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domingo, 22 de fevereiro de 2015

"MATAMOS DEUS"


Introdução
     Para Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão, “Deus morreu”. Mas Deus jamais pode ser literalmente morto. Ele é um ser suprassensível, isto é, está além de nosso alcance físico. Logo, logicamente falando, Deus só existe literalmente como ser pensado, ou ainda, sua existência literal só pode ser defendida pela fé. Então, em que sentido Nietzsche está dizendo que Deus morreu? Nietzsche está dizendo que a existência de Deus, seja literal ou pela fé, não interfere mais no comportamento humano. Deus é apenas um conceito para preencher a lógica religiosa, é um produto que, aliado à esperança, vende muito; é uma fonte inesgotável de lucros, meio pelo qual as instituições religiosas sustentam seus impérios. Nietzsche tem razão, a sociedade política, filosófica, científica e religiosa contemporânea, conseguiram o que é buscado a mais de dois mil e quinhentos anos. Como? Em que contexto Nietzsche está afirmando isto? Em todos os contextos de nossas ações, sejam políticas, filosóficas, comerciais, educacional, científica, religiosas e pessoal. Sem dúvida, fisicamente é impossível alguém matar a Deus. Portanto, esta afirmação só pode referir-se à extinção de Sua influência no comportamento humano.
Filosofia
     A filosofia nasceu por volta do século VI a. C., seu objetivo: questionar o fundamento do conhecimento até então desenvolvido e construir outras bases fundamentais para explicar a gênese, ou o princípio da ordem existente. Até Tales de Mileto, primeiro filósofo grego, Deus estava no centro do conhecimento (teocentrismo), isto é, ensinava-se que tudo que fora criado é sustentado por esse ser Onipotente, Onisciente e Onipresente. A filosofia pretendera pôr outro fundamento para o conhecimento, não mais em Deus, mas no homem (antropocentrismo). Porém, para que isso acontecesse era necessário que Deus fosse morto, eliminado do consciente humano. Depois de dois mil e quinhentos anos, o filósofo Nietzsche, analisando as arquiteturas filosóficas e seus propósitos aliado ao comportamento da humanidade e no que ela acredita como sendo verdade, pode conscientemente declarar, “Deus está morto”.
Contexto político
     A macro política educacional do Estado brasileiro e outros, ao determinar que a teoria da criação não pode ser ensinada nas escolas e universidades públicas, eles estão autorizando os professores a matarem Deus como criador e mantenedor de toda ordem existencial. Substituindo a teoria da criação por hipóteses científicas, como as teorias hipotéticas da Evolução e do Big Ban, ambas do século XIX e XX, a política, através da educação pública e dos professores que as defendem como verdades, decretaram formalmente a morte de Deus.
Teoria da evolução
     Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, segundo sua teoria, a luta pela vida (struggle for life) e a seleção natural são consideradas como os mecanismos essenciais da evolução dos seres vivos. A ideia de seleção natural é o cerne de seu pensamento, isto significa que, os organismos vivos formam populações denominadas espécies e estas apresentam “variações” graças às quais certos indivíduos são melhor “adaptados” a seu meio ambiente e geram uma descendência mais numerosa; assim, a “seleção natural” designa o conjunto dos mecanismos que triam (escolhem) os melhores indivíduos; e graças à “luta pela vida”, as populações evoluem lentamente, vale dizer, se transformam e se diversificam produzindo formas cada vez mais complexas. É na ordem das espécies (1859) que se encontra a exposição “canônica” da teoria da evolução por seleção natural.
     Já dizia Thomas R. Malthus (1766-1834), o crescimento da população mundial representa um perigo para a humanidade na medida em que é maior do que o dos meios de subsistência. Os seguidores dessa teoria (os malthusianos), sugerem que boa parte das chamadas “doenças modernas”, assim como a violência nas grandes cidades, já seria sintoma de um superpovoamento. Na concepção de alguns ideólogos sociais, pensa-se a concorrência econômica como uma concorrência natural, a ponto de dizer que a exploração de uma classe por outra também é natural e necessária ao bom funcionamento da sociedade. Em Darwin, a expressão “concorrência vital” não possui essa conotação ideológica; para ele, o melhor, o mais apto, não é outro senão aquele que encontra, por acaso, um meio favorável à sua sobrevivência não considerado como o melhor em si. A concorrência vital, diferente do darwinismo social, de cunho malthusiano, é apenas o meio pelo qual a natureza opera a seleção: luta entre cada indivíduo e seu meio.
     As questões que podem ser postas são: Quais seres evoluem? E se evolui, como se dá o processo? Evolução e mutação é a mesma coisa? Não. Mutação ou metamorfose é um processo natural, quando uma larva vira borboleta acontece uma transformação, metamorfose. Geneticamente pensando e cientificamente comprovado, é impossível de um único genótipo gerar seres ou espécies diferentes. Assim sendo, a teoria da evolução que ensina que o homem evoluiu de um primata, no caso, o macaco, é uma falácia. O que acontece no que Darwin define como evolução é apenas mudanças de fenótipos, isto é, mudanças na aparência em consequência do ambiente onde o indivíduo, por acaso, adaptou-se a um novo ambiente. Nesse contexto, a camuflagem, características de alguns seres vivos, não pode ser considerado evolução e nem elos do processo, pois, a capacidade de camuflagem nestes entes vivos é natural.
     Então, quando o Estado diz que deve ensinar apenas a teoria da evolução negando que se ensine a teoria da criação nas escolas, ele, as escolas, as universidades e os professores estão “matando Deus”, isto é, eliminando Deus como criador e mantenedor da ordem existente do consciente humano. Os principais conceitos “criados” pelos filósofos, utilizados para questionar a ordem existente, são extraídos da bíblia, reinventados para, a partir de uma nova perspectiva conceitual, criticar o conteúdo bíblico.  Logo, a bíblia, como qualquer outro livro, é indispensável à construção de novos conhecimentos. Assim sendo, ignorá-la como fonte de conhecimento útil para a educação formal é um erro; ou, então, possa ser que haja outro propósito, no caso, concordando com a filosofia de Nietzsche, Deus deve ser extinto do consciente da humanidade para que os instintos e as pulsões reprimidas pelo Deus judaico-cristão aflorem naturalmente e a humanidade possa ser livre de toda moral bíblica.
Teoria do big bang
     Georges Lemaître (1894-1966), padre e cosmólogo belga, a partir das equações de campo de Einstein, propôs a “hipótese do átomo primordial”. Isto é, em algum tempo finito no passado o universo estava quente e denso, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua se expandindo. Segundo os dados “científicos” disponíveis pela observação, de acordo com as melhores medições de 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás. Segundo Lemaître, se fizer uma regressão do estado atual, atingir-se-á o estado de temperatura e densidão de onde ocorreu a explosão inicial. Quando tudo o que existe estava quente e denso, compactado, não havia espaço e nem tempo, com a explosão térmica desse átomo primordial, iniciou-se o tempo e o espaço infinito, consequentemente a expansão constante, gênese do cosmos (ordem universal), da natureza vegetal, animal e tudo o que existe no planeta Terra.
Violência atual
     Uma vez que matamos Deus, não O reconhecendo mais como criador e mantenedor da ordem existente, O caminho está aberto a todos os vícios até então reprimidos, as drogas, engano, ódio, vingança, promiscuidades, narcotráfico, infidelidade conjugal, desonestidade, legalidade conjugal homossexual, desarmonia nas famílias, assassinatos, imoralidades e pessoas mais amantes dos prazeres que amigos de Deus. Para a filosofia nietzschiana o homem tem que ser livre, isto é, viver acima do bem e do mal; isto significa que a moral presente na bíblia e em alguns filósofos, tem que ser ignorada. Para Nietzsche, a única verdade que existe são nossos sentimentos e pulsões hormonais, nossos instintos devem ser atendidos, transformados em ação, caso contrário, ainda estamos agindo dentro de alguma moral cristã, mas esta tem que ser abandonada em nome da liberdade. Então, conclui-se que a barbárie crescente na sociedade atual, não é sem causa. Pois, uma sociedade sem princípios morais está condenada à liberdade, livre para agir acima do bem e do mal. Isto é, o suprassensível Deus não existe. Por isso, creio eu, já é passada a hora de revermos os currículos escolares como centro de educação e formação de cidadãos que sejam capazes de agirem livremente para promover o bem, sendo um agente da paz em suas famílias, na cidade, estado e mundial e não da barbárie generalizada.


Filósofo Isaías Correia Ribas

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

NIETZSCHE, UM DOENTE QUE ADOECE A HUMANIDADE ATRAVÉS DAS UNIVERSIDADES



01
Nietzsche é Hitler, um antissemita que tencionara eliminar todos os judeus que habitavam o Ocidente. – É também Osama Bin Laden, chefe da Al-Qaeda, organização terrorista contra alvos civis e militares dos Estados Unidos e seus aliados. – E é, o atual radicalismo Islâmico que quer convencer todo o Ocidente a ignorar seu Deus cristão, se convertendo a guerreiros de Ala por imposição sumária da pena de morte àqueles que não aceitam o “convite”. – Nietzsche é também todas as instituições religiosas cristãs que seguem sua teologia em detrimento do que está escrito na bíblia como sendo verdades imutáveis. – Ele se faz presente entre os alcoólatras, pois, o seu Deus é Dionísio, o deus do vinho que vive cambaleando por qualquer caminho contra todo equilíbrio moral, ético e justiça de Apolo, o Deus do amor e de misericórdia pelo outro. – É o político desonesto e escravocrata que saqueia a riqueza que deveria ser um bem de todos. – É o cristianismo medieval que engana a todos através da filosofia do mundo das ideias de Platão, que apresenta à todas as seitas cristãs a filosofia da reencarnação como se fosse verdade bíblica. – Nietzsche é adepto da imoralidade; logo, a luxúria, a bigamia e a poligamia são instintos naturais que não devem ser reprimidos, como também, a prostituição feminina e masculina, a vingança a qualquer preço, o roubo, o assassinato, o machismo e o feminismo, enfim, tudo que for contrário a moral judaico-cristã é lícito. – Para Nietzsche, a verdadeira vida é aquela que atende, na prática, todas as pulsões de nosso corpo (a grande razão) em detrimento do moralismo constituído pela consciência racional (a pequena razão). – Nietzsche é contrário à caridade, o benevolente, ao amor cristão, para ele a verdadeira vida é reconhecida através da guerra, da luta, que vença os mais rudes em detrimento dos que priorizam a caridade e o amor. – A filosofia de Nietzsche não foi aceita pela academia universitária de seus dias, no entanto, a partir da metade do século vinte, sua filosofia foi adotada pelas universidades, centros acadêmicos que dão a direção para o comportamento da sociedade, primeiramente a seus estudantes que, a levam às ruas e becos de todos os lugares. Nietzsche é antiacadêmico e como tal deveria continuar sendo ignorado, mas não, pensa a academia que por pôr seus escritos dentro da lógica acadêmica, isto é, seguido as normas da ABNT exigida aos graduandos e Pós-Graduações na forma de Problemas, teses e suas justificativas com conclusões, a filosofia de Nietzsche poderia ser um bem para a humanidade, porém, o que vemos é uma humanidade cada dia mais doente, mesmo não sabendo quem foi Nietzsche, mas, através dos nietzschianos, seus seguidores, embora Nietzsche sempre os destetou, adoecem a sociedade segundo a vontade do filósofo que soube fazer o jogo antiacadêmico para se tornar o mais estudados em todos os centro acadêmicos. Esse é o Nietzsche, centro de todas as atenções estudantis, que zomba, mesmo doente, de tudo e todos! Nietzsche é contra todas as normas acadêmicas, por isso, sua escritura é aforística, direcionada aos iniciados, ou aos que têm visão de mundo além da própria filosofia.

Filósofo Isaías Correia Ribas    

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

JACÓ E ESAÚ


     Isaque, após passar pela experiência de fidelidade com seu pai, tornou-se jovem com idade para casar-se. Então, Abraão mandou seu fiel servo ir até a casa de sua família para encontrar uma jovem que fosse digna de casar-se com seu filho. Rebeca, filha de Betuel, irmã de Labão, foi a escolhida. Esta, com apoio de sua família, viajou até onde Abraão morava para conhecer Isaque, seu futuro esposo. Rebeca também era estéril; mas oraram ao senhor e ela concebeu dois filhos gêmeos, Jacó e Esaú. Enquanto grávida, os dois lutavam dentro de seu ventre, o que a perturbou levando a indagar sobre a situação e o senhor a respondeu, “Há duas nações no teu ventre, dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro, e o mais velho servirá ao mais moço”. A semelhança de Ismael e Isaque que simbolizavam as intrigas político-filosófica-ideológica-e-religiosas entre todas as nações contra às verdades bíblica; Jacó e Esaú representam os conflitos dentro do território de Canaã. Assim, Jacó representa a nação eleita e Esaú, aquele que se uniria em casamento com a descendência de Ismael para contaminar a nação eleita ou, a descendência de Jacó, dificultado sua conquista e instalação na terra prometida a Abraão e sua descendência. Após o nascimento de Cristo e a instituição do cristianismo por seus discípulos e apóstolos, Esaú e Jacó continuam simbolizando as intrigas dentro da igreja cristã, dividindo-a entre católicos, protestantes e espíritas, e, ainda, nestas três, se dividindo entre diferentes credos católicos, protestantes e espíritas, por último, entre todos os membros desse emaranhado de instituições organizadas e particulares. Portanto, quem se ilude com organizações religiosas, como sendo representantes de Deus, corre o sério risco de se perder como religioso acomodado, achando que a salvação encontra-se nas interpretações que esses espertalhões fazem dos escritos bíblicos, adaptando-os aos seus interesses institucionais e particulares, assim, quem não investiga por si mesmo os escritos bíblicos a afim de e seguir o que está explícito, é presa fácil desses espertalhões. O bem (Deus) e o mal (Satanás), através dos religiosos, porfiam pra que todos caiam no formalismo religioso, ou que sejam infiéis aos princípios bíblicos. Esta guerra cristã não se dá mais pelas descendências genealógicas e ou hereditárias, e sim pelo batismo cristão. Logo, cada professo crente é um instrumento de Deus ou do Diabo neste conflito.
     Esaú nasceu primeiro, logo, tinha direita a primogenitura, porém, quando tinha fome, vendeu seu direito a Jacó por um prato de lentilha. Isaque amava mais a Esaú que Jacó e Rebeca amava mais a Jacó que Esaú. Dessa divisão por preferências por parte dos pais, a mentira e o engano fez com que Isaque fosse enganado por Jacó levando-o a abençoá-lo com o direito a primogenitura pensando que fosse Esaú que lhe servia o prato preferido. Após esses episódios recheados de mentiras, a verdade veio à tona e a decepção instalou-se na família fazendo com que Esaú procurasse seu irmão para matá-lo, forçando Jacó, com apoio da mãe e do pai, fugir para a terra de seus parentes em busca de uma mulher entre os seus familiares; temendo a fúria de Esaú, prontamente fugiu em busca de seus parentes que habitavam em Padã-Arã. Esaú, além das mulheres que já possuía, foi à casa de Ismael e tomou uma de suas filhas como mulher. Então, até o momento, percebe-se que as linhagens genealógicas das descendências vão se mantendo fiéis; tanto do lado de Isaque como do de Ismael. Jacó buscou manter-se fiel à linhagem que representava os princípios bíblicos e Esaú foi misturar-se com os da casa de Ismael para compor forças em oposição aos descendentes de seu irmão Jacó que buscava ser fiel aos princípios divinos.  
     Em Padã-Arã, Jacó, após ser enganado por seu tio Labão acabou sendo obrigado a casar-se com suas duas filhas, Raquel e Léia. De ambas nasceram onze filhos e uma filha: Rubens, Simeão, Levi, judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, Diná e José. Após vinte anos servindo Labão, Deus pede que Jacó volte à terra de Canaã, à sua família. Mesmo temendo encontrar com seu irmão Esaú, se pôs a caminho contra a vontade de seu sogro que o perseguiu até a fronteira.  Jacó estava amargurado por ser perseguido pelo sogro e por ter que encontrar seu irmão Esaú que a muito intencionara matá-lo. Após se entender com Labão, a angústia continuava lhe atormentando, levando-o a buscar socorro em Deus através da oração. Afastando-se do grupo, pôs-se a implorar por Àquele que prometera fidelidade; enquanto orava, um desconhecido apossou-se dele como se fosse matá-lo, ele lutou bravamente que seu opositor não conseguia livrar-se obrigando-o a feri-lo uma de suas cochas. Como já estava raiando o dia o homem pediu-lhe que o soltasse, mas disse Jacó, “Não te deixarei ir se não me abençoares”. Perguntou-lhe o lutador, “Qual é o seu nome?Jacó. – Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido”. Jacó ainda perguntou-lhe, qual é o seu nome? – porque me perguntas pelo meu nome? E ali o abençoou. Após esses acontecimentos, Jacó (Israel) montou uma estratégia de proteção para encontrar-se com seu irmão que o recebeu de braços abertos. Chegando a Siquém, de onde saíra, comprou um campo e armou sua tenda em frente a cidade. Após outros ocorridos, Deus aparece novamente a Jacó, reafirma seu novo nome, (ISRAEL) e lhe faz a mesma promessa que fizera a seu avô Abraão e a seu pai Isaque: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão de teus lombos”. A caminho de Efrata, Raquel sentiu dores de parto, houve complicação e ela morreu ao dar à luz a Benjamim. Isaque, sogro de Raquel, viveu cento e oitenta anos e morreu, seus filhos Esaú e Jacó o sepultaram. E assim, Jacó e sua família crescia em número vagando com seu gado pela terra de Canaã. Certo dia, Jacó percebera que seus filhos que buscavam pastagens para o gado distante de sua tenda, como passaram-se alguns dias e eles não haviam retornados; querendo saber notícias, enviou seu filho predileto, José, a fim de achá-los. Os irmãos de José não gostavam dele, pois, José sonhara que seria superior a eles. Assim, quando o viram chegando onde estavam resolveram matá-lo; Rúben intercedeu, e o lançaram em uma cova vazia, enquanto discutiam como matar José e como encobrir o assassinato a Jacó; ao longe viram uma caravana de ismaelitas vindo em direção ao Egito, de pronto, Judá, querendo salvá-lo, sugeriu-lhes que o vendessem. E assim, José foi vendido por vinte ciclos de prata e fora levado para o Egito onde Potifar, oficial de Faraó o comprou das mãos dos ismaelitas. Rúben não aprovou o que seus irmãos fizeram. Como já estava feito, mataram um cordeiro e sujaram as vestes de José de sangue e conseguiram encobrir o mal feito a Jacó. Por sua fidelidade a Deus e Potifar, José tornou-se mordomo em sua casa, e assim, em tudo o que fazia, prosperava. Por recusar deitar-se com a mulher de Potifar que o tentara, foi feito prisioneiro pelas calúnias que a mulher forjou contra ele a seu marido. Na cadeia, José interpretou dois sonhos dos oficiais de Faraó que foram presos, e tudo aconteceu conforme a interpretação. Certa noite Faraó também sonhara e o sonho o perturbou, como nenhum sábio do rei soubera interpretar o sonho, foram condenados à morte. Foi quando o copeiro-mor, um dos prisioneiros que estivera preso, lembrou que José tinha o dom de interpretar sonhos. Sabendo Faraó, trouxe José à sua presença para lhe interpretar o sonho. Segundo a interpretação, haveria sete anos de fartura, e esta, deveria ser estocada, pois, em seguida sucederiam sete anos de seca e uma grande fome se estenderia por todo Egito, Canaã e territórios vizinhos. Diante da sabedoria de José, Faraó o fez governador, sendo o primeiro abaixo de dele. (Nesta época, a família dos Hicsos havia tomado o Egito das mãos dos verdadeiros Faraós) E tudo acontecera como dissera José. E a fome chegou à casa de Jacó que obrigou-o a enviar seus filhos ao Egito para comprar alimentos. Deus estava controlando tudo para que Sua palavra dita a Abraão se cumprisse. Depois de emotivas surpresas e exigências planejadas por José, ele se fez conhecer a seus irmãos e Jacó com todos os seus desceram ao Egito para habitar por lá até que a seca acabasse. Por causa da seca e da fome, José comprou todas as terras para Faraó. E assim, por meio de José, a casa de Israel habitou na terra do Egito, na região de Gósen, onde adquiriram propriedades, frutificaram e multiplicaram-se. Jacó viveu dezessete anos no Egito e morreu. Antes de morrer fez seus filhos jurarem que não o enterrariam no Egito, mas, em Canaã e assim sucedeu. José teve dois filhos, Manassés e Efraim, esses pela vontade de Jacó foram contados como seus filhos, os outros, não. José viveu cento e dez anos e morreu. Antes de morrer pediu a seus irmãos que o levasse dali quando Deus os fizessem subir do Egito, conforme profetizara Abraão.
     Passados alguns anos os Hicsos perderam o poder para a antiga dinastia dos faraós. Esses não conviveram com José e Jacó; Como os egípcios não eram chegados ao trabalho, e o povo de Israel se multiplicaram muito, decidiram não mandá-los de volta à terra de Canaã, mas escravizá-los. É o início da escravidão que duraria quatrocentos anos segundo Deus revelara a Abraão