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domingo, 29 de setembro de 2013

"A INTERNET CRIA UM NOVO HOMEM (SER)"


     Quem sou eu? Quem é você? O que é o mundo? Os homens e o mundo são coisas diferentes ou somos uma só coisa, uma simbiose? Se assim for, não existem sujeitos e nem mediadores entre o sujeito e o mundo. Logo, há apenas o mundo aberto à intencionalidade. Essa intencionalidade se dá, não pela falta e necessidade de algo, acontece porque o mundo está aberto, e se é aberto, não necessita de mediadores. O “mundo virtual” (internet) é uma realidade. E, diante dessa nova realidade, uma nova dimensão ontológica aparece para certificar o que é o ser, a vida e quem está vivo. Não há mais a questão: quem ou o que é o sujeito? Mas, em que dimensão encontra-lo no mundo? Se o outro estiver vivo para o mundo encontrá-lo-ei em alguma dimensão física ou metafísica (inserido na internet). Este é o novo mundo das contingências, reinos do bem e do mal e não tem volta. Ninguém tem poder para acabar com a internet, desliga-la do mundo, e, caso houvesse esse consenso, seria à volta, no mínimo, ao medievalismo, como a história não é uma repetição do mesmo, como querem alguns, não haverá retorno ao passado, e isso não é nem mesmo cogitado. Existem entre os mais velhos, doutos ou não, críticas àqueles que fazem da internet o seu mundo, geralmente estes, têm dificuldades de lidar com essa nova realidade de ser-com-o-outro-e-o-mundo; argumentam que o isolamento físico entre membros das famílias são causas de certas patologias psicossomáticas, será? Porém, na dúvida, e, em uma postura contraditória, todos compram computadores aos filhos, e caso não faça isso, pode crer, seu querido filho está morto para o novo mundo. A questão é: a internet isola ou reuni famílias? Reuni, não só famílias, mas todo o mundo e tudo o que ele oferece.  Viver neste mundo das contingências, com ou sem internet, sempre foi perigoso, um risco à vida feliz. “Eh Mundo velho sem porteira!”; “sem censura”; “sem telhados”, “sem fronteiras”; “sem ditadores”; “sem leis e legisladores”; “sem ética”; “sem moral”; “sem democracia”; mundo de todos e para todos se fazer de si o que quiser, a internet é um mundo aberto ao todo e ao nada, às perspectivas impensadas pela velha ontologia, moral, ética e filosofias mediadoras. Com a internet, o que parecia impossível aos olhos dos homens, tornou-se possível e com velocidade incalculável. “Os últimos acontecimentos serão rápidos”. O internauta não é mais um ser passível, mero receptor de informações dos controladores das mídias que controlavam e impunham (jornais impressos e TVs) ideologias de controle de comportamento social, mas um ser-no-mundo com poder de intervir em toda rede de relações; o internauta criará uma nova dimensão política para o novo cidadão em formação, um cidadão capaz de se fazer com liberdade de ser o que quiser. Todos em rede são receptores e emissores, aprendizes e formadores, as barreiras cognitivas e epistemológicas se foram. Um novo ser surgirá, e quem é capaz de dizer o que será e como agirá esse ser no mundo? Só o tempo revelará.
     Há dois versos bíblicos que merecem nossa reflexão, “Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, até o fim do tempo; Muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”. (Daniel 12: 4) “E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”. (Mateus 24: 14)
     De todos os conhecimentos dos homens, a ciência é a responsável por todas as evoluções e revoluções cognitivas, técnicas e filosóficas. A internet é o ápice científico que engloba o mundo todo, mais alguns anos e o novo cidadão do mundo globalizado estará inserido nessa nova realidade, até porque ele já nasce nessa nova dimensão de ser-no-mundo, os que ainda vivem dos anos cinquenta para cá precisam perder a resistência e buscar inserir-se, caso a sua resistência vença, serás “eliminado” dessa nova dimensão, assim sendo, o que deixarás para a sua descendência que estará vivendo em outra lógica de comunicação e relação? A profecia de Daniel (século VI a. C.) está se cumprindo ao pé da letra.
     Alguém ainda duvida de que o evangelho do reino será pregado em todo o mundo e em testemunho a todas as gentes? Jesus, nosso Criador e Redentor, ao profetizar a pregação do evangelho em todo o mundo, vislumbrava a tecnologia a favor da salvação de quem quisesse! Você, que diz ser seguidor de Cristo e conhecedor das verdades bíblicas, o que faz na internet, busca passar aos seus amigos o que você conhece sobre a salvação em Cristo, ou é um questionador barato e semeador de dúvidas como sempre fez e faz o Diabo com e sem internet? Tenha certeza, os três anjos e suas mensagens sendo dadas aos habitantes da terra de apocalipse 14, não são anjos literais fazendo essa obra, mas, o homem missionário de Cristo fazendo uso das ondas de rádio, de TV e agora com a internet, pregando com todo o poder para alcançar o outro que, de um modo ou de outro está conectado à nova lógica de mundo-sem-fronteiras, mundo aberto a tudo, ao bom e ruim como sempre foi depois do pecado.


Filósofo Isaías Correia Ribas

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A DEMOCRACIA E O SUJEITO LIVRE


     O movimento popular pela democracia começou na Grécia antiga (IV a. C.). Democracia (do grego: demos (povo), e Kratos: (poder)). “Regime político no qual a soberania é exercida pelo *povo, pertence ao conjunto de cidadãos, que exercem o voto universal, (assim), o povo detém o soberano *poder”. (Montesquieu) então, o povo jamais esteve no poder, apenas vota dando o poder a um representante, e esses representantes, por muitas razões que não vou entrar em detalhes, não é povo, e, assim sendo, o que fazer pelo povo a não ser sujeita-lo às leis. Logo, não há como dar liberdade ao sujeito, mas, apenas dar-lhe a liberdade de sujeitar-se livremente às diversas formas de poder, à microfísica do poder que “anula” poderes centrais e enfraquece os próprios poderes das diversas instituições, e assim, nessa luta de poderes o indivíduo está submisso a todas as formas de poderes e por elas são explorados. Olhando para a história das civilizações, o homem ainda não foi capaz de idealizar um modelo político que seja justo a todos os homens. Há outro problema que merece uma reflexão: a ideia ou conceito de liberdade. Como entender o que é liberdade em um mundo feito de parâmetros que devem ser respeitados, onde esses parâmetros são contingentes, isto é, podem ser verdadeiros ou falsos? Percebe! O sujeito tem somente a liberdade de escolher, uma vez feito a escolha ele submeteu-se, e uma vez submisso, acabou a liberdade, e fica pior se ele fez a escolha errada. Então, qual é a saída? É esta a grande questão posta aos homens de todas as épocas, e, por ela ideologias, filosofias, políticas e teologias são construídas e desconstruídas todos os dias, e estas têm sido as causas de tantas guerras e guerrilhas civis ao longo da história da humanidade. Está à humanidade fadada ao fracasso com o seu projeto antropocêntrico, racionalismo puro, ou é apenas uma questão de tempo para idealizar uma política perfeita, que atenda todos os anseios de cada indivíduo? Para mim, o antropocentrismo e o racionalismo puro são apenas utopias, projetos filosóficos-políticos niilistas, elaborados para enganar a todos, doutos e ignorantes.
     Conhecereis a verdade e esta vos libertará! A verdade não é subjetiva, isto é, do sujeito. Logo, eu e você não somos e nem temos a verdade, temos apenas opiniões, e estas não passam disso, não são fundamentos sólidos para se construir nada. Das opiniões melhores elaboradas surgem filosofias, ideologias, políticas e as falsas teologias, por isso, são utopias, projetos niilistas. Chegamos novamente aos dualismos: fé & razão; filosofia & bíblia; Deus & Satanás; bem & mal; verdade & mentira; criacionismo & evolucionismo; deuses & Deus; etc. Essas dualidades sempre estiveram presentes, provocando as mais diversas formas de interpretações e comportamentos da humanidade, são verdades impossíveis de serem ignoradas. Logo, a saída para todos os problemas está ligada a *uma delas.
     “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João 8: 32) “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. (João 17: 17) Paralela às verdades bíblicas desenvolveram-se as verdades contingentes políticas, filosóficas e científicas. Fazendo uma análise lógica, estes versos pedem um princípio de identidade: A=A, isto é, segundo Aristóteles: “Todo objeto é idêntico a si mesmo”. Segundo esses versos a verdade é a palavra de Deus, a bíblia. Ela está contida no próprio Deus, e revelada aos homens por meio dos profetas e do próprio Cristo, Seu filho. Deus nunca deixou de revelar sua vontade aos homens e também não condicionou suas criaturas a obedecer-Lhe. Deus é a própria liberdade, e para que haja indivíduos livres no universo a contingência não pode estar presente, por isso, antes da entrada do pecado no universo não havia o certo e o errado, apenas o certo, o bom, o belo e o inefável. Por isso o pecado é um mistério, isto é, não pode ser justificado, pois, se houvesse a possibilidade de justifica-lo não seria mistério e nem pecado.
Por meio da racionalidade podemos compreender os fundamentos da fé e do racionalismo sem anular um em função do outro. Já, o racionalismo antropocêntrico, luta com todas as suas forças cognitivas para anular a fé e o próprio Deus do consciente da humanidade. Essa guerra epistemológica é prova inequívoca da existência da luta entre o bem e o mal, Deus e Satanás, em prol da salvação e da perdição dos indivíduos. Assim como não há desculpas justas para o pecado, não há também como justificar-se diante do juiz do universo por não alcançar a salvação. Deus proveio todos os meios para salvar a todos, porém, a salvação é para quem quiser e aceitar o plano divino. Assim como há abundante literatura política, filosófica e científica, há também, literaturas que expõe o plano de salvação a quem desejar, elas estão contidas na bíblia e no Espírito de profecia, os escritos da profetisa contemporânea Ellen G. White, e, para quem desejar fontes não primarias, existem milhares de escritores religiosos, porém, esses últimos a que se fazer a seleção, eles já estão dentro das contingências, isto é, podem ou não estar falando a verdade segundo a vontade de Deus. A salvação não é uma ilusão mística, exige-se do salvando compreensão do plano e uma experiência própria, e essa se dá na aplicação do conhecimento à práxis vivida, é um estilo de vida segundo a vontade de Deus; é um processo epistemológico gratificante que nos liberta de todo antropocentrismo político-filosófico-científico e falsos teólogos. Vivemos entre eles, mas não somos mais influenciados por eles, somos livres em Cristo!  


Filósofo Isaías Correia Ribas

domingo, 15 de setembro de 2013

O BEM, O MAL E A COGNIÇÃO


     O bem: refere-se ao Deus criador do universo e o que nele contém; o mal: refere-se à Satanás, a antiga serpente; e a cognição é o conhecimento. Há um sábio ditado que diz: “quem conhece domina”. Independente do dito popular, toda pessoa que conhecer; desde que seu conhecimento seja interessante e explícito, ela é admirada e seguida ou imitada. Satanás quando se aproximou de Eva para engana-la, apresentou-se com forte argumento que apelava para o conhecimento. “Porque Deus sabe que no dia em que comeres desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.” (Gên. 3:5)
     Já parou para imaginar o deparar-se com um animal irracional falando, tentando se comunicar no seu idioma de modo inteligível? Mesmo hoje, estando nós acostumados a ver filmes e desenhos animados com essa característica, qualquer um, em semelhante situação, provavelmente sairia correndo e gritando estar diante de um animal possesso pelo espírito do mal. Apesar do absurdo, Eva não correu e nem gritou, mas admirada pelo fenômeno incomum, dialogou com a serpente que falara inteligentemente e mostrava-se conhecedora do próprio Deus que ela conhecia e obedecia. Eva já provara o prazer do conhecer, pois os anjos e o próprio Criador os visitavam para instrui-los em todo o saber. Manhoso e astuto, Satanás instigou em sua interlocutora o desejo não apenas de saber sobre Deus, mas, de ser igual a Ele, conhecedora do bem e do mal. Satanás, por experiência própria sabia das consequências dessa pretensão de ser igual a Deus, pois fora essa ambição que fizera perder seu posto no céu; e por seu orgulho decidira não aceitar o perdão de Deus e como anjo líder retornar à sua posição, preferindo continuar por outros meios atingir a concretização de seus desejos: provar para todos os seres inteligentes do universo que Deus é um ditador e que com Ele não há liberdade. Por isso, Deus deu-lhe a liberdade, por tempo determinado, para ele pôr o seus planos malignos em prática. Então, nada melhor do que começar pelo casal que fora coroado com a semelhança divina; criados para habitar o planeta Terra e dominar sobre todas as outras criaturas, lugar para onde Satanás fora expulso. Logo, tudo o que aqui acontece nessa trama é um espetáculo a todo o universo, Deus mostrando a todos os entes inteligentes o que é o bem por meio do amor, e Satanás o que é o mal, buscando desfazer e desqualificar o bem e o amor de Deus pelo o universo. Nosso planeta, a Terra, é o palco onde se desenrola todos os atos desse negro “espetáculo”, onde, eu e você somos atores do bem ou do mal. (WHITE, G. Ellen, HISTÓRIA DA REDENÇÃO. Ed. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP – 2010.)
     O conhecimento, o bem e o mal se desenvolveram paralelamente ao crescimento demográfico da humanidade. Deus, por meio dos descendentes de Sem, o terceiro filho de Adão e Eva, separou uma linhagem desses para se revelar e transmitir o conhecimento de Si e Sua vontade para com os homens. Dessa linhagem surgiram os patriarcas, reis, juízes e profetas para alertar a todos, homens e mulheres, como deveriam viver no presente e sobre o desejo último de Deus àqueles que O seguissem. A vontade de Deus está explícita na bíblia que fora escrita ao longo de 1.600 anos por cerca de 40 autores da “linhagem de Sem”. Somente o Novo Testamento não seguiu essa linhagem e provavelmente algumas exceções no Velho Testamento.
     Caim, o primeiro dos descendentes de Adão e Eva a rebelar-se contra a vontade de Deus, que culminou no assassinato de seu irmão Abel, tornou-se o representante do desenvolvimento do conhecimento antropocêntrico e de sua rebeldia à vontade de Deus. Logo, os representantes de Deus e dos homens se desenvolviam paralelamente, eles são chamados na bíblia de: filhos dos homens e filhos de Deus. Essa separação é apenas didática, ela não determina a salvação e nem a perdição de indivíduo algum. Está apenas demonstrando que há dois caminhos em desenvolvimento, que existe uma guerra cognitiva, epistemologias contrárias em desenvolvimento com objetivos bem claros a todos.
     Por meio da bíblia conhecemos a vontade de Deus para com os homens: Sua lei moral, de saúde, de justiça e o plano de salvação que aniquilará esse dualismo bem e mal, estabelecendo no final o reino do bem, da justiça e da vida eterna, isto é, fim das finitudes causadas pelo pecado. Mas até que isso aconteça o mal tentará de todos os meios paras impor-se, e se possível fosse, destruiria o bem e sua influência. Nessa intriga cognitiva, ao longo da história, muitas vezes concretizou-se em guerras bélicas, porém, o que perdura diariamente são as intrigas ideológicas, e essas, dão-se entre os descendentes de Caim e os de Sem, e que, muitas vezes, direta e indiretamente isso acontece entre os próprios descendentes de Caim; e também entre os de Sem; percebe-se, então, que, perceber com clareza o que são uns e outros não é tarefa fácil, não é fácil porque depende do conhecimento, e as pessoas de modo geral não gostam de conhecer, preferem a ignorância que empenhar-se no conhecer, mas, cuidado! Essa apatia proposital diante do conhecimento pode pesar negativamente no juízo final. Logo, uma política de Estado que não educa seus cidadãos segue a estratégia satânica. E de igual modo, organizações religiosas que não incentiva seus fiéis a buscarem boa educação formal, como o Estado, negligencia o plano de Deus para os homens e mulheres.  Satanás sabe jogar com o conhecimento e a ignorância, ele sabe que têm que desenvolver as duas frentes, pois, somente assim conseguirá enganar o maior número possível de indivíduos.
Antropocentrismo Filosófico
     A filosofia, nas diversas frentes cognitivas que atua, é a concretização máxima de todo antropocentrismo politeísta, mitológico, científico, ético e político; a responsável por toda argumentação a priori, e inclusive pelo fundamento empírico. Desenvolveu-se a partir da natureza, indagando sobre como tudo veio a existir; sobre o que é o ser (ontologia); se é possível conhecer o ser (epistemologia); pensou ter descoberto o Eu que conhece e o como se conhece; o sujeito cognitivo, transcendental, quem estabelece a argumentação a priori independente de toda metafísica, dos fatos, da experiência e do hábito; que tenta voltar à ontologia, dividindo o indivisível indivíduo em várias ontologias-cognitivas, compondo assim uma nova estrutura filosófica contemporânea e finalmente, com o Pós-Estruturalismo, a partir de 1960, com Foucault, Michel (1926-1984), sob a influência da filosofia “a vontade de poder” em Nietzsche, ele estrutura a “microfísica do poder”, deixando o Estado-Político “sem” comando central, instituindo assim, as bases de uma sociedade “livre” e injusta, sem princípios éticos e morais, afirmando assim a banalização generalizada da vida do próprio indivíduo e dele em relação ao outro.
Fundamentos Básicos
     Criticar e desconstruir a filosofia epistemológica e dualista de Descartes (Mente e Corpo); o cogito ergo sum (“penso, logo existo”) é fundamental para prosseguir com o antropocentrismo. Mas porque criticar Descartes? Porque ele estabeleceu toda a metafísica e toda a ciência fundamentada em Deus. Isto é, sem Deus não há conhecimento algum. Os céticos empiristas franceses, Locke e Hume e o alemão Kant, em especial este último, estabeleceu o conhecimento sobre o sujeito transcendental, isto é, a possibilidade de todo o conhecimento está nesse sujeito, o meio pelo qual é possível construir argumentos a priori, independentes de Deus, e da experiência, pelo contrário, sem essas bases argumentativas a priori não é possível à epistemologia. A filosofia contemporânea continua seus ataques à filosofia de Descartes, mas faz um retrocesso a Platão e à ontologia. Platão alcançou sucesso e se estabeleceu como o maior filósofo do Ocidente porque dividira a indivisível indivíduo em corpo mortal e alma imortal; a filosofia contemporânea dividiu o mesmo indivisível indivíduo em consciência, em expressão (fala), em dialética, em corpo, em vontade, em potência, em lógico formal, antropológico, sociológico e outros seres; diante de tamanha fragmentação Foucault indaga, “o homem existe”? Outros filósofos são mais ousados, e dizem, “esta vida que vivemos é apenas um sonho”. Para cada ser ontológico citado há vários filósofos que constrói suas argumentações, criando assim, seres conceituais, independentes do conjunto homem; com esse jogo conceitual muito bem articulado eles são capazes de dar vida ao conceito como este fosse um ser de existência no mundo, como tudo isso faz parte de uma epistemologia acadêmica, os Estados, por meio dos ministérios da educação, gastam milhões de reais e dólares na formação de mestres e doutores para manter viva e interessante essa epistemologia antropocêntrica, sem a qual, como eles querem, não haveria as bases do conhecimento científico, metafísico e outros conhecimentos. Logo, não há meio melhor para manter alienada todas as sociedades. Satanás aliena tanto pela educação quanto pela ignorância cognitiva.
Microfísica do Poder
     Por meio da microfísica do poder, não existe mais um poder, e sim poderes que atuam concomitantemente defendendo interesses particulares, sem levar em conta os direitos dos indivíduos ou de comunidades mais necessitadas. Assim, o capitalismo voraz se estabilizou e dita às regras de todos os jogos políticos, filosóficos e religiosos e, por meio da produção de bens semiduráveis, “descartáveis”, criou uma sociedade consumista que, por meio da mídia, ao criar ídolos populares faz com que toda essa sociedade alienada mantenha-se de ilusões ditadas pelas diferentes modas que surgem todos os dias, modelos inventados pelos capitalistas que controlam as mídias, mantendo assim, o alto consumo de seus semiduráveis produtos, na realidade, descartáveis. Buscando assim, destruir “todo” indivíduo autêntico, de princípios morais e éticos que possam ainda existir. Não há mais justiça, nem mesmo nos tribunais, e está parecendo, que nem mesmo no Superior tribunal de justiça brasileiro. O Superior Tribunal de Justiça do Estado brasileiro está para deixar claro que quem manda na justiça é o poder monetário do vandalismo político que se instalou no país juntamente com a democracia. Se o princípio ético do Superior tribunal de justiça falhar, podemos esperar que a criminalidade que já está em alta, aumentará. O indivíduo comum, que não participa do mundo da epistemologia acadêmica, que não está fragmentado como pensam os filósofos e cientistas, embora não tenham boa educação formal, é inteligente o bastante para não cair nessa ilusão alienante acadêmica de achar que são dominados segundo essa ilusão epistemológica. Uma sociedade sem educação de qualidade e sem direitos comuns a todos é um convite a rebeliões e muitos já estão se rebelando e deixando claro aos dominadores que, se não distribuir as riquezas e direitos iguais a todos a barbárie social vai se instalar, pois, ninguém em sã consciência consentirá em ser explorados eternamente. Se os ministros do superior tribunal pagar para ver absolvendo os ladrões do congresso nacional, vão se arrepender por tirar todos os brasileiros de burros e idiotas. Esse jogo da microfísica do poder é uma cilada do mal para desconstruir todas as bases morais e éticas que sempre norteou as sociedades do planeta.
     Paralelamente à epistemologia acadêmica contemporânea, Deus, por meio da profetisa Ellen G. White, revelou Sua vontade àqueles que buscam a vida eterna segundo o plano de Deus. White é a profetisa desses últimos dias, seus escritos nos levam à compreensão dos escritos bíblicos, é uma luz menor que clareia a luz maior que estava “ofuscada” pelo racionalismo filosófico e tradições místicas medievais, modernas e contemporâneas; seus escritos estão redigidos em uma linguagem comum, e o propósito divino é que cada indivíduo que queira conhecer o modo de agir segundo as revelações de Deus, possam ter acesso e compreendê-los sem precisar de curso superior algum, é claro que, aqueles que tenham esse privilégio terão “mais facilidade de compreensão” que os de educação básica, ali não há jogos de conceitos criados para o engano, e sim, um relato transparente da vontade de Deus para Seu povo dos últimos dias. Seus escritos não foram dados para substituir a bíblia, mas sim, levar-nos a ela, para compreendermos melhor o plano de salvação. A salvação não está baseada em conhecimentos temporais, embora conhecer seja um dos planos de Deus para Seus filhos, a fé é o fundamento que garante a salvação de qualquer um que decida confiar em Cristo Jesus, Este é o meio pelo qual a salvação está garantida a quem O aceitar! Independente de nacionalidades e culturas, Ele é a única saída!

 Filósofo Isaías Correia Ribas


sábado, 7 de setembro de 2013

FILOSOFIA NATURAL E CONTEMPORÂNEA: FILOSOFIA X BÍBLIA


     O primeiro período filosófico é conhecido como Natural; durou aproximadamente dois séculos e o primeiro filósofo foi Tales de Mileto; o problema que eles queriam solucionar era quanto à gênese de tudo o que existe no planeta Terra e no cosmos (a ordem universal); o objetivo filosófico era encontrar um elemento natural que fosse a causa dos organismos e da ordem universal. Várias hipóteses foram levantadas, porém, todas foram descartadas como prováveis causadoras do princípio de tudo. O projeto filosófico nasceu para criar outra teoria do conhecimento, substituindo assim as que fundavam no Deus bíblico, nos relatos mitológicos e no politeísmo. Como já disse várias vezes neste blog, os filósofos da natureza frustraram-se diante de suas hipóteses e perspectivas, porém, jamais desistiram dessa empreitada, enquanto essa ordem mundial durar, essa luta pela supremacia epistemológica continuará. É a batalha entre a fé e o racionalismo puro; entre o bem e o mal; entre Deus, O Criador, e Satanás, a criatura que se rebelara injustamente, perdeu o seu posto e por isso quer vingar-se de Deus; como ele não tem poder para atingir diretamente a Deus, busca vingar-se do Criador destruindo suas criaturas e Seu plano de salvação. Do século IV a. C. ao XV d. C., aproximadamente dois mil anos, os filósofos, após suas frustrações naturais uniram-se à ideia da existência de um ser metafísico e dos mitos para destruir a fé daqueles que creem no Deus criador e mantenedor de tudo; para isso, várias filosofias foram elaboradas. A filosofia sempre pensa a partir do todo, isto é, da natureza e do cosmos; ao contrário, a ciência pensa a partir do particular, ela faz um recorte no todo filosófico e cria a partir desse recorte; a filosofia nunca deixou de pensar o todo, tanto o físico quanto o metafísico, e nem poderia ser diferente devido suas ambições de questionar o metafísico, insisto, nem que para isso tenha que se unir ao metafísico, à religiosidade e à mitologia. O método filosófico Pré-Socrático era científico-sensível, baseava-se apenas nas observações dos sentidos, em hipóteses descritivas; não havia nenhum instrumento que auxiliasse os sentidos naturais. Após as frustrações dos primeiros filósofos o projeto filosófico obrigou-se a adotar novas estratégias, e assim, coube à ciência, assumir a partir das frustrações filosóficas, e a evolução científica tornou-se também um poder questionador da teologia da criação, um braço forte aliado da filosofia; criadora de hipóteses antropocêntricas, e essas, têm-se demonstradas falaciosas quanto à origem dos organismos vivos e do cosmos.
Filosofia Contemporânea
     Kant, Immanuel (1724-1804) é o filósofo que culmina a filosofia moderna e influencia a contemporânea, que é, ao mesmo tempo, o retorno da filosofia ao seu objetivo primeiro, isto é, ao antropocentrismo puro, desvinculando-se de vez da metafísica, da ideia de um Deus criador, fonte de todo conhecimento e da moral bíblica. Podemos dizer que a filosofia contemporânea é o retorno à filosofia da natureza, aos Pré-socráticos e o ícone maior desse retorno foi Nietzsche, Friedrich (1844-1900), é um dos pensadores mais originais do século XIX e o que mais influenciou o pensamento contemporâneo, sobretudo na Alemanha e na França. Além de filósofo foi professor de filologia grega na Universidade de Bonn e leipzing. Foi também poeta e filósofo crítico mais que teórico e doutrinário; para ele, o conservadorismo e à visão de mundo burguesa, o cristianismo, enfim, toda forma de vida que considera contrária à criatividade e à espontaneidade da natureza humana são decadentes. A tarefa da filosofia deveria ser de libertar o homem dessas tradições, anunciando uma nova era, uma nova forma de pensar e agir, através da “transmutação de todos os valores”. Nietzsche enfatiza o apelo aos mitos primitivos dos povos, ao heroísmo e à vontade humana, bem como às manifestações artísticas que expressam esses valores. *Heidegger, *Foucault, *Deleuze entre outros, foram influenciados pela filosofia de Nietzsche. E Nietzsche foi influenciado diretamente pela filosofia do Pré-Socrático Heráclito, aquele que deduziu que tudo no mundo é apenas movimento e esse mesmo movimento é a gênese de tudo. Da ideia de movimento Nietzsche criou o conceito devir, isto é, tudo está no devir, nada é; por isso ele propõe a transmutação de todos os valores da cultura ocidental, pois esta, certamente cairia no niilismo, no nada. Para ele não existe vida para além desta, o futuro reino de Cristo, promessa bíblica e toda teoria de vida porvir cai no niilismo; a única vida que existe é esta, a vida mundana, por isso, devemos viver todas as pulsões carnais que possam aflorar em nós, a natureza deve ser o nosso Deus, é ela a única que supri nossas necessidades para a vida. A proposta de Nietzsche para superar a decadência social está na educação das crianças, a fase infantil à adolescência é a mais apropriada para se exigir o aprendizado do futuro cidadão, quanto mais se cobra aprendizado nessa fase, mais a criança se sente valorizada, pois, esta é fase propícia para se aprender e quando descobre o mundo aprendendo, o cidadão supera todo tipo de ignorância cognitiva, moral e religiosa. A proposta de educação de Nietzsche está corretíssima, porém, sua proposta está na contra mão dos objetivos dos políticos e religiosos que preferem cidadãos ignorantes, fáceis de serem manipulados, principalmente os políticos dos países emergentes, o Brasil é o exemplo clássico dessa política, país naturalmente rico, mas ignora a evolução cognitiva de seus cidadãos, está na hora dos políticos e educadores caírem na real e formatar nova educação para os brasileiros, caso contrário, o caos social se instalará e a própria democracia estará em jogo. O atual paradigma educacional brasileiro: “PROGRESSÃO CONTINUADA” é o mais decadente de todo projeto educacional para uma nação, somente líderes escravocratas são capazes de impor tal projeto aos seus “concidadãos”; o atual prefeito de São Paulo, Haddad, por ser filósofo, já iniciou os primeiros passos para destruir o que a prefeita, Luiza Erundina de Souza implantou enquanto prefeita desta cidade seguida pelo resto dos partidos políticos do país. A “PROGRESSÃO CONTINADA” acabou com as avaliações dos professores e deu aos estudantes o direito de se diplomarem na ignorância cognitiva, construindo assim uma nação de cidadãos incapazes de evoluírem no conhecimento, capazes de, por si só, crescerem socialmente, afastando-se assim, da delinquência generalizada. Outros projetos educacionais que segue na mesma ideologia estão implantados nas universidades de todo país, são as graduações à distância e as matérias oferecidas em EAD (Educação A Distância), a questão é: como graduandos que não aprenderam ler e escrever corretamente na educação básica têm condições de autoeducação superior? Pior, aquela que se denomina a maior e melhor universidade pública do Brasil, USP, por meio do IVEPESP, estão oferecendo graduações à distância aos brasileiros interessados; o instituto IVEPESP é composto por doutores da USP e de outras universidades públicas e particulares do país, a cúpula deste instituto é composta de 75% de membros da maçonaria e 25% de profanos, pessoas que não são maçons. Pela composição já da para perceber qual é a ideologia dominante do instituto. De olho nessa fatia de recursos que o governo do estado de São Paulo injetará nesse projeto, muitos profanos ligados à educação superior estão iniciando na maçonaria.
Ética
     Todas as escolas filosóficas e filósofos a partir da Academia de Platão trataram desse tema, logo, a ética é o principal tema filosófico e esse é também o seu maior objetivo: formar cidadãos éticos, como consequência natural, ter-se-ia noções e povos éticos em todo o mundo. Mas, o que é ética? Ética é uma ciência como a biologia, a geografia e outras ciências escolares; por meio da ética aprendemos a respeitar os costumes e culturas de outros e a valorizar o outro semelhante a mim como pessoa de direitos iguais. Quando traduziram Ethos (Ética) do grego para o latim ficou More (Moral), que veio a confundir com a moral bíblica e cristã que tinha grande influência na sociedade de então, a partir daí, nasceram as dificuldades para separar a ética da moral, onde esta última seria objeto de estudo da primeira. Logo, ética é a ciência que estuda a moral e outros costumes culturais. Um cidadão antiético é aquele que não respeita a dignidade do outro como pessoa de direitos a desenvolver a sua cultura sem constrangimento algum, e o ético é aquele que respeita o outro como pessoa digna a tudo como a ele mesmo. Assim sendo, a filosofia não conseguiu até o momento, fazer uma sociedade ética, talvez, nem mesmo cidadãos éticos; e creio que será impossível concretizar tal objetivo quando a mesma filosofia é contrário ao cidadão de moral bíblica e cristã, pois, neste quesito, a própria filosofia é eticamente contraditória.
Política Contemporânea
     Há países da América do Sul que tem o seu PIB (Produto Interno bruto), baseados no plantio e comércio da maconha e no processamento de produtos químicos para a composição de drogas ilícitas que está destruindo a saúde de milhões de cidadãos em todos os países do mundo; na Europa e América do Norte as drogas sintéticas, tal qual, ou pior ao projeto da América do Sul, fazem o mesmo aos cidadãos do mundo; os USA e a invasão da privacidade das nações e cidadãos em particular por meio da internet é outra postura política antiética do mundo contemporâneo; os países do Oriente Médio também faz o mesmo aos seus cidadãos e vizinhos por meio da pulverização de gases tóxicos e atitudes bélicas; os Orientais e não colaboração com seus vizinhos étnicos também não colaboram para a formação de cidadãos éticos; as instituições religiosas também sobrevivem da exploração da ignorância cognitiva do sujeito para se enriquecerem, mostram-se também antiéticas; as empresas de tabaco e de alcoolismo também fazem da desgraça humana o seu enriquecimento ilícito; e o próprio cidadão capitalista que vive da exploração do outro. Em todo o mundo há filósofos para sistematizar e justificar junto aos poderes político-capitalista-religiosos a desgraça generalizada que corrompe o homem. E aí, de que o puro racionalismo filosófico e científico é realmente capaz? E os princípios bíblicos e sua moral divina? É isso o que se deve entender como o bem e o mal, como eles se materializam na cognição humana; é esta a guerra entre Deus e Satanás, onde, cada um tem a liberdade de se manifestar entre os homens, e é o sujeito quem faz a diferença quando decide o que fazer de sua vida, honrando assim, a Deus ou ao Diabo.


Filósofo Isaías Correia Ribas