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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

QUAL É O PROBLEMA?

No fim de agosto, assistimos à notícia de que os alunos passam de ano sem saber interpretar um texto e sem dominar as operações básicas da matemática. Por isso, no mês em que se comemora o dia do professor, refletiremos sobre os problemas educacionais no Brasil.
Os problemas educacionais no Brasil parecem sem solução, mas observando alguns pensadores, percebemos ser possível transformar a sociedade através da conscientização popular. O saudoso Paulo Freire dizia, sabiamente, que “a educação não muda o mundo, a educação muda as pessoas e as pessoas transformam o mundo”. Freire defendia um sistema educacional que partisse da realidade local para tornar o conhecimento mais concreto aos alunos e para conscientizar os indivíduos sobre o meio em que vivem, pois conscientizadas as pessoas conquistariam uma sociedade melhor.
Para este pensador brasileiro, se deveria ensinar utilizando fatos do dia-a-dia relacionando o conteudo com acontecimentos do cotidiano. Por exemplo, aprender a ler ligando as letras com as palavras através do som, relacionando as palavras com os objetos e com os fatos, assim se aprenderia a ler com a compreensão das leituras.
A educação é formada por um conjunto que envolve a escola, a família, a comunidade e todos os fatores que cercam o indivíduo, inclusive a mídia. O filósofo da Grécia antiga Pitágoras já defendia que todos seriam responsáveis pela educação, pois seria preciso educar as crianças para não ser necessário punir os adultos. Ou seja, educar é garantir o futuro da humanidade.
É preciso ensinar aos jovens que toda ação gera consequências. Certa vez, a filósofa brasileira Viviane Mosé expôs que não basta ensinar a não jogar lixo nas ruas, é necessário dar sentido a esta regra demonstrando o que um lixo jogado nas ruas pode causar para o meio ambiente e para a sociedade. É preciso que os alunos aprendam a refletir, oferecendo aos jovens uma visão mais ampla sobre o mundo.
O sistema educacional atual não corresponde ao modelo de sociedade. Viviane Mosé analisa esta questão dizendo que nossa educação forma cidadãos inseguros, com medo de arriscar, de inovar e de tomar decisões, enquanto o capitalismo exige um profissional com habilidades, com capacidade de liderança e de inovar. Deve-se repensar o modelo educacional, seria preciso uma educação que valorize o talento, a livre iniciativa e forme um cidadão consciente e confiante para atuar na sociedade.
Todos devem contribuir para a formação de um cidadão mais consciente e atuante, e conscientizando as pessoas, transformaremos toda a sociedade. Parabéns a todos que lutam por um mundo melhor através da educação!

Ricardo Hidemi Baba
www.ricardobaba.com.br
Revisado por Roberto de Lacerda