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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

JACÓ E ESAÚ


     Isaque, após passar pela experiência de fidelidade com seu pai, tornou-se jovem com idade para casar-se. Então, Abraão mandou seu fiel servo ir até a casa de sua família para encontrar uma jovem que fosse digna de casar-se com seu filho. Rebeca, filha de Betuel, irmã de Labão, foi a escolhida. Esta, com apoio de sua família, viajou até onde Abraão morava para conhecer Isaque, seu futuro esposo. Rebeca também era estéril; mas oraram ao senhor e ela concebeu dois filhos gêmeos, Jacó e Esaú. Enquanto grávida, os dois lutavam dentro de seu ventre, o que a perturbou levando a indagar sobre a situação e o senhor a respondeu, “Há duas nações no teu ventre, dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço”. A semelhança de Ismael e Isaque que simbolizavam as intrigas político-filosófica-ideológica-e-religiosas entre todas as nações contra às verdades bíblica; Jacó e Esaú representam os conflitos dentro do território de Canaã. Assim, Jacó representa a nação eleita e Esaú, aquele que se uniria em casamento com a descendência de Ismael para contaminar a nação eleita ou, a descendência de Jacó, dificultado sua conquista e instalação na terra prometida a Abraão e sua descendência. Após o nascimento de Cristo e a instituição do cristianismo por seus discípulos e apóstolos, Esaú e Jacó continuam simbolizando as intrigas dentro da igreja cristã, dividindo-a entre católicos, protestantes e espíritas, e, ainda, nestas três, se dividindo entre diferentes credos católicos, protestantes e espíritas, por último, entre todos os membros desse emaranhado de instituições organizadas e particulares. Portanto, quem se ilude com organizações religiosas, como sendo representantes de Deus, corre o sério risco de se perder como religioso acomodado, achando que a salvação encontra-se nas interpretações que esses espertalhões fazem dos escritos bíblicos, adaptando-os aos seus interesses institucionais e particulares, assim, quem não investiga por si mesmo os escritos bíblicos a afim de e seguir o que está explícito, é presa fácil desses espertalhões. O bem (Deus) e o mal (Satanás), através dos religiosos, porfiam pra que todos caiam no formalismo religioso, ou que sejam infiéis aos princípios bíblicos. Esta guerra cristã não se dá mais pelas descendências genealógicas e ou hereditárias, e sim pelo batismo cristão. Logo, cada professo crente é um instrumento de Deus ou do Diabo neste conflito.
     Esaú nasceu primeiro, logo, tinha direita a primogenitura, porém, quando tinha fome, vendeu seu direito a Jacó por um prato de lentilha. Isaque amava mais a Esaú que Jacó e Rebeca amava mais a Jacó que Esaú. Dessa divisão por preferências por parte dos pais, a mentira e o engano fez com que Isaque fosse enganado por Jacó levando-o a abençoá-lo com o direito a primogenitura pensando que fosse Esaú que lhe servia o prato preferido. Após esses episódios recheados de mentiras, a verdade veio à tona e a decepção instalou-se na família fazendo com que Esaú procurasse seu irmão para matá-lo, forçando Jacó, com apoio da mãe e do pai, fugir para a terra de seus parentes em busca de uma mulher entre os seus familiares; temendo a fúria de Esaú, prontamente fugiu em busca de seus parentes que habitavam em Padã-Arã. Esaú, além das mulheres que já possuía, foi à casa de Ismael e tomou uma de suas filhas como mulher. Então, até o momento, percebe-se que as linhagens genealógicas das descendências vão se mantendo fiéis; tanto do lado de Isaque como do de Ismael. Jacó buscou manter-se fiel à linhagem que representava os princípios bíblicos e Esaú foi misturar-se com os da casa de Ismael para compor forças em oposição aos descendentes de seu irmão Jacó que buscava ser fiel aos princípios divinos.  
     Em Padã-Arã, Jacó, após ser enganado por seu tio Labão acabou sendo obrigado a casar-se com suas duas filhas, Raquel e Léia. De ambas nasceram onze filhos e uma filha: Rubens, Simeão, Levi, judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, Diná e José. Após vinte anos servindo Labão, Deus pede que Jacó volte à terra de Canaã, à sua família. Mesmo temendo encontrar com seu irmão Esaú, se pôs a caminho contra a vontade de seu sogro que o perseguiu até a fronteira.  Jacó estava amargurado por ser perseguido pelo sogro e por ter que encontrar seu irmão Esaú que a muito intencionara matá-lo. Após se entender com Labão, a angústia continuava lhe atormentando, levando-o a buscar socorro em Deus através da oração. Afastando-se do grupo, pôs-se a implorar por Àquele que prometera fidelidade; enquanto orava, um desconhecido apossou-se dele como se fosse matá-lo, ele lutou bravamente que seu opositor não conseguia livrar-se obrigando-o a feri-lo uma de suas cochas. Como já estava raiando o dia o homem pediu-lhe que o soltasse, mas disse Jacó, “Não te deixarei ir se não me abençoares”. Perguntou-lhe o lutador, “Qual é o seu nome?Jacó. – Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido”. Jacó ainda perguntou-lhe, qual é o seu nome? – porque me perguntas pelo meu nome? E ali o abençoou. Após esses acontecimentos, Jacó (Israel) montou uma estratégia de proteção para encontrar-se com seu irmão que o recebeu de braços abertos. Chegando a Siquém, de onde saíra, comprou um campo e armou sua tenda em frente a cidade. Após outros ocorridos, Deus aparece novamente a Jacó, reafirma seu novo nome, (ISRAEL) e lhe faz a mesma promessa que fizera a seu avô Abraão e a seu pai Isaque: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão de teus lombos”. A caminho de Efrata, Raquel sentiu dores de parto, houve complicação e ela morreu ao dar à luz a Benjamim. Isaque, sogro de Raquel, viveu cento e oitenta anos e morreu, seus filhos Esaú e Jacó o sepultaram. E assim, Jacó e sua família crescia em número vagando com seu gado pela terra de Canaã. Certo dia, Jacó percebera que seus filhos que buscavam pastagens para o gado distante de sua tenda, como passaram-se alguns dias e eles não haviam retornados; querendo saber notícias, enviou seu filho predileto, José, a fim de achá-los. Os irmãos de José não gostavam dele, pois, José sonhara que seria superior a eles. Assim, quando o viram chegando onde estavam resolveram matá-lo; Rúben intercedeu, e o lançaram em uma cova vazia, enquanto discutiam como matar José e como encobrir o assassinato a Jacó; ao longe viram uma caravana de ismaelitas vindo em direção ao Egito, de pronto, Judá, querendo salvá-lo, sugeriu-lhes que o vendessem. E assim, José foi vendido por vinte ciclos de prata e fora levado para o Egito onde Potifar, oficial de Faraó o comprou das mãos dos ismaelitas. Rúben não aprovou o que seus irmãos fizeram. Como já estava feito, mataram um cordeiro e sujaram as vestes de José de sangue e conseguiram encobrir o mal feito a Jacó. Por sua fidelidade a Deus e Potifar, José tornou-se mordomo em sua casa, e assim, em tudo o que fazia, prosperava. Por recusar deitar-se com a mulher de Potifar que o tentara, foi feito prisioneiro pelas calúnias que a mulher forjou contra ele a seu marido. Na cadeia, José interpretou dois sonhos dos oficiais de Faraó que foram presos, e tudo aconteceu conforme a interpretação. Certa noite Faraó também sonhara e o sonho o perturbou, como nenhum sábio do rei soubera interpretar o sonho, foram condenados à morte. Foi quando o copeiro-mor, um dos prisioneiros que estivera preso, lembrou que José tinha o dom de interpretar sonhos. Sabendo Faraó, trouxe José à sua presença para lhe interpretar o sonho. Segundo a interpretação, haveria sete anos de fartura, e esta, deveria ser estocada, pois, em seguida sucederiam sete anos de seca e uma grande fome se estenderia por todo Egito, Canaã e territórios vizinhos. Diante da sabedoria de José, Faraó o fez governador, sendo o primeiro abaixo de dele. (Nesta época, a família dos Hicsos havia tomado o Egito das mãos dos verdadeiros Faraós) E tudo acontecera como dissera José. E a fome chegou à casa de Jacó que obrigou-o a enviar seus filhos ao Egito para comprar alimentos. Deus estava controlando tudo para que Sua palavra dita a Abraão se cumprisse. Depois de emotivas surpresas e exigências planejadas por José, ele se fez conhecer a seus irmãos e Jacó com todos os seus desceram ao Egito para habitar por lá até que a seca acabasse. Por causa da seca e da fome, José comprou todas as terras para Faraó. E assim, por meio de José, a casa de Israel habitou na terra do Egito, na região de Gósen, onde adquiriram propriedades, frutificaram e multiplicaram-se. Jacó viveu dezessete anos no Egito e morreu. Antes de morrer fez seus filhos jurarem que não o enterrariam no Egito, mas, em Canaã e assim sucedeu. José teve dois filhos, Manassés e Efraim, esses pela vontade de Jacó foram contados como seus filhos, os outros, não. José viveu cento e dez anos e morreu. Antes de morrer pediu a seus irmãos que o levasse dali quando Deus os fizessem subir do Egito, conforme profetizara Abraão.
     Passados alguns anos os Hicsos perderam o poder para a antiga dinastia dos faraós. Esses não conviveram com José e Jacó; Como os egípcios não eram chegados ao trabalho, e o povo de Israel se multiplicaram muito, decidiram não mandá-los de volta à terra de Canaã, mas escravizá-los. É o início da escravidão que duraria quatrocentos anos segundo Deus revelara a Abraão