Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos
nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não
fizemos muitos milagres?
Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos
de mim, vós que praticais a iniquidade. (Mateus, 7:22)
Ateus são todos os que se opõem total
ou parcialmente aos escritos bíblicos. Assim sendo, há ateus mais radicais que
outros, onde, uns negam a existência de Deus e a Bíblia como sendo revelação
divina; outros, menos radicais, aceitam a existência literal de Deus e parte da
Bíblia como sendo Sua palavra revelada, mas negam outras, praticando um tipo de
religião conveniente sem se preocupar com a verdade dos fatos históricos,
filosóficos, científicos e teológicos. Na citação acima, Jesus esclarece que professar
fazer algo em seu nome seja garantia de ser seu seguidor, aptos para herdar a
vida eterna.
Religiosos ateus
Os religiosos judeus e os ateus romanos
foram decisivos na condenação de Cristo à morte. Os judeus seguem o Velho
Testamento, mas negam o Novo, Jesus como sendo o filho de Deus e a igreja
cristã primitiva fundada pelos discípulos e apóstolos do Cristo que fora prometido nas
profecias da Torá. Por negarem o Novo Testamento e Jesus, os judeus são
religiosos parciais, seguindo o que lhes são convenientes, por serem parciais, eles
são ateus religiosos. O filósofo judeu, Filon de Alexandria (10 a.C.-50 d.C.),
foi o responsável por divulgar a falácia de que a Bíblia é um livro de contos
míticos.
A igreja Católica Apostólica Romana é
politeísta, os escritos bíblicos, Deus e Jesus, como fazem os filósofos, são
apenas meios para direcionar seus adeptos a cultuar vários deuses antropocêntricos
(invenções dos homens). Os dez mandamentos bíblicos e outras instruções sobre
alimentos impróprios ao consumo são ignorados. O Papa se fez representante de
Deus na Terra, título atribuído a Jesus Cristo que morreu para ser o
intercessor entre os humanos e Deus. Todos os padres são filósofos,
conhecimento necessário para questionar a existência de Deus e estabelecer o
ateísmo religioso na Terra. Como os filósofos clássicos, em especial Platão,
negam Deus em nome do próprio Deus. Por isso denunciou o filósofo Friedrich W. Nietzsche
(1844-1900), “cristianismo é platonismo”.
Durante os mil anos da Idade Média a igreja Católica mostrou ao mundo quais
são suas intenções ao declarar-se autoridade maior do cristianismo e do Estado. Os católicos, principalmente os padres, são os principais exemplos de ateus religiosos, consequentemente, todos os católicos praticantes, conscientes ou não, são ateus religiosos.
Os cristãos protestantes do período
Moderno surgiram por causa dos protestos de alguns doutores católicos que, a
exemplo de Santo Tomás de Aquino que questionou a teologia filosófica que Santo Agostinho elaborara para a igreja medieval; eles questionaram os dogmas da igreja que controlava a
fé e a política do antigo Império Romano. Esses Doutores estavam fundando um
cristianismo mais semelhante as orientações bíblicas, pois, o Cristianismo
Medieval passava por pesadas críticas por parte dos políticos que queriam
estabelecer uma política nacional independente da mundial liderada pela Igreja Romana. Com essa jogada, alguns doutores católicos fundaram o protestantismo, um tipo de ateísmo-cristão
mais próximo aos escritos bíblicos; tiraram as imagens de esculturas de dentro
de seus templos e mudaram os rituais sagrados, mas continuaram negando a
validade dos dez mandamentos e defendendo o alimentar-se com carnes
de animais classificados como imundos. A exceção deve ser atribuída a um
seguimento da igreja Batista que se corrompera mais tarde. Assim sendo, os
protestantes, como os judeus e católicos, são ateus religiosos.
Observação
Essas jogadas filosóficas são elaboradas pelos líderes fundadores de
ordens religiosas, o crente converso geralmente não têm acesso à essas
informações, por isso eles saem de Bíblia em punho a caça de novos adeptos
enquanto os líderes apenas contam as ovelhas e a grana, adquirindo mais
capitais para a cúpula da igreja que fixa seu olhar às coisas deste mundo
capitalista. Deus e Jesus para eles,
como para os filósofos, são meios para iludir as pessoas. Vamos em frente:
Os evangélicos que saíram do meio
protestante aceitam o Novo Testamento como livro sagrado, a Jesus como
salvador, mas também negam a validade dos dez mandamentos, o abster-se de
alimentos imundos e outros prejudiciais à saúde. O que os fazem diferentes dos
religiosos modernos são os espetáculos espiritualistas que marcam a dinâmica de
seus cultos “expulsando demônios, fazendo curas milagrosas, falando em línguas
estranhas e outros ritos não tradicionais”. Por isso, como todos os outros, são
ateus religiosos.
Pelos exemplos dados, qualquer pessoa
que queira saber a verdade sobre religiões e denominações religiosas, julgue-a
pelo todo da palavra de Deus, consciente de que a verdade nunca está na parte,
mas no todo. Deus o Pai e Jesus o Filho são um, logo, separá-los como verdadeiro e
falso é uma das maiores contradições dos religiosos.
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Guilherme Miller (1782-1849)
Miller, capitão militar da revolução americana (1812-1815),
influenciado pelo racionalismo filosófico tornou-se deísta, isto é, acreditava
na existência de Deus, mas não aceitava a Bíblia como sendo revelação divina
dada à humanidade. Preocupado por não encontrar a paz de espírito no deísmo,
quando voltou dos campos de batalha para a fazenda de seus pais, aos 34 anos de
idade, desafiou a Deus: se a Bíblia fosse Sua palavra revelada, que lhe
mostrasse evidências e lhe desse a paz que tanto procurara. Com esse desafio em
mente debruçou-se às investigações do livro sagrado lendo todos os versículos com
o propósito de não prosseguir na leitura até que todo assunto abordado estivesse
claro para ele.
Foi esse Capitão
deísta o primeiro a interpretar o livro de Daniel e Apocalipse para o mundo
contemporâneo. Como tudo é muito complexo para uma só pessoa, uma coisa ele não
compreendeu, mas ciente de que estava certo nas interpretações feitas, marcou o dia para a segunda volta de Cristo para 22 de outubro de 1844.
Esquecera ele da advertência de Cristo que, daquele dia e hora ninguém saberia.
Mas suas descobertas teológicas eram convincentes e não houve ninguém que as
contestassem, então, todas as denominações protestantes abraçaram a verdade
apresentada por Miller e aguardaram juntos a segunda volta de Cristo! Mas o dia
chegou e Cristo não apareceu. Decepção para a maioria dos religiosos que se
uniram a Miller. Todos voltaram aos afazeres do dia a dia descrentes na existência
de Deus e na veracidade dos escritos bíblicos. Mas Miller e alguns outros que
estudaram preferiram admitir que erraram em alguma interpretação, esses reexaminaram
com mais cuidado e encontraram o erro; que a data marcada não se referia à
segunda volta de Cristo, mas naquele dia começara, no céu, o juízo
investigativo, para saber quem dos mortos desde Adão seriam salvos por ocasião da segunda volta de Cristo, o juízo
começara pelos mortos chegando aos que vivem. Terminado essa obra investigativa
no céu, Cristo voltará!
Ellen G. White (1827-1915)
Em meio as decepções de alguns e certezas de outros, Deus cumpre a
profecia registrada em Apocalipse 19:10 que fala sobre o surgimento de um novo
movimento que defenderia a prática de todos os escritos bíblicos e a segunda
volta de Cristo; essa nova igreja teria o dom de Profecia, isto é, Deus
chamaria um (a) profeta para dirigir espiritualmente esse movimento adventista;
Naqueles dias difíceis para o desenvolvimento da fé após a grande decepção,
Deus dá o Espírito de profecia à jovem de 17 anos Ellen G. Harmon, após casar-se com Tiago White, Ellen G. White; essa menina
sofrera um acidente nas brincadeiras com as colegas da escola, onde,
acidentalmente, uma pedra acertou-lhe o nariz, impossibilitando-a de continuar
seus estudos. Ellen não aceitou o chamado de pronto, mas Deus prometeu superar
sua deficiência caso ela aceitasse, após a primeira visão, relutante, relatou-a
em público. Dois jovens, Willian Ellis Foy (1818-1893) e Hazen Foss (? -1893)
que haviam recebidos a mesma visão, mas não haviam aceito o chamado, estavam
presentes, confirmando o relatado por Ellen. Assim, depois de muitos protestos
por parte dos descrentes que precisaram ver para crer, Ellen G. White foi
reconhecida como a profetisa para a igreja que defende todos os escritos bíblicos
como sendo práticas religiosas por parte daqueles que aguardam a segunda vinda
de Cristo
Adventistas do 7º dia
Desse movimento religioso provocado
por Miller e o chamado divino à Ellen, organizou-se a Igreja Adventista do
Sétimo dia que passou ser a detentora legal das interpretações teológicas de
Miller, dos escritos de Ellen G. White e da prática de todos os escritos
bíblicos que precisam continuar sendo obedecidos pelos que creem em Deus e
aguardam a segunda volta de Cristo. Segundo a profetisa e as revelações do Apocalipse 3:14-22, a igreja de Laodicéia refere-se à igreja Adventista do Sétimo Dia, o último movimento religioso antes da volta de Cristo; mas os adventistas cairiam na frieza religiosa provocada pelo racionalismo
científico-filosófico que continuaria trabalhando para anular a fé nos escritos
bíblicos, na existência de Deus e o no Espírito de Profecia. Mas bem próximo à
segunda volta de Cristo, uma nova revolução religiosa acompanhada de
perseguições aos adventistas acontecerá em nível mundial através do movimento
ecumênico liderado pelo Papa que se unirá com todos os protestantes modernos e
políticos apoiados pela maioria das pessoas que querem silenciar o movimento
adventista. Por outro lado, acontecerá um novo crescimento espiritual como fora
no início. Isso será provocado pelos religiosos sinceros que, percebendo que
foram enganados pelo judaísmo, catolicismo, protestantismo, pentecostalismo, espiritualismos e outros, se unirão aos adventistas para terminar a
obra de pregação do evangelho em todo mundo em alto clamor. Em meio à essa
última barbárie político-religiosa, Jesus aparecerá no céu acompanhado por
miríades de anjos para resgatar os seus seguidores, pondo fim ao drama do
pecado!