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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

FÉ PURA E RAZÃO


     A filosofia trata da razão pura como sendo o fundamento da ciência e da própria filosofia em detrimento da fé. Isso é fato. Porém, no decorrer da história da filosofia muitos “cristãos” filósofos-cientistas se dispuseram, por meio da razão pura, justificar a fé e inclusive tentaram provar a existência de Deus por meio de raciocínios lógicos. Ainda hoje os cristãos não conseguem ser cristãos somente pela fé pura, sem se preocuparem em justifica-la para si e aos outros. A salvação não depende de fé justificada pela razão e sim da pura fé na palavra de Deus revelada por meio de seus escolhidos: profetas, reis, juízes, poetas, lavradores, pescadores, patriarcas e outros profissionais dispostos a agir pela fé pura. Tentar justificar a fé pode ser uma cilada diabólica para minar a fé pura daqueles que se dispuserem servir a Deus. Satanás começou assim no Éden sua obra na arte do engano, procedeu do mesmo modo no decorrer da história e vai terminá-la fiel à sua estratégia.
     O homem, genericamente falando, é a obra prima da criação de Deus nesse planeta. Dotou-nos de sensibilidade, inteligência, de razão (capacidade para pensar e expressar o pensado através das palavras, de executar o pensado através da ciência e do dom da fé pura para demonstrarmos nosso amor a Ele). Independente de tudo o que há de riquezas nesse planeta nada se iguala ao que o homem é, e sua capacidade de fazer o que bem quiser daquilo que o Criador lhe capacitou; realmente Este é um Pai de amor, que ama a liberdade, pois, somente a liberdade de ação, de pensar e falar podem justificar o amor e a justiça divina diante do universo que nos assiste e julga. Logo, toda capacidade para a ciência, para a filosofia e qualquer outro desenvolvimento epistemológico vem de Deus, sendo o homem os responsáveis por tudo o que fizerem dessa capacitação divina, e mais, estamos livres para fazermos o que quisermos, mas tudo o que fizermos em matéria de ciência, filosofia, teologia e outros, selará nossa salvação ou perdição eterna.
Disse Satanás, por meio da serpente à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueiras, e fizeram para si aventais. (...) (Gênesis: 3)
   Satanás, mestre e pai do racionalismo, isto é, como usar a própria razão para destruir a fé pura; levou Eva a duvidar de Deus, de desejar ser igual a Deus e por fim, a fazer o que Deus dissera não poderia ser feito, pois, se assim fizesse, morreriam. Ao trocar a fé pura pelo argumento lógico que Satanás apresentara pecou e fez com que seu companheiro também pecasse.
     Cristãos acadêmicos, teólogos ou não, vós que buscai a todo custo fazer da fé pura, dos escritos bíblicos algo lógico e justificável cientificamente e filosoficamente não estais incorrendo no mesmo problema que Eva e Adão enfrentaram? Duvidais de que Deus fez o homem segundo descrito no Gênesis? Se assim procedeis estais dialogando com o Diabo. E sem a fé pura nos escritos bíblicos ireis perder a batalha, pois este não é o método divino. Olhai para José no Egito; para Daniel e seus companheiros na Babilônia; para Cristo quando enfrentou Satanás cara a cara como fizera Eva, saindo vitorioso ao preferir agir por meio da fé pura, para os discípulos e o apóstolo Paulo; para a profetisa contemporânea Ellen G. White. O que quereis? Novos fundamentos para a fé pura? esqueçam, Deus não muda. Sua palavra é simples e clara para que qualquer um possa entendê-la, mesmo àqueles que apenas ouvem; que não sabem ler e escrever. Mesmo que os “sábios” dizem que os escritos bíblicos se pareçam a mitos, nada muda no plano de Deus, Satanás está presente para confundir, mas, às claras revelações de Deus estão presentes para salvar a todos letrados e não letrados, basta apenas agir pela fé, sem duvidar, sem tentar justificar nossa falta de fé, o erro.
     A bíblia não traz o diálogo entre Adão e Eva antes que ele comesse do fruto, mas que o dilema dele foi grande foi, e quem é casado pode imaginar quão problemático é quando entre o casal existem divergências, e principalmente quando estas são com relação à religião, e quando há filhos na parada, aí é que o bicho pega. O que fazer? Ceder ao pecado juntamente com os da família ou permanecer fiel a Deus mesmo diante dos apelos da esposa (o) e filhos? O mesmo dilema que Adão passou muitos maridos, esposas e filhos passam quando decidem servir a Deus com todo o entendimento e fé. Creio eu que o grande problema da igreja atual é com relação às modas, pois estas estão invadindo o meio cristão de tal modo que não se faz mais diferença entre os cristãos e os mundanos; tudo está justificado com argumentos lógicos, falaciosos, mas estão, e assim a igreja que possuía fé pura, age hoje baseada na fé racionalizada, “justificada”. Com a TV, a mundanalidade da igreja cresce em escala geométrica, aqueles (as) que vivem da pregação do evangelho ainda fingem ser cristãos no sábado, durante as programações da semana, despem-se da capa religiosa e voltam a ser o que realmente são. Parada dura para os pastores e profissionais da religião resolver com suas esposas e filhas que influenciam a igreja a se distanciar da fé pura.


Filósofo Isaías Correia Ribas 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"EU, O MUNDO E O COSMO"


     Quando vim à existência o mundo e a vida já existiam. Logo, não é preciso pensar para eu existir segundo diz Descartes em sua filosofia: penso, logo existo (cogito ergo sum). Logo, a existência precede o pensar e o pensar a consciência do existir. Sartre, Jean Paul diz: a existência precede a essência (essência é o ser mesmo das coisas, aquilo que a coisa é ou que faz dela aquilo que ela é). Pergunto: E o que precede a existência? Sartre fala da existência, mas foge da filosofia cosmológica, isto é, não pensa o todo. Espinosa retoma o panteísmo e conclui que tudo é uma só coisa, isto é, uma extensão de Deus. Pergunto: A que Deus Espinosa se refere? Se for o Deus dos filósofos, um simples conceito, sua filosofia é válida, pois, toda arquitetura filosófica é conceitual, conceito derivando de conceitos. Porém, se ele se refere ao Deus criador bíblico, sua filosofia é falaciosa. Nada no universo é uma extensão do criador, uma vez criado algo, esse algo é algo a parte do criador, porém dependente em algum aspecto para exercer sua “independência”. Tudo que os homens criam, dependem do homem para o seu funcionamento, mas essa dependência não significa ser uma extensão da pessoa que o criou. O carro depende do motorista para se movimentar corretamente, assim como a bicicleta, o rádio, a TV, a máquina de lavar roupa, a lâmpada para ser acesa, o computador, enfim, todos os objetos criados pelos homens dependem dos homens, mas nunca é uma extensão dos homens, embora dependentes até que o start seja dado para funcionar, cumprir uma tarefa específica. No mundo as coisas se dão assim, mas o mundo está dentro de um cosmo, logo, há seres superiores a nós que nos trouxe à existência; e esse ser superior não é um simples conceito como querem os filósofos, cientistas e outros racionalistas empiristas que só reconhecem a si mesmos como capaz de criar alguma coisa. Esse raciocínio que apresento não é novo, todas as tradições filosóficas e racionalistas em geral parecem ser conscientes dele; Porém, o grande problema deles sempre foi: o que fazer para negarmos o criacionismo bíblico? Por isso eles têm que se limitar ao planeta Terra, e assim fazendo tornam-se pensadores limitados, fechados em si mesmos, logo, incapazes de resolver os problemas do próprio mundo. E é justamente por isso que o mundo e seus habitantes vão de mal a pior.
Bíblia e Religião
     No Ocidente a bíblia é o livro básico do cristianismo, e dentro do cristianismo há milhares de denominações religiosas diferentes, então você pode perguntar, por que os cristãos que defendem o criacionismo não conseguem melhorar o comportamento das pessoas no mundo? Porque o cristianismo também é um tipo de racionalismo filosófico-científico-religioso, e assim sendo, a bíblia é apenas um meio para iludir o povo de menos cultura, fica mais fácil engana-los com a bíblia nas mãos e citando passagens descontextualizadas, vedem-se uma esperança de um mundo melhor sem exigir deles mudança de comportamento segundo nos ensina a bíblia. E assim, as denominações religiosas nada diferem da filosofia, da ciência e da política. Catolicismo, protestantismo e evangélicos fazem o mesmo com o povo, explora-os; faz o povo construir templos, escolas, universidades, hospitais e o que for preciso, mas, tal qual a política corrupta, nada é para o povo, apenas para as elites das denominações; quem quiser desfrutar dessa estrutura tem que pagar, logo, deduz-se que toda estrutura antropocêntrica, racionalistas puro, quer manter um povo escravo e ignorante para sustentar sua estrutura. Então, o problema não está nas orientações bíblicas e sim com o racionalismo teológico. O Apocalipse fala desse comportamento cristão dos últimos dias: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabe que é um coitado, miserável, pobre, cego e nu”. Não sois nem frios e nem quentes, por serem mornos, vomitar-te-ei de minha boca. (Apocalipse 3: 14-22) A igreja de Laodicéia é um símbolo dos cristãos dos últimos dias. Porém, segundo a bíblia, há um povo que faz da bíblia seu livro guia de comportamento com o próximo e com Deus, mas esse povo não está dentro de uma igreja, mas de todas as igrejas, são os sinceros que seguem a Deus segundo a luz que têm; esses, nesses últimos dias compreenderão melhor a profundidade dos ensinamentos bíblicos e irão fazer o último convite de Deus à humanidade, e assim, o evangelho será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes e então virá o fim. Virá o fim de toda a história do pecado, uma nova ordem será estabelecida segundo a bíblia apresenta, não será uma nova religião, mas um novo céu e uma nova Terra, nova Terra porque não haverá mais esse isolamento que o pecado causou entre o Santo Deus e suas criaturas. Entre os habitantes da Terra e do céu (universo).

Filósofo Isaías Correia Ribas



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

LÓGICA HUMANA E DIVINA


     A lógica é uma disciplina filosófica, é a partir dela que toda arquitetura do discurso antropocêntrico é montado. O primeiro filósofo a fazer da lógica a base de sua filosofia foi Aristóteles; O seu método lógico tem por nome silogismo, isto é, método de dedução de uma conclusão a partir de duas premissas (sentenças), por implicação lógica. “O silogismo é um argumento em que, estabelecidas certas coisas, resulta necessariamente, por ser o que são outra coisa distinta do anteriormente estabelecido”. A lógica é um processo de combinação dos elementos contidos nas premissas através do termo médio. Exemplo: “Todos os homens são mortais, todos os gregos são homens, logo, todos os gregos são mortais”. A conclusão se obtém assim por um processo de combinação dos elementos contidos nas premissas através do termo médio (no exemplo, “homens”) que permite relacionar os outros termos (“no exemplo, gregos e mortais”) aí contidos, formando uma nova proposição. Segundo as regras do silogismo válido, não é possível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão seja falsa. (Dicionário Básico de Filosofia) Porém, também, segundo a mesma lógica, aceitam-se a validade do discurso lógico independente de ser ele verdadeiro ou falso. E é aqui que mora o perigo de confiar na lógica do discurso, pois, nem sempre o que é lógico é verdadeiro. A lógica não tem um pacto com a verdade e sim com a validade. Por isso a que se desconfiar da beleza do discurso lógico, pois, nem tudo o que é belo em lógica é, na realidade, verdadeiro.
     Por esse motivo a filosofia é contraria as verdades bíblicas, pois esta, não faz uso do discurso lógico para expor as verdades reveladas. Seu discurso é simples, reto, claro e   explícito, sem arquiteturas lógicas. Pelo contrário, seu objetivo é direto, e, por assim ser: sem deixar margens para dúvidas, os homens tentam desqualifica-la. A lógica bíblica é a divina: sim, sim e não, não. Por isso a fé é o meio pelo qual se aceita, compreende a bíblia e alcança a salvação em Cristo Jesus.
     Atualmente a lógica filosófica está presente nos discursos evangélicos, tanto nos sermões quanto na música. Ser artista mundano não é para qualquer um, envolve talento, conhecimento, cultura e outros dons; e para quem quer viver da arte, tê-la como profissão envolve muito mais conhecimento, mais talento, mais cultura e saber coordenar os dons naturais com mais sabedoria. Porém, o que presenciamos hoje no mundo evangélico é uma enxurrada de imitações do populismo mundano por meio da arte para ganhar dinheiro e fama em nome de Jesus, sem o compromisso e a seriedade que a palavra revelada merece. Hoje fazem baladas em nome de Jesus; usam tatuagens, joias e outras modas em nome de Jesus; bailes funk em nome de Jesus; canoagem e esporte em geral em nome de Jesus; pula, grita, dançam e cantam em nome de Jesus; enfim, Jesus é uma palavra que dá grana e fama a muitos “artistas” e pregadores gospel que nada entendem do propósito de Deus ao nos dar Sua palavra escrita. Em nome de Jesus e de uma nova forma de religião eles justificam as modas mundanas, e daí, indagam: Qual o problema? Não habitamos neste mundo? Por acaso somos de Marte? Então, só podemos ser mundanos, logo, podemos praticar os costumes do mundo. Esse é um discurso lógico e válido, porém, não é verdadeiro segundo a lógica bíblica. Os mundanos segundo a bíblia são aqueles que não se enquadram na lógica divina, não guardam seus mandamentos e não aceitam o modo de vida segundo ensina as escrituras sagradas. Convenhamos que, realmente Satanás sabe enganar em nome de Jesus e da religião. Ele, o Diabo, para levar-nos à morte eterna juntamente com ele, usa, se for preciso, o sagrado e tudo o que Deus instituiu para a salvação da humanidade. A questão é, onde você artista e pregadores gospel se encaixam? No programa: Encontro com Fátima Bernardes (rede Globo) do dia 15/11/2013 ficou claro qual o objetivo dos cantores e pregadores gospel: conquistar a fama e se enriquecerem em nome de Jesus, da letra das escrituras sagradas enfim, da banalização do nome de Jesus e da religiosidade bíblica.
     Na idade Média a igreja católica fez de tudo para enganar a humanidade por meio da ignorância generalizada, dificultando o acesso da população à educação formal, ficando fácil para alterar verdades bíblicas, e continua ainda hoje apoiando e influenciando o Estado a dar educação formal ruim ao povo trabalhador. Atualmente o protestantismo e evangélicos de modo geral segue a mesma lógica quando vende a educação àqueles que podem pagar, mantendo assim a exploração do povo, pior, enganando-os por meios de movimentos evangélicos onde tudo é possível desde que seja em nome de Jesus ou de qualquer religiosidade. E assim, o povo que age pelos sentimentos apenas cai no embalo do engano achando que estão fazendo a vontade de Deus, quando na realidade estão sendo levados à perdição em nome desses falsos religiosos. E agora temos a religiosidade sendo explorada pelas mídias de todo o país, é um mercado promissor que os empresários da TV saem em busca de maiores receitas; e assim, o sacro falacioso passa a ser um grande mercado. A bíblia nos adverte, cuidado! Satanás, se, possível for, nos últimos dias “enganará os próprios escolhidos”. Então, não nos enganemos, pois, encontrar o caminho que conduz à vida eterna não é tarefa tão fácil como pregam. Você gosta de estar com aqueles que agem em nome de Jesus, então saiba que a salvação não tem pacto nenhum com o que é falso. Compreender os ensinamentos bíblicos e segui-los é a única garantia de encontrarmos o caminho que nos conduz à salvação, e por falar em salvação, preste atenção nas músicas e sermões desse pessoal, suas músicas e sermões só pregam a fama, o enriquecimento e “curas milagrosas”, logo, visam apenas à lógica deste mundo e não como estar preparado para habitar com Jesus no mundo por vir.
Satanás está jogando com todas as pessoas (alma) a partida da vida. (Profetisa White. Testemunhos Seletos Vol. II, p. 502)


 Filósofo Isaías Correia Ribas

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

FILOSOFIA E JESUS


     Apreendemos (captamos) o mundo pelos sentidos, e assim percebemos que estamos inseridos entre uma infinidade de outros seres vivos e não vivos, e outras coisas feitas pelos homens. A razão, (capacidade de articular pensamentos) conectada ao mesmo corpo sensível interpreta e conclui o que “é” do que foi percebido. Diante dessa vida finita, de uma falsa lógica mundana onde a vida surge e desaparece e as coisas se deterioram, a razão “pura” que é lógica e verdadeira segundo Deus criara para essa finalidade, indaga: Qual o sentido de nascer, viver e morrer? Para que a existência nessas condições? É essa a angústia filosófica, religiosa, ateísta e científica; essa finitude de tudo é o motor impulsionador à busca por um sentido lógico para a vida; por isso a indagação primeira da filosofia: De onde vim? Qual o sentido de meu estar aqui? Para onde vou finalmente? A vida é somente isso, nascer, viver e morrer? São estas questões que ainda estão sem respostas para as pessoas e as comunidades pensantes citadas acima. E assim sempre continuarão enquanto estivermos limitados em nós mesmos, com o olhar fixo na Terra, fechados em nossas limitações. Por isso a filosofia iniciou à busca pelas respostas tentando olhar para o todo, à natureza e o cosmos; à física e metafísica, ignorando o sobrenatural. Logo, o racionalismo filosófico, fechado no antropocentrismo não terá condições de responder suas próprias indagações. Qualquer pretenso filósofo que buscar respostas sem considerar o cosmos como um todo, com a possibilidade de tudo o que possa existir não passará de um medíocre filósofo.
Física – Metafísica – sobrenatural
Física:
     Entende-se por física a Physis, a própria natureza terrena. Toda ciência empírica está alicerçada na estrutura física da natureza, mesmo quando se aponta os telescópios para o universo e enviam-se satélites (foguetes) para pesquisar o solo e a possibilidade de vida em outros planetas, as conclusões dão-se segundo os parâmetros terrestres. Como diz Hegel: “O que há de próprio na filosofia é pensar o que é efetivo e real no mundo, que pode seguramente se mostrar na experiência, mas que depende da sagacidade do espírito para ser compreendido”.
Metafísica:
     A metafísica é o que está além da física, são os discursos abstratos, abstração da Physis, do concreto. Toda metafísica filosófica, científica, religiosa, política, epistemológica e outras possíveis se limitam ao perímetro do globo terrestre. Logo, física e metafísica compõem a macro e micro estruturas dos poderes terrestres, estão unidas, fechadas entre si se achando donos do planeta Terra. Essa malha estrutural pode ser exemplificada assim: Física-metafísifca-filosofias-religiões-agnósticos-instituições-religiosa-espiritualista-ateus-políticas-nações-escolas-universidades-justiça-cadeias-reformatórios-clínicas-hospitais-segurança-foruns-bolsa-de-valores-bancos-ONU-globalização-indústria-comércio-narcotráficos-enfim, o CAPITALISMO. Esse, com seus departamentos nacionais e internacionais promovem o amor ao Deus dinheiro. É esta, segundo Michel Foucault (1926-184), a macro e microfísica do poder, a estrutura que faz a história, que aliena, subjuga, escraviza e anula o sujeito. Esta estrutura multi-una engana e mata em nome de Deus, pratica injustiças em nome da justiça, faz demagogias, engana e rouba em nome da administração pública, mata e forma milícias em nome da segurança, deseduca em nome da educação, engessa em nome da educação superior, exploram os doentes em nome da cura, o narcotráfico já é receitas legais de muitas nações explorando a “inocência” e a saúde da juventude, matando-os pelo lucro; etc. e etc.; há alguém que ainda acha que essa estrutura antropocêntrica encontrará uma saída para a humanidade? Nunca, jamais. O egoísmo é superior ao altruísmo.
O que é deus para a filosofia?
     Deus para a filosofia é apenas um conceito abstrato, logo, metafísico, sem o qual não dá para dar sentido à lógica física e metafísica, uma vez que nada pode vir do nada e tudo existe há que se admitir algo além da física, e esse algo é o conceito Deus, porém, segundo Hegel, não pode ser “um cego objeto de fé”.
Mas para lidar com o infinito a filosofia não tem outro recurso senão a razão, como um pensamento constitutivo do pensamento – consequentemente ela não pode procurar o Absoluto noutro lugar que não a própria determinação de finitude. Improvável? Só a coisa em si é improvável; Deus, muito pelo contrário, é absolutamente necessário – pois ele é o ser supremo, a essência mais alta e o conceito absoluto. Ser, essência e conceito são as três partes da lógica hegeliana, de tal modo que Hegel, quando repete estas afirmações sobre Deus ao longo de toda a sua lógica, chama a atenção para o modo de se caracterizá-Lo, sugerindo assim que não é como uma coisa particular num outro mundo que devemos procurar tal “ser perfeito”, mas na própria “estrutura” das coisas: Ele é algo como o ‘ser enquanto ser’, a ‘essência enquanto essência’ e o ‘conceito enquanto conceito’.
O Deus hegeliano seguramente é o ‘Deus dos filósofos’: um princípio constitutivo da própria realidade e não um cego objeto de fé. (Texto adaptado de RAMOS, D.) citado em CONCURSO PÚBLICO. Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. FILOSOFIA. P. 131, 2013)
Sobrenatural:
     Physis é natureza, diferente da metafísica que está além da física, o *Sobrenatural está acima da natureza. Logo, é o Criador da natureza. O sobrenatural foi materializado entre nós na pessoa de Jesus e, Seu plano para salvar a humanidade desde a queda do homem começou a ser exposta aos pecadores; em todas as épocas Deus se comunicou com a humanidade através de seus patriarcas e profetas que alertavam e escreviam a bíblia. Então, em meio de toda confusão antropocêntrica há a presença do criador do universo nos instruindo sobre tudo o que acontecera e está nos indicando o caminho de volta à felicidade e liberdade plena que existia antes da transgressão da lei universal. Há uma intriga cósmica além de nossa percepção física, mas nossa ganância é tanta que não nos sobra tempo para pensar nela, e é essa a estratégia do inimigo do criador, manter todos ocupados com os interesses e modas deste mundo até o fim. Há um seriado na TV (Sobrenatural) que ilustra bem a luta entre o bem e o mal; entre nós há anjos divinos e diabólicos fazendo o que for possível e permitido para enganar a humanidade. Esse seriado está fundamentado, entendo eu, segundo meu conhecimento, na bíblia e no livro O Grande Conflito da profetisa contemporânea Ellen G. White. Ele passa-nos a ideia de que não estamos sozinhos no planeta Terra, isso aqui é um palco onde está desenrolando a história de luta do bem contra o mal, do amor de Deus e do ódio de Satanás. Todo o universo inteligente está atento ao poder e amor de Deus e das intensões de Satanás contra Deus e suas criaturas. Assim sendo, as estruturas antropocêntricas estão operando a favor do inimigo de Deus. Contra toda essa estrutura Deus dispôs-nos a bíblia; o plano de salvação contido nela; a entrega de Seu Filho para sofrer na carne as consequências dos pecados de toda a humanidade, dando assim condições para aqueles que se arrependerem e, pela fé em Sua palavra seguir Suas instruções serem salvos; para nós que vivemos nas últimas horas da história terrestre Deus nos deu uma ajuda extra: O Espírito de Profecia, uma luz menor que ilumina o caminho à luz maior, a bíblia. Sua promessa registrada em Apocalipse 19: 10 cumpriram-se na vida e nos escritos da profetisa contemporânea Ellen G. White; e temos também a ajuda do Espírito Santo para nos guiar em toda a verdade. Só resta uma coisa aos homens e mulheres: estudar e buscar compreender por si mesmo (a) o plano de salvação, ciente de que nada, mas nada mesmo além do método divino encontrarás a certeza de estar fazendo a vontade de Deus e se preparando para Sua segunda volta de Cristo e a vida eterna, aqueles que buscam a salvação precisam entender que a salvação não depende de cumprir com ritos e formalidades das instituições religiosas, mas sim em compreender o plano de salvação e viver pela fé segundo as instruções bíblicas. As formalidades fazem parte do convívio cristão, mas a salvação somente por meio de Jesus Cristo, ser como Ele!
Deus Encarnado:
     Jesus é uma realidade histórica, assim como Seu ministério, Sua morte, ressurreição e ascensão ao céu. Porém, é um escândalo para o antropocentrismo. Um evento que pela vontade dos poderes terrestres deveria ser apagado da história. Mas como isso é impossível, o autor do antropocentrismo busca por todos os meios ofuscar a obra redentora de Deus. Quando Jesus nasceu, nem aqueles que se diziam esperá-Lo O reconheceram. Ele pisou no lagar sozinho, seria Ele a prova para todo o universo que não há desculpa para o pecado, não há como justifica-lo uma vez que temos a assistência do sobrenatural e da Sua palavra revelada para nos ajudar a vencer as tentações, seja ele qual for.
Filosofia nos dias de Cristo:
 Dividia-se assim a filosofia nos dias de Cristo. A) Platonismo judaico foi elaborado e defendido por Filon; B) platonismo cristão ou patrística, defendido por Clemente de Alexandria e Orígenes; e C) platonismo pagão defendido por Plotino. Naqueles dias somente os Saduceus estavam mais próximos aos ensinamentos bíblicos, às outras seitas ou classes sociais judaicas tinham sido contaminadas com o racionalismo filosófico platônico. Platão e sua filosofia mística-racionalista praticamente se fundiram com o judaísmo, e assim, Deus era apenas uma figura metafísica filosófica, um mito. Logo, Jesus estava só para enfrentar seu arqui-inimigo Satanás, Sua única ferramenta era a fé na palavra de Deus. Após jejuar quarenta dias e quarenta noites, Satanás foi ao Seu encontro para fazê-Lo cair em pecado como fizera com Eva. Desfalecido pela fome, mesmo assim soube diferenciar a ajuda dos anjos dos enganos de Satanás. Disse-lhe Satanás:
  __Se tu és o filho de Deus mande que estas pedras se transformem em pães. Respondeu Jesus: __está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Levou-O então à cidade santa colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: __Se tu és o filho de Deus, lança-te daqui abaixo; por está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: __Também está escrito: não tentará o senhor teu Deus. Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: __tudo isso de darei se prostrado me adorares. Então ordenou Jesus: __Vai-te Satanás; porque está escrito: Ao senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram anjos e o serviram. (São Mateus 4: 1-11)

Jesus e Satanás foram os dois precursores da hermenêutica contemporânea (interpretes das escrituras sagradas) à luz do que está escrito. Se Jesus houvesse falhado ali, não haveria mais salvação para a humanidade. “Assim como por um homem entrou o pecado no mundo também por um só veio à salvação, Jesus Cristo, o justo”. Jesus venceu como homem, não como Deus Onipotente, Onisciente e Onipresente, mas como Adão antes de cair em pecado; e como tal viveu trinta e três anos entre nós sem pecar, mas fez-se pecado por nós, isto é, sofreu o horror da morte para nos dar a vida eterna, claro, àqueles que O aceitar como seu salvador pessoal.
     Isso é filosofia cosmológica, com a visão do todo, somente assim a filosofia dará respostas seguras para a humanidade se livrar dos enganos antropocêntricos. Menos que isso, é apenas falatório filosófico-científico-político-religioso, um emaranhado de falácias metafísicas “lógicas”.  


Filósofo Isaías Correia Ribas 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

REVELAÇÃO, RACIONALISMO E MITOS


     Tratando-se do conhecimento temos duas fontes primárias e uma alegórica. Primeira: O conhecimento revelado está contido na bíblia e esta foi escrita ao longo de mil e seiscentos anos por cerca de quarenta autores; além de conter revelações, é também um compendio histórico. O povo de Israel compõe a parte histórica bíblica. Antes da escrita bíblica, essas mesmas verdades eram eternizadas verbalmente, Moisés apenas registrou-as e deu prosseguimento ao plano segundo as revelações de Deus. Logo, é uma coleção de livros que tem como idealizador e inspirador o Supremo Deus, o Criador do universo. Assim sendo, as partes reveladas são para aqueles que têm fé e as históricas estão registrada para qualquer um analisar segundo seus interesses independentes de fé. O atual Estado de Israel é fruto de um racionalismo político de 1948, esse não faz mais parte do contexto bíblico.
     Segunda: O racionalismo é uma fonte de conhecimento antropocêntrica, isto é, fruto de análise da razão humana, porém, sujeitas as inconstâncias dos sentidos, que, posteriormente, com Aristóteles passou a ser analisada ao rigor metódico, sendo assim, ciência e filosofia sistematizadas; a filosofia surgiu no final século VII e início do VI a. C., gênese e fundamento de todo conhecimento racionalizado existente entre nós até os dias atuais. A sabedoria, segundo os filósofos naturalistas, pertence aos deuses; e filósofos são aqueles que a buscam por meio do conhecimento; como somos seres mortais, jamais alcançaremos a sabedoria dos deuses.
     Os mitos são também de origem humana, são contos alegóricos inventados para preencher algumas lacunas que existiam até que a filosofia se estabelecesse como conhecimento fundamentado na razão ou no empirismo sensível-científico. A mitologia antecede a filosofia e seus criadores foram os poetas, pois estes, segundo a tradição falavam inspirados pelos deuses; Os mitos geralmente são acompanhados de um fundo místico, alegorias inventadas para justificar acontecimentos naturais ou cósmicos que os homens não sabiam explicar como e porque aconteciam. E assim, ao longo da história muitos mitos foram inventados, e estes, ainda servem para ilustrar como se dá o conhecimento. Platão foi o primeiro filósofo a fazer uso dos mitos como metáfora para ilustrar como se dá o conhecimento, a Mito da Caverna é o seu clássico ainda estudado nos dias atuais. E mais, ainda hoje muitos mitos são arquitetados para iludir as pessoas; porém, seus criadores não são mais os poetas e sim “célebres” pensadores a serviço da política e da religião, mas, no decorrer da história filosófica e da política-religiosa, os “mitólogos” sempre estiveram apostos para, como na antiguidade faziam os poetas, ofuscar e mascarar as revelações bíblicas como ensinamentos diferenciados entre a humanidade; é claro que não aparecem mais como mitos, mas como utopias, ideologias políticas; construções antropocêntricas para manter o povo iludido, enganado, e, há também muitas “teologias” antropocêntricas que fazem parte das ideologias políticas para iludir o povo; pasmem! As universidades são as superestruturas que dão legitimidade a esses mitos contemporâneos. Então, entendo eu que não é difícil concluir que filosofias, ciências e mitos têm a mesma origem, isto é, o próprio homem e seus objetivos continuam o mesmo: ofuscar, diminuir e mascarar a influência dos escritos bíblicos à mente das pessoas. Fazendo oposição à toda construção antropocêntrica está o conhecimento revelado, o bíblico; seu objetivo é afirmar e confirmar as verdades de um Deus criador e mantenedor do universo, dizendo a todos em alto e bom som que a história entre o bem e o mal chegará ao fim, e Deus vai restabelecer a ordem cósmica que havia antes da entrada do pecado no universo. E é aqui que entra a fé pessoal mediante a análise dos escritos bíblicos. Ciência e bíblia por princípio é diferente de ciência e religião, assim sendo, ciência e bíblia são antagônicas por princípios; ciência e religião não; logo, é possível encontrar o equilíbrio entre a ciência teológica (hermenêutica) e a ciência pura, empírica. Mas, mesmo aqui há muita relutância pela harmonia, abrir-se-ia um precedente perigoso, pensa os cientistas acadêmicos.
    Logo, os escritos bíblicos não são alegóricos e muito menos filosóficos. Sua origem é Divina, é uma história segundo as intensões de Deus o Criador e mantenedor do universo, uma revelação às pessoas de fé que, embora entendam todas as arquiteturas científicas, filosóficas e míticas não permitem que essas contingências ofusquem sua racionalidade para compreender o plano maior: o interesse do Criador em restabelecer a ordem primeira.
Filon filósofo grego, de origem judaica e cognominado “o Platão judeu”; viveu no século I da era cristã em Alexandria e é um dos principais representantes da chamada escola de *Alexandria. Chefiou uma embaixada de cinco judeus que foram a Roma pedir ao imperador que dispensasse os membros da comunidade judaica de prestarem culto divino à estátua do imperador. Como filósofo, procurou conciliar os ensinamentos do Velho Testamento com as filosofias de Platão e Aristóteles. Foi o inspirador do *neoplatonismo e da literatura cristã. (HILTON Japiassú / DANILO Marcondes. Dicionário Básico de Filosofia. Ed.Zahar, Rio de Janeiro, RJ 1989).
O judeu filon, que nasceu em Alexandria entre 10 e15 a. C., desenvolveu suas atividades na primeira metade do século I d.C., pode ser considerado precursor dos padres, pelo menos em certa medida. Dentre suas numerosas obras, destaca-se a série de tratados que constituem um Comentário alegórico do Pentateuco (devemos recordar sobretudo A criação do mundo, As alegorias das leis, O herdeiro das coisas divinas, A migração de Abraão e A mutação dos nomes, que estão entre as mais belas).
     O mérito de Filon está em ter tentado pela primeira vez na história uma fusão entre a filosofia grega e a teologia mosaica, criando assim uma “filosofia mosaica”. O método com qual Filon operou a mediação foi o da “alegorese”.  Ele sustenta que a bíblia tem a) um significado literal, que, no entanto, não é o mais importante, e b) um significado oculto, segundo o qual as personagens e eventos bíblicos são símbolos de conceitos e verdades morais, espirituais e metafísicas. [...] A interpretação alegórica iria alcançar grande êxito, tornando-se um verdadeiro método de leitura da bíblia para a maioria dos padres da igreja e transformando-se assim por longo tempo numa constante na história da patrística. (GIOVANNI Reale/DARIO Antiseri. HISTÓRIA DA FILOSOFIA. Antiguidade e Idade Média. Vol. I, p. 402. Ed. Paulus. São Paulo. SP, 1990)

     Afirmar que as histórias e as revelações bíblicas são alegarias baseando-se nessa pretensão de Filon, não preenche nem o mínimo de exigências filosóficas para ter isso como verdade, o que parece é que filon estava a serviço de alguma instituição ideológica que tinha a pretensão de fazer desses relatos uma “verdade”, para, posteriormente tentar anular de vez os escritos bíblicos, vã e doce ilusão.


Filósofo Isaías Correia Ribas