem, sem badernas, cada um sendo livre e consciente para
a concretização da ordem política e religiosa (pública). Dessas duas forças
sociais dependem a ordem e paz mundial.
Os pensadores, filósofos e cientistas
Modernos debruçaram sobre o tema a fim de encontrar uma definição prática para
a liberdade, e claro, encontrando-a, o caminho para a paz mundial estaria “definido”.
Nicolau Maquiavel (1469-1527); As teorias contratualista de Thomas Hobbes
(1588-1679); John Locke (1632-1704); Montesquieu (1689-1755); Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778) entre outros, foram definitivas para chegar à definição de liberdade. Então, resta-nos, conscientizar a sociedade racionalista e religiosa
que a submissão voluntária às leis criadas e aprovadas pela sociedade é a
definição de liberdade, da verdadeira liberdade. Isto é, a ordem social depende de cada cidadão
submeter-se à lei; enquanto isto não acontecer plenamente, os conflitos sociais
continuarão. Valeu o esforço racionalista, porém, a conclusão deles é a mesma
bíblica: àqueles que não estão de acordo com a lei, estão sujeitos aos preceitos
da lei, às suas penalidades legais.
Diz a bíblia: Que diremos? É a lei pecado? De
modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não
conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o
pecado, tomando ocasião pelo mandamento operou em mim toda espécie de concupiscência;
porquanto onde não há lei está morto o pecado. E outrora eu vivia sem a lei;
mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado e eu morri; e o mandamento
que era para a vida, esse achei que me era para a morte. Porque o pecado,
tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou. De modo que a
lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. Romanos, 7:7-12.
Disse Davi: Os preceitos do Senhor
são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os
olhos. Salmos, 19:8.
Logo, conclui-se: não há ordem sem obediência
voluntária às leis humanas, muito menos salvação sem o reconhecimento de uma
lei Universal, lei esta que só poderemos aceitá-la e praticá-la se nascermos de
novo. Isso acontecendo, o novo nascimento, por amor a Deus e à ordem Universal,
alegremente obedece-se os mandamentos da santa lei de Deus! Os crentes atuais
querem a salvação, mas não reconhecem a vigência dos mandamentos divinos. Logo,
não estão em busca da ordem Universal, da verddeira liberdade. Então, a salvação e a graça de Cristo,
sem essas, os crentes continuam negando a vigência da lei e o poder da
graça, logo, não há salvação. Também é bom
dizer, o legalismo não salva, a prática espiritual da lei depende, como disse,
do novo nascimento e da graça de Cristo. A salvação operará em nós se
voluntariamente submetermos às orientações divinas, caso contrário, a fria
letra da lei nos condenará e a graça nada poderá fazer por nós.
A lei Universal é justa tanto quanto
seu autor, Deus o Criador. A justiça divina equipara-se ao seu amor, por amor à
suas criaturas terrestres Ele enviou seu filho Jesus para sofrer a justiça da
lei e mostrar a todo o Universo que é possível àqueles que O amam guardar os Seus
mandamentos. Então, através da morte de Cristo provado foi que a lei Universal
é santa, justa e boa. E a graça de Cristo capacita-nos a viver segundo a lei
Deus!
Satanás e a terça parte dos anjos
tiveram seu período de graça no céu, mas preferiram fazer uso da liberdade,
desafiou a Deus querendo ser igual a Ele, preferindo seguir em sua
voluntariosidade que voltar atrás pela graça divina e obter o perdão.
Houve guerra no céu: Miguel e seus
anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não
prevaleceram, nem mais os eu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande
dragão, a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, que engana todo o
mundo; foi precipitado na terra, e seus anjos foram precipitados com ele. Apocalipse
12:7-9.
A mesma justiça aplicada à Satanás e
seus anjos, aplicar-se-á a todos os habitantes da Terra, passado, presente e
futuro.
Professor e filósofo Isaías
Correia Ribas.