Olá pessoal do CQC, parabéns pelo programa que está alavancando a conscientização dos brasileiros referente às picaretagens que há nos seguimentos sociais. O programa está ótimo, vocês não são sensacionalistas, são questionadores que querem um Brasil melhor, com cidadãos conscientes, capaz de por si só, por meio do voto na festa das eleições, ou na compra de um bem, acabar com as picaretagens política e comercial brasileira.
O que tenho a dizer é referente à educação: O senador Buarque é sim um demagogo como disse os seus colegas, pois todos eles, os políticos, sabem que o problema é ideológico. A educação não vai melhorar pelo fato de seus filhos irem estudar nas escolas públicas; nem por melhor capacitação dos professores, pois as escolas privadas quando querem professores elas os contratam do estado, logo, os professores são os mesmos; nossos salários são baixos e os direitos trabalhistas são tirados todos os meses de nossos contra cheques, mas o idealista professor continua acreditando. A verdade meus caros é que, nem mesmo os professores perceberam que fazem parte da estratégia ideológica para a manutenção do Brasil Colônia, do medievalismo, em pleno período Pós-Moderno.
Esta ideologia está disfarçada no programa progressão continuada, que cai na aprovação automática. A maioria dos jovens graduado no ensino médio saem pior do que um graduado na quarta série dos anos setenta. Sou professor de filosofia do estado e sei o que estou dizendo, há jovens no segundo ano do E. M. que não sabem ler e não têm atestado de portador de cuidados especiais, eles se divertem com essa situação: se o governo prefere assim o que podemos fazer? ironizam. No período noturno é pior, o estudante fala na cara do professor, não vou estudar, não vou fazer prova e nem trabalho e quero a minha nota azul, Pra que estudar? Ladrão de carros e vendedor de drogas não precisa saber, o governo sabe que funciona assim e a escola vai me dar o diploma, e se os professores não atender os alunos a administração é clara, nota vermelha, no conselho vira azul, e se assim não for o que será que poderá acontecer? A progressão continuada é o programa de deseducação dos brasileiros de baixa renda, esta situação é útil para a manutenção dos políticos corruptos, de empresas que agem de má fé e das religiões que precisam de pessoas “inconscientes”, com pouca escolaridade para manter a exploração generalizada.
Mas como mudar esse status quo implantado logo após a queda da ditadura? Perceba meu caro, caiu ditadura militar e entrou a do não conhecimento que indubitavelmente é pior que a anterior. Todas as mudanças num Estado democrático elas só ocorrem por meio da pressão popular, isto é, os cidadãos por meio do voto podem trocar todos os políticos por outros com propostas melhores. Porém, os políticos sabem que a população brasileira é descendente do Brasil Colônia, da escravidão, contentam-se com promessas e esmolas, e os mesmos estão sempre gratos por terem um senhor que lhes explora, mas lhe dá ração suficiente para o labor do próximo dia. Quanto à educação, os pais dessa atual juventude acham que é vantajoso para o filho não saber e possuir um diploma, ou diplomas. Pais, diplomas sem conhecimento é diploma para a escravidão, para jovens sem perspectivas, obrigados a encontrarem nos furtos e nas drogas alguma perspectiva de futuro para se alto afirmarem. Se a população não se posicionar frente a essa barbaridade, achando que a elite política vai fazer alguma coisa para melhorar nossa situação, pode deitar, porque isso nunca aconteceu e jamais acontecerá, a elite só muda suas estratégias quando for para o bem deles, um exemplo? “A Progressão Continuada”. Já é passada hora dos brasileiros refletirem e olharem para as Câmaras dos vereadores, dos deputados, do Senado e do poder executivo, Geralmente, essas estâncias estão ocupadas por famílias donas das Capitanias hereditárias que o governo português lhes deu para explorarem as terras brasileiras, por isso eles só governam para eles, fazendo política de anulação da grande massa populacional. Quanto mais ignorantes formos, mais trabalhadores eles terão para seu próprio bem. A elite política brasileira continua sendo ocupada por descendentes de estrangeiros que para cá vieram e vem para a exploração. A presidenta brasileira assinou com o presidente dos Estados Unidos o intercâmbio de cem mil jovens para estudos e trabalhos, quem será que está na vantagem, e quais jovens brasileiros estão aptos a irem estudar e trabalhar na América do Norte?
Isaías Correia Ribas, filósofo e professor de filosofia.
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quarta-feira, 13 de julho de 2011
sexta-feira, 8 de julho de 2011
ACASO, NIILISMO, SOBRENATURAL, OU LIMITAÇÃO RACIONAL?
Segundo o racionalismo filosófico e científico nada pode vir do nada, há milênios esta máxima foi ensinada nos meios acadêmicos. Hoje, pensar assim é senso comum. Logo, crer nessa máxima é a forma mais simples de negar a existência de um Deus criador e mantenedor do universo e em seu plano de salvação. A lógica que há neste pensamento é humana, por isso é limitada e sendo assim, todos os limitados que preferem viver dentro das limitações antropocêntricas, preferem crer nos seus pares que expandir seus conhecimentos além do homem, na revelação bíblica. Esta não está fundamentada no acaso e não cai no niilismo filosófico Pré-Socrático, contemporâneo e em seus meandros. Viver segundo as revelações bíblicas dá sentido à vida e quem vive pela fé em seus ensinamentos não se deprime. Trocar a fé pelo racionalismo é caminhar em direção à depressão existencial. A lógica sobrenatural, como o próprio nome diz, está sobre, acima da natureza. A lógica divina está fundamentada na fé e aqui não há espaço para o antropocentrismo, mas Há sim espaço para a racionalidade, para a compreensão, a apreensão, para um viver de esperança fundamentada na concretude da pessoa de Jesus Cristo e em outros eventos históricos, pois tudo o que fora prometido no velho testamento, cumpriu-se na pessoa de Jesus. Então, por que razão não crer nas revelações apocalípticas? O mundo cristão sempre esteve em decadência porque preferiram o racionalismo filosófico que a fé nas revelações bíblicas. Atualmente, a partir das revelações dadas à Ellen G. White (1844-1915), as pessoas de fé têm um adicional bíblico, mas não superior, para fazer frente ao racionalismo filosófico e científico, dando àqueles que crêem e que querem a vida eterna, uma luz mais simples que o racionalismo teológico, pois este, a partir de Santo Agostinho (354-430 d.C.), já fora contaminado por sua filosofia. Os Adventistas do Sétimo Dia é a igreja detentora dos escritos de Ellen G. White. O que me surpreende é que eles não aceitam Ellen G. White como profetiza e sim como uma escritora comum, dando-lhe um status teológico. Isto é descrença, falta de fé, preferência ao racionalismo que à revelação. E pior é a contradição dos pastores e de seus pregadores em geral que, quando querem convencer seus ouvintes fundamentam suas falas na revelação dada a profetiza White.
Ellen G White é a profetiza escolhida por Deus para lançar mais luz ao plano de salvação antes da segunda volta de Jesus Cristo, e para contrapor o racionalismo iluminista que lançava naqueles dias a fé em Deus por terra. O que os Pré-Socráticos não conseguiram o racionalismo contemprâneo conseguira: eleger a deusa da razão. Não há saída, quem quer a salvação precisa crer no plano divino e segui-lo, caso contrário, mesmo pertencendo a qualquer instituição religiosa a perdição eterna será seu galardão. O aparente silêncio divino é o espaço para a fé e não a prova que Deus não existe, sem esse aparente niilismo não há como provar aqueles que herdarão o reino eterno que Deus preparou aos seus fiéis.
Isaías Correia Ribas, filósofo e professor de filosofia.
Ellen G White é a profetiza escolhida por Deus para lançar mais luz ao plano de salvação antes da segunda volta de Jesus Cristo, e para contrapor o racionalismo iluminista que lançava naqueles dias a fé em Deus por terra. O que os Pré-Socráticos não conseguiram o racionalismo contemprâneo conseguira: eleger a deusa da razão. Não há saída, quem quer a salvação precisa crer no plano divino e segui-lo, caso contrário, mesmo pertencendo a qualquer instituição religiosa a perdição eterna será seu galardão. O aparente silêncio divino é o espaço para a fé e não a prova que Deus não existe, sem esse aparente niilismo não há como provar aqueles que herdarão o reino eterno que Deus preparou aos seus fiéis.
Isaías Correia Ribas, filósofo e professor de filosofia.
sábado, 2 de julho de 2011
PROBLEMAS DA CONCEITUAÇÃO FILOSÓFICA
Para entender a finalidade da filosofia é preciso ter em mente que a sua proposta cognitiva é conclusiva a partir da visão do todo, pois segundo ela, o olhar somente à fração, ao particular, tende à miopia cognitiva e às falácias, ao erro. Então, se os investigadores que estão em busca de verdades fixarem seu olhar a partir dos gregos, ignorando o passado, indubitavelmente suas conclusões são passíveis de dúvidas. A filosofia ocidental surgiu no (século VII a. c.), então, não devemos nos esquecer que segundo o calendário bíblico já havia passado aproximadamente três mil anos, logo, todas as culturas passadas têm que ser consideradas e se assim não for, as conclusões filosóficas, teológicas e alegóricas estarão erradas. A filosofia grega nasceu para questionar o criacionismo bíblico e a mitologia. Antes do antropocentrismo filosófico as explicações quanto ao conhecimento e o modo como se conhecia eram fundamentados na revelação e nas alegorias míticas, estórias criadas pelos místicos gregos. As alegorias já eram o resultado da precariedade antropocêntrica proposta contra o criacionismo bíblico. A mitologia é extensão modificada do politeísmo bíblico. O politeísmo já era a forma de questionar os adeptos do monoteísmo que tinha como representante maior Adão e sua fiel descendência, tais deuses não eram antropomórficos, eram imagens compostas de elementos naturais que eram expostas nos bosques ou em elevadas topografias, e o Olimpo, o mais alto monte da Grécia antiga fora dedicado aos seus deuses. Com a mitologia grega, ao politeísmo foi dada a forma humana e suntuosos templos foram lhes dedicados. A mística grega era formada por uma elite sacerdotal e esta ensinava a população que as grandes conquistas bélicas, desportivas e catástrofes naturais eram conseqüência direta da intervenção de seus deuses mitológicos.
Os primeiros filósofos eram pessoas transparentes, explícitas e a proposta deles era provar por meio do empirismo sensível, que tanto a teoria do criacionismo quanto as explicações mitológicas não tinham fundamentos, e que tudo o que havia no Cosmo havia surgido espontaneamente, e Deus o Criador não era nada mais que um conceito.
O primeiro período filosófico é o da Physis (natureza), ou Pré-Socráticos. Começou no séc. VII a.C. e findou no V, por duzentos anos esses desafiadores buscaram provar suas hipóteses, porém, foram incapazes diante de tamanha pretensão. Algumas das questões de seus compatriotas eram: Como é possível o mármore e os diversos metais surgirem da água? E o animal racional, por que somente o homem evoluiu em meio a tantos outros irracionais? Logo, deduz-se que a proposta filosófica dos naturalistas morreu com aqueles gregos, eles não foram capazes de eliminar a influência e o propósito do Deus criador e da mitologia ou o politeísmo do imaginário humano.
O conceito ‘alma’ no hebraico é pessoa. Porém, a conceituação filosófica busca descaracterizá-lo. O ‘logos’ bíblico é palavra, mas, a filosofia interpreta o logos como sendo Deus, o ‘logos’ é a palavra de Deus, não o ser que tudo cria como querem os racionalistas. A jogada é a seguinte: dar Status à palavra e eliminar o Deus da palavra que é extensão do poder do próprio Deusa. “E disse Deus”... (Gênesis: 1). E ainda, a filosofia valoriza a alma em detrimento do corpo.
Alguns filósofos Pré-Socráticos: Tales de Mileto (séc. VII – VI a. C) foi o primeiro filósofo desse período, ele trabalhou com a hipótese de ser a água ou a umidade a origem da vida no Cosmo. Seus contemporâneos Anaximandro e Anaxímenes compunham o trio da escola de Mileto. Pitágoras de Samos (580-497 a. C.), pai da matemática foi o principal adepto da religiosidade órfica, de Orfeu, que cultuava Dionísio, originário da Trácia. Os órficos acreditavam na imortalidade da alma e na transmigração através de vários corpos, a fim de efetivar sua purificação. Pitágoras tornou-se figura legendária na própria antiguidade. No lugar de Dionísio colocou a matemática. “A grande novidade introduzida, certamente pelo próprio Pitágoras, na religiosidade órfica foi a transformação do processo de libertação da alma num esforço inteiramente subjetivo e puramente humano. A purificação resultaria do trabalho intelectual, que descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma semelhante ao cosmo, em harmonia, proporção e beleza. Pitágoras teria chegado a concepção de que todas as coisas são números através, inclusive, de uma observação no campo musical” (Os Pensadores. Pré-Socráticos. Tradução: Prof. José Cavalcante de Souza. Pág. 17e18, Ed. Nova Cultural Ltda. SP.
“O orfismo ensina a divindade da alma e a impureza do corpo. A morte é uma libertação. O centro de suas preocupações é a vida futura” (Dicionário Básico de Filosofia. Hilton Japiassú/Danilo Marcondes. Ed. Zahar. RJ)
Heráclito de Éfeso, filósofo obscuro, para ele todo o Cosmo está em movimento constante em ser e não ser, e esse movimento é a causa de toda ordem inorgânica e orgânica, sendo esta conseqüência das forças inorgânicas, e a morte é o simples retorno ao inorgânico. Heráclito foi quem afirmou primeiro: tudo é apenas uma construção conceitual e que o Deus criador pregado pelos hebreus não passa de um conceito, e esse conceito divino é o ‘logos’. Nietzsche, Friedrich (1844-1900) é o filósofo Contemporâneo defensor da filosofia de Heráclito. Parmênides de Eléia (final do séc. VI e início do V), contestou Heráclito afirmando que o ser é, e o não ser, não é. Nada pode ser e não ser ao mesmo tempo, logo, Parmênides é o pai da Ontologia (estudo do ser). Da filosofia Pré-Socrática saiu os atuais quatro elementos da natureza: Água, ar, fogo e terra, porém, Deus o criador e a mitologia continuam desafiando aqueles que querem eliminá-los do consciente humano. Da Physis restou apenas ciência, herdeira da proposta filosófica Pré-Socrática que continuam insistindo na não existência do Deus criador, mantenedor e possuidor do plano de salvação no qual, Jesus Cristo é o principal responsável, junto com o pai e o Espírito Santo. A ciência gaba-se de sua exatidão porque trabalha com as frações e estas estão limitadas aos conceitos e metodologias puramente humanas, mas as mesmas, se aplicadas à natureza não são precisas. Logo, os cientistas trabalham com o limitado e a teologia pensa e tem fé a partir do ilimitado, sobrenatural.
Após a filosofia da natureza surgiu os clássicos que tem como seus principais representantes Sócrates, Platão e Aristóteles. Foram esses os responsáveis por toda cultura ocidental. Esses, despreocupados em filosofar a natureza, voltam-se à psique, buscam compreender o universo a partir da razão e dessa premissa desenvolve-se a política, a ética (código morais), a metafísica, o idealismo, em fim, uma nova filosofia construída a partir de diversas formas de pensar, uma confusão racional, mística, mítica e metafísica disfarçada de sobrenatural. Deus, a partir desse período não é mais uma referência ao criador bíblico, mas sim, ao deus racionalizado, pensado pelos diferentes filósofos. Sócrates cria em uma inteligência superior ordenadora do cosmo; O deus de Platão era o demiurgo, deus plasmador, aquele que cria a partir da matéria; e o deus de Aristóteles era o motor imóvel que move todas as coisas sem se mover.
Isaías Correia Ribas, filósofo e professor de filosofia
Os primeiros filósofos eram pessoas transparentes, explícitas e a proposta deles era provar por meio do empirismo sensível, que tanto a teoria do criacionismo quanto as explicações mitológicas não tinham fundamentos, e que tudo o que havia no Cosmo havia surgido espontaneamente, e Deus o Criador não era nada mais que um conceito.
O primeiro período filosófico é o da Physis (natureza), ou Pré-Socráticos. Começou no séc. VII a.C. e findou no V, por duzentos anos esses desafiadores buscaram provar suas hipóteses, porém, foram incapazes diante de tamanha pretensão. Algumas das questões de seus compatriotas eram: Como é possível o mármore e os diversos metais surgirem da água? E o animal racional, por que somente o homem evoluiu em meio a tantos outros irracionais? Logo, deduz-se que a proposta filosófica dos naturalistas morreu com aqueles gregos, eles não foram capazes de eliminar a influência e o propósito do Deus criador e da mitologia ou o politeísmo do imaginário humano.
O conceito ‘alma’ no hebraico é pessoa. Porém, a conceituação filosófica busca descaracterizá-lo. O ‘logos’ bíblico é palavra, mas, a filosofia interpreta o logos como sendo Deus, o ‘logos’ é a palavra de Deus, não o ser que tudo cria como querem os racionalistas. A jogada é a seguinte: dar Status à palavra e eliminar o Deus da palavra que é extensão do poder do próprio Deusa. “E disse Deus”... (Gênesis: 1). E ainda, a filosofia valoriza a alma em detrimento do corpo.
Alguns filósofos Pré-Socráticos: Tales de Mileto (séc. VII – VI a. C) foi o primeiro filósofo desse período, ele trabalhou com a hipótese de ser a água ou a umidade a origem da vida no Cosmo. Seus contemporâneos Anaximandro e Anaxímenes compunham o trio da escola de Mileto. Pitágoras de Samos (580-497 a. C.), pai da matemática foi o principal adepto da religiosidade órfica, de Orfeu, que cultuava Dionísio, originário da Trácia. Os órficos acreditavam na imortalidade da alma e na transmigração através de vários corpos, a fim de efetivar sua purificação. Pitágoras tornou-se figura legendária na própria antiguidade. No lugar de Dionísio colocou a matemática. “A grande novidade introduzida, certamente pelo próprio Pitágoras, na religiosidade órfica foi a transformação do processo de libertação da alma num esforço inteiramente subjetivo e puramente humano. A purificação resultaria do trabalho intelectual, que descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma semelhante ao cosmo, em harmonia, proporção e beleza. Pitágoras teria chegado a concepção de que todas as coisas são números através, inclusive, de uma observação no campo musical” (Os Pensadores. Pré-Socráticos. Tradução: Prof. José Cavalcante de Souza. Pág. 17e18, Ed. Nova Cultural Ltda. SP.
“O orfismo ensina a divindade da alma e a impureza do corpo. A morte é uma libertação. O centro de suas preocupações é a vida futura” (Dicionário Básico de Filosofia. Hilton Japiassú/Danilo Marcondes. Ed. Zahar. RJ)
Heráclito de Éfeso, filósofo obscuro, para ele todo o Cosmo está em movimento constante em ser e não ser, e esse movimento é a causa de toda ordem inorgânica e orgânica, sendo esta conseqüência das forças inorgânicas, e a morte é o simples retorno ao inorgânico. Heráclito foi quem afirmou primeiro: tudo é apenas uma construção conceitual e que o Deus criador pregado pelos hebreus não passa de um conceito, e esse conceito divino é o ‘logos’. Nietzsche, Friedrich (1844-1900) é o filósofo Contemporâneo defensor da filosofia de Heráclito. Parmênides de Eléia (final do séc. VI e início do V), contestou Heráclito afirmando que o ser é, e o não ser, não é. Nada pode ser e não ser ao mesmo tempo, logo, Parmênides é o pai da Ontologia (estudo do ser). Da filosofia Pré-Socrática saiu os atuais quatro elementos da natureza: Água, ar, fogo e terra, porém, Deus o criador e a mitologia continuam desafiando aqueles que querem eliminá-los do consciente humano. Da Physis restou apenas ciência, herdeira da proposta filosófica Pré-Socrática que continuam insistindo na não existência do Deus criador, mantenedor e possuidor do plano de salvação no qual, Jesus Cristo é o principal responsável, junto com o pai e o Espírito Santo. A ciência gaba-se de sua exatidão porque trabalha com as frações e estas estão limitadas aos conceitos e metodologias puramente humanas, mas as mesmas, se aplicadas à natureza não são precisas. Logo, os cientistas trabalham com o limitado e a teologia pensa e tem fé a partir do ilimitado, sobrenatural.
Após a filosofia da natureza surgiu os clássicos que tem como seus principais representantes Sócrates, Platão e Aristóteles. Foram esses os responsáveis por toda cultura ocidental. Esses, despreocupados em filosofar a natureza, voltam-se à psique, buscam compreender o universo a partir da razão e dessa premissa desenvolve-se a política, a ética (código morais), a metafísica, o idealismo, em fim, uma nova filosofia construída a partir de diversas formas de pensar, uma confusão racional, mística, mítica e metafísica disfarçada de sobrenatural. Deus, a partir desse período não é mais uma referência ao criador bíblico, mas sim, ao deus racionalizado, pensado pelos diferentes filósofos. Sócrates cria em uma inteligência superior ordenadora do cosmo; O deus de Platão era o demiurgo, deus plasmador, aquele que cria a partir da matéria; e o deus de Aristóteles era o motor imóvel que move todas as coisas sem se mover.
Isaías Correia Ribas, filósofo e professor de filosofia
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